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segunda-feira, janeiro 06, 2025
O monge Gregor Mendel morreu há cento e quarenta e um anos...
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Marcadores: agostinianos, Áustria, evolução, genética, Gregor Mendel, hereditariedade, Igreja Católica, Leis de Mendel, Mendel
Emmerico Nunes nasceu há 137 anos
Emmerico Hartwich Nunes (Lisboa, 6 de janeiro de 1888 - 18 de janeiro de 1968), foi um pintor, ilustrador e caricaturista português. Pertence à primeira geração de artistas modernistas portugueses.
Domingos Rebelo, Eduardo Viana, Solá e Amadeo de Souza-Cardoso, Paris, 1910, desenho aguarelado
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Marcadores: Emmerico Nunes, modernismo, pintura
A Deriva dos Continentes faz hoje 113 anos
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Marcadores: A Origem dos Continentes e Oceanos, Deriva dos Continentes, Tectónica de Placas, Wegener
Hoje é dia de cantar os Reis...
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Marcadores: Dia de Reis, MPP, música, Vimos-lhe Cantar os Reis
O semanário Expresso celebra hoje 52 anos
O Expresso é um jornal português de periodicidade semanal publicado ao sábado desde 1973. O atual diretor do Expresso é João Vieira Pereira, que assumiu o cargo a 23 de março de 2019. O Expresso passou a utilizar o Acordo Ortográfico de 1990 na edição de 26 de junho de 2010.
O semanário Expresso foi fundado a 6 de janeiro de 1973 e inicialmente dirigido por Francisco Pinto Balsemão. Pinto Balsemão encontra-se ligado à imprensa por razões familiares - o avô, como ele chamado Francisco Pinto Balsemão, comerciante e militante republicano, foi fundador e proprietário de jornais; posteriormente, o tio e o pai foram os proprietários do Diário Popular. Pinto Balsemão foi secretário do Diretor e, posteriormente, vogal do Conselho de Administração da empresa proprietária do Diário Popular. Após a morte do pai, herdou, juntamente com o tio, a quota de 16,6% do capital dessa empresa, que passou a ter como acionistas Francisco e o tio (sendo este o acionista maioritário) e Guilherme Brás Medeiros. Depois da oferta, no verão de 1971, do Banco Borges pelo diário, o tio de Balsemão aceita vender.
Francisco Pinto Balsemão abandona então o Diário Popular e decide investir num jornal próprio, com o modelo «dos jornais ingleses de domingo de qualidade», como o The Sunday Times e The Observer. Para isso Augusto de Carvalho, o diretor de publicidade e Fernando Ulrich fazem um estágio no Reino Unido para se inteirarem do modelo jornalístico. Não sem que a correspondência trocada entre Balsemão e os diretores dos jornais ingleses fosse intercetada pela PIDE, que fotocopiou a informação e a fez chegar a Marcello Caetano. O título Expresso deixa antever uma forte influência da revista francesa L'Express.
É criada assim a empresa proprietária do jornal, uma sociedade anónima com a denominação Sojornal - Sociedade Jornalística e Editorial, SARL, com sede no segundo andar direito do número 37 da Rua Duque de Palmela, em Lisboa. O prédio tem a particularidade de se tratar de um imóvel desenhado em 1902 pelo arquiteto Ventura Terra e onde já vivera Afonso Costa.
Balsemão fica com 51% do capital inicial (6 mil contos, o equivalente a 1,6 milhões de euros, a preço atual, ajustado à inflação). A participação dos demais acionistas é limitada a um máximo de 15%. Entre os quais estão a Sociedade Nacional de Sabões, da família Rocha dos Santos, o banqueiro Manuel Boullosa, as famílias Ruella Ramos (do Diário de Lisboa) e Botelho Moniz (do Rádio Clube Português). Com posições pequenas estão o tio de Francisco Pinto Balsemão, seis amigos de Balsemão (Luiz Vasconcellos, Francisco da Costa Reis, António Patrício Gouveia, o escritor Ruben A. Leitão, Luís Corrêa de Sá, António Flores de Andrade) e a sua mulher Mercedes. Por fim, surgem ainda na lista os jovens António Guterres e Marcelo Rebelo de Sousa.
A primeira versão do semanário surge em formato broadsheet e com dois cadernos. O primeiro caderno de caráter mais noticioso, «com uma primeira página forte e secções bem definidas nas páginas interiores» e o segundo, chamado Revista «menos ligada ao dia a dia, convidando à reflexão e proporcionando entretenimento [...] contendo prosas maiores». O design ficou a cabo de Vítor da Silva e Luís Ribeiro, que durante anos foi o grafista-chefe do jornal.
A primeira redação era chefiada por Augusto de Carvalho. José Manuel Teixeira estava encarregue da secção nacional, Fernando Ulrich (sob o pseudónimo Vicente Marques) fazia a crónica bolsista, António Patrício Gouveia escrevia sobre economia, Álvaro Martins Lopes na secção internacional e Inácio Teigão no desporto. Faziam também parte Fernando Brederode Santos, Teodomiro Leite de Vasconcelos (Rádio Renascença), João Bosco Mota Amaral (correspondente nos Açores com o pseudónimo J. Soares Botelho), Mercedes Balsemão (esposa do diretor, que fazia as palavras-cruzadas com o pseudónimo Marcos Cruz), Juan Luis Cebrián, primeiro diretor do El País e correspondente do Expresso em Madrid. O diretor de publicidade era Jorge Galamba.
No dia 21 de dezembro de 1972, no hotel Ritz, realiza-se a sessão de lançamento do novo semanário. A campanha de publicidade fica a cargo da agência Ciesa, onde pontifica o criativo Artur Portela Filho. No entanto, a campanha para a televisão é proibida.
Com o Expresso surgem também outras inovações para a época em Portugal. O estatuto editorial, um Conselho de Redação, eleito pelos jornalistas, e o Conselho Editorial, para o qual são convidados Mário Murteira, Ruben A., Vasco Vieira de Almeida, João Morais Leitão, Sedas Nunes e Magalhães Mota.
Por fim, o primeiro número sai para a rua, no dia 6 de janeiro de 1973. A tiragem ultrapassa os 60 mil exemplares, impressos na rotativa do Diário de Lisboa, em que cada um contava com 24 páginas e dois cadernos, ao preço de 5$00 (2,5 Cêntimos a preço atual). A manchete é uma sondagem encomendada: «63 por cento dos portugueses nunca votaram».
Por ocasião do seu 50.º aniversário, a 6 de janeiro de 2023, o Expresso foi agraciado com o grau de Membro-Honorário da Ordem da Liberdade.
Período | Direção |
---|---|
1973 | Francisco Pinto Balsemão |
1980 | Marcelo Rebelo de Sousa |
1981 | Augusto de Carvalho |
1983 | José António Saraiva |
1984 | José António Saraiva, Vicente Jorge Silva e Jorge Wemans |
1989 | Entra Joaquim Vieira |
1995 | José António Lima (diretor-adjunto), entram Fernando Madrinha, Henrique Monteiro |
1997 | Entra Nicolau Santos |
2005 | Entra Cândida Pinto |
2006 | Henrique Monteiro (diretor), entram João Garcia e Marco Grieco |
2008 | Entra João Vieira Pereira |
2011 | Ricardo Costa (diretor), entra Miguel Cadete |
2016 | Pedro Santos Guerreiro (diretor), Martim Silva (diretor executivo) |
2019 | João Vieira Pereira (diretor), David Dinis (diretor adjunto) |
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Marcadores: Expresso, Francisco Pinto Balsemão, jornalismo
Alex Turner, o vocalista dos Arctic Monkeys, faz hoje 39 anos
Alexander David "Alex" Turner (Sheffield, 6 de janeiro de 1986) é um músico britânico nascido na Inglaterra, conhecido como o vocalista, guitarrista e principal compositor da banda de indie rock Arctic Monkeys. Trabalhou também num projeto paralelo, chamado The Last Shadow Puppets, com o seu amigo Miles Kane. Turner tem uma voz classificável como de barítono.
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Marcadores: Arctic Monkeys, Fluorescent Adolescent, indie rock, música, Pop barroco, post-punk revival, Rock alternativo, rock psicadélico
Dizzy Gillespie faleceu há trinta e dois anos...
John Birks Gillespie, conhecido como Dizzy Gillespie, (Cheraw, 21 de outubro de 1917 - Englewood, 6 de janeiro de 1993) foi um trompetista, líder de orquestra, cantor e compositor de jazz, sendo, a par de Charlie Parker, uma das maiores figuras no desenvolvimento do movimento bebop no jazz moderno.
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Marcadores: Afro-Cuban Jazz, bebop, Dizzy Gillespie, jazz, Manteca, música
Rudolph Nureyev morreu há 32 anos...
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Marcadores: ballet, dança, homossexuais, Rudolph Nureyev, Rússia
Lou Rawls morreu há dezanove anos...
Ilse Losa morreu há dezanove anos...
Ilse Lieblich Losa (Melle-Buer, 20 de março de 1913 - Porto, 6 de janeiro de 2006) foi uma escritora portuguesa de origem judaica.
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Marcadores: Ilse Losa, judeus, literatura, literatura infantil
Ron Asheton morreu há dezasseis anos...
Ronald Franklin Asheton (Washington, 17 de julho de 1948 - Ann Arbor, 6 de janeiro de 2009) foi um guitarrista norte-americano, mais conhecido como guitarrista e co-fundador da banda de protopunk The Stooges, juntamente com seu irmão Scott Asheton. Foi considerado o 60º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.
Biografia
Ron Asheton foi o guitarrista da banda nos dois primeiros álbuns, The Stooges e Fun House, e do quarto, The Weirdness. No terceiro álbum da banda (Raw Power) atuou como baixista.
Fora do The Stooges tocou noutras bandas como os The New Order, Destroy All Monsters, New Race, Dark Carnival, além de tocar com outras bandas e artistas que foram influenciadas por ele como Dinosaur Jr. e Thurston Moore, do Sonic Youth. Também teve participações em filmes B como Mosquito.
Ron Asheton começou a tocar guitarra aos 10 anos de idade. Posteriormente, ficou conhecido por sua grande habilidade em dominar o efeito de guitarra wah-wah. Ron descrevia a sua forma de tocar como "os três dedos mágicos".
No dia 6 de janeiro de 2009 foi encontrado morto na sua residência em Ann Arbor. A data correta e o motivo da sua morte não foram revelados, mas de acordo com a polícia, a provável causa seria um ataque cardíaco.
Após a morte de Ron foi criada a "Ron Asheton Foundation", uma fundação que obtém fundos através de shows beneficentes e doações para subsidiar tratamento veterinário para animais de famílias pobres e departamentos musicais para escolas públicas, entre outros.
I Wanna Be Your Dog - The Stooges
In my room, I want you here
Now we're gonna be face-to-face
And I'll lay right down in my favorite place
Now I want to be your dog
Now I want to be your dog
Well, come on
And now I'm ready to close my mind
And now I'm ready to feel your…
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Marcadores: garage rock, guitarra, hard rock, I wanna be your dog, Iggy Pop, música, Proto-punk, punk rock, rock psicadélico, Ron Asheton
Rowan Atkinson celebra hoje setenta anos...!
Formado como engenheiro eletricista na Universidade de Oxford, Rowan é um apaixonado por carros e velocidade. A estrela britânica já participou em diversas competições de velocidade e foi eleito num programa da TV inglesa o piloto mais veloz das celebridades.
Rowan chamou a atenção da crítica no festival de Edimburgo em 1977. Depois criou a sua própria revista no teatro Hampstead de Londres, em 1978, tornou-se um fundador membro do "Not the Nine O'Clock News Team" da BBC - essa foi experiência que lhe deu vários prémios como LP de Platina e Ouro, muitos livros de sucesso, a Rosa de Prata em Montreau, um EMMY Internacional, o Prémio da Academia Inglesa e tornou-se a Personalidade do Ano da BBC.
Em 1981 Rowan tornou-se o mais jovem ator a ter um show no London's West End - o sucesso da temporada no Globe Theatre e ganhou o Prémio de Comediante e Ator do Ano da Sociedade West End. Em 1983 Rowan juntou-se com o escritor Richard Curtis para criar e apresentar a série humorística Blackadder para a BBC.
Depois de assegurar por cinco anos as quatro séries, ganhou trés prémios da Academia Inglesa, um Emmy Internacional, três vezes o prémio ACE e prémios pessoais pelas suas performances. Nesse ano Rowan foi votado novamente a Pessoa do Ano da BBC.
O programa piloto do impagável Mr. Bean ganhou a Rosa de Ouro em Montreal e foi indicado a um EMMY Internacional. Subsequentemente ganhou diversos prémios como EmmyInternacional, dois Prémios BANFF e um Prémio ACE para a melhor comédia em 1995.
Os programas já foram vendidos em mais de 200 países.
No topo do ranking dos shows de comédia da década na TV Comercial, Rowan é produzido pela Produtora Tiger Aspect, da qual também é sócio.
Rowan tem aparecido em inúmeros filmes, incluindo “Never Say Never Again” com Sean Connery, “The Tall Guy” com Jeff Goldblum, “The Witches” de Nick Roeg e “The Appointments” de Dennis Jennings para HBO, o qual ganhou o Óscar em 1989 por melhor filme de curta metragem.
Ele co-produziu e atuou em Bean - The Ultimate Disaster Movie (1997). Atuou também em "Quatro Casamentos e um Funeral" da Polygram em associação com a Tiger Aspect e Notting Hill.
Em 2001 Rowan apareceu como Enrico Polini no filme Rat Race também estrelado por outros atores e atrizes famosos de Hollywood.
Em 2003, no filme Johnny English, filmado na França e Inglaterra, atuou no papel do agente secreto que dá título ao filme, escalado para acabar com a farsa do empresário francês Pascal Sauvage (John Malkovich).
Em 2007, filma As Férias de Mr. Bean, na região Francesa de Cannes (durante o próprio festival de Cannes), onde viaja de Londres a Cannes passando por inusitados problemas e aventuras.
Em 2011, anuncia que não vai encarnar o personagem. Aos 56 anos, o comediante afirma estar velho demais para continuar com o papel do britânico lerdo, trapalhão e maníaco. Por isso, pôs na reforma o personagem que o consagrou e o tornou famoso em todo o mundo. Segundo o jornal britânico Daily Mail, o ator declarou que "Bean é uma criança em corpo de adulto. Mas eu envelheci", disse.
Mr. Bean deu nome a uma série de TV que começou a ser exibida em 1990 e durou cinco anos (no auge da série, os episódios eram vistos por até 18 milhões de pessoas). O personagem, então, passou a protagonizar filmes de grande sucesso: Mr. Bean - O Filme (1997) e As Férias de Mr. Bean (2007).
Nas Olimpíadas de Londres 2012, participou da cerimónia de abertura, com o seu famoso personagem, Mr. Bean. O personagem tocou com a orquestra, mas atrapalhou os outros músicos com o seu smartphone. Em certo ponto, o personagem fez um sesta e teve um sonho (exibido na tela) onde parodiava a clássica cena da maratona do filme Chariots of Fire, com direito à música-tema do filme. Em 2016 foram produzidos mais 52 episódios da série animada de Mr. Bean e Rowan Atkinson voltou a dar voz ao personagem.
No final de 2017, foi confirmado uma terceiro filme da série "Johnny English" com estreia no segundo semestre de 2018.
Vida pessoal
Rowan Atkinson casou-se com Sunetra Sastry, filha de pai indiano e mãe britânica. O casal celebrou a sua boda em Nova Iorque, no Russian Tea Room, a 5 de fevereiro de 1990. Do casamento nasceram dois filhos: Benjamin Alexander Sebastian (nascido em 1993) e Lily Grace (nascida em 1995).
Em abril de 2014 Rowan Atkinson decidiu começar uma nova vida aos 59 anos e o ator colocou um ponto final ao casamento, de 23 anos, com Sunetra Sastry.
Após terminar o casamento, iniciou um novo romance com Louise Ford, uma comediante com quem contracenou em 2013 na peça cómica "Quartermaine’s Terms". A sua nova namorada é 28 anos mais nova que ele (em 2014, ele completou 59 anos, e ela, 31). Em dezembro de 2017, Rowan foi pai pela terceira vez. Louise deu à luz a uma menina, a que chamaram de Isla May.
Hoje é dia de Reis...
Três Reis vieram
Do Oriente
A adorar o Menino
Deus Omnipotente!
Ron-rom Menino
Dorme e descansa
Tu és o alívio
E a nossa esperança!
Todos Vos trazem
Suas oferendas
E a melhor de todas
São as verdades certas
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Marcadores: Cantar de Reis, Dia de Reis, Giotto, Igreja Católica, música, Natal, pintura, Reis Magos
domingo, janeiro 05, 2025
Hoje é dia de ouvir fado de Coimbra...
Postado por Adelaide Martins às 19:33 0 bocas
Marcadores: Cantares do Penedo, Coimbra Quintet, Fado de Coimbra, Luiz Goes, música, saudades, Universidade de Coimbra
Porque hoje é dia de recordar o Pacheco...
MONÓLOGO DO 1.º CORNUDO
I
Acordei um triste dia
Com uns cornos bem bonitos.
E perguntei à Maria
Por que me pôs os palitos.
II
Jurou por alma da mãe
Com mil tretas de mulher
Que era mentira. Também
Inda me custava a crer...
III
Fiquei de olho espevitado
Que o calado é o melhor
E para não re-ser enganado,
Redobrei gozos de amor.
IV
Tais canseiras dei ao físico,
Tal ardor pus nos abraços
Que caí morto de tísico
Com o sexo em pedaços!
V
Esperava por isso a magana?
Já previa o que se deu?...
Do além vi-a na cama
Com um tipo pior do que eu!
VI
Vi-o dar ao rabo a valer
Fornicando a preceito...
Sabia daquele mister
Que puxa muito do peito.
VII
Foi a hora de me eu rir
Que a vingança tem seus quês:
«O mais certo é práqui vir,
Inda antes que passe um mês».
VIII
Arranjei-lhe um bom lugar
Na pensão de Mestre Pedro
(Onde todos vão parar
Embora com muito medo...)
IX
Passava duma semana
O meu dito estava escrito
Vítima daquela magana
Pobre tísico, tadito!
DUETO DOS 2 CORNUDOS
X
Agora já somos dois
A espreitar de cá de cima
Calados como dois bois
Vendo o que faz a ladina
XI
Meteu na cama mais gente
Um, dois, três... logo a seguir!
Não há piça que a contente
É tudo que tiver de vir!
S. PEDRO, INDIGNADO, PRAGUEJA.
XII
- É de mais!... Arre, diabo!
- Berra S. Pedro, sandeu.
–E mortos por dar ao rabo
Lá vêm eles pró Céu!
CORO, PIANÍSSIMO, LIRISMO
NAS VOZES
XIII
Que morre como um anjinho
Quem morre por muito amar!
CORO, AGORA NARRATIVO
OU EXPLICATIVO.
Já formemos um ranchinho
De cá de cima, a espreitar.
XIV
Passam meses, passa tempo
E a bela não se consola...
Já semos um regimento
Como esses que vão prá Ingola!
(ÁPARTE DO AUTOR DAS COPLAS:
«COITADINHOS!»)
XV
Fazemos apostas lindas
Sempre que vem cara nova.
Cálculos, medidas infindas
Como ela terá a cova.
XVI
Há quem diga que por si
Já não lhe topou o fundo...
Outros juram que era assi
Do tamanho... deste Mundo!
XVII
- Parecia uma piscina!
–Diz um do lado, espantado.
- Nunca vi uma menina
Num estado tão desgraçado!
APARTE DO AUTOR, ANTIGO MILITANTE DAS ESQUERDAS (BAIXAS).
XVIII
(Um estado tão desgraçado?!...
Pareceu-me ouvir o Povo
Chorando seu triste fado
nas garras do Estado Novo!)
XIX
O último que chegou cá
Morreu que nem um patego:
Afogado, ieramá,
Nos abismos daquele pego.
O CORO DOS CORNUDOS,
ACOMPANHADO POR S. PEDRO EM SURDINA,
ENTOA A MORALIDADE, APÓS TER
LIMPADO AS ÚLTIMAS LAGRIMETAS
E SUSPIRANDO COMO SÓ OS CORNUDOS SABEM.
XX
Mulher não queiras sabida
Nem com vício desusado,
Que podes perder a vida
Na estafa de dar ao rabo.
XXI
Escolhe donzela discreta
Com os três no seu lugar.
Examina-lhe a greta,
Não te vá ela enganar...
XXII
E depois de veres o bicho
E as maneiras que tem
A funcionar a capricho,
Já sabes se te convém.
XXIII
Mulher calma, é estimá-la
Como a santa no altar.
Cabra douda, é rifá-la...
- Que não venhas cá parar.
XXIV
Este conselho te dão,
E não te levam dinheiro...
Os cornudos que aqui estão
Com S. Pedro hospitaleiro.
XXV
Invejosos quase todos
Dos conos que o mundo guarda
FAZEM MAIS UM BOCADO DE LAMENTAÇÃO.
NOTA DO AUTOR: QUASE,
PORQUE ENTRETANTO
ALGUNS BRINCAVAM UNS COM OS OUTROS.
RABOLICES!
Mas se fornicas a rodos
Tua vinda aqui não tarda!
RECOMEÇA A MORALIDADE, ESTILO
ESTÃO VERDES, NÃO PRESTAM.
ALGUNS BÊBADOS, CORNUDOS
DESPEITADOS OU AMARGURADOS.
VOZES PASTOSAS.
DEVE LER-SE: VIIINHO...VÉLHIIINHO...
XXVI
Melhor que a mulher é o vinho
Que faz esquecer a mulher...
Que faz dum amor já velhinho
Ressurgir novo prazer.
FINALE, MUITO CATÓLICO.
XXVII
Assim termina o lamento
Pois recordar é sofrer.
Ama e fode. É bom sustento!
E por nós reza um pater.
Num dia em que se achou
Mais pachorrento.
in Textos Malditos (1977) - Luiz Pacheco
Postado por Pedro Luna às 17:00 0 bocas
Marcadores: libertino, literatura, Luiz Pacheco, polemista, Surrealismo
Nelson Ned morreu há 11 anos...
Sofreu um acidente vascular cerebral em 2003, o que o levou a perder a visão do olho direito. Desde então, morava numa residência adaptada às suas necessidades em São Paulo. O cantor ainda sofria de diabetes, hipertensão e estaria desenvolvendo a doença de Alzheimer.
No dia 24 de dezembro de 2013 passou a viver numa clínica de repouso na Granja Viana, Cotia, próximo de São Paulo. Poucos dias depois, em 4 de janeiro, ele deu entrada no Hospital Regional de Cotia, com uma infeção respiratória aguda, pneumonia e problemas na bexiga.
Morreu na manhã de 5 de janeiro de 2014, no Hospital Regional de Cotia, em São Paulo, devido a complicações de um quadro de pneumonia.
Postado por Fernando Martins às 11:00 0 bocas
Marcadores: anão, boleros, Brasil, brega, gospel, música romântica, nanismo, Nelson Ned, Tudo Passará
O explorador polar Ernest Henry Shackleton morreu há cento e três anos...
Nascido no Condado de Kildare, na Irlanda, Shackleton e a sua família anglo-irlandesa mudaram-se para Sydenham, uma zona dos subúrbios de Londres, quando ele tinha dez anos de idade. A sua primeira experiência nas regiões polares foi como terceiro-oficial na Expedição Discovery liderada pelo capitão Robert Falcon Scott, em 1901–04, durante a qual foi enviado para casa mais cedo devido a problemas com escorbuto. Determinado a dar a volta a este insucesso pessoal, regressou à Antártida em 1907 à frente da Expedição Nimrod. Em janeiro de 1909, ele e mais três companheiros efetuaram uma marcha para sul que estabeleceria uma nova marca Farthest South - latitude 88° 23′ S, a 180 km do Polo Sul. Por esta conquista, Shackleton recebeu o título de cavaleiro pelo rei Eduardo VII quando regressou a casa.
Depois da corrida ao Polo Sul ter terminado em dezembro de 1911, com a conquista de Roald Amundsen, Shackleton virou a sua atenção para aquele que ele considerava ser o último grande objetivo da exploração antártica: atravessar o continente de mar a mar, passando pelo Polo. Para prosseguir com este projeto, Shackleton preparou a Expedição Transantártica Imperial (1914–17). A expedição não correu bem, com o navio, Endurance, a ficar preso no gelo e, posteriormente, a ser lentamente esmagado mesmo antes da tripulação conseguir desembarcar. Seguiu-se uma série de explorações, e um salvamento in-extremis sem, no entanto, perdas humanas, que daria o estatuto de herói a Shackleton, embora não tivesse sido imediatamente claro. Em 1921, regressou à Antártida, na Expedição Shackleton–Rowett, com a intenção de levar a cabo um programa científico. Antes mesmo de a expedição ter começado os seus trabalhos de pesquisa, Shackleton morreria de ataque cardíaco enquanto o seu navio, Quest, estava ancorado na Geórgia do Sul. A pedido da sua esposa, foi enterrado ali.
Fora das expedições, a vida de Shackleton era, geralmente, agitada e insatisfeita. Na sua busca por soluções para o seu bem-estar e segurança, criou vários negócios, mas nenhum teve sucesso. Seus assuntos financeiros eram habitualmente confusos; quando morreu, estava significativamente endividado. Após a sua morte, foi elogiado pela imprensa, mas acabou por ser, em larga medida, esquecido, enquanto a reputação do seu rival Scott foi mantida por muitas décadas. No século XX, Shackleton foi "redescoberto", tonando-se uma figura de culto, um modelo de liderança que, em circunstâncias extremas, mantinha a coesão na sua equipa numa história de sobrevivência, descrita pela historiadora polar Stephanie Barczewski como "incrível".
Suas qualidades de liderança chamaram a atenção no início do século XXI, principalmente devido ao sucesso obtido nas operações de salvamento da Expedição Transantáctica Imperial. O seu carácter é resumido na última frase do livro Shackleton's Boat Journey, de F. A. Worsley, capitão do Endurance como "As suas características mais marcantes são o seu cuidado e atenção para com o bem-estar de todos os seus homens".
(...)
Em 1920, cansado de tantas palestras, Shackleton começou a ponderar a possibilidade de uma última expedição. Pensou em ir à região do mar de Beaufort, no Ártico, uma zona ainda por explorar, e transmitiu esta ideia ao governo canadiano. Com o financiamento do seu antigo colega de escola, John Quiller Rowett, comprou um navio de pesca de focas de 125 toneladas, Foca I, ao qual lhe alterou o nome para Quest. O plano foi alterado; o destino passou a ser a Antártida, e o projeto passou a ser definido por Shackleton como uma "expedição oceanográfica e sub-antártica". Os objetivos do novo empreendimento não eram claros, mas incluíam uma circum-navegação do continente antártica e a pesquisa de algumas ilhas sub-antárticas "perdidas", como a Tuanaki.
Rowett concordou em financiar toda a expedição, que passou a ser designada por Expedição Shackleton–Rowett, e que deixou Inglaterra no dia 24 de setembro de 1921.
Apesar de muitos dos antigos tripulantes ainda não terem recebido o pagamento devido pela expedição do Endurance, muitos deles aceitaram fazer parte do novo projeto. Quando o grupo chegou ao Rio de Janeiro, Shackleton terá sofrido um ataque cardíaco. No entanto, recusou receber um exame médico apropriado, e o Quest continuou em direção a sul, chegando à Geórgia do Sul no dia 4 de janeiro de 1922.
Às primeiras horas do dia seguinte, Shackleton chamou o medico da expedição, Alexander Macklin, à sua cabina, queixando-se de dores nas costas e outros sintomas. Segundo o relato de Macklin, este disse-lhe que se andava a esforçar muito, e que devia "levar uma vida mais calma "; Shackleton respondeu-lhe: "Estão sempre a dizer-me para eu desistir das coisas, de que devo eu desistir?" "Do álcool, Chefe", respondeu Macklin. Mais tarde, às 02.50 horas de 5 de janeiro de 1922, Shackleton sofreu um ataque fatal.
Macklin, responsável pela autópsia, concluiu que a causa da morte foi um "ateroma das artérias coronárias" agravado por "esforço durante um período de maior debilidade". Leonard Hussey, um veterano da Expedição Transantártica Imperial, ofereceu-se para acompanhar o corpo até à Inglaterra; contudo, enquanto estava em Montevideo, a caminho de Inglaterra, recebeu uma mensagem de Emily Shackleton pedindo que o seu marido fosse enterrado na Geórgia do Sul. Hussey regressou à Geórgia do Sul com o corpo no Woodville e, a 5 de março de 1922, Shackleton foi sepultado no cemitério de Grytviken, após um pequeno serviço fúnebre na Igreja Luterana. Macklin escreveu no seu diário: "Penso que era esta a forma que "o Chefe" gostaria de ser enterrado, sozinho numa ilha longe da civilização, rodeado de mares tempestuosos, e na vizinhança do local de uma das suas grandes explorações.".
Postado por Fernando Martins às 10:30 0 bocas
Marcadores: Antártida, Ernest Henry Shackleton, explorador