quarta-feira, março 06, 2019
Cyrano de Bergerac nasceu há quatro séculos
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Martin Niemoller morreu há 35 anos
"Ele me estendeu a mão e eu aproveitei a oportunidade. Segurei a sua mão fortemente e disse: 'Sr. Chanceler, o senhor disse que devemos deixar em suas mãos o povo alemão, mas a responsabilidade pelo nosso povo foi posta na nossa consciência por alguém inteiramente diferente'. Então, ele puxou a sua mão, dirigindo-se ao próximo e não disse mais nenhuma palavra."
Perseguição nazi
E quem como eu, que não viu nada a seu lado no ofício religioso vespertino de anteontem, a não ser três jovens policiais da Gestapo – três jovens que certamente foram batizados um dia em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e que certamente juraram fidelidade ao seu Salvador na cerimónia de crisma, e agora são enviados para armar ciladas à comunidade de Jesus Cristo –, não esquece facilmente o ultraje à Igreja e deseja clamar 'Senhor, tende piedade' de forma bem profunda.
E Não Sobrou Ninguém
Quando os nazis levaram os comunistas,
eu calei-me,
porque, afinal,
eu não era comunista.
Quando eles prenderam os sociais-democratas,
eu calei-me,
porque, afinal,
eu não era social-democrata.
Quando eles levaram os sindicalistas,
eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era sindicalista.
Quando levaram os judeus,
eu não protestei,
porque, afinal,
eu não era judeu.
Quando eles me levaram,
não havia mais quem protestasse.
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Pedro Homem de Melo morreu há 35 anos
- Danças De Portugal
- Jardins Suspensos (1937)
- Segredo (1939)
- A Poesia Na Dança E Nos Cantares Do Povo Português (1941)
- Pecado (1943)
- Príncipe Perfeito (1944)
- Bodas Vermelhas (1947)
- Miserere (1948)
- Os Amigos Infelizes (1952)
- Grande, Grande Era A Cidade (1955)
- Poemas Escolhidos (1957)
- Ecce Homo (1974)
- Poesias Escolhidas (1987)
- E ninguém me conhecia, Lisboa, Campo da Comunicação, 2004 (seleção de poemas por Manuel Alegre e Paulo Sucena)
- Poesias Escolhidas, Lisboa, Asa, 2004 (seleção e prefácio de Vasco da Graça Moura)
- Eu, Poeta e tu, cidade, Quasi Edições, 2007
Embora vivendo num regime que dizia que não havia homossexuais, várias fontes identificam Homem de Melo como homossexual assumido. Ainda assim, Pedro Homem de Melo casou com Maria Helena de Sá Passos Rangel Pamplona, filha de José César de Araújo Rangel (24 de janeiro de 1871 - 1 de junho de 1942) e de sua mulher Alda Luísa de Sá Passos (Lisboa, 6 de novembro de 1887 - 25 de junho de 1935), e teve dois filhos: Maria Benedita Pamplona Homem de Melo (3 de fevereiro de 1934), que faleceu ainda criança, e Salvador José Pamplona Homem de Melo (Porto, Cedofeita, 30 de julho de 1936), já falecido, que casou a 6 de setembro de 1969 com Maria Helena Moreira Teles da Silva (10 de janeiro de 1944), neta paterna da 12.ª Condessa de Tarouca, de quem teve uma filha, Mariana Teles da Silva Homem de Melo (Porto, 3 de novembro de 1974), e depois com Maria José de Barros Teixeira Coelho (Braga, São José de São Lázaro, 9 de janeiro de 1943), de quem teve uma filha, Rita Teixeira Coelho Homem de Melo (Porto, Santo Ildefonso, 10 de julho de 1983). Foi tio-avô de Cristina Homem de Melo.
Talvez que eu morra na praia,
Cercado, em pérfido banho,
Por toda a espuma da praia,
Como um pastor que desmaia
No meio do seu rebanho…
Talvez que eu morra na rua
- Ínvia por mim de repente –
Em noite fria, sem Lua,
Irmão das pedras da rua
Pisadas por toda a gente!
Talvez que eu morra entre grades,
No meio duma prisão
E que o mundo, além das grades,
Venha esquecer as saudades
Que roem o meu coração.
Talvez que eu morra dum tiro,
Castigo de algum desejo.
E que, à mercê desse tiro,
O meu último suspiro
Seja o meu primeiro beijo…
Talvez que eu morra no leito,
Onde a morte é natural,
As mãos em cruz sobre o peito…
Das mãos de Deus tudo aceito.
- Mas que eu morra em Portugal!
Pedro Homem de Melo
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Melina Mercouri morreu há 25 anos...
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Marcadores: actriz, cinema, Grécia, Jules Dassin, Melina Mercouri, Ministra da Cultura, música, O metikos, políticos
terça-feira, março 05, 2019
John Frusciante nasceu há 49 anos
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Villa-Lobos nasceu há 132 anos
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Marcadores: Amazonas, Brasil, Heitor Villa-Lobos, Modernismo brasileiro, música
Pasolini nasceu há 97 anos
Supplica a mia madre
E' difficile dire con parole di figlio
ciò a cui nel cuore ben poco assomiglio.
Tu sei la sola al mondo che sa, del mio cuore,
ciò che è stato sempre, prima d'ogni altro amore.
Per questo devo dirti ciò ch'è orrendo conoscere:
è dentro la tua grazia che nasce la mia angoscia.
Sei insostituibile. Per questo è dannata
alla solitudine la vita che mi hai data.
E non voglio esser solo. Ho un'infinita fame
d'amore, dell'amore di corpi senza anima.
Perché l'anima è in te, sei tu, ma tu
sei mia madre e il tuo amore è la mia schiavitù:
ho passato l'infanzia schiavo di questo senso
alto, irrimediabile, di un impegno immenso.
Era l'unico modo per sentire la vita,
l'unica tinta, l'unica forma: ora è finita.
Sopravviviamo: ed è la confusione
di una vita rinata fuori dalla ragione.
Ti supplico, ah, ti supplico: non voler morire.
Sono qui, solo, con te, in un futuro aprile…
in Poesia in forma di rosa (1964) - Pier Paolo Pasolini
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Lynn Margulis nasceu há 81 anos
- 1983 - Eleita para a National Academy of Sciences
- 1999 - Recebe a National Medal of Science atribuída pelo Presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton
- 2009 - Recebe a Darwin-Wallace Medal atribuída a cada 50 anos pela Linnean Society por "avanços significativos no estudo da história natural e evolução".
- Nevada Medal, Sigma Xi's William Proctor Prize, NASA Public Service Award, Miescher-Ishida Prize, Commandeur de l'Ordre dees Palmes Academique de France.
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O poeta Afonso Duarte morreu há 61 anos
1884 - Nasce Afonso Duarte, a 1 de janeiro, na aldeia da Ereira, freguesia de Verride, concelho de Montemor-o-Velho, filho de Henrique Fernandes Duarte e D. Maria Pereira Cantante.
1896 - Faz exame de instrução primária na Escola de Alfarelos.
1898 - Entra para o Colégio Mondego, de Coimbra, onde permanece como aluno interno durante 3 anos.
1902- Assenta praça nos Lanceiros de EI-Rei e matricula-se no Liceu de José Falcão.
1904 - Sabe-se que tinha já concluído nesta altura o seu primeiro livro de versos, Composições verdes, que não chegou a ser publicado.
1908 - Matricula-se na Universidade de Coimbra (prepararatórios para a Escola do Exército)
1909 - Desiste da carreira das armas, passando a frequentar o curso de Ciências Físico-Naturais da Faculdade de Filosofia, hoje extinta.
1912 - Publica o Cancioneiro das Pedras na Livraria Ferreira, de Lisboa, livro que reúne as poesias escritas de 1906 a 1910. Funda, com Nuno Simões, a revista Rajada.
1913 - Bacharela-se em Ciências Físico- Naturais.
1914 - Publica a Tragédia do Sol-posto, Franca Amado Editor, Coimbra. É colocado como professor provisório no Liceu de Vila Real de Trás-os-Montes.
1915- Abandona Vila Real para frequentar a Escola Normal Superior de Lisboa.
1916 - Publica a Rapsódia do Sol-nado seguida do Ritual do Amor, Renascença Portuguesa, Porto.
1917 - É nomeado professor do Liceu de Gil Vicente, de Lisboa. Mobilizado pouco depois, dá entrada na Escola de Oficiais Milicianos de Artilharia de Costa.
1918 - É licenciado a seguir ao Armistício, sobrevindo-lhe então a grave doença que esteve quase a inutilizá-lo (paraplegia) e de que nunca mais se curou completamente.
1919 - Volta a exercer funções públicas como chefe de secretaria do Liceu Infanta D. Maria e professor da Escola Normal Primária de Coimbra.
1924 - Lança com João Gaspar Simões e Branquinho da Fonseca a revista Triptico.
1925 - Abandona o cargo de chefe de secretaria do Liceu de José Falcão, para onde transitara do Liceu Infanta D. Maria, entregando-se a partir de então, na Escola Normal, a uma experiência pedagógica absorvente, que alcançou verdadeira repercussão europeia. Publica Barros de Coimbra, edições Lumen, Coimbra.
1929 - Dá a lume Os sete poemas líricos, edições Presença, Coimbra, compilação da sua obra poética, inédita e publicada.
1932 - É colocado na situação de adido fora do serviço e compelido à aposentação.
1933 - Publica Desenhos animistas de uma criança de 7 anos, Imprensa da Universidade, Coimbra.
1936 - Publica o ciclo do Natal na literatura oral portuguesa, Biblioteca Etnográfica e Histórica Portuguesa, Barcelos.
1947 - Publica Ossadas, edição da Seara Nova, Lisboa. Poesias escritas, provavelmente, entre 1922 e 1946.
1948 - Publica Um esquema do cancioneiro popular português, também edição da Seara Nova.
1949 - Publica o Post-scriptum de um combatente, Colecção Galo, Coimbra. Escrito em janeiro e fevereiro de 1948, excepto as poesias «Post-scriptum de um combatente» (1917), «Coimbra» (1918), «4 de junho de 1944», «Terra Natal (1947), «Eugénio de Castro» (1947) e a «Saudação a Pascoaes» (1949).
1950 - Publica Sibila, edição do autor, Coimbra. Tanto as «trinta e cinco redondilhas fingidas» como o «Soneto verdadeiro» datam de abril de 1950.
1952 - Publica Canto de Babilónia e Canto de morte e amor, ambos edições do autor, o primeiro escrito em 1951, o segundo de janeiro a março de 1952.
1956 - Sai a 1.ª edição da sua Obra Poética, Iniciativas Editoríais, Lisboa. É uma recolha de todos os livros de poesia já publicados e inclui o livro inédito O Anjo da Morte e outros poemas, coligido e completado de 1952 a 1956, embora no plano geral da obra o autor o insira antes do tríptico de redondilhas formado por Sibila, Canto de Babílónia e Canto de Morte e Amor. Acompanha a Obra Poética um apêndice biobibliográfico, organizado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.
1956 - A 24 de junho é-lhe prestada pública homenagem na Ereira, sua terra natal, e descerrada no Castelo de Montemor-o-Velho uma lápide com estes versos seus: Onde nasceu o Fernão Mendes Pinto? Jorge de Montemor onde nasceu? A mesma terra, o mesmo céu que eu pinto, Castelo velho, o que foi deles é meu.
1957 - Segunda edição da Obra Poética, Guimarães Editores, Lisboa, aumentada de novas poesias.
1958 - Morre em Coimbra, a 5 de março. É sepultado no cemitério da Ereira.
1960 - Sai o volume póstumo Lápides e outros poemas (Iniciativas Editoriais, Lisboa), organizado por Carlos de Oliveira e João José Cochofel.
1974 - Publica-se esta 3.ª edição, definitiva, da Obra Poética. A inclusão (não cronológica) de Lápides e outros poemas entre os livros o anjo da morte e Sibila faz-se por determinação de Afonso Duarte, que insistentemente indicou os cicios das redondilhas como fecho de toda a sua obra.
In Extremis
1
Só a criança conhece a Eternidade
Que é inocência do desconhecido.
E o que me dá saudade
É havê-la em mim perdido.
Outra herança de tudo que não sou
Podeis levá-la! Faça-se a vontade:
Que a imortal, perene propriedade,
Perdeu-a o homem quando semeou.
Ah! como a onda do mar que é mais bravia
É que abraça os escolhos,
Só terra de poesia
Foi na minh'alma dor, o luto dos meus olhos.
Entre o homem e o mundo há um novelo
De linha preta:
Meu acto de Fé é ser criança, e crê-lo,
Que é ser poeta.
2
O que levamos da terra
É o céu que possuímos:
Esperança das sepulturas.
E à morte que damos vida
Todos os deuses se igualam
Ao mesmo Deus das Alturas.
Sê, ó Morte, o meu dia de Juízo
Se é fantasia o que penso
Sonho a terra que piso.
Mas quando o corpo, a natureza morta
Me for nas mãos dos homens
Com suas luvas pretas,
Ai, cante um rouxinol minha hora derradeira,
Porventura o mais fiel dos cantos
Amigo dos poetas.
in O Anjo da Morte e Outros Poemas (1956) - Afonso Duarte
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Alan Clark, o teclista dos Dire Straits, faz hoje 67 anos
He is currently a member of a band called LEGACY, which features himself, Phil Palmer, Steve Ferrone, Trevor Horn, Danny Cummings, Mel Collins, Primi de Biasse, and Marco Caviglia, and in 2017 he wrote and produced, with Phil Palmer, and album for the LEGACY called Three Chord Trick.
In 2017 he recorded 4 tracks in Real World studios with Italian artist Pacifico He has also written and recorded the music for many TV commercials
He has lately been recording with Trevor Horn, and playing in his band.
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Estaline morreu (finalmemente...!) há 66 anos
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Prokofiev morreu há 66 anos
Hugo Chávez morreu (provavelmente) há seis anos
(...)
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Marcadores: Hugo Chávez, Presidente da República, Venezuela