sábado, dezembro 22, 2018

Chico Mendes foi assassinado há trinta anos

Chico Mendes na sua casa, em Xapuri (Acre), com os seus dois filhos mais novos, Elenira e Sandino Mendes

Francisco Alves Mendes Filho, mais conhecido como Chico Mendes, (Xapuri, 15 de dezembro de 1944 - Xapuri, 22 de dezembro de 1988) foi um seringueiro, sindicalista e ativista ambiental brasileiro. Ele lutou pelos seringueiros da Bacia Amazónica, cujos meios de subsistência dependiam da preservação da floresta e as suas seringueiras nativas. Esse ativismo ecológico valeu-lhe fama internacional.
Em julho de 2012, foi eleito um dos "100 maiores brasileiros de todos os tempos" em concurso realizado pelo SBT com a BBC de Londres.
   
Biografia
Filho do migrante cearense, Francisco Alves Mendes e de Maria Rita Mendes, começou no ofício de seringueiro ainda criança, acompanhando o pai em excursões pela mata. Só aprendeu a ler aos 19 e 20 anos, já que na maioria dos seringais não havia escolas, nem os proprietários de terras tinham intenção de criá-las em suas propriedades. Chico Mendes afirmou que só aprendeu a ler quando ensinado pelo militante comunista Euclides Távora, que participara no levantamento comunista de 1935 em sua cidade, Fortaleza e na Revolução de 1952 na Bolívia. No seu regressoo ao Brasil, pelo Acre, Euclides Távora, fixa residência em Xapuri, tornando-se alfabetizador de Chico Mendes.
Iniciou a vida de líder sindical em 1975, como secretário geral do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasiléia. A partir de 1976 participou ativamente das lutas dos seringueiros para impedir o desmatamento através dos "empates" - manifestações pacíficas em que os seringueiros protegem as árvores com seus próprios corpos. Organizava também várias ações em defesa da posse da terra pelos habitantes nativos.
Em 1977 participou da fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Xapuri, e foi eleito vereador pelo MDB local. Recebe então as primeiras ameaças de morte, por parte dos fazendeiros, e começa a ter problemas com seu próprio partido, que não se identificava com suas lutas.
Em 1979 Chico Mendes reúne lideranças sindicais, populares e religiosas na Câmara Municipal, transformando-a em um grande foro de debates. Acusado de subversão, é submetido a interrogatórios. Sem apoio, não consegue registar a denúncia de tortura que sofrera em dezembro daquele ano.
Chico Mendes foi um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores e um dos seus dirigentes no Acre, tendo participado de comícios com Lula na região.
Em 1980 foi enquadrado na Lei de Segurança Nacional a pedido de fazendeiros da região, que procuraram envolvê-lo no assassinato de um capataz de fazenda, possivelmente relacionado ao assassinato do presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Brasiléia, Wilson Sousa Pinheiro.
Em 1981 Chico Mendes assume a direção do Sindicato de Xapuri, do qual foi presidente até sua morte. Candidato a deputado estadual pelo PT nas eleições de 1982, não conseguiu ser eleito.
Acusado de incitar posseiros à violência, foi julgado pelo Tribunal Militar de Manaus, e absolvido por falta de provas, em 1984.
Liderou o 1º Encontro Nacional dos Seringueiros, em outubro de 1985, durante o qual foi criado o Conselho Nacional dos Seringueiros (CNS), que se tornou a principal referência da categoria. Sob sua liderança, a luta dos seringueiros pela preservação do seu modo de vida adquiriu grande repercussão nacional e internacional. A proposta da "União dos Povos da Floresta" em defesa da Floresta Amazónica busca unir os interesses dos indígenas, seringueiros, castanheiros, pequenos pescadores, quebradeiras de coco babaçu e populações ribeirinhas, através da criação de reservas extrativistas. Essas reservas preservam as áreas indígenas e a floresta, além de ser um instrumento da reforma agrária desejada pelos seringueiros: Chico Mendes formou uma aliança entre sua gente e os índios amazónicos, o que persuadiu o governo a criar reservas florestais para a colheita não predatória de produtos como o látex e a castanha do pará.
Em 1986, concorre às eleições pelo PT (Acre) como candidato a deputado estadual ao lado de outros candidatos, entre eles Marina Silva, para deputada federal, José Marques de Sousa, o Matias, como senador, e Hélio Pimenta para governador, não sendo eleitos.
Em 1987, Chico Mendes recebeu a visita de alguns membros da ONU, em Xapuri, que puderam ver de perto a devastação da floresta e a expulsão dos seringueiros causadas por projetos financiados por bancos internacionais. Dois meses depois leva estas denúncias ao Senado norte-americano e à reunião de um banco financiador, o BID. Os financiamentos a esses projetos são logo suspensos. Na ocasião, Chico Mendes foi acusado por fazendeiros e políticos locais de "prejudicar o progresso", o que aparentemente não convence a opinião pública internacional. Alguns meses depois, Mendes recebe vários prémios internacionais, destacando-se o Global 500, oferecido pela ONU, por sua luta em defesa do meio ambiente e viajou aos EUA para promover sua causa.
Ao longo de 1988 participa da implantação das primeiras reservas extrativistas criadas no Estado do Acre. Ameaçado e perseguido por ações organizadas após a instalação da UDR no Estado, Mendes percorre o Brasil, participando de seminários, palestras e congressos onde denuncia a ação predatória contra a floresta e as violências dos fazendeiros contra os trabalhadores da região.
Após a desapropriação do Seringal Cachoeira, em Xapuri, propriedade de Darly Alves da Silva, agravam-se as ameaças de morte contra Chico Mendes que, por várias vezes, denuncia publicamente os nomes de seus prováveis responsáveis. Deixa claro às autoridades policiais e governamentais que corre risco de perder a vida e que necessita de garantias. No 3º Congresso Nacional da CUT, volta a denunciar sua situação, similar à de vários outros líderes de trabalhadores rurais em todo o país. Atribui a responsabilidade pela violência à UDR. A tese que apresenta em nome do Sindicato de Xapuri, Em Defesa dos Povos da Floresta, é aprovada por aclamação pelos quase seis mil delegados presentes. Ao término do Congresso, Mendes é eleito suplente da direção nacional da CUT. Assumiria também a presidência do Conselho Nacional dos Seringueiros a partir do 2º Encontro Nacional da categoria, marcado para março de 1989, porém não sobreviveu até aquela data.

Morte
Em 22 de dezembro de 1988, exatamente uma semana após completar 44 anos, Chico Mendes foi assassinado com tiros de escopeta no peito na porta do fundo da sua casa, quando saía desta para tomar banho. Chico anunciou que seria morto em função de sua intensa luta pela preservação da Amazónia e buscou proteção, mas as autoridades e a imprensa não lhe deram atenção.
Casado com Ilzamar Mendes (2ª esposa), deixou três filhos, Angela (do primeiro casamento), Sandino e Elenira, na época com 19, dois e quatro anos de idade, respectivamente.
Após o assassinato de Chico Mendes mais de trinta entidades sindicalistas, religiosas, políticas, de direitos humanos e ambientalistas se juntaram para formar o "Comité Chico Mendes". Eles exigiam providências e através de articulação nacional e internacional pressionaram os órgãos oficiais para que o crime fosse punido.
Em dezembro de 1990, a justiça brasileira condenou os fazendeiros Darly Alves da Silva e Darcy Alves Ferreira, responsáveis por sua morte, a 19 anos de prisão. A principal testemunha do caso foi um empregado de 13 anos da fazenda de Darly, Genésio Ferreira da Silva. Darly fugiu em fevereiro de 1993 e escondeu-se num assentamento do INCRA, no interior do Pará, chegando mesmo a obter financiamento público do Banco da Amazónia, sob falsa identidade. Só foi recapturado em junho de 1996. A falsificação de documentos deu-lhe uma segunda condenação: mais dois anos e 8 meses de prisão.
No dia 18 de dezembro de 1988, o Jornal do Brasil teve a hipótese de publicar uma entrevista na qual Chico Mendes denunciava as ameaças de morte que havia recebido. O jornal, contudo, considerou que Chico Mendes politizava demasiadamente a questão ambiental e não publicou a entrevista. Com a consumação das ameaças em 22 de dezembro, o jornal finalmente publicou-a no primeiro caderno da edição de natal daquele ano, acompanhada de um pequeno editorial na primeira página.

Legado
   

Karl Friedrich Abel nasceu há 295 anos

Karl Friedrich Abel (Kothen, 22 de dezembro de 1723Londres, 20 de junho de 1787) foi um compositor alemão. Foi célebre por tocar viola da gamba e deixou composições notáveis, sob o ponto de vista da melodia e da harmonia.

sexta-feira, dezembro 21, 2018

Começou o inverno...


(imagem daqui)
   
Glosa à chegada do Inverno

Ao frio suave, obscuro e sossegado,
e com que a noite, agora, se anuncia
depois de posto, ao longe, um sol dourado
que a uma rosada fímbria arrasta e esfia…

Da solidão dos homens apartado,
e entregue a tal silêncio, que devia
mais entender as sombras a meu lado
que a terra nua onde se atrasa o dia…

Recordo o amor distante que em mim vive,
sem tempo ou espaço, e apenas amarrado
à liberdade imensa que não tive,

e que não há. Como o recordo agora
que a luz do dia já se não demora,
se apenas de si próprio é recordado?


Jorge de Sena

Júpiter Maçã morreu há três anos

Flávio Basso, também conhecido como Júpiter Maçã ou Jupiter Apple (Porto Alegre, 26 de janeiro de 1968 - Porto Alegre, 21 de dezembro de 2015), foi um cantor, compositor e cineasta. Referência fundamental do rock gaúcho, foi fundador das bandas TNT e Os Cascavelletes, que influenciaram toda uma nova geração de bandas gaúchas dos anos 90 em diante. Em carreira solo, foi reconhecido com um dos ícones da psicadelia brasileira, ao trazer um novo grau de experimentalismo ao rock nacional, com o disco "A Sétima Efervescência", eleito pela revista Rolling Stone Brasil um dos "100 maiores discos da música brasileira".
   
(...)
  
A 21 de dezembro de 2015, Júpiter foi encontrado caído na casa de banho da sua residência. O serviço de emergência foi solicitado, mas o músico veio a falecer em casa. Com uma saúde frágil, ele morreu após sofrer um enfarte agudo do miocárdio durante o banho.
Para Frank Jorge, parceiro da época d'Os Cascavelletes e também uma referência no rock gaúcho, Flávio Basso deixa um grande legado como compositor e como criador: "um criador incansável, um cara que fugia totalmente dos lugares-comuns, da previsibilidade".
   
   

Há 30 anos um avião foi alvo de um ataque terrorista


Restos do Boeing 747 da Pan Am derrubado no atentado

O atentado de Lockerbie foi um ataque terrorista ao voo 103 da Pan Am, em 21 de dezembro de 1988. O avião Boeing 747-121 partira do Aeroporto de Heathrow em Londres, com destino a Nova Iorque, e explodiu no ar por cima da cidade escocesa de Lockerbie, matando 270 pessoas (259 no avião e 11 na terra) de 21 nacionalidades diferentes. Deste total, 189 vítimas eram cidadãos dos Estados Unidos da América.

Investigação
Ao princípio, as suspeitas do atentado recaíram sobre o Exército Republicano Irlandês, numa época na qual a organização criticava o governo da então primeira-ministra britânica Margaret Thatcher. Iniciada a investigação, porém, as pistas apontaram para a Líbia, então governada por Muamar Kadafi, um simpatizante da causa irlandesa e inimigo de Thatcher, a quem considerava cúmplice num  ataque dos Estados Unidos contra a Líbia, em 1986. Uma investigação conjunta da Scotland Yard, FBI e da polícia escocesa do condado de Dumbries e Galloway (onde fica Lockerbie), a qual ouviu mais de dez mil testemunhas, apresentou acusações contra os agentes líbios Al Megrahi e Lamin Jalifa Fhimah, em 1991, levando à versão oficial de que o atentado havia sido planejado pelo governo líbio.
  
Julgamento
Embora se tenha negado a entregar os agentes, Kadafi aceitou fazê-lo em 1999, em troca do fim das sanções impostas pela ONU contra a Líbia, e que os acusados fossem processados sob jurisdição escocesa nos Países Baixos, considerado um país neutro.
Em 2001, os dois ex-agentes foram julgados pelo Tribunal Penal Internacional. Jalifa Fhimah foi absolvido, mas Al Megrahi foi condenado a 27 anos de prisão, que cumpriu numa penitenciária da Escócia até ser entregue em 2009 à Líbia por razões humanitárias - ele tinha um cancro da próstata em fase terminal.
Kadafi concordou em pagar 2,7 mil milhões de dólares como indemnização às famílias das vítimas estadunidenses, sendo 40% do dinheiro liberado quando as sanções da ONU fossem suspensas; 40% quando as sanções comerciais dos Estados Unidos fossem suspensas; e 20% quando a Líbia fosse removida da lista do Departamento de Estado de países patrocinadores de terrorismo.
Mesmo assim, familiares das vítimas exigem que seja esclarecido se Al Megrahi foi realmente o autor do atentado. Representante das famílias das vítimas britânicas, Jim Swire, cuja filha Flora morreu no atentado, acredita que Al Megrahi não era culpado.

Novas investigações
Até o momento o atentado havia sido atribuído à Líbia. Mas novas investigações colocam que o ataque teria sido ordenado pelo Irão - como uma resposta ao ataque ao voo 655 da Iran Air pelo navio USS Vincennes, em julho de 1988, que matou 290 pessoas - e executado por um grupo terrorista palestino baseado na Síria. Documentos apontariam o envolvimento do Hezbollah, da Frente Popular para a Libertação da Palestina - Comando Geral (FPLP- CG) e do serviço secreto do Irão - um ex-agente iraniano, Abolghassem Mesbahi, diz que a bomba no avião foi colocada no aeroporto de Heathrow, em Londres, e não em Malta como se acreditava anteriormente.


quinta-feira, dezembro 20, 2018

Carl Sagan morreu há 22 anos

Carl Edward Sagan (Nova Iorque, 9 de novembro de 1934 - Seattle, 20 de dezembro de 1996) foi um cientista, astrobiólogo, astrónomo, astrofísico, cosmólogo, escritor e divulgador científico norte-americano. Sagan foi o autor de mais de 600 publicações científicas, e também autor de mais de 20 livros de ciência e ficção científica. Foi durante a vida um grande defensor do ceticismo e do uso do método científico, promoveu a busca de inteligência extraterrestre através do projeto SETI e instituiu o envio de mensagens a bordo de sondas espaciais, destinados a informar possíveis civilizações extraterrestres sobre a existência humana. Mediante suas observações da atmosfera de Vénus, foi um dos primeiros cientistas a estudar o efeito de estufa à escala planetária. Também fundou a organização não-governamental Sociedade Planetária e foi pioneiro no ramo da ciência da exobiologia.
Sagan passou grande parte da carreira como professor da Universidade Cornell, onde foi diretor do laboratório de estudos planetários. Em 1960 obteve o título de doutor pela Universidade de Chicago.
Sagan é conhecido por seus livros de divulgação científica e pela premiada série televisiva de 1980 Cosmos: Uma Viagem Pessoal, que ele mesmo narrou e co-escreveu. O livro Cosmos foi publicado para complementar a série. Sagan escreveu o romance Contacto, que serviu de base para um filme homónimo de 1997. Em 1978, ganhou o prémio Pulitzer de literatura geral de não-ficção pelo seu livro Os dragões do Éden. Morreu aos 62 anos, de pneumonia, depois de uma batalha de dois anos com uma rara e grave doença na medula óssea (mielodisplasia).
Ao longo de sua vida, Sagan recebeu numerosos prémios e condecorações pelo seu trabalho de divulgação científica. Sagan é considerado um dos divulgadores científicos mais carismáticos e influentes da história, graças à sua capacidade de transmitir as ideias científicas e os aspectos culturais ao público não especializado.
  

A ETA assassinou o primeiro-ministro franquista há 45 anos

Luis Carrero Blanco (Santoña, Cantabria, 4 de marzo de 1904Madrid, 20 de diciembre de 1973) fue un militar y político español, que ocupó diversos cargos en la dictadura de Franco. Fue asesinado por ETA cuando era Presidente del Consejo de Ministros de España durante la etapa final de esta dictadura. El régimen franquista le otorgó, póstumamente, el título de duque de Carrero Blanco.
(...)

Placa en recuerdo a Carrero Blanco en el lugar donde sufrió el atentado que acabó con su vida
 Asesinato: la «Operación Ogro»
«Operación Ogro» es el nombre en clave con el que ETA denominó a este magnicidio. Los miembros de ETA se desplazaron hasta Madrid y alquilaron un semisótano en el número 104 de la calle de Claudio Coello; a partir de allí excavaron un túnel hasta el centro de la calzada, donde colocaron cerca de 100 kilogramos de carga explosiva que hicieron explotar el 20 de diciembre de 1973 al paso del coche de Carrero Blanco, quince minutos antes del inicio del juicio contra diez miembros del entonces sindicato clandestino Comisiones Obreras, conocido como «Proceso 1001».
La explosión, que acabó con la vida de Carrero Blanco, fue tan violenta que el coche, un Dodge 3700 GT, voló por los aires y cayó en la azotea de un edificio anexo a la iglesia de San Francisco de Borja donde había asistido a misa momentos antes. Su hija Ángeles, que siempre lo acompañaba, no lo hizo ese día, lo cual evitó más muertes. También fallecieron otras dos personas, el inspector de Policía, José Antonio Bueno Fernández, y el conductor del vehículo, José Luis Pérez Mogena.
Carrero Blanco, pese a haber sido advertido de la posibilidad de sufrir un atentado se negó a aumentar sus escasas medidas de seguridad; su horario habitual y sus itinerarios eran invariables y el coche en el que se desplazaba no estaba blindado.
El objetivo del atentado, según indicaba el comunicado en el que ETA asumía su autoría, era intensificar las divisiones entonces existentes en el seno del régimen franquista entre los «aperturistas» y los «puristas». Según declaraciones posteriores de uno de los miembros del Comando Txikia, Carrero Blanco era «una pieza fundamental» e «insustituible» del régimen y representaba al «franquismo puro»:
La ejecución en sí tenía un alcance y unos objetivos clarísimos. A partir de 1951 Carrero ocupó prácticamente la jefatura del Gobierno en el Régimen. Carrero simbolizaba mejor que nadie la figura del «franquismo puro». Por otra parte, llegó a ser insustituible por su experiencia y capacidad de maniobra y porque nadie lograba como él mantener el equilibrio interno del franquismo […].
La complejidad del atentado y su cercanía con la embajada de los EE. UU. hizo sospechar que tal vez otras organizaciones estuvieran implicadas, estando la CIA y su jefe de estancia en España González Mata, entre las más mencionadas, lo que fue desmentido por los autores del atentado.
En el año 2008 se desclasifica una nota de la embajada de los EE. UU. en Madrid al Departamento de Estado del Gobierno de los EE. UU. en el que se afirma que El mejor resultado que puede surgir... sería que Carrero desaparezca de escena, con posible sustitución por el general Díez Alegría o Castañón.
El hecho de que durante la Guerra de Yom Kipur - octubre de 1973 - Carrero Blanco impidiera a los Estados Unidos usar las bases estadounidenses en territorio español llevó a la agencia soviética TASS a declarar que la CIA había asesinado a un político franquista de tendencia nacionalista que se niega a entrar en la OTAN y a cumplir ciegamente las órdenes de Washington.
La única persona que supuestamente vio la cara al conocido como «hombre de la gabardina blanca» que entregó los horarios y rutas de Carrero Blanco, en el hotel Mindanao de Madrid, fue José Miguel Beñarán Ordeñana, Argala, quien murió en 1978 a manos de una organización ultraderechista terrorista, el Batallón Vasco-Español (BVE). Asimismo, uno de los presuntos autores materiales del atentado fue asesinado poco después.
El magnicidio tuvo gran repercusión en la España de la época, siendo muy diversos los sentimientos que provocó y sus consecuencias políticas posteriores.
 

Bobby Darin morreu há 45 anos

Bobby Darin, nascido Walden Robert Cassotto (Harlem, Nova Iorque, 14 de maio de 1936 - Los Angeles, 20 de dezembro de 1973) foi um cantor e ator norte-americano.
Viveu uma existência dramática, vindo do nada até atingir o estrelato, Bobby Darin, desde seu nascimento, enfrentou diversas dificuldades, a começar quando, ainda em sua infância, o médico após examiná-lo, constatou que ele sofria de problemas cardíacos e declarou que iria ter pouco tempo de vida, devido à gravidade da sua enfermidade. Por isso decidiu viver a sua vida de maneira muito intensa - viveu como se todo dia fosse o seu último.
Bobby é um exemplo de superação de sensibilidade, que encontra forças nas suas lembranças de infância, que ele nunca esqueceu, para enfrentar a vida com alegria e, acima de tudo, muito talento.
Entretanto, Bobby foi um conquistador, um vencedor nato, para começar venceu uma infância extremamente difícil, porque além de ficar em casa por causa da doença, sem poder brincar como as outras crianças, não conheceu o pai - este abandonou a sua mãe.
Bobby cresceu em um bairro pobre, e mesmo contra as recomendações do médico e da sua mãe de não fazer muitos esforços, tornou-se mais tarde umas das maiores estrelas da América.
Os seus maiores sucessos foram as canções "Dream lover" e "Splish splash".
A sua carreira começou graças à sua 'mãe', Holly, que, ao descobrir que o filho talvez não chegasse aos 15 anos, o incentivou a aprender a tocar vários instrumentos.
Quando foi a Itália gravar "Come September" conheceu no set aquela que seria a sua esposa, a também atriz Sandra Dee. Fez de tudo para conquistá-la e acabou conseguindo, mas a mãe da atriz nunca aceitou o romance deles e tentou separá-los, mas não conseguiu.
Bobby Darin casou com Sandra Dee em 1960, no dia seguinte ao final das gravações. Embora a amasse de verdade, Bobby começa a brilhar mais do que a sua companheira no cinema, é nomeado para um Óscar e o seu brilho ofusca o da sua mulher, tendo sido o seu maior problema no relacionamento. Em 1961, nasce o seu o único filho, Dodd Mitchell Darin, e eles divorciam-se em 1967.
Lutando muito, dia após dia, percorreu um caminho que o levou dos duvidosos clubes noturnos até ao seu destino de sonho, o Copacabana, onde levou multidões ao delírio com as suas interpretações. Ele era o máximo, tanto quando cantava, quanto quando escrevia as canções ou quando tocava, apesar da doença que o perseguia desde a sua infância.
Isolado e confuso, foi obrigado a confiar nos seus amigos, na família e no seu extraordinário talento para acalmar os seus demónios e aceitar quem era e o que a sua vida significou, tendo sido nomeado para um Óscar e ganho um Grammy.
Por causa de Sandra (Sandy como costumava chamar), Bobby interrompeu a sua carreira para se dedicar mais à sua vida particular, e isso fez com que a sua fama baixasse.
Em tempos de guerra, tentando a volta por cima, Bobby começa a apoiar o presidente Kennedy e escreve músicas sobre a guerra do Vietname. O seu esplendoroso regresso ao palco aconteceu antes da sua morte. Só aí apresenta a sua verdadeira mãe, Nina, pois só naquela época descobre que a sua suposta irmã mais velha era, na verdade, a sua mãe, que o teve ainda jovem e não pode assumi-lo devido ao facto de ser mãe solteira e não saber quem era o pai de Darin, sendo isto uma das maiores decepções de sua vida. Para não ser chamado de bastardo na época, a sua mãe o deu à avó, Holly, que era considerada por ele a sua verdadeira mãe. Darin faleceu no dia 20 de dezembro de 1973, após uma cirurgia no coração. Existe um filme contando a sua história, chama-se "Uma vida sem limites". 
 

quarta-feira, dezembro 19, 2018

Édith Piaf nasceu há 103 anos

Édith Giovanna Gassion, (Paris, 19 de dezembro de 1915 - Plascassier, 11 de outubro de 1963), ou simplesmente, Édith Piaf foi uma cantora francesa de música de salão e variedades, mas foi reconhecida internacionalmente pelo seu talento no estilo francês da chanson.
O seu canto expressava claramente a sua trágica história de vida. Entre seus maiores sucessos estão "La vie en rose" (1946), "Hymne à l'amour" (1949), "Milord" (1959), "Non, je ne regrette rien" (1960), tendo participado em várias peças teatrais e filmes. Em junho de 2007 foi lançado um filme biográfico sobre ela, chegando ao cinemas brasileiros em agosto do mesmo ano com o título "Piaf – Um Hino Ao Amor" (originalmente "La Môme", em inglês "La Vie En Rose"), direção de Olivier Dahan.
Édith Piaf está sepultada na mais célebre necrópole parisiense, o cemitério do Père-Lachaise. O seu funeral foi acompanhado por uma multidão poucas vezes vista na capital francesa e hoje, o seu túmulo, é um dos mais visitados por turistas do mundo inteiro.
 

Alexandre O'Neill nasceu há 94 anos

(imagem daqui)

Alexandre Manuel Vahía de Castro O'Neill de Bulhões (Lisboa, 19 de dezembro de 1924 - Lisboa, 21 de agosto de 1986) foi um importante poeta do movimento surrealista português. Era descendente de irlandeses.
Autodidacta, O’Neill foi um dos fundadores do Movimento Surrealista de Lisboa. É nesta corrente que publica a sua primeira obra, o volume de colagens A Ampola Miraculosa, mas o grupo rapidamente se desdobra e acaba. As influências surrealistas permanecem visíveis nas obras dele, que além dos livros de poesia incluem prosa, discos de poesia, traduções e antologias. Não conseguindo viver apenas da sua arte, o autor alargou a sua acção à publicidade. É da sua autoria o lema publicitário «Há mar e mar, há ir e voltar». Foi várias vezes preso pela polícia política da II República, a PIDE.
 
Cão
  
Cão passageiro, cão estrito
Cão rasteiro cor de luva amarela,
Apara lápis, fraldiqueiro,
Cão liquefeito, cão estafado
Cão de gravata pendente,
Cão de orelhas engomadas,
de remexido rabo ausente,
Cão ululante, cão coruscante,
Cão magro, tétrico, maldito,
a desfazer-se num ganido,
a refazer-se num latido,
cão disparado: cão aqui,
cão ali, e sempre cão.
Cão marrado, preso a um fio de cheiro,
cão a esburgar o osso
essencial do dia a dia,
cão estouvado de alegria,
cão formal de poesia,
cão-soneto de ão-ão bem martelado,
cão moido de pancada
e condoído do dono,
cão: esfera do sono,
cão de pura invenção,
cão pré fabricado,
cão espelho, cão cinzeiro, cão botija,
cão de olhos que afligem,
cão problema...
Sai depressa, ó cão, deste poema!

terça-feira, dezembro 18, 2018

Keith Richards - 75 anos!

Keith Richards (Dartford, 18 de dezembro de 1943) é um músico, compositor e ator britânico, considerado um dos grandes nomes do rock do século XX como integrante e fundador dos The Rolling Stones. Foi considerado o terceiro melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone.
   
Biografia
Keith Richards nasceu em 18 de dezembro de 1943, em Dartford, Condado de Kent, filho único de Bertrand Richards e Doris Dupree Richards. Ele viveu os seus primeiros anos sob o ataque dos foguetes V-1 nazis sobre a sua cidade. Filho de trabalhadores de fábrica e neto de socialistas e líderes de lutas pelos direitos civis, o seu contato com a música veio desde criança, através do avô Gus, que tinha em sua casa um velho violão de cordas de tripas, como diz na sua autobiografia.
Keith, ainda jovem, admirava o Rock and Roll e o Blues produzido nos Estados Unidos, sendo fã de Elvis Presley, Muddy Waters e Willie Dixon, entre outros. Estudava na Sidcup School of Art, quando, em 1961, reencontrou o amigo de infância Mick Jagger, também aficionado em Blues. Logo Keith abandonou os estudos e investiu tudo na banda.
Admirador do tipo de música do guitarrista negro americano Chuck Berry, um dos precursores do rock’n'roll, Keith foi o principal responsável pela introdução do rhythm and blues no reportório da banda, que ele desenvolveu com o outro fundador, Brian Jones, introduzindo um som de duas guitarras na linha rítmica dos Stones, fazendo a diferença com o grupo que explodia no mundo todo na época do começo de sua carreira, os Beatles e criando um som mais pesado.
Considerado um dos maiores criadores de riffs – refrões musicais – da história do rock e autor de (I Can't Get No) Satisfaction, o grande hino da carreira dos Stones até hoje – criada durante uma noite insonia num quarto de hotel de Los Angeles em 1965 - Richards e seus companheiros de banda Brian Jones, Mick Jagger, Charlie Watts e Bill Wyman, os originais Rolling Stones, tiveram sucesso no Reino Unido e em todo o planeta a partir da segunda metade dos anos 60, fazendo uma música crua e de letras provocantes, misturando rock, folk, pop, soul e gospel, vendendo milhões de discos e arrebatando plateias e fãs em todos os cantos do mundo, quando eram considerados a maior banda rhythm and blues e a segunda maior banda da história, depois de seus eternos rivais-amigos, The Beatles, a quem faziam o contraponto de “meninos maus”, diferente da imagem de bons do grupo de Liverpool.
Tem uma parceria histórica com Mick Jagger, a qual foi batizada de The Glimmer Twins. Ambos têm uma relação que vem desde a infância, mas alterna momentos de fraternidade, com vários desencontros e lutas. Keith, na sua auto-biografia, confessou que não suporta as pretensões de Jagger, os seus “cálculos”, o seu excesso de atenção aos negócios, a sua ânsia pela aprovação do establishment e a sua tendência ocasional de tratar Richards e os outros membros da banda como empregados, tendo afirmado: "...Eu adorava andar com Mick, mas não entro no seu camarim há uns vinte anos. Às vezes, sinto saudades do meu amigo". Em outra vez, afirmou: "As únicas coisas de que Mick e eu discordamos é a banda, a música e o que fazemos.
Keith tem dois filhos de sua ligação com a atriz e mulher de diversas atividades culturais Anita Pallenberg, a sua companheira nos primeiros anos de drogas e loucuras com os Rolling Stones. Em 1976, enquanto Keith estava em tour, o terceiro filho dele com Pallenberg, uma bebé chamada Tara, morreu no berço. O seu vício em drogas, público e ostensivo, marcou época. Em 1973, os editores da revista especializada New Musical Express puseram Keith no topo de sua lista anual de “estrelas do rock com maior probabilidade de morrer” naquele ano. Mesmo para um roqueiro, em uma época em que a experimentação e uso de narcóticos entre astros do Rock era uma moda quase obrigatória, Richards consumia quantidades hercúleas de heroína, cocaína, mescalina, LSD, peiote, mandrax, tuinal, liamba, além de muitas bebidas alcoólicas, o que levou observadores a acharem que ele estava com os dias contados. Richards permaneceu no topo da lista do observatório da morte durante dez anos, até que, o New Musical Express finalmente admitiu que ele era "imortal". O ponto decisivo para Keith, foi quando do incidente em Toronto em 1977: Keith fora detido com grande quantidade de drogas, processado pela justiça canadiana,e quase condenado como traficante internacional de drogas. Depois disso, começou a tratar-se da dependência. Reza a lenda que Keith trocou todo o seu sangue numa clínica suíça, para ajudá-lo a livrar-se da dependência da heroína que pontuou a sua vida durante os anos 60 e 70.
Desta parte mais depressiva da sua vida, Richards emergiu curado do vício e casado com a modelo nova-iorquina Patti Hansen, uma das mais famosas e bonitas do mundo na época, com quem tem duas filhas: Theodora Dupree (18 de março de 1985) e Alexandra Nicole (28 de junho de 1986).
Além do seu trabalho com os Stones, Keith também manteve uma carreira solo paralela, além de gravar com outros artistas como Steve Jordan, Tom Waits, John Phillips, Aretha Franklin, Bono, The Edge e outros.
Em 2007, Keith fez uma participação especial no filme Piratas das Caraíbas: Nos Confins do Mundo, como Capitão Teague, pai de Jack Sparrow, interpretado por Johnny Depp, e voltou ao papel no filme Piratas das Caraíbas: Por Estranhas Marés que se estreou em 20 de maio de 2011.
  
Sonoridade típica 
 Um dos segredos da sonoridade única produzida por Keith é a afinação diferente da sua guitarra, que ele descobriu “...no final de 1968 ou início de 1969...”, segundo o próprio, depois que descobriu um dos segredos dos blues. As seis cordas da Guitarra Elétrica são normalmente afinadas em mi-lá-ré-sol-si-mi. Depois de colaborar com o grande instrumentista e arranjador Ry Cooder, Richards aprendeu e adotou a afinação em sol aberto, em que a guitarra é afinada num acorde em sol: ré-sol-ré-sol-si-ré. Bluesman do Mississippi, como Robert Johnson ou Charley Patton usavam essa afinação. Richards retirou a corda mais baixa de uma Fender Telecaster afinada em sol-ré-sol-si-ré e produziu os riffs de Tumbling Dice, Brown Sugar, Honky Tonk Women, All Down the Line, Can’t You Hear Me Knocking, entre outros. Tocar essas músicas na afinação tradicional não produzem o mesmo ronco, o som ressoante que Keith Richards produz em, por exemplo, Get Yer Ya-Ya's Out! The Rolling Stones in Concert, o melhor disco ao vivo dos Stones.
    
 

Paul Klee nasceu há 139 anos

Paul Klee (Münchenbuchsee, 18 de dezembro de 1879 - Muralto, 29 de junho de 1940) foi um pintor e poeta suíço naturalizado alemão. O seu estilo, fortemente individual, foi influenciado por várias tendências artísticas diferentes, incluindo o expressionismo, cubismo e surrealismo. Ele foi um estudante do orientalismo. Klee era um desenhador nato, que realizou experiências e, consequentemente, dominou a teoria das cores, assunto sobre o qual ele escreveu extensivamente. As suas obras refletem o seu humor seco e, às vezes, a sua perspectiva infantil, os seus ânimos e as suas crenças pessoais, e a sua musicalidade. Ele e o seu amigo, o pintor russo Wassily Kandinsky, também eram famosos por darem aulas na escola de arte e arquitetura Bauhaus.
Angelus novus, 1920
  

Estaline nasceu há 139 anos

Josef Vissarionovitch Stalin (Gori, 18 de dezembro de 1879 - Moscovo, 5 de março de 1953), nascido Iossif Vissarionovitch Djugashvili, foi o secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética e do Comité Central a partir de 1922 até à sua morte, em 1953, sendo assim o líder absoluto da União Soviética.
Sob a liderança de Estaline, a União Soviética desempenhou um papel decisivo na derrota da Alemanha nazi na Segunda Guerra Mundial (1939 - 1945) e atingiu o estatuto de superpotência, após rápida industrialização e melhoras nas condições sociais do povo soviético, durante esse período. O país também expandiu o seu território para um tamanho semelhante ao do antigo Império Russo.
Durante o XX Congresso do Partido Comunista da União Soviética, em 1956, o sucessor de Estaline, Nikita Khrushchov, apresentou o seu discurso secreto, oficialmente chamado "Do culto à personalidade e suas consequências", a partir do qual se iniciou um processo de "desestalinização" da União Soviética. Ainda hoje existem diversas perspectivas ao redor de Estaline e do seu governo, alguns o vendo como ditador tirano e outros como um líder habilidoso.
 
(...)
 
Vítimas
Em 1991, com o colapso da União Soviética, parte dos arquivos soviéticos finalmente foi disponibilizada. Os relatórios do governo continham os seguintes registos:
Entre 1921–53 o número de condenações políticas foi de 4.060.306, divididas da seguinte maneira:
 
Quantidade de pessoas Tipo de condenação
799.473 Pena de morte
2.634.397 Trabalhos forçados
413.512 Exílio
215.942 Outras
Já quanto a condenações não-políticas, entre 1937–52, foram executadas 34.228 pessoas.
 
Entretanto, esses números devem ser maiores, pois os arquivos soviéticos são omissos em vários aspectos: por exemplo, eles não abrangem as várias transferências populacionais na União Soviética. Esta é uma omissão relevante, pois, de acordo com Eric D. Weitz, a taxa mortalidade das mais de 600.000 pessoas deportadas do Cáucaso entre 1943 e 1944 chegou a 25%, o que acrescentaria mais 150.000 vítimas mortas.
Outros dados que não constam dos arquivos da NKVD incluem o controverso e famoso Massacre de Katyn, bem como diversos outros de menor repercussão em áreas ocupadas. Também não constam as execuções de desertores pela NKVD durante a guerra, que se estima em 158.000 execuções.
Além disso, as estatísticas oficiais de mortalidade nos Gulags excluem as mortes ocorridas logo após a libertação dos prisioneiros, mas cuja morte estava ligada ao tratamento recebido naqueles campos de trabalho forçado.
A ideia de que os arquivos guardados pelas autoridades soviéticas são incompletos e não refletem a totalidades das vítimas é apoiada por diversos historiadores, por exemplo Robert Gellately e Simon Sebag Montefiore. Segundo eles, além dos registos não serem abrangentes, é altamente provável, por exemplo, que suspeitos presos e torturados até a morte durante investigações não sejam contabilizados como execução (não são contados como vítimas de pena de morte).
Após a extinção do regime comunista na União Soviética, historiadores passaram a estimar que, excluindo os que morreram por fome, entre 4-10 milhões de pessoas morreram sob o regime de Estaline. O escritor russo Vadim Erlikman, por exemplo, faz as seguintes estimativas:
 
Nº de pessoas Razão da morte
1,5 milhão Execução
5 milhões Gulags
1,7 milhão Deportados¹
1 milhão Países ocupados²
¹ Erlikman estima um total de 7,5 milhões de deportados.
² Diz respeito aos mortos civis durante a ocupação russa.

Este total estimado de 9 milhões, para alguns pesquisadores, deve ainda ser somado a 6-8 milhões dos mortos na fome soviética de 1932-1933, episódios também conhecidos como Holodomor. Existe controvérsia entre historiadores a respeito desta fome ter sido ou não provocada deliberadamente por Estaline para suprimir opositores de seu regime. Muitos argumentam que a fome ocorreu por questões circunstanciais não desejadas por Estaline ou que foi uma consequência acidental de uma tentativa de forçar a coletivização naquelas áreas afetadas pela fome. Todavia, também existem argumentos no sentido contrário, de que a fome foi provocada por Estaline. Para a última corrente, uma prova de que a fome foi provocada seria o facto de que a exportação de cereais da União Soviética para a Alemanha Nazi aumentou consideravelmente no ano de 1933, o que provaria que havia alimento disponível. Esta versão da história é retratada pelo documentário The Soviet Story.
Sendo assim, se o número de vítimas da fome for incluído, chega-se a um número mínimo de 10 milhões de mortes (mínimo de 4 milhões de mortos por fome e mínimo de 6 milhões de mortos pelas demais causas expostas). No entanto, Steven Rosefielde tem como mais provável o número de 20 milhões de mortos, Simon Sebag Montefiores sugere número um pouco acima de 20 milhões, no que é acompanhado por Dmitri Volkogonov (autor de Stalin: Triunfo e Tragédia), Alexander Nikolaevich Yakovlev, Stéphane Courtois e Norman Naimark. O pesquisador Robert Conquest recentemente reviu sua estimativa original de 30 milhões de vítimas para cerca de 20 milhões, afirmando ainda ser muitíssimo pouco provável qualquer número abaixo de 15 milhões de vidas ceifadas pelo regime de Estaline.
 
(...)
 
Morte
Em 5 de março de 1953, Estaline morreu de hemorragia cerebral (derrame) em circunstâncias ainda hoje pouco esclarecidas. Avtorkhanov desenvolveu uma detalhada teoria, publicada inicialmente em 1976, apontando Beria como o principal suspeito de tê-lo envenenado. Todavia, outros historiadores ainda consideram que Estaline morreu de causas naturais. Nikita Khrushchov escreveu nas suas memórias que, imediatamente após a morte de Estaline, Lavrenty Beria teria começado a "vomitar o seu ódio (contra Estaline) e a zombar dele", e que, quando Estaline demonstrou sinais de consciência, Beria teria se colocado de joelhos e beijado as mãos de Estaline. No entanto, assim que Estaline ficou novamente inconsciente, Beria imediatamente teria se levantado e cuspido com nojo.
Em 2003, um grupo de historiadores russos e americanos anunciaram a sua conclusão de que Estaline ingeriu varfarina, um poderoso veneno de rato que inibe a coagulação sanguínea e predispõe a vítima à hemorragia cerebral (derrame). Como a varfarina é insípida ela provavelmente teria sido o veneno utilizado. No entanto, os factos exatos envolvendo a morte de Estaline provavelmente nunca serão conhecidos.
O período imediatamente anterior ao seu falecimento, nos meses de fevereiro-março de 1953, foi marcado por uma atividade febril de Estaline nos preparativos de uma nova onda de perseguições e campanhas repressivas, exceção até para os padrões da era estalinista. Tratava-se do conhecido complot dos médicos: em 3 de janeiro de 1953, foi anunciado que nove catedráticos de medicina, quase todos judeus e que tratavam os membros da liderança soviética, tinham sido "desmascarados" como agentes da espionagem americana e britânica, membros de uma organização judaica internacional, e assassinos de importantes líderes soviéticos.
Tratava-se da preparação de um novo julgamento-espetáculo, desta vez com claros traços de anti-semitismo, que certamente levaria a um pogrom nacional, e que implicaria, segundo Isaac Deutscher, na auto-destruição das próprias raízes ideológicas do regime, razão pela qual a morte de Estaline pareceu a muitos ter sido provocada pelos seus seguidores imediatos, claramente alarmados diante da iminente fascistização promovida por Estaline. O facto de que Beria estivesse alheio à preparação deste nova purga fez com que fosse apresentado como possível autor intelectual do suposto assassinato de Estaline; o facto é, no entanto, que Estaline era idoso e que a sua saúde, desde o final da Segunda Guerra Mundial, era precária; aqueles que tiveram contacto pessoal com ele nos seus últimos anos lembram-se do contraste entre a sua imagem pública de ente semi-divino e a sua aparência real, devastado pela idade. Simon Sebag Montefiore considera que, apesar de Estaline haver recebido assistência atrasada para o derrame que o vitimaria, a tecnologia médica da época nada poderia fazer por ele em termos terapêuticos.
  
(imagem daqui)

O cantor Alejandro Sanz faz hoje cinquenta anos

Alejandro Sánchez Pizarro (Madrid, 18 de dezembro de 1968) é um cantor espanhol.
Filho mais jovem do casal María Pizarro Medina e Jesús Sánchez Madero, a sua vida esteve sempre ligada à música, tendo o seu pai a sua grande influência, principalmente em relação à música flamenca. O cantor é considerado um dos maiores compositores e intérpretes da música flamenca e do pop latino.