sábado, janeiro 07, 2023

O cartonista Charles Addams nasceu há 111 anos

  
Charles Samuel Addams (Westfield, 7 de janeiro de 1912 - Nova Iorque, 29 de setembro de 1988) foi um cartunista norte-americano. Ficou célebre ao criar quadradinhos com personagens que habitavam um mundo particular, com criaturas ao estilo Frankenstein. As suas histórias foram adaptadas para a TV com o nome de "A Família Addams".

Addams trabalhou no departamento de arte de uma revista criminalista e sua função era pintar cruzes pretas nas fotografias indicando o lugar onde havia sido encontrado o cadáver. O seu humor mórbido floresceu na revista norte-americana The New Yorker, em 1936, e a sua produção era equivalente à de James Thurber e Peter Arno, com quem trabalhava. Um ano depois a revista publicaria os seus inspirados cartoons da Família cujas figuras góticas, mais tarde, ganhariam vida numa série feita para a televisão: A Família Addams. Esta série acabou sugerindo outra, igualmente famosa: Os Monstros. Vários de seus cartoons tornaram-se clássicos: o esquiador cujos esquis misteriosamente passam por uma imensa árvore, um de cada lado. 

   

 

Nicolas Cage faz hoje 59 anos

 
Nicolas Cage, nome artístico de Nicolas Kim Coppola (Long Beach, 7 de janeiro de 1964), é um ator e produtor cinematográfico ítalo-norte-americano, premiado com o Óscar de Melhor Ator, em 1996, pelo filme Leaving Las Vegas

  

A Surveyor 7 partiu, rumo à Lua, há 55 anos

Surveyor model on Earth
 
Surveyor 7 was the seventh and last lunar lander of the American unmanned Surveyor program sent to explore the surface of the Moon. A total of 21,091 pictures were transmitted to Earth.
Surveyor 7 was the fifth and final spacecraft of the Surveyor series to achieve a lunar soft landing. The objectives for this mission were to perform a lunar soft landing (in an area well removed from the maria to provide a type of terrain photography and lunar sample significantly different from those of other Surveyor missions); obtain postlanding TV pictures; determine the relative abundances of chemical elements; manipulate the lunar material; obtain touchdown dynamics data; and obtain thermal and radar reflectivity data. This spacecraft was similar in design to the previous Surveyors, but it carried more scientific equipment including a television camera with polarizing filters, a surface sampler, bar magnets on two footpads, two horseshoe magnets on the surface scoop, and auxiliary mirrors. Of the auxiliary mirrors, three were used to observe areas below the spacecraft, one to provide stereoscopic views of the surface sampler area, and seven to show lunar material deposited on the spacecraft. The spacecraft landed on the lunar surface on January 10, 1968, on the outer rim of the crater Tycho. Operations of the spacecraft began shortly after the soft landing and were terminated on January 26, 1968, 80 hours after sunset. On January 20, while the craft was still in daylight, the TV camera clearly saw two laser beams aimed at it from the night side of the crescent Earth, one from Kitt Peak National Observatory, Tucson, Arizona, and the other at Table Mountain at Wrightwood, California.
Operations on the second lunar day occurred from February 12 to 21, 1968. The mission objectives were fully satisfied by the spacecraft operations. Battery damage was suffered during the first lunar night and transmission contact was subsequently sporadic. Contact with Surveyor 7 was lost on February 21, 1968.
It was planned to be visited by the cancelled Apollo 20 mission, however Skylab and subsequent budget cuts stopped this from happening.
  
Photomosaic of a panorama taken by Surveyor 7 of its landing site
  
Surveyor 7 was the first probe to detect the faint glow on the lunar horizon after dark that is now thought to be light reflected from electrostatically levitated moon dust.
   

Aloe Blacc - 44 anos

 
Egbert Nathaniel Dawkins III (Laguna Beach, 7 de janeiro de 1979) conhecido como Aloe Blacc, é um cantautor, rapper e músico norte-americano. Ele é conhecido pelo seus singles, "I Need a Dollar"; o single de 1º lugar no Reino Unido, "The Man"; e por escrever e participar nos vocais de "Wake Me Up" de Avicii, que alcançou o 1º lugar em 22 países. 

  

in Wikipédia

 


O Imperador Hirohito do Japão morreu há trinta e quatro anos

    
Hirohito, também conhecido como Imperador Showa ou O Imperador Shōwa (Tóquio, 29 de abril de 1901 - Quioto, 7 de janeiro de 1989), foi o 124º imperador do Japão, de acordo com a ordem tradicional de sucessão, reinando de 25 de dezembro de 1926 até à sua morte, em 1989. Apesar de ser muito conhecido fora do Japão pelo seu nome pessoal, Hirohito, no Japão é atualmente reconhecido pelo seu nome póstumo, Imperador Shōwa.
No seu reinado, o Japão era uma das maiores potências - a nona maior economia do mundo, atrás da Itália, o terceiro maior país naval e um dos cinco países permanentes do conselho da Liga das Nações. Ele foi o chefe de Estado sob a limitação da Constituição do Império do Japão, durante a militarização japonesa e envolvimento na Segunda Guerra Mundial. Ele foi o símbolo do novo estado.
O seu reinado foi o mais longo de todos os imperadores japoneses, e coincidiu com um período em que ocorreram grandes mudanças na sociedade japonesa. Foi sucedido por seu filho, o imperador Akihito.
Por imposição dos Aliados, que ficam no Japão até 1950, toma medidas democratizantes, entre elas a negação do caráter divino do seu cargo, que transforma o Japão numa monarquia constitucional. Economicamente destruída pela guerra, a nação transforma-se em potência industrial no período seguinte. Hirohito abandona os rituais da corte, deixa de usar o quimono, permite a publicação de fotos da família imperial e assume publicamente sofrer de cancro. Morre em Tóquio, depois de reinar durante 63 anos (e ter sido regente 5 anos), sendo sucedido pelo seu filho Akihito.
   

A Lunar Prospector foi lançada há vinte e cinco anos

   
Lunar Prospector was the third mission selected by NASA for full development and construction as part of the Discovery Program. At a cost of $62.8 million, the 19-month mission was designed for a low polar orbit investigation of the Moon, including mapping of surface composition including polar ice deposits, measurements of magnetic and gravity fields, and study of lunar outgassing events. The mission ended July 31, 1999, when the orbiter was deliberately crashed into a crater near the lunar south pole after the presence of water ice was successfully detected.
Data from the mission allowed the construction of a detailed map of the surface composition of the Moon, and helped to improve understanding of the origin, evolution, current state, and resources of the Moon. Several articles on the scientific results were published in the journal Science.
Lunar Prospector was managed by NASA Ames Research Center with the prime contractor Lockheed Martin. The Principal Investigator for the mission was Alan Binder. His personal account of the mission, Lunar Prospector: Against all Odds, is highly critical of the bureaucracy of NASA overall, and of its contractors.
   
Lunar Prospector
Lunar Prospector transparent.png
Lunar Prospector

Mission typeLunar orbiter
OperatorNASA
COSPAR ID1998-001A
SATCAT no.25131
Mission duration570 days

Spacecraft properties
BusLM-100
ManufacturerLockheed Martin
Launch mass295 kilograms (650 lb)
Dry mass126 kilograms (278 lb)
Power202.0 W

Start of mission
Launch dateJanuary 7, 1998, 02:28:44 UTC
RocketAthena II
Launch siteCape Canaveral SLC-46
ContractorLockheed Martin Space Systems

End of mission
Decay dateJuly 31, 1999, 09:52:02 UTC

Orbital parameters
Reference systemSelenocentric
Eccentricity0.00046
Periselene altitude99.45 kilometers (61.80 mi)
Aposelene altitude101.2 kilometers (62.9 mi)
Inclination90.55 degrees
Period117.9 minutes
EpochJanuary 16, 1998[1]

Lunar orbiter
Orbital insertionJanuary 11, 1998, 10:28 UTC
Impact site87.7°S 42.1°E
Orbits~7060
Instruments
Gamma ray spectrometer (GRS)
Lunar Prospector neutron spectrometer (NS)
Alpha particle spectrometer (APS)
Doppler gravity experiment (DGE)
Magnetometer (MAG)
Electron reflectometer (ER)
Lunar Prospector insignia.png
Official insignia of the Lunar Prospector mission
  

Santa Bernadete de Lourdes nasceu há 179 anos

 
Marie-Bernard Soubirous, Maria Bernada Sobeirons em occitano (Lourdes, 7 de janeiro de 1844 - Nevers, 16 de abril de 1879), foi uma religiosa francesa, canonizada pela Igreja Católica.
Filha de um pobre moleiro chamado Francisco Soubirous e de Luísa Castèrot, Bernadette foi a primeira de nove filhos. Na sua infância trabalhou como pastora e criada doméstica. O pai esteve preso sob a acusação de furto de farinha, contudo foi absolvido.
Durante os dez primeiros anos viveu no moinho de Boly (onde nasceu). Depois, passando por graves dificuldades financeiras, a família muda-se para Lourdes onde vive em condições de miséria, morando no prédio da antiga cadeia municipal que fora abandonado pouco tempo antes. Apesar de parecer insalubre, moravam no andar superior do edifício, o do primo de Francisco Soubirous, pai de Bernadette, junto à sua mulher e seus filhos. Era um buraco infecto e sombrio, a divisão inabitável da antiga prisão abandonada por causa da insalubridade.
Desde pequena, Bernadete teve a saúde debilitada devido à extrema pobreza de sua habitação. Nos primeiros anos de vida foi acometida pelo cólera, o que a deixou extremamente enfraquecida. Em seguida, por causa também do clima frio no inverno, adquiriu asma aos dez anos. Tinha dificuldades de aprendizagem e na catequese, o que fez com que a sua primeira comunhão fosse atrasada. Não pôde frequentar a escola e até os catorze anos manteve-se absolutamente analfabeta.
Em Lourdes, uma cidade com população em torno de quatro mil habitantes, no dia 11 de fevereiro de 1858, Bernadete disse ter visto uma aparição de Nossa Senhora numa gruta denominada "massabielle", o que significa, no dialeto birgudão local - "pedra velha" ou "rocha velha" - junto à margem do rio Gave, aparição que de outra vez se lhe apresentou como sendo a "Imaculada Conceição", segundo o seu relato.
Enquanto o assunto era submetido ao exame da hierarquia eclesiástica que se comportava com cética prudência, curas cientificamente inexplicáveis foram verificadas na gruta de "massabielle". Em 25 de fevereiro de 1858, na presença de uma multidão, por ocasião de uma das suas visões, surgiu sob as mãos de Bernadete uma fonte que jorra água até os dias de hoje no volume de cinco mil litros por dia.
De acordo com o pároco da cidade, padre Dominique, que bem a conhecia, era impossível que Bernadete soubesse ou pudesse ter o conhecimento do que significava o dogma da "Imaculada Conceição", então recentemente promulgado pelo Papa. Afirmou ter tido dezoito visões da Virgem Maria no mesmo local entre 11 de fevereiro e 16 de julho de 1858.
Afirmou e defendeu a autenticidade das aparições com um denodo e uma firmeza incomuns para uma adolescente da sua idade com o seu temperamento humilde e obediente, nível de instrução e nível sócio-económico, contra a opinião geral de todos na localidade: a sua família, o clero e autoridades públicas. Pelas autoridades civis foi submetida a métodos de interrogatórios, constrangimentos e intimidações que seriam inadmissíveis nos dias de hoje. Não obstante, nunca vacilou em afirmar com toda a convicção a autenticidade das aparições, o que fez até à sua morte.
Para fugir à curiosidade geral, Bernadete refugiou-se como "pensionista indigente" no hospital das Irmãs da Caridade de Nevers, em Lourdes (1860). Ali recebe instrução e, em 1861, faz do próprio punho o primeiro relato escrito das aparições. No dia 18 de janeiro de 1862, Monsenhor Bertrand Sévère Laurence, Bispo de Tarbes, reconhece pública e oficialmente a realidade do facto das aparições.
Em julho de 1866 Bernadette inicia o seu noviciado no convento de Saint-Gildard e, em 30 de outubro de 1867, faz a profissão de religiosa da Congregação das Irmãs da Caridade de Nevers. Dedicou-se à enfermagem até ser imobilizada, em 1878, pela doença que lhe causou a morte.
Uma imensa multidão assistiu ao seu funeral, no dia 19 de abril de 1879 que foi necessário ser adiado por causa da grande afluência de gente, totalmente inesperada. Em 20 de agosto de 1908, Monsenhor Gauthey, bispo de Nevers, constitui um tribunal eclesiástico para investigar "o caso Bernadette Soubirous".
   
Local de pergrinações
Em virtude das supostas manifestações divinas nos arredores da cidade, uma relativamente grande massa de peregrinos vai à gruta, estimulados pelos rumores de curas miraculosas por intermédio da água de uma certa fonte que brotara há pouco, no exato local onde a "Senhora de Lourdes" teria aparecido. A pedido do comissário Jacomet da polícia de Lourdes, o prefeito da cidade Alexis Lacadé toma a decisão de proibir, a partir de 8 de junho de 1858, o acesso à gruta. No mês de setembro de 1858 o Imperador Napoleão III e a Imperatriz Eugénia estão em Biarritz. A imperatriz está bem informada dos acontecimentos ocorridos em Lourdes e o Imperador decide pedir explicações ao arcebispo de Auch, metropolitano de Tarbes e Lourdes. Depois, determina ao ministro de Cultos que "deseja que o acesso à gruta fique livre, como também o uso da água do manancial." No dia 2 de outubro levanta-se a proibição de acesso à Gruta de Massabielle. Lourdes, rapidamente, tornou-se um dos mais importantes centros de peregrinação da cristandade.
Assim como qualquer local onde houve ou há manifestações de uma força sobrenatural, Lourdes é hoje um grande centro de peregrinação católica, com cerca de 6 milhões de visitantes anuais, interessados não somente no turismo religioso, mas também na história, arquitetura e belezas naturais singulares da pequena cidade. Tal massa turística injeta dezenas de milhões de dólares no comércio geral, o que transforma Lourdes numa parte importante do PIB francês. Além disso, as visões de Bernadette, com as de Fátima em Portugal, foram as mais famosas de uma série de manifestações marianas que fortaleceram ainda mais o culto a Nossa Senhora como mãe de Deus. Houve também a confirmação do dogma da Imaculada Conceição, que fora declarado pelo Papa pouco tempo antes.
     
Canonização
Foi canonizada em 8 de dezembro de 1933, festa da Imaculada Conceição, pelo Papa Pio XI como Santa Bernadete de Lourdes, depois de terem sido reconhecidas pela Santa Sé a heroicidade das suas virtudes pessoais e curas milagrosas a ela atribuídas após a sua morte. A sua festa litúrgica é celebrada na Igreja Católica no dia 16 de abril. Na França, é celebrada no dia 18 de fevereiro. A ela tem sido atribuídos vários milagres. Em 1983 o Papa João Paulo II esteve em Lourdes em peregrinação e ali retornou em agosto de 2004. 
     

O miserável Massacre do Charlie Hebdo foi há oito anos...

      
O Massacre do Charlie Hebdo foi um atentado terrorista que atingiu o jornal satírico francês Charlie Hebdo a 7 de janeiro de 2015, em Paris, resultando em doze pessoas mortas e cinco gravemente feridas. O ataque foi perpetrado pelos irmãos Saïd e Chérif Kouachi, vestidos de preto e armados com Kalashnikovs, na sede do semanário no 11º Bairro de Paris, supostamente como forma de protesto contra a edição Charia Hebdo, que ocasionou polémica no mundo islâmico e foi recebida como um insulto aos muçulmanos. Mataram 12 pessoas, incluindo uma parte da equipa do Charlie Hebdo e dois agentes da polícia nacional francesa, ferindo durante o tiroteio mais outras 11 pessoas que estavam próximas do local.
No mesmo dia, outro francês muçulmano, Amedy Coulibaly, ligado aos atacantes do jornal (conhecia bem Chérif Kouachi) matou a tiros uma polícia em Montrouge, na periferia de Paris, e no dia seguinte invadiu um supermercado kosher (judeu) perto da Porta de Vincennes, fazendo reféns, quatro deles mortos pelo Coulibaly no novo ataque, que terminou após a invasão do estabelecimento pela polícia francesa. No dia 11 de janeiro, após as acções e a morte de Coulibaly, um vídeo é publicado na Youtube a reivindicar os atos: A. Coulibaly confirma a sua responsabilidade no ataque a Montrouge; também se afirma como membro do Estado Islâmico do Iraque e do Levante. No total, durante os eventos entre 7 a 9 de janeiro, ocorreram 17 mortes em atentados terroristas na região de Île-de-France, em Paris.
Centenas de pessoas e personalidades manifestaram o seu repúdio aos ataques orquestrados contra o jornal. O presidente da França, François Hollande, decretou luto nacional no país no dia seguinte ao atentado. Em 11 de janeiro, cerca de três milhões de pessoas em toda a França, incluindo mais de 40 líderes mundiais, fizeram uma grande manifestação de unidade nacional para homenagear as 17 vítimas dos três dias de terror. A frase "Je suis Charlie" (em francês, significando "Eu sou Charlie") transformou-se num sinal comum, em todo o mundo, para mostrar solidariedade contra os ataques e com a liberdade de expressão.
    
    

Nikola Tesla morreu há oitenta anos...

        
Nikola Tesla (Smiljan, Império Austríaco, 10 de julho de 1856 - Nova Iorque, 7 de janeiro de 1943) foi um inventor nos campos da engenharia mecânica e electrotécnica, de etnia sérvia, nascido na aldeia de Smiljan, Vojna Krajina, no território da atual Croácia. Era súbdito do Império Austríaco no nascimento e mais tarde tornou-se um cidadão americano. Tesla é muitas vezes descrito como um importante cientista e inventor da modernidade, um homem que "espalhou luz sobre a face da Terra". É mais conhecido pela suas muitas contribuições revolucionárias no campo do electromagnetismo no fim do século XIX e início do século XX. As patentes de Tesla e o seu trabalho teórico formam as bases dos modernos sistemas de potência eléctrica em corrente alternada (AC), incluindo os sistemas polifásicos de distribuição de energia e o motor AC, com os quais ajudou na introdução da Segunda Revolução Industrial.
Depois da sua demonstração de transmissão sem fios (rádio) em 1894 e após ser o vencedor da "Guerra das Correntes", tornou-se largamente respeitado como um dos maiores engenheiros electrotécnicos que trabalhavam nos EUA. Muitos dos seus primeiros trabalhos foram pioneiros na moderna engenharia electrotécnica e muitas das suas descobertas foram importantes a desbravar caminho para o futuro. Durante este período, nos Estados Unidos, a fama de Tesla rivalizou com a de qualquer outro inventor ou cientista da história e cultura popular, mas devido à sua personalidade excêntrica e às suas afirmações, aparentemente bizarras e inacreditáveis, sobre possíveis desenvolvimentos científicos, Tesla caiu eventualmente no ostracismo e era visto como um cientista louco. Nunca tendo dado muita atenção às suas finanças, Tesla morreu pobre, aos 86 anos.
A unidade de SI que mede a densidade do fluxo magnético ou a indução magnética (geralmente conhecida como campo magnético "B"), o tesla, foi nomeada em sua honra (na Conférence Générale des Poids et Mesures, Paris, 1960), assim como o efeito Tesla da transmissão sem-fios de energia para aparelhos electrónicos com energia sem fios, que Tesla demonstrou numa escala menor (lâmpadas elétricas) já em 1893 e aspirava usar para a transmissão intercontinental de níveis industriais de energia no seu projeto inacabado da Wardenclyffe Tower.
À parte os seus trabalhos em electromagnetismo e engenharia electromecânica, Tesla contribuiu em diferentes medidas para o estabelecimento da robótica, controle remoto, radar e ciência computacional, e para a expansão da balística, física nuclear e física teórica.
   

Mário Soares morreu há seis anos...

Retrato oficial do Presidente Mário Soares (1992), por Júlio Pomar
      
Mário Alberto Nobre Lopes Soares (Lisboa, 7 de dezembro de 1924Lisboa, 7 de janeiro de 2017) foi um político português.
Político de profissão e vocação, co-fundador do Partido Socialista, a 19 de abril de 1973, Mário Soares iniciou na juventude o seu percurso político, integrando grupos de oposição ao Estado Novo, primeiro ligado ao Partido Comunista Português - MUNAF e MUD - e depois na oposição não comunista - Resistência Republicana e Socialista, que funda com dissidentes do PCP e através do qual entrará para o Diretório Democrato-Social. Pela sua atividade oposicionista foi detido 12 vezes pela PIDE - cumprindo cerca de três anos de cadeia (Aljube, Caxias e Penitenciária) - e, posteriormente, deportado para São Tomé. Permaneceu nessa ilha até o governo de Marcello Caetano lhe permitir o regresso a Portugal, sendo, posteriormente às eleições de 1969 - nas quais Soares foi cabeça-de-lista pela CEUD em Lisboa - forçado a abandonar o país, optando pelo exílio em França.
No processo de transição democrática subsequente ao 25 de abril de 1974 Mário Soares afirmou-se como líder partidário no campo democrático, contra o Partido Comunista, batendo-se pela realização de eleições. Foi ainda Ministro de alguns dos governos provisórios - Ministro dos Negócios Estrangeiros, logo no I Governo Provisório, ficou associado ao processo de descolonização, defendendo de forma intransigente a independência e autodeterminação das províncias ultramarinas.
Vencedor das primeiras eleições legislativas realizadas em democracia, foi Primeiro-Ministro dos dois primeiros governos constitucionais, o I e II governos constitucionais, este último de coligação com o CDS. A sua governação foi marcada pela instabilidade democrática - nomeadamente, pela tensão entre o Governo e o Presidente da República - Conselho da Revolução - pela crise financeira e pela necessidade de fazer face à paralisação da economia ocorrida após o 25 de abril, que levou o Governo a negociar um grande empréstimo com os EUA. Ao mesmo tempo, foi um período em que o Governo, e Soares em particular, se empenhou em desenvolver contactos com outros líderes europeus, tendentes à adesão de Portugal às Comunidades Europeias.
Líder da oposição entre 1979 e 1983, no ano de 1982, Mário Soares conduziu o PS ao acordo com o PSD e o CDS (que então formavam um governo chefiado por Francisco Pinto Balsemão) para levar a cabo a revisão constitucional de 1982, que permitiu a extinção do Conselho da Revolução, a criação do Tribunal Constitucional e o reforço dos poderes da Assembleia da República.
Foi, de novo, Primeiro-Ministro do IX governo, do chamado Bloco Central, num período marcado por uma nova crise financeira e pela intervenção do FMI em Portugal.
Posteriormente, foi Presidente da República durante dois mandatos, entre 1986 e 1996, vencendo de forma tangente, e à segunda volta, as eleições presidenciais de 1986, e com larga maioria as de 1991, em que contou não só com o apoio do PS como do PSD, de Cavaco Silva. Sendo o primeiro civil a exercer o cargo de Presidente da República, deixou patente um novo estilo presidencial, promovendo a proximidade com as populações e a projeção de Portugal no estrangeiro; sendo marcado ao mesmo tempo pela tensão política com os governos de Cavaco Silva e pelo polémico caso TDM (Teledifusão de Macau).

El-Rei D. Dinis morreu há 698 anos...

 
D. Dinis I de Portugal (Lisboa [?], 9 de outubro de 1261 - Santarém, 7 de janeiro de 1325) foi o sexto Rei de Portugal, com o cognome de o Lavrador, pelo grande impulso que deu à agricultura e ampliação do pinhal de Leiria ou o Rei-Poeta, devido à sua obra literária.
Filho de D. Afonso III de Portugal e da infanta Beatriz de Castela, foi aclamado em Lisboa em 1279, tendo subido ao trono com 17 anos. Em 1282 desposou Isabel de Aragão, que ficaria conhecida como a Rainha Santa.
  
   
Ao longo de 46 anos a governar os Reinos de Portugal e dos Algarves foi um dos principais responsáveis pela criação da identidade nacional e o alvor da consciência de Portugal enquanto estado-nação: em 1297, após a conclusão da Reconquista pelo seu pai, definiu as fronteiras de Portugal no Tratado de Alcanizes, prosseguiu relevantes reformas judiciais, instituiu a língua Portuguesa como língua oficial da corte, criou a primeira Universidade portuguesa, libertou as Ordens Militares no território nacional de influências estrangeiras e prosseguiu um sistemático acréscimo do centralismo régio. A sua política centralizadora foi articulada com importantes ações de fomento económico - como a criação de inúmeros concelhos e feiras. D. Dinis ordenou a exploração de minas de cobre, prata, estanho e ferro e organizou a exportação da produção excedente para outros países europeus. Em 1308 assinou o primeiro acordo comercial português com a Inglaterra. Em 1312 fundou a marinha Portuguesa, nomeando 1ºAlmirante de Portugal, o genovês Manuel Pessanha, e ordenando a construção de várias docas.
Foi grande amante das artes e letras. Tendo sido um famoso trovador, cultivou as Cantigas de Amigo, de Amor e a sátira, contribuindo para o desenvolvimento da poesia trovadoresca na península Ibérica. Pensa-se ter sido o primeiro monarca português verdadeiramente alfabetizado, tendo assinado sempre com o nome completo. Culto e curioso das letras e das ciências, terá impulsionado a tradução de muitas obras para português, entre as quais se contam os tratados do seu avô, o Rei de Castela Afonso X, o Sábio. Foi o responsável pela criação da primeira Universidade portuguesa, inicialmente instalada na zona do actual Largo do Carmo, em Lisboa e por si transferida, pela primeira vez, para Coimbra, em 1308. Esta universidade, que foi transferida várias vezes entre as duas cidades, ficou definitivamente instalada em Coimbra em 1537, por ordem de D. João III.
Entre 1320 e 1324 houve uma guerra civil que opôs o rei ao futuro Afonso IV. Este julgava que o pai pretendia dar o trono a Afonso Sanches. Nesta guerra, o rei contou com pouco apoio popular, pois nos últimos anos de reinado deu grandes privilégios aos nobres. O infante contou com o apoio dos concelhos. Apesar dos motivos da revolta, esta guerra foi no fundo um conflito entre grandes e pequenos.
Após a sua morte, em 1325 foi sucedido pelo seu filho legítimo, Afonso IV de Portugal, apesar da oposição do seu favorito, o filho natural Afonso Sanches.
  

 

D. Dinis
  
Dorme na tua glória, grande rei
Poeta!
Não acordes agora.
A hora
Não te merece.
A pátria continua,
Mas não parece
A mesma que te viu a majestade.
Dorme na eternidade
Paciente
De quem num areal
Semeou um futuro Portugal,
Confiado na graça da semente.

     
     
    

in Diário XIV (1987) - Miguel Torga

Neil Peart, o baterista dos Rush, morreu há três anos...

     
Neil Ellwood Peart (Hamilton, 12 de setembro de 1952 - Santa Mónica, 7 de janeiro de 2020) foi  um músico canadiano, baterista da banda de rock progressivo Rush, e escritor. Este era considerado por muitos e pela revista Rolling Stone o melhor baterista de todos os tempos
Peart recebeu inúmeros prémios pelas suas performances musicais e era conhecido pela sua agilidade, proficiência e energia.
Peart cresceu em Port Dalhousie, Ontário no Canadá (agora parte de St. Catharines) trabalhando em serviços ocasionais. Com 13 anos, Neil recebeu um par de baquetas, algumas almofadas de aprendizagem e lições de bateria, com a promessa de que se estudasse durante um ano com afinco, os seus pais lhe comprariam uma bateria. Como prometido, recebeu a sua primeira bateria aos 14 anos e passou a praticar rigorosamente.
Durante a adolescência, ele tocou em bandas regionais e eventualmente acabou por desistir dos estudos para dedicar-se a tempo integral à sua carreira de baterista. Após uma temporada desencorajadora na Inglaterra, Peart retornou a casa, onde ingressou numa banda regional de Toronto, Rush, no verão de 1974.
No começo da carreira, o estilo de tocar de Peart foi desenvolvido com base no hard rock. Assim tirou a maioria da sua inspiração de bateristas como Keith Moon e John Bonham, que estavam no destaque nesta área musical no Reino Unido. Entretanto, conforme o tempo foi passando, começou a absorver a influência de músicos de jazz e das big bands como Gene Krupa e Buddy Rich. Em 1994, Peart tornou-se amigo e pupilo do instrutor de jazz Freddie Gruber. Foi durante esse tempo que decidiu renovar o seu estilo de tocar, incorporando componentes do swing e do próprio jazz. Gruber foi também responsável por lhe mostrar produtos da Drum Workshop, a companhia que fornecia os produtos da bateria do músico.
Além de ser músico, Peart também foi um escritor prolífico, havendo produzido diversas memórias e anotações sobre suas viagens. Peart também era o letrista principal dos Rush. Ao escrever letras para a banda, Peart utilizava temas universais como ficção científica, fantasia e filosofia, assim como temas seculares, humanitários e libertaristas. Todos os seus cinco livros são relatos de viagens não-ficcionais, nos quais recorria a temas da sua vida também. Peart morava em Santa Mónica, na Califórnia, com a sua esposa, Carrie Nuttall, e sua filha, Olivia Louise. Também possuía uma casa no Quebec e passava tempo em Toronto por causa das gravações.
Em termos musicais, Peart recebeu vários prémios pelas suas performances e gravações e foi extensivamente considerado pela sua resistência, força, habilidade e virtude. Em termos de influência, ele foi um dos mais importantes bateristas da história, e constantemente classificado como um dos maiores bateristas de todos os tempos. Morreu a 7 de janeiro de 2020, vítima de um cancro no cérebro, com o qual lutava há três anos.
  
   

 


sexta-feira, janeiro 06, 2023

Gustave Doré nasceu há 191 anos

Paul Gustave Doré (Estrasburgo, 6 de janeiro de 1832 - Paris, 23 de janeiro de 1883) foi um pintor, desenhador e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros do século XIX. O seu estilo caracterizava-se por uma inclinação para a fantasia, mas também produziu trabalhos mais sóbrios, como os notáveis estudos sobre as áreas pobres de Londres, realizados entre 1869 e 1871.


Max Bruch nasceu há 185 anos

   
Max Christian Friedrich Bruch, também conhecido como Max Karl August Bruch (Colónia, 6 de janeiro de 1838 - Berlim, 2 de outubro de 1920), foi um compositor e regente alemão do período romântico da Música Erudita. Max Bruch escreveu mais de 200 obras musicais, incluindo três concertos para violino, um dos quais é considerado "pièce de résistance" do reportório violinístico.
O seu pai era um inspetor de polícia e a sua mãe era uma soprano. Desde pequeno, Bruch já demonstrava talento musical, conforme atestou Ignaz Moscheles, e por isso recebeu uma educação voltada para a área. O seu primeiro professor foi o compositor e pianista Ferdinand Hiller, a quem Robert Schumann dedicou o seu "Concerto para Piano".
Por esta razão, aos 11 anos já tinha composto algumas obras, que eram interpretadas em público. Em 1852, quando tinha somente 16 anos de idade, compôs a sua primeira sinfonia e um quarteto para cordas que lhe valeu um prémio da Fundação Mozart em Frankfurt e uma bolsa de estudos.
No ano seguinte Bruch iniciou os seus estudos musicais em Frankfurt, continuando-os mais tarde em Leipzig. Após cinco anos passaria a trabalhar durante três anos em Colónia como professor de música. Entre 1861 e 1865 fez numerosas viagens pela Alemanha, Áustria, França e Bélgica, onde deu recitais. No fim desse período aceitou o cargo de diretor de música em Coblenz (onde ficou até 1867) e mais tarde de maestro na Turíngia.
Em 1870, Bruch estabeleceu-se em Berlim, aonde retornou ao trabalho como o professor de música. Em 1880, aos 42 anos, casou com uma cantora, com quem teve quatro filhos. Neste mesmo ano foi nomeado diretor da Orquestra Filarmónica de Liverpool, na Inglaterra, onde permaneceu durante três anos. Em seguida dirigiu a Orquestra da cidade de Breslau (já na Alemanha), até que, em 1891, se tornou diretor da Escola de Composição de Berlim. Nos anos seguintes, Bruch é reconhecido em repetidas ocasiões. Recebe o título de "Professor Honoris Causa" pelas Universidades de Cambridge e Berlim. Em Berlim, ingressa na Academia de Belas Artes como diretor.
Nos dez últimos anos da sua vida Bruch renuncia a todas as suas funções e dedica-se inteiramente à composição. Entre as suas obras mais importantes estão os seus concertos para violino, o qual o "Concerto n.º 1 em Sol menor para Violino e o Orquestra" continua tendo no ainda hoje uma aceitação extraordinária, comparado ao Concerto para o violino de Mendelssohn. Também são muito conhecidas hoje em dia sua "Fantasia Escocesa", para Violino e Orquestra, as "Danças Suecas" e as suas "Variações sobre o Kol Nidrei", para o Violoncelo e Orquestra, baseadas em melodias litúrgicas judaicas.
O sucesso de Kol Nidrei levou a uma assunção generalizada de que Bruch era de origem judaica, embora isso fosse refutado pelo músico e não houvesse evidências a favor dessa hipótese. Mesmo assim, apesar das repetidas negações da origem judaica por parte da família remanescente, enquanto os nazis estiveram no poder (1933–1945), as performances da sua música eram raras porque era considerado como "provavelmente de origem judaica", por ter escrito música inspirada em temas judaicos. Por causa disso, a sua música foi largamente olvidada nos países de língua oficial alemã. 
Bruch compôs muitas outras obras que foram populares no seu tempo, como as suas três sinfonias, as suas óperas (entre elas especialmente "Loreley") e os seus corais e cantatas.
Max Bruch morreu em 1920, em Berlim, aos 82 anos de idade. Está sepultado no Alter St.-Matthäus-Kirchhof Berlin.
      

 


Vimos-lhe Cantar os Reis...

 

Vimos-lhe Cantar os Reis 

 

Vimos-lhe cantar os Reis 

Com prazer e alegria 

Que nasceu o Deus menino 

Filho da Virgem Maria 

 

 Casa modesta onde mora 

Gente de boa vontade 

Santas noites para todos 

Que a paz nunca se acabe 

   

Vimos-lhe cantar os Reis

Com prazer e alegria 

Que nasceu o Deus menino 

Filho da Virgem Maria

   

Nesta noite tão escura 

'Stá uma 'strela a brilhar 

Glória a Deus nas alturas 

Ouvem-se os anjos cantar 

   

Vimos-lhe cantar os Reis

Com prazer e alegria 

Que nasceu o Deus menino 

Filho da Virgem Maria 

  

Despedimo-nos cantando 

Com muito amor e carinho 

Venha de lá o presunto 

E um copo p’ró caminho.