sábado, maio 09, 2020

Ulrike Meinhof morreu há 44 anos

Ulrike Meinhof em 1964, antes da RAF e da clandestinidade, com cerca de 30 anos
    
Ulrike Marie Meinhof (Oldemburgo, 7 de outubro de 1934 - Estugarda, 9 de maio de 1976) foi uma jornalista, escritora, ativista e guerrilheira alemã, mais conhecida como fundadora e integrante da organização armada de extrema-esquerda Fração do Exército Vermelho (RAF) ou Grupo Baader-Meinhof, atuante na Alemanha Ocidental por três décadas.
Presa em junho de 1972 e acusada de diversos crimes, depois de dois anos de participação nas atividades da RAF (entre eles assaltos, atentados à bomba, assassinatos e formação de organização terrorista), morreu na sua cela, na prisão de Stammheim, em Estugarda, por enforcamento, em maio de 1976. A sua morte, se por suicídio ou assassinato, é alvo de controvérsia até hoje.
  
      

Floyd Council morreu há 44 anos


Floyd Council (Chapel Hill, Carolina do Norte, 2 de setembro de 1911 - Sanford, Carolina do Norte, 9 de maio de 1976) foi um músico de blues norte-americano. Nasceu em Chapel Hill, Carolina do Norte, filho de Harrie e Lizzie Council, e começou a sua carreira musical nas ruas de Chapel Hill nos anos 20 com os seus dois irmãos, Leo e Thomas.
Segundo uma entrevista de 1969, Floyd teria gravado 27 músicas ao longo da sua carreira, sete delas acompanhando Blind Boy Fuller.
Nos anos 60, Floyd sofreu um derrame cerebral que lhe paralisaram parcialmente os músculos da garganta e diminuíram a atividade motora, continuando no entanto, bastante lúcido.
Mudou-se entretanto para Sanford, Carolina do Norte, onde morreu de um ataque de coração, em 1976.
Discografia
Não existe nenhuma gravação do trabalho de Floyd Council; no entanto o CD "Carolina Blues" apresenta seis músicas gravadas por ele. A série "Complete Recorded Works" de Blind Boy Fuller contém muitas faixas em que Floyd tocou guitarra.
Pink Floyd
Syd Barrett formou uma banda nos anos 60 chamada Pink Floyd, alegadamente, usando os primeiros nomes de Pink Anderson e Floyd Council.
   
  

Dave Gahan, o vocalista dos Depeche Mode, faz hoje 58 anos

   
Dave Gahan (Epping, Essex, 9 de maio de 1962) é o vocalista da banda inglesa de synth pop Depeche Mode.
   
Biografia
Muito popular pela sua voz poderosa, expressão, animação e interação com o público nos shows, também lançou um disco a solo em 2003, chamado “Paper Monsters”, onde demonstra a sua criatividade e habilidade como compositor e músico. Até uma harmónica e um piano de criança (da filha dele) são tocados no álbum.
O seu histórico de asneiras inclui roubo de carros, vandalismo, drogas e graffitis na cidade de Basildon, Inglaterra. Antes de fazer 14 anos, já tinha ido para o tribunal de menores três vezes, possivelmente pelos problemas familiares que sofria na época, como a descoberta do seu verdadeiro pai. Já foi preso também por posse de drogas (heroína).
Foi convidado por Vince Clarke para fazer parte dos Depeche Mode, após impressioná-lo com a sua performance com a canção "Heroes", de David Bowie, em 1980. Foi Dave que sugeriu o nome "Depeche Mode" para a banda, depois de ter visto uma revista francesa com o mesmo nome. Dave também compôs, dentro dos Depeche Mode, as músicas "Suffer Well", "I Want It All" e "Nothing is Impossible", do álbum Playing The Angel. "Suffer Well" virou um single.
David é casado com Jennifer Sklias-Gahan, de quem tem uma filha, Stella Rosa. Do seu primeiro casamento, com Joanne, tem um filho, Jack. Já trabalhou como pedreiro, repositor de supermercado e vendedor de bebidas.
   
  

Aldo Moro foi assassinado pelas Brigadas Vermelhas há 42 anos

   
Ocupou por cinco vezes o cargo de primeiro-ministro da Itália. Membro ativo da Igreja Católica, foi um dos líderes mais destacados da democracia cristã na Itália.
Sequestrado a 16 de março de 1978 pelo grupo terrorista Brigadas Vermelhas, foi assassinado depois de 55 dias de cativeiro.
Há várias teorias acerca os motivos da recusa do governo italiano em negociar a libertação de Aldo Moro com os sequestradores e sobre os interesses envolvidos no seu sequestro e morte. Segundo o historiador Sergio Flamigni, as Brigadas Vermelhas foram usadas pela Gladio, rede dirigida pela NATO, de modo a justificar a manutenção da estratégia da tensão. O filósofo Antonio Negri chegou a ser preso, acusado de ser o inspirador da ação das Brigadas Vermelhas e do assassinato de Aldo Moro.
   


sexta-feira, maio 08, 2020

Ricky Nelson nasceu há oitenta anos


   
Eric Hilliard Nelson (Teaneck, 8 de maio de 1940De Kalb, 31 de dezembro de 1985), mais conhecido como Ricky Nelson, foi um cantor, compositor e ator dos Estados Unidos. Ele colocou cinquenta e três canções na Billboard Hot 100 entre 1957 e 1973, incluindo dezanove hits entre os dez primeiros colocados.
Nelson começou sua carreira em 1949 tocando sozinho na radionovela, The Adventures of Ozzie and Harriet (As aventuras de Ozzie e Harriet), e, em 1952, apareceu em seu primeiro filme, Here Come the Nelsons (Aqui vão os Nelsons). Em 1957, ele gravou seu primeiro single, começando como cantor na versão televisiva do siticom e gravou o seu primeiro álbum, Ricky. Em 1958, Nelson gravou a sua primeira música a ficar no topo, "Poor Little Fool", e, em 1959, recebeu um Globo de Ouro como o Revelação Masculina; depois que ele fez um filme de cow-boys, Rio Bravo. Alguns filmes vieram a seguir e, quando a série foi cancelada em 1966, Nelson fez algumas aparições eventuais como astro convidado em vários programas de televisão. Nelson e Sharon Kristin Harmon casaram a 20 de abril de 1963 e divorciaram-se em dezembro de 1982. Eles tiveram 4 filhos: Tracy Kristine, os gémeos Gunnar Eric e Matthew Gray, e Sam Hilliard. Em 14 de fevereiro de 1981, Nelson teve um filho com Georgeann Crewe (um teste sanguíneo em 1985 confirmou a paternidade). Nelson estava a namorar com Helen Blair quando morreu, num acidente de avião, em 31 de dezembro de 1985.
O seu nome foi incluído no Hall da Fama do Rock and Roll, a 21 de janeiro de 1987.
   
    

António José da Silva, dito O Judeu, nasceu há 315 anos

(imagem daqui)
   
António José da Silva (Rio de Janeiro, 8 de maio de 1705  - Lisboa, 19 de outubro de 1739) foi um escritor e dramaturgo português nascido no Brasil colónia. Recebeu o epíteto de O Judeu.
Nasceu numa fazenda nos arredores do Rio de Janeiro e mudou-se para a Candelária com a família. Baptizado, mas, de origem judaica, foi vítima da perseguição que dizimou a comunidade dos cristãos-novos do Rio de Janeiro em 1712. Em Lisboa, o dramaturgo e escritor, foi preso pela Inquisição portuguesa junto com a sua a mãe, a tia, o irmão (André) e a sua mulher, Leonor Maria de Carvalho, que se encontrava grávida. Viria a morrer na fogueira às mãos da Inquisição, num auto-de-fé. A sua vida é retratada no filme luso-brasileiro O Judeu (1995).
  
(...)
  
Foi um escritor profícuo, tendo escrito sátiras, criticando a sociedade portuguesa da época. As suas comédias ficaram conhecidas como a obra do "Judeu" e foram encenadas frequentemente em Portugal nos anos da década de 1730. Influenciado pelas ideias igualitárias do Iluminismo francês, o dramaturgo ligou-se a um grupo de “estrangeirados”, formado por eminentes figuras como o brasileiro Alexandre de Gusmão (1695-1753), o principal conselheiro do rei D. João V. A sua obra teatral inspirava-se no espírito e na linguagem do povo, rompendo com os modelos clássicos e incorporando o canto e a música como elemento do espetáculo. Uma delas foi "Vida do Grande Dom Quixote de La Mancha", representada em 1733. Oito de suas óperas, publicadas em 1744, em dois volumes, na série que ostenta o título Theatro comico portuguez, foram recuperadas em 1940, pelo pesquisador Luís Freitas Branco. Mais tarde o musicólogo Felipe de Souza confirmou a parceria de António José com o Padre Antonio Teixeira, autor das músicas.
   

O Marquês de Pombal morreu há 238 anos


Sebastião José de Carvalho e Melo, primeiro Conde de Oeiras e Marquês de Pombal (Lisboa, 13 de maio de 1699Pombal, 8 de maio de 1782) foi um nobre, diplomata e estadista português. Foi secretário de Estado do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.
Representante do despotismo esclarecido em Portugal no século XVIII, viveu num período da história marcado pelo iluminismo. Iniciou com esse intuito várias reformas administrativas, económicas e sociais. Acabou com a escravatura em Portugal Continental a 12 de fevereiro de 1761 e, na prática, com os autos de fé em Portugal e com a discriminação dos cristãos-novos, apesar de não ter extinguido oficialmente a Inquisição portuguesa, em vigor "de jure" até 1821.
A sua administração ficou marcada por duas contrariedades célebres: o primeiro foi o Terramoto de Lisboa de 1755, um desafio que lhe conferiu o papel histórico de renovador arquitectónico da cidade. Pouco depois, o Processo dos Távoras, uma intriga com consequências dramáticas. Foi um dos principais responsáveis pela expulsão dos Jesuítas de Portugal e das suas colónias.
  

Brasão dos Marqueses de Pombal (daqui)
   

A Revolução Francesa cortou uma das cabeças mais brilhantes de sempre há 226 anos

   
Antoine Laurent de Lavoisier (Paris, 26 de agosto de 1743 - Paris, 8 de maio de 1794) foi um químico francês, considerado o criador da química moderna.
Foi o primeiro cientista a enunciar o princípio da conservação da matéria. Além disso identificou e batizou o oxigénio, refutou a teoria flogística e participou na reforma da nomenclatura química. Célebre por seus estudos sobre a conservação da matéria, mais tarde imortalizado pela frase popular:
Na Natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Lavoisier é considerado o pai da química. Foi ele quem descobriu que a água é uma substância composta, formada por dois átomos de hidrogénio e um de oxigénio: o H2O. Essa descoberta foi muito importante para a época, pois, segundo a teoria de Tales de Mileto, que ainda era aceita, a água era um dos quatro elementos terrestres primordiais, a partir da qual outros materiais eram formados.
Em 16 de dezembro de 1771 Lavoisier casou com uma jovem aristocrata, de nome Marie-Anne Pierrette Paulze. A sua mulher tornou-se num dos seus mais importantes colaboradores, não só devido ao seu conhecimento de línguas (em particular o inglês e o latim), mas também pela sua capacidade de ilustradora. Marie-Anne foi responsável pela tradução, para francês, de obras científicas escritas em inglês e em latim, fazendo ilustrações de algumas das experiências mais significativas feitas por Lavoisier.
Ele viveu na época em que começava a Revolução Francesa, quando o terceiro estado (camponeses, burgueses e comerciantes) ficaria com o poder da França.
Foi morto pela mesma, pois era muito mal visto pela população, que pensava que, por ser de uma família nobre, Lavoisier, também participaria do corrupto sistema cheio de impostos sobre a sociedade.
Foi guilhotinado após um julgamento sumário em 8 de maio de 1794. Joseph-Louis de Lagrange, um importante matemático, contemporâneo de Lavoisier disse:
Não bastará um século para produzir uma cabeça igual à que se fez cair num segundo.

   

Gauguin morreu há 117 anos


Auto-retrato com halo, 1889

Eugène-Henri-Paul Gauguin (Paris, 7 de junho de 1848 - Ilhas Marquesas, 8 de maio de 1903) foi um pintor francês do pós-impressionismo.

Apesar de nascido em Paris, Gauguin viveu os primeiros sete anos da sua vida em Lima, no Peru, para onde seus pais foram após a chegada de Napoleão III ao poder. O seu pai pretendia trabalhar num jornal da capital peruana e foi o idealizador da viagem. Porém, durante a longa e terrível viagem de navio acabou por adoecer e faleceu no mar alto. Assim, o futuro pintor desembarcou em Lima apenas com sua a mãe e a irmã.
Quando voltou para o seu país natal, em 1855, Gauguin estudou em Orléans e, aos 17 anos, ingressou na marinha mercante e correu o mundo. Trabalhou de seguida numa corretora de valores parisiense e, em 1873, casou-se com a dinamarquesa Mette Sophie Gad, de quem teve cinco filhos.
Aos 35 anos, após a queda da Bolsa de Paris, tomou a decisão mais importante de sua vida: dedicar-se totalmente à pintura. Começou assim uma vida de viagens e boémia, que resultou numa produção artística singular e determinante das vanguardas do século XX. Ao contrário de muitos pintores, não se incorporou ao movimento impressionista da época. Expôs pela primeira vez em 1876, mas não seria uma vida fácil, tendo atravessado dificuldades económicas, problemas conjugais, privações e doenças.
Foi então para Copenhaga, onde acabou ocorrendo o rompimento do seu casamento.
A sua obra, longe de poder ser enquadrada em algum movimento, foi tão singular como as de Van Gogh ou Paul Cézanne. Apesar disso, teve seguidores e pode ser considerado o fundador do grupo Les Nabis, que, mais do que um conceito artístico, representava uma forma de pensar a pintura como filosofia de vida.
As suas primeiras obras tentavam captar a simplicidade da vida no campo, algo que ele consegue com a aplicação arbitrária das cores, em oposição a qualquer naturalismo, como demonstra o seu famoso Cristo Amarelo,em que as cores se estendem planas e puras sobre a superfície, quase decorativamente.
O pintor parte para o Taiti em busca de novos temas e para se libertar dos condicionamentos da Europa. Então as suas telas surgem carregadas da iconografia exótica do lugar, e não faltam cenas que mostram um erotismo natural, fruto, segundo conhecidos do pintor, de sua paixão pelas nativas. A cor adquire mais preponderância representada pelos vermelhos intensos, amarelos, verdes e violetas.
Morou durante algum tempo em Pont-Aven, na Bretanha, onde a sua arte amadureceu. Posteriormente, morou no sul da França, onde conviveu com Vincent Van Gogh. Numa viagem à Martinica, em 1887, Gauguin passou a renegar o impressionismo e a empreender o "retorno ao princípio", ou seja, à arte primitivista.
Decidiu então voltar ao Taiti, porém não dispunha de recursos financeiros. Com o auxílio de amigos, também artistas, organizou um grande leilão das suas obras.
Colocou à venda cerca de 40 peças. A maioria foi comprada pelos próprios amigos de Gauguin, como por exemplo Theo Van Gogh, irmão de Vincent van Gogh, que trabalhava para a Casa Goupil (importante estabelecimento que trabalhava com obras de arte).
Mesmo conseguindo menos de 3 mil francos, em meados de 1891 regressou ao Taiti, onde pintou cerca de uma centena de quadros sobre temas indígenas, como "Vahiné no te tiare" ("A rapariga com a flor") e "Mulheres de Taiti", além de executar inúmeras esculturas e escrever um livro, Noa noa.
Quando voltou a Paris, realizou uma exposição individual na galeria de Durand-Ruel, voltou ao Taiti, mas fixou-se definitivamente na ilha Dominica. Nessa fase, criou algumas de suas obras mais importantes, como "De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?", uma tela enorme que sintetiza toda a sua pintura, realizada antes de uma frustrada tentativa de suicídio utilizando arsénio.
Em setembro de 1901, transferiu-se para a ilha Hiva Oa, uma das Ilhas Marquesas, onde veio a falecer de sífilis.
Encontra-se sepultado no Cemitério de Atuona, Atuona, Arquipélago das Marquesas na Polinésia Francesa.

Gauguin desenvolveu as técnicas do "sintetismo" e "cloisonnisme" (alveolismo), estilos de representação simbólica da natureza onde são utilizadas formas simplificadas e grandes campos de cores vivas chapadas, que ele fechava com uma linha negra, e que mostravam uma forte influência das gravuras japonesas.
A sua pintura é caracterizada por:
  • Natureza alegórica, decorativa e sugestiva;
  • Formas dimensionais, estilizadas, sintéticas e estáticas.
Duas taitianas com flores de manga, 1899
  

O último álbum dos Beatles foi lançado há cinquenta anos

   
Let It Be é o décimo terceiro e último álbum lançado pelo grupo inglês de rock The Beatles. Gravado entre janeiro de 1969 e março/abril de 1970, o álbum foi somente lançado em 8 de maio de 1970, após o disco Abbey Road (último disco gravado) e juntamente com o documentário com o mesmo nome. Inicialmente estava previsto chamar-se Get Back.
As músicas 'Let It Be' e 'Get Back' foram lançadas como singles no Reino Unido, mas em versões diferentes das encontradas no álbum. 'The Long And Winding Road' foi lançada como single nos EUA.
 
  

Enrique Iglesias faz hoje 45 anos

Enrique Miguel Iglesias Preysler (Madrid, 8 de maio de 1975) é um ator, cantor e compositor espanhol. Enrique é filho de Julio Iglesias e da modelo filipina Isabel Preysler. O cantor hoje vive em Miami, Estados Unidos.
   
in Wikipédia
 

A Europa celebrou o final da II Guerra Mundial há 75 anos

 
O Dia da Vitória na Europa (V-E Day) foi o dia 8 de maio de 1945, data formal da derrota da Alemanha Nazi em favor dos Aliados na Segunda Guerra Mundial, segundo o acordo formal de rendição assinado no dia anterior.
A data foi motivo de grandes celebrações, especialmente em Londres, onde mais de um milhão de pessoas festejaram o fim da guerra na Europa, embora os racionamentos de comida e vestuário continuassem por mais uma série de anos. Em Londres, particularmente em Trafalgar Square e no Palácio de Buckingham, juntaram-se grandes massas de população, surgindo à varanda do palácio o Rei Jorge VI e a Rainha Elisabete, acompanhados pelo primeiro-ministro, Winston Churchill, para saudar a população. A Princesa Isabel (futura Rainha Isabel II) e a sua irmã, a Princesa Margarida, foram autorizadas a juntar-se à festa, anónimas entre o povo de Londres.
Nos Estados Unidos, o Presidente Harry Truman, que celebrava 61 anos nesse mesmo dia, dedicou a vitória ao seu antecessor, Franklin D. Roosevelt, que morrera há cerca de um mês antes, no dia 12 de Abril.
Os Aliados haviam acordado que o dia 9 de maio de 1945 seria o da celebração, todavia os jornalistas ocidentais lançaram a notícia da rendição alemã mais cedo do que era previsto, preciptando as celebrações. A União Soviética manteve as celebrações para a data combinada, sendo por isso que o fim da Segunda Guerra Mundial, conhecida como a Grande Guerra Patriótica na Rússia e outras zonas da antiga URSS, é celebrado no dia 9 de maio.
A vitória aliada sobre o Japão é celebrada no Dia V-J, 15 de agosto de 1945.
 
Marechal Wilhelm Keitel assina a capitulação da Wehrmacht
   

Hoje é o Dia Internacional do Burro...!

(imagem daqui)

Hoje, 8 de maio, celebra-se o Dia Internacional do Burro. Comemoram-se assim estes animais que, ao longo dos séculos, têm trabalho em cooperação com os humanos não só como meio de transporte de pessoas e mercadorias, mas também como preciosos ajudantes na agricultura, para uso recreativo e até sendo usados para fins terapêuticos. 
É particularmente importante assinalar esta efeméride devido à ameaça de extinção que enfrenta a única raça autóctone portuguesa de gado asinino, o Burro de Miranda

A Associação para o Estudo e Protecção do Gado Asinino (AEPGA) - que trabalha no sentido de conservar o Burro de Miranda - convida assim os seus apoiantes a tirar uma fotografia ostentando com orgulho umas orelhas de burro, para lembrar o valor do burro em Portugal e no resto do mundo onde, principalmente nos países em desenvolvimento frequentemente vivem num estado de saúde e bem-estar abaixo do limiar do aceitável, por desconhecimento ou falta de recursos das famílias que tanto deles dependem.  
As cinco melhores fotografias serão seleccionadas e os respectivos participantes convidados a passarem um dia com os burros como prémio, tendo direito a participar nos trabalhos diários de alimentação e manutenção do Centro de Valorização do Burro de Miranda, a fazer um passeio de uma hora e a apadrinhar um dos animais. 
Procura assim a AEPGA promover a mensagem de que "o burro é um companheiro precioso que merece ter uma vida com qualidade, saúde e felicidade, e de que o Burro de Miranda, em particular, precisa de protecção."
  
  
NOTA: adoro burros, que são animais extremamente inteligentes e divertidos - uma das melhores recordações que o meu filho tem do seu avô homónimo é os dois a passearem num burro... Assim, sugere-se a visita a este site:
  

quinta-feira, maio 07, 2020

A Nona Sinfonia foi executada pela primeira vez há 196 anos

   
A Sinfonia n.º 9 em ré menor, op. 125, "Coral", é a última sinfonia completa composta por Ludwig van Beethoven. Completada em 1824, a sinfonia coral mais conhecida como Nona Sinfonia é uma das obras mais conhecidas do repertório ocidental, considerada tanto ícone quanto predecessora da música romântica, e uma das grandes obras-primas de Beethoven.
A nona sinfonia de Beethoven incorpora parte do poema An die Freude ("À Alegria"), uma ode escrita por Friedrich Schiller, com o texto cantado por solistas e um coro em seu último movimento. Foi o primeiro exemplo de um compositor importante que tenha utilizado a voz humana com o mesmo destaque que a dos instrumentos, numa sinfonia, criando assim uma obra de grande alcance, que deu o tom para a forma sinfônica que viria a ser adotada pelos compositores românticos.
A sinfonia n.º 9 tem um papel cultural de extrema relevância no mundo atual. Em especial, a música do último movimento, chamado informalmente de "Ode à Alegria", foi rearranjada por Herbert von Karajan para se tornar o hino da União Europeia. Outra prova de sua importância na cultura atual foi o valor de 3,3 milhões de dólares atingido pela venda de um dos seus manuscritos originais, feita em 2003 pela Sotheby's, de Londres. Segundo o chefe do departamento de manuscritos da Sotheby's à época, Stephen Roe, a sinfonia "é um dos maiores feitos do homem, ao lado do Hamlet e do Rei Lear de Shakespeare".
Foi apresentada pela primeira vez a 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência, pelo estágio avançado de sua surdez - teve direito a um lugar especial no palco, junto ao maestro.
   

Hoje é dia de poesia subversiva...

(imagem daqui)

CÔRO DE ESCARNHO E LAMENTAÇÃO DOS CORNUDOS EM VOLTA DE S. PEDRO

MONÓLOGO DO 1.º CORNUDO

I
Acordei um triste dia
Com uns cornos bem bonitos.
E perguntei à Maria
Por que me pôs os palitos.

II
Jurou por alma da mãe
Com mil tretas de mulher
Que era mentira. Também
Inda me custava a crer...

III
Fiquei de olho espevitado
Que o calado é o melhor
E para não re-ser enganado,
Redobrei gozos de amor.

IV
Tais canseiras dei ao físico,
Tal ardor pus nos abraços
Que caí morto de tísico
Com o sexo em pedaços!

V
Esperava por isso a magana?
Já previa o que se deu?...
Do além vi-a na cama
Com um tipo pior do que eu!

VI
Vi-o dar ao rabo a valer
Fornicando a preceito...
Sabia daquele mister
Que puxa muito do peito.

VII
Foi a hora de me eu rir
Que a vingança tem seus quês:
«O mais certo é práqui vir,
Inda antes que passe um mês».

VIII
Arranjei-lhe um bom lugar
Na pensão de Mestre Pedro
(Onde todos vão parar
Embora com muito medo...)

IX
Passava duma semana
O meu dito estava escrito
Vítima daquela magana
Pobre tísico, tadito!

DUETO DOS 2 CORNUDOS

X
Agora já somos dois
A espreitar de cá de cima
Calados como dois bois
Vendo o que faz a ladina

XI
Meteu na cama mais gente
Um, dois, três... logo a seguir!
Não há piça que a contente
É tudo que tiver de vir!

S. PEDRO, INDIGNADO, PRAGUEJA.

XII
- É de mais!... Arre, diabo!
- Berra S. Pedro, sandeu.
–E mortos por dar ao rabo
Lá vêm eles pró Céu!

CORO, PIANÍSSIMO, LIRISMO
NAS VOZES

XIII
Que morre como um anjinho
Quem morre por muito amar!

CORO, AGORA NARRATIVO
OU EXPLICATIVO.

Já formemos um ranchinho
De cá de cima, a espreitar.

XIV
Passam meses, passa tempo
E a bela não se consola...
Já semos um regimento
Como esses que vão prá Ingola!

(ÁPARTE DO AUTOR DAS COPLAS:
«COITADINHOS!»)

XV
Fazemos apostas lindas
Sempre que vem cara nova.
Cálculos, medidas infindas
Como ela terá a cova.

XVI
Há quem diga que por si
Já não lhe topou o fundo...
Outros juram que era assi
Do tamanho... deste Mundo!

XVII
- Parecia uma piscina!
–Diz um do lado, espantado.
- Nunca vi uma menina
Num estado tão desgraçado!

APARTE DO AUTOR, ANTIGO MILITANTE DAS ESQUERDAS (BAIXAS).

XVIII
(Um estado tão desgraçado?!...
Pareceu-me ouvir o Povo
Chorando seu triste fado
nas garras do Estado Novo!)

XIX
O último que chegou cá
Morreu que nem um patego:
Afogado, ieramá,
Nos abismos daquele pego.

O CORO DOS CORNUDOS,
ACOMPANHADO POR S. PEDRO EM SURDINA,
ENTOA A MORALIDADE, APÓS TER
LIMPADO AS ÚLTIMAS LAGRIMETAS
E SUSPIRANDO COMO SÓ OS CORNUDOS SABEM.

XX
Mulher não queiras sabida
Nem com vício desusado,
Que podes perder a vida
Na estafa de dar ao rabo.

XXI
Escolhe donzela discreta
Com os três no seu lugar.
Examina-lhe a greta,
Não te vá ela enganar...

XXII
E depois de veres o bicho
E as maneiras que tem
A funcionar a capricho,
Já sabes se te convém.

XXIII
Mulher calma, é estimá-la
Como a santa no altar.
Cabra douda, é rifá-la...
- Que não venhas cá parar.

XXIV
Este conselho te dão,
E não te levam dinheiro...
Os cornudos que aqui estão
Com S. Pedro hospitaleiro.

XXV
Invejosos quase todos
Dos conos que o mundo guarda

FAZEM MAIS UM BOCADO DE LAMENTAÇÃO.
NOTA DO AUTOR: QUASE,
PORQUE ENTRETANTO
ALGUNS BRINCAVAM UNS COM OS OUTROS.
RABOLICES!

Mas se fornicas a rodos
Tua vinda aqui não tarda!

RECOMEÇA A MORALIDADE, ESTILO
ESTÃO VERDES, NÃO PRESTAM.
ALGUNS BÊBADOS, CORNUDOS
DESPEITADOS OU AMARGURADOS.
VOZES PASTOSAS.
DEVE LER-SE: VIIINHO...VÉLHIIINHO...

XXVI
Melhor que a mulher é o vinho
Que faz esquecer a mulher...
Que faz dum amor já velhinho
Ressurgir novo prazer.

FINALE, MUITO CATÓLICO.

XXVII
Assim termina o lamento
Pois recordar é sofrer.
Ama e fode. É bom sustento!
E por nós reza um pater.

Luiz Pacheco
Num dia em que se achou
Mais pachorrento.


in Textos Malditos (1977) - Luiz Pacheco

Luiz Pacheco nasceu há 95 anos...!

(imagem daqui)
   
Luiz José Gomes Machado Guerreiro Pacheco (Lisboa, 7 de maio de 1925 - Montijo, 5 de janeiro de 2008) foi um escritor, editor, polemista, epistológrafo e crítico de literatura português.
Nasceu em 1925, na freguesia de São Sebastião da Pedreira, numa velha casa da Rua da Estefânia, filho único, no seio de uma família da classe média, de origem alentejana, com alguns antepassados militares. O pai era funcionário público e músico amador. Na juventude, Luiz Pacheco teve alguns envolvimentos amorosos com raparigas, menores como ele, que haveriam de o levar por duas vezes à prisão.
Desde cedo teve a biblioteca do seu pai à sua inteira disposição e depressa manifestou enorme talento para a escrita. Estudou no Liceu Camões e chegou a frequentar o primeiro ano do curso de Filologia Românica da Faculdade de Letras de Lisboa, onde foi óptimo aluno, mas optou por abandonar os estudos. A partir de 1946 trabalhou como agente fiscal da Inspecção Geral dos Espectáculos, acabando um dia por se demitir dessas funções, por se ter fartado do emprego. Desde então teve uma vida atribulada, sem meio de subsistência regular e seguro para sustentar a família crescente (oito filhos, de três mães adolescentes), chegando por vezes a viver na maior das misérias, à custa de esmolas e donativos, hospedando-se em quartos alugados e albergues, indo à Sopa dos Pobres. Esse período difícil da vida inspirou-lhe o conto Comunidade, considerado por muitos a sua obra-prima. Nos anos 60 e 70, por vezes, viveu fora de Lisboa, nas Caldas da Rainha e em Setúbal.
Começa a publicar a partir de 1945 diversos artigos em vários jornais e revistas, como O Globo, Bloco, Afinidades, O Volante, Diário Ilustrado, Diário Popular e Seara Nova. Em 1950, funda a editora Contraponto, onde publica escritores como Raul Leal, Vergílio Ferreira, José Cardoso Pires, Mário Cesariny, António Maria Lisboa, Natália Correia, Herberto Hélder, etc., tendo sido amigo de muitos deles. Dedicou-se à crítica literária e cultural, tornando-se famoso (e temido) pelas suas críticas sarcásticas, irreverentes e polémicas. Denunciou a desonestidade intelectual e a censura imposta pelo regime salazarista. Denunciou, de igual modo, plágios, entre os quais o cometido por Fernando Namora, em Domingo à Tarde, sobre o romance Aparição de Vergílio Ferreira - "O caso do sonâmbulo chupista" (Contraponto).
A sua obra literária, constituída por pequenas narrativas e relatos (nunca se dedicou ao romance ou ao conto) tem um forte pendor autobiográfico e libertino, inserindo-se naquilo a que ele próprio chamou de corrente "neo-abjeccionista". Em O Libertino Passeia por Braga, a Idolátrica, o Seu Esplendor (escrito em 1961), texto emblemático dessa corrente e que muito escândalo causou na época da sua publicação (1970), narra um dia passado numa Braga fantasmática e lúbrica, e a sua libertinagem mais imaginária do que carnal, que termina de modo frustrantemente solitário.
Alto, magro e escanzelado, calvo, usando óculos com lentes muito grossas devido a uma forte miopia, vestindo roupas usadas (por vezes andrajosas e abaixo do seu tamanho), hipersensível ao álcool (gostava de vinho tinto e de cerveja), hipocondríaco sempre à beira da morte (devido à asma e a um coração fraco), impenitentemente cínico e honesto, paradoxal e desconcertante, é sem dúvida, como pícaro personagem literário, um digno herdeiro de Luís de Camões, Bocage, Gomes Leal ou Fernando Pessoa.
Debilitado fisicamente e quase cego devido às cataratas, mas ainda a dar entrevistas aos jornais, nos últimos anos passou por três lares de idosos, tendo mudado em 2006 para casa do seu filho João Miguel Pacheco, no Montijo e daí para um lar, na mesma cidade.
Um ano após a morte de Mário Cesariny, a 26 de novembro de 2007, em jeito de homenagem ao poeta, Comunidade foi editada em serigrafia/texto com pinturas de Artur do Cruzeiro Seixas pela Galeria Perve. Nessa efeméride, Luiz Pacheco foi entrevistado pela RTP, no seu quarto e último lar de idosos.
Morreria algumas semanas depois, a 5 de janeiro de 2008, de doença súbita, a caminho do Hospital do Montijo, onde declararam o óbito às 22.17 horas.

D. Vicente da Câmara nasceu há 92 anos

(imagem daqui)
   
D. Vicente Maria do Carmo de Noronha da Câmara (Lisboa, 7 de maio de 1928 - Lisboa, 28 de maio de 2016) foi um fadista português.
Vicente da Câmara nasceu em berço aristocrata, único filho de D. João Luís Seabra da Câmara, notável locutor da Emissora Nacional portuguesa, e de sua primeira mulher, D. Maria Edite do Carmo de Noronha, e cresce sob influência de uma educação marcadamente ligada ao fado, em particular da sua tia D. Maria Teresa de Noronha e de D. João do Carmo de Noronha, seu tio-avô. Mais tarde viria a dizer:
Cquote1.svg O que é a aristocracia? A aristocracia tanto pode estar no povo como noutra coisa qualquer. (...) O aristocrata é aquele que sobressaiu. Cquote2.svg
- Vicente da Câmara
É portanto naturalmente que entra nos meandros do fado, e tendo ganho um concurso, abre as portas da Emissora Nacional com 20 anos, em 1948. Dois anos mais tarde assina o primeiro contrato discográfico com a editora Valentim de Carvalho e, a partir daí, grava êxitos como Fado das Caldas e Varina.
Progressista do fado castiço, o mais tradicional de Lisboa, era dado ao improviso e destacou-se pela sua voz timbrada, naturalidade com que interpreta as suas músicas e utilização de melismas, raridade no fado.
Durante uma entrevista, insurge-se contra as convenções políticas e afirma ser o fado uma música pobre, e que é na pobreza que reside a riqueza, grandeza, liberdade e valor.
Afincadamente contra os mais conservadores que apenas recriavam os clássicos, ficou para a posteridade o seu maior sucesso, A moda das tranças pretas, que constituiu entre os outros fados do seu reportório, um ex-líbris do fado castiço. Segundo a história, tê-lo-á composto entre 1955 e 1956 num quarto de hotel em Santarém. Em 1967 surge o contrato com a Rádio Triunfo.
Na década de 1980, já com algumas digressões internacionais na carreira, as atenções do oriente prenderam-se no fado, e tal entre uma vaga de fadistas como Amália Rodrigues, Maria Amélia Proença e outros, fez digressões no Extremo Oriente. Em 1989 assinala o quadragésimo aniversário da sua carreira no Cinema Tivoli.
Casado em Lisboa a 23 de abril de 1955 com Maria Augusta de Melo Novais e Ataíde (Évora, Sé e São Pedro, 30 de junho de 1929 - 28 de setembro de 2011), é pai do também fadista José da Câmara, é um dos poucos fadistas restantes da geração do fado aristocrata. Em 2007 o seu trabalho ficou imortalizado no filme Fados, de Carlos Saura.
Vicente da Câmara morreu no Hospital de S. José, em Lisboa, a 28 de maio de 2016, com 88 anos de idade, vítima de paragem cardiorrespiratória.
   
  

O afundamento do navio Lusitania foi há 105 anos

   
O RMS Lusitania foi um navio da companhia Cunard Line, lançado em 1907. O seu nome era uma homenagem à província romana da Lusitânia, que hoje é parte do território de Portugal.
Foi construído, juntamente com o RMS Mauretania, para competir com outros navios transatlânticos alemães. O Lusitania e o Mauretania foram, durante alguns anos após o final de sua construção, os maiores navios do mundo. Superados apenas depois em 1912 pelo RMS Titanic navio da White Star Line, o Titanic fazia parte dos navios da Classe Olympic ou seja, era igual a seus irmãos RMS Olympic e HMHS Britannic. A sua viagem inaugural, partindo do porto de Liverpool com destino a cidade de Nova Iorque, teve início em 7 de setembro de 1907.
O Lusitania foi torpedeado por um submarino alemão, a 7 de maio de 1915 durante a Primeira Guerra Mundial, afundou e deixou quase 2.102 mortos. Este acontecimento provocou grande consternação na opinião pública dos Estados Unidos, que era à data uma nação neutral no conflito, e de onde era originária a maior parte dos passageiros, o que desencadeou um processo que veio a culminar, dois anos mais tarde, na entrada dos Estados Unidos na guerra, após a descodificação do Telegrama Zimmermann.

Evita nasceu há 101 anos

Retrato oficial do Presidente Juan Domingo Perón com a sua esposa Eva
   
María Eva Duarte de Perón, conhecida como Evita, (província de Buenos Aires, 7 de maio de 1919 - Buenos Aires, 26 de julho de 1952) foi uma atriz e líder política argentina. Tornou-se primeira-dama da Argentina quando o general Juan Domingo Perón foi eleito presidente.
  
(...)
  
O mais impressionante na história da vida de Eva foi o caminho meteórico que ela percorreu na vida pública. Entre a total obscuridade ao mais absoluto resplendor pessoal e político da vida e em seguida a morte, tudo ocorreu em apenas 7 anos. Nesse curto período ela saiu do anonimato para se tornar uma das mulheres mais importantes e poderosas do mundo. Na breve existência (morreu aos 33 anos de idade) há muitos mistérios, muitos factos obscuros mas há, principalmente, uma personalidade tragicamente marcante.
Figura chave de um regime ancorado no paternalismo e na demagogia, Evita resiste, no entanto, como uma imagem ao mesmo tempo alheia e superior ao mesmo. Mais do que uma estadista, mais do que um pivô ou um esteio sobre o qual o governo de Perón se apoia, Evita ganha voz própria porque ela encarnou em si uma série de ambições e de pretensões sociais. A sua transcendência está consubstanciada na sua fantástica ascensão sócio-política. Uma bela mulher, que venceu na vida através dos mecanismos próprios de uma mulher, só poderia espelhar um sistema de poder centrado na sedução. É só através da sedução coletiva das massas, e do fascínio, da ascese que esta sedução acarreta, que pode firmar-se um regime deste tipo.