segunda-feira, outubro 06, 2014

Hoje é uma data importante para o Egito e Israel...

A Guerra do Yom Kippur, também conhecida como Guerra Árabe-Israelita de 1973, Guerra de Outubro, Guerra do Ramadão ou ainda Quarta Guerra Árabe-Israelita, foi um conflito militar ocorrido de 6 de outubro a 26 de outubro de 1973, entre uma coligação de estados árabes liderados por Egipto e Síria contra Israel. O episódio começou com um ataque inesperado do Egito e Síria. Coincidindo com o dia do feriado judaico Yom Kippur, Egito e Síria cruzaram as linhas de cessar-fogo no Sinai e nos Montes Golã, respetivamente, que foram capturadas, por Israel, já em 1967, durante a Guerra dos Seis Dias.
Inversamente ao fator surpresa, usado pelos israelitas na guerra dos seis dias durante os primeiros dias, egípcios e sírios avançaram recuperando partes de seus territórios. O cenário começou a se inverter para o lado de Israel na segunda semana de lutas, quando os israelenses fizeram os sírios retrocederem nos Montes Golã enquanto o Egito mantinha a sua posição no Sinai, fechando a comunicação entre a linha Bar-Lev e Israel, porém este também sem comunicação com o Egito.
Ao sul do Sinai, os israelitas encontraram uma "brecha" entre os exércitos egípcios e conseguiram cruzar para o lado oeste do canal de Suez no local onde a a grande muralha Bar-Lev não havia sido tomada, e ameaçaram a cidade egípcia de Ismaília.
Este desenvolvimento levou as duas superpotências da época, os EUA, defender os interesses de Israel, e a URSS, dos países árabes, a uma tensão diplomática. Mas um cessar-fogo das Nações Unidas entrou em vigor de forma cooperativa a 25 de outubro de 1973.
No término das hostilidades, as forças israelitas, já recuperadas das baixas iniciais e com um esmagador poderio militar, haviam adentrado profundamente no território dos arabes e encontravam-se a 40 km de Damasco, capital da Síria, a qual foi intensamente bombardeada, e 101 km do Cairo, capital egípcia.


Muhammad Anwar Al Sadat (Mit Abu al-Kum, Monufia, 25 de dezembro de 1918 - Cairo, 6 de outubro de 1981) foi um militar e político egípcio, presidente do seu país de 1970 a 1981. Recebeu o Prémio Nobel da Paz em 1978.

(...)

Em um esforço para acelerar um acordo no Oriente Médio, visitou Israel, em 1977, facto que marcou o primeiro reconhecimento daquele país por um país árabe, tendo gerado fortes condenações de grande parte do mundo árabe. Encontrou-se novamente com o primeiro-ministro israelita Menachem Begin em Camp David, Maryland, Estados Unidos (1978), sob a chancela do então presidente americano Jimmy Carter e assinou um tratado de paz com Israel em 1979, em Washington, DC.

(...)

Em 6 de outubro de 1981, Sadat é assassinado durante uma parada militar no Cairo por membros da Jihad Islâmica Egípcia infiltrados no exército e que eram parte da organização egípcia que se opunha ao acordo de paz com Israel e à entrega da Faixa de Gaza ao estado judeu. Foi sucedido pelo seu vice-presidente, Hosni Mubarak. Encontra-se sepultado no Monumento ao Soldado Desconhecido, no Cairo, no Egito.

Bette Davis morreu há 25 anos

Ruth Elizabeth "Bette" Davis (Lowell, 5 de abril de 1908 - Neuilly-sur-Seine, 6 de outubro de 1989), foi uma atriz dos Estados Unidos de cinema, televisão e teatro, conhecida por sua vontade de interpretar personagens antipáticas, ela era venerada por suas atuações numa variada gama de géneros cinematográficos; de melodramas policiais, filmes de época e comédias, embora os seus maiores sucessos tenham sido romances dramáticos.
Após trabalhar em peças na Broadway, Davis mudou-se para Hollywood em 1930, onde obteve pouco êxito com papéis em produções da Universal Studios. Foi contratada pela Warner Bros. em 1932, estabelecendo uma bem-sucedida carreira através de várias atuações aclamadas pela crítica. Em 1937 tentou se libertar do contrato e, apesar de ter perdido um processo contra a produtora que foi amplamente explorado pela mídia, atingiu o período de maior sucesso de sua carreira. Até o final dos anos 1940, Davis foi uma das mais célebres protagonistas do cinema americano, reconhecida por seu estilo forte e intenso. Ganhou uma reputação de perfecionista muito combativa, sendo que embates com executivos dos estúdios, diretores de cinema e outras estrelas eram frequentemente noticiados pela mídia. O seu estilo franco, a sua voz distinta e o cigarro sempre à mão contribuíram para a construção de uma imagem pública muito imitada e satirizada.
Davis co-fundou a Hollywood Canteen – iniciativa para angariar fundos para o Exército e entreter soldados norte-americanos durante a Segunda Guerra Mundial – e foi a primeira mulher presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Ganhou o Óscar de Melhor Atriz duas vezes, foi a primeira pessoa a receber dez nomeações da Academia nas categorias de atuação, além de ter sido a primeira mulher a receber um prémio pelo conjunto da obra do American Film Institute. A sua carreira passou por vários períodos sombrios, tendo ela mesma admitido que o seu sucesso se deu muitas vezes às custas de seus relacionamentos pessoais. Casada quatro vezes, tornou-se viúva uma vez e divorciada outras três, tendo criado os seus filhos como mãe solteira. Os seus últimos anos foram marcados por um longo período de doença mas ela continuou atuando até pouco antes de sua morte, por cancro da mama, com mais de 100 papéis em filme, televisão e teatro na sua filmografia. Em 1999, Davis foi a segunda colocada, atrás apenas de Katharine Hepburn, na lista do American Film Institute das maiores atrizes de todos os tempos.
Possui duas estrelas na Calçada da Fama, uma referente ao seu trabalho no cinema e outra referente ao seu trabalho na televisão. Elas estão localizadas em 6225 Hollywood Boulevard e 6233 Hollywood Boulevard.


domingo, outubro 05, 2014

Hoje é o dia da profissão mais importante de todas...

(imagem daqui)
   
O Dia Mundial do Professor celebra-se anualmente no dia 5 de outubro. O Dia Mundial do Professor homenageia todos os que contribuem para o ensino e educação da sociedade.

Este dia presta homenagem a todos aqueles que escolheram o ensino como forma de vida e que dedicam o seu dia-a-dia a ensinar, crianças, jovens e adultos.

A data foi criada pela UNESCO em 1994 com o objetivo de chamar atenção para o papel fundamental que os professores têm na sociedade e na instrução da população.


NOTA:  há a profissão mais antiga de sempre (ainda hoje praticada...), a segunda mais antiga (a de espião - ou será de político...?!?) e a mais importante - a de professor - pois sem ela não havia outras profissões...

Porque hoje se celebra a "imposição" da república...




Portugal existe há 871 anos (e não há 104...)

O Tratado de Zamora foi um diploma resultante da conferência de paz entre D. Afonso Henriques e seu primo, Afonso VII de Leão e Castela. Celebrado a 5 de outubro de 1143, esta é considerada como a data da independência de Portugal e o início da dinastia afonsina. Este dia é feriado nacional suspenso em Portugal. No entanto, antes da suspensão, oficialmente era comemorada a implantação da República, em Portugal, em 1910. Nesse dia, simpatizantes da causa monárquica costumam celebrar, por seu lado, o nascimento do Reino de Portugal, em 1143.
Em Zamora foi revogado o anterior Tratado de Tui datado de 1137.
Vitorioso na batalha de Ourique, em 1139, D. Afonso Henriques beneficiou da acção desenvolvida, em favor da constituição do novo Reino de Portugal, pelo arcebispo de Braga, D. João Peculiar. Este procurara conciliar os dois primeiros e fez com que eles se encontrassem em Zamora nos dias 4 e 5 de Outubro de 1143 na presença do cardeal Guido de Vico.
Pelos termos do tratado, Afonso VII concordou em que o Condado Portucalense passasse a ser reino, tendo D. Afonso Henriques como seu rex (rei). Embora reconhecesse a independência, D. Afonso Henriques continuava a ser vassalo, pois D. Afonso VII para além de ser rei de Leão e Castela considerava-se imperador de toda a Hispânia. Contudo D. Afonso Henriques nunca chegou a prestar-lhe vassalagem, sendo caso único de entre todos os reis existentes na península Ibérica.
A soberania portuguesa, reconhecida por Afonso VII em Zamora, veio a ser confirmada pelo Papa Alexandre III só em 1179, mas o título de rex, que D. Afonso Henriques usava desde 1140, foi confirmado em Zamora, comprometendo-se então o monarca português, ante o cardeal, a considerar-se vassalo da Santa Sé, obrigando-se, por si e pelos seus descendentes, ao pagamento de um censo anual.
A partir de 1143 D. Afonso Henriques vai enviar ao Papa remissórias declarando-se seu vassalo lígio e comprometendo-se a enviar anualmente uma determinada quantia de ouro. As negociações vão durar vários anos, de 1143 a 1179.
Em 1179 o Papa Alexandre III envia a D. Afonso Henriques a "Bula Manifestis probatum", na qual o Papa aceita que D. Afonso Henriques lhe preste vassalagem direta, reconhece-se definitivamente a independência do Reino de Portugal sem vassalagem em relação a D. Afonso VII de Leão e Castela (pois nenhum vassalo podia ter dois senhores diretos) e D. Afonso Henriques como primeiro rei de Portugal, ou seja, Afonso I de Portugal.
 

Brian Johnson, o segundo vocalista dos AC/DC, faz hoje 67 anos

Brian Johnson (Gateshead, 5 de outubro de 1947) é um cantor e compositor britânico. Desde 1980, ele tem sido o vocalista da banda de hard rock australiana AC/DC. Em 1972, Brian Johnson tornou-se um dos membros fundadores da banda de glam rock, Geordie. Depois de alguns singles que se tornaram hits, chegando ao Top 10 no Reino Unido com a música, "All Because Of You" (1973), a banda terminou em 1978 e depois foi reestruturada por Brian em 1980. Mas assim que assinaram um novo contrato com uma gravadora, Brian Johnson foi convidado para o ensaio do AC/DC, cujo vocalista, Bon Scott, havia falecido a 19 de fevereiro de 1980.
O primeiro álbum de Brian com o AC/DC foi Back in Black. Em 1997, Brian gravou com a banda Jackyl a música "Locked and Loaded", e em 2002 escreveu a música "Kill The Sunshine" do álbum Relentless.


sábado, outubro 04, 2014

O Sputnik 1 foi lançado para o espaço há 57 anos

Sputnik 1 foi a primeira missão do Programa Sputnik, que enviou o primeiro satélite artificial da Terra. A missão foi lançada pela URSS em 4 de outubro de 1957 do Cosmódromo de Baikonur. O Sputnik era uma esfera de aproximadamente 50cm e pesando 83,6 kg.
Ele não tinha nenhuma função, a não ser transmitir um sinal de rádio, "beep", que podia ser sintonizado por qualquer radio-amador.
O satélite orbitou a Terra durante três meses antes de cair. O seu foguete lançador, chamado R.7, pesava 4 toneladas e entrou em órbita também. Ele foi projetado originalmente para lançar ogivas nucleares.
O Sputnik 1 foi o primeiro satélite artificial a ser lançado pela antiga União Soviética e o primeiro satélite a ser lançado também pela humanidade. Seu lançamento abriu, simbolicamente falando, a "porta" para o começo da corrida espacial entre Estados Unidos e URSS.

Janis Joplin morreu há 44 anos

Janis Lyn Joplin (Port Arthur, 19 de janeiro de 1943 - Los Angeles, 4 de outubro de 1970) foi uma cantora e compositora norte-americana. Considerada a "Rainha do Rock and Roll", "a maior cantora de rock dos anos 1960" e "a maior cantora de blues e soul da sua geração", ela alcançou proeminência no fim dos anos 1960 como vocalista da Big Brother and the Holding Company e, posteriormente, como artista a solo, acompanhada das suas bandas de suporte: a Kozmic Blues e a Full Tilt Boogie.
Influenciada por grandes nomes do jazz e do blues, como Aretha Franklin, Billie Holiday, Etta James, Tina Turner, Big Mama Thornton, Odetta, Leadbelly e Bessie Smith, Janis fez, de sua voz, a sua característica mais marcante, tornando-se um dos ícones do rock psicadélico e dos anos 1960. Todavia, problemas com drogas e álcool encurtaram a sua carreira. Morta em 1970 devido a uma overdose de heroína, Janis lançou apenas quatro álbuns: Big Brother and the Holding Company (1967), Cheap Thrills (1968), I Got Dem Ol' Kozmic Blues Again Mama! (1969) e o póstumo Pearl (1971), que foi o último álbum com participação direta da cantora.


Charlton Heston nasceu há 90 anos

Charlton Heston
Heston em 1953
Nome completo John Charles Carter
Nascimento 4 de Outubro de 1923
Evanston, Estados Unidos
Nacionalidade Estados Unidos Estadunidense
Morte 5 de abril de 2008 (84 anos)
Beverly Hills, Estados Unidos
Ocupação Ator
Cônjuge Lydia Clarke (1944 - 2008)
Atividade 1941 - 2003
Óscares da Academia
Melhor Ator
1959 - Ben-Hur
Prémio humanitário Jean Hersholt
1978 - Por contribuições para Programas Humanitários
Prémios Globo de Ouro
Prémio Cecil B. DeMille
1967 - Pelo conjunto da obra
Prémios Screen Actors Guild
Life Achievement Award
1972 - Pelo conjunto da obra


Charlton Heston, nome artístico de John Charles Carter, (Evanston, Illinois, 4 de outubro de 1923Beverly Hills, 5 de abril de 2008) foi um ator norte-americano notabilizado no cinema por papéis heróicos em superproduções da época de ouro de Hollywood, como Moisés de Os Dez Mandamentos, Judah Ben-Hur de Ben-Hur, o lendário cavaleiro espanhol El Cid no filme homónimo e Robert Neville em A Última Esperança da Terra.
Nascido no estado de Illinois, viu seus pais se divorciarem quando tinha dez anos; com o segundo casamento de sua mãe com Chester Heston, a família se mudou para um subúrbio de Chicago e ele adotou o nome do padrasto. Na escola secundária, Charlton envolveu-se com a cadeira de artes dramáticas e teve um resultado tão bom que recebeu uma bolsa em drama para fazer a universidade.
Em 1944 deixou os estudos e se alistou na força aérea do exército, onde serviu como operador de rádio de bombardeiros B-25 nas Ilhas Aleutas durante a Segunda Guerra Mundial. Atingiu a patente de sargento, e casou com uma colega de faculdade.
Após a guerra, o casal voltou para Nova Iorque onde ele iniciou uma carreira de ator em teatro e começou a aparecer em papéis históricos como Macbeth e Marco António & Cleópatra. Já usando o nome de Charlton, ele fez seu primeiro papel no cinema em Dark City, em 1950, recebendo reconhecimento por sua atuação e chamando a atenção para seu porte.
Morreu em 5 de abril de 2008 na  sua residência de Beverly Hills, em Los Angeles, aos 84 anos. Sofria desde 2002 de uma doença degenerativa com sintomas similares aos da doença de Alzheimer. Encontra-se sepultado no Saint Matthew's Episcopal Church Columbarium, Pacific Palisades, Condado de Los Angeles, Califórnia nos Estados Unidos.

Jean-François Millet nasceu há dois séculos

Auto-retrato

Jean-François Millet (4 de outubro de 181420 de janeiro de 1875), um pintor romântico e um dos fundadores da Escola de Barbizon na França rural, é conhecido como precursor do realismo, pelas suas representações de trabalhadores rurais.
Juntamente com Courbet, Millet foi um dos principais representantes do realismo europeu surgido em meados do século XIX, a sua obra foi uma resposta à estética romântica, de gostos um tanto orientais e exóticos, e deu forma à realidade circundante, sobretudo a das classes trabalhadoras.
Millet era filho de um latifundiário, nascido na vila de Gruchy, em La Hague, na Normandia. Recebeu suas primeiras aulas de pintura em 1834, no estúdio dos pintores Paul Dumouchel, Jérome Langlois e Chevreville, em Cherbourg. Mudou-se depois para Paris, em 1838, onde continuou sob a orientação do pintor Paul Delaroche, dedicando-se a estudar os grandes mestres do Louvre, principalmente Giorgione, Michelangelo e Poussin. O início de sua carreira como artista foi muito difícil. Precisava ganhar a vida pintando quadros a pastel no estilo rococó.
Após 1840, decide abandonar o Academismo e fica sob a influência de Daumier. Nessa época consegue se apresentar pela primeira vez no Salão de Paris e conhece os pintores Théodore Rousseau e Constant Troyon, que o influenciaram a mudar-se para o campo. Ele acabou indo para o povoado de Barbizon. Lá viveria toda a sua vida, longe da cidade que detestava e pintando seus célebres quadros de camponeses, que tantas críticas despertaram entre os conservadores franceses. Em 1849 abdica definitivamente de Escola de Barbizon para se dedicar por inteiro às suas representações de trabalhadores rurais das mais diversas áreas.
As suas obras sobre camponeses foram consideradas sentimentais para alguns, exageradamente piegas para outros, mas a verdade é que as obras de Millet em nenhum momento suscitaram indiferença. Na tepidez de seus ocres e marrons, no lirismo de sua luz, na magnificência e dignidade de suas figuras humanas, o pintor manifestava a integração do homem com a natureza. Alguns temas eram tratados talvez com um pouco mais de sentimentalismo do que outros. No entanto, é nos pequenos gestos que se pode descobrir a capacidade de observação deste grande pintor.

Violeta Parra nasceu há 97 anos

Violeta del Carmen Parra Sandoval (San Carlos, 4 de outubro de 1917 - Santiago do Chile, 5 de fevereiro de 1967) foi uma compositora, cantora, artista plástica e ceramista chilena, considerada a mais importante folclorista daquele país e fundadora da música popular chilena.


Graham Chapman, dos Monty Python, morreu há 25 anos...

Graham Arthur Chapman (Leicester, Leicestershire, 8 de janeiro de 1941 - Maidstone, 4 de outubro de 1989) foi um actor e escritor britânico e membro do grupo Monty Python.

Graham Chapman nasceu enquanto acontecia um ataque aéreo alemão. O pai de Graham, Walter, era inspector-chefe da polícia e provavelmente inspirou as múltiplas vezes que Graham representou figuras autoritárias. A profissão do seu pai obrigava a sua família a mudar-se constantemente, dependendo de onde o seu pai era colocado. Assim Chapman e o seu irmão mais velho, John, passaram por várias escolas, um pouco por toda a Inglaterra, durante a sua infância. Aquela que parece ter tido uma maior influência em Graham foi a Melton Mowbray Grammar, onde este ficou apaixonado pelo teatro ao envolver-se em várias peças que a escola organizava. Foi também nesta altura que Chapman viu um vídeo do clube humorístico de Cambridge, os Footlights. A descoberta deste grupo influenciou mais tarde a escolha de Cambridge para estudar. Durante a sua infância, Chapman, à semelhança dos restantes membros dos Monty Python, era fã do programa de rádio The Goons, que influenciou muito o seu trabalho.
Quando chegou a altura de escolher a universidade onde queria prosseguir os seus estudos, Graham foi aconselhado pelo director da escola a candidatar-se a Universidade de Cambridge. Chapman estava aberto à ideia, até porque os Footlights o atraía. A escolha do curso de Medicina foi feita devido ao facto de o seu irmão já se encontrar na universidade a estudar o mesmo. Em 1959, Graham foi admitido em Cambridge, depois de ter passado nos exames sem grandes dificuldades.
Assim que conseguiu um lugar em Cambridge, Chapman procurou um lugar no Footlights, no entanto foi-lhe barrada a entrada na primeira tentativa. Chapman não desistiu e em conjunto com o amigo Anthony Branch escreveu um "smoker" (uma espécie de peça que servia de pré-audição para os Footlights). Os dois convidaram membros do grupo para assistir à peça que tinham escrito. Estes ficaram impressionados e decidiram convidar os dois para as audições. Foi nestas audições que Graham Chapman conheceu John Cleese, que viria a se tornar o seu principal colega de escrita nos anos posteriores.
A sua participação no Footlights foi o principal motivo que o fez decidir o queria fazer no futuro. Uma das produções do grupo, uma revista intitulada A Clump Of Pliths, foi exibida no Edinburgh Fringe Festival com um sucesso enorme, o que levou o grupo a fazer uma digressão que os levou ao West End de Londres, à Nova Zelândia, à Broadway e até ao The Ed Sullivan Show, em outubro de 1964. Os pais de Chapman não aprovaram a ida do seu filho em digressão, uma vez que isso implicava ter de interromper os seus estudos durante algum tempo. No entanto, Chapman teve a oportunidade de conhecer a Rainha Mãe, a quem perguntou se deveria fazer a digressão com os Footlights ou ficar em Cambridge a estudar. A Rainha Mãe disse que ele devia fazer a digressão. Quando Graham contou isto aos seus pais, eles deixaram-no ir.
Quando regressou da digressão, Chapman retomou os estudos e conseguiu terminar o curso em Cambridge entre os melhores alunos. Depois de Cambridge, Graham foi para o Barts Hospital Medical College, onde começou a estudar a parte prática da medicina. Também aqui Graham se formou com distinção. No entanto nunca chegou a exercer medicina profissionalmente, uma vez que, na altura já escrevia para a BBC.

BBC
Chapman e Cleese começaram a escrever profissionalmente para a BBC durante os anos 60, no princípio para David Frost, mas também para Marty Feldman. Chapman também contribuiu com sketches para a série de rádio da BBC, I’m Sorry, I’ll Read That Again e para programas televisivos como The Ilustrated Weekly Hudd (com Roy Hudd como protagonista), Cilla Black, This Is Petula Clarck e This Is Tom Jones. Chapman, Cleese e Tim Brooke-Taylor juntaram-se mais tarde a Martin Feldman na sua série televisiva de comédia, At Last the 1948 Show. Chapman e por vezes Cleese também escreveram para a série Doctor in the House. Chapman também foi um dos escritores de vários episódios com Bernard McKenna e David Sherlock.

Monty Python
Em 1969, Chapman e Cleese juntaram-se a Michael Palin, Eric Idle, Terry Jones e Terry Gilliam (os quatro tinham feito o programa infantil Do Not Adjust Your Set) e juntos formaram os Monty Python. O programa do grupo, Monty Python's Flying Circus, foi transmitido pela primeira vez pela BBC a 5 de outubro de 1969 e, apesar de os primeiros programas não terem sido um sucesso na altura, o grupo acabou por revolucionar o humor.
Os sketches clássicos da dupla Chapman\Cleese incluem o Raymond Luxury Yacht (o especialista em pele com um nariz enorme) e o Dead Parrot (O Papagaio Morto). Os seus papeis em Flying Circus aproximaram-se mais da sua própria personalidade: personagens calmas, figuras autoritárias e imprevisíveis.
No livro de David Morgan, Monty Python Speaks de 1999, Cleese afirmou que Chapman, embora fosse o seu colega de escrita oficial em muitos dos seus sketches, contribuía relativamente pouco na escrita directa. Segundo os restantes Pythons, a sua maior contribuição na escrita era a sua intuição incomparável para o que era engraçado. Apesar de pequenas, as suas contribuições eram muitas vezes o “tempero” que dava aos sketches o seu sabor. No clássico Dead Parrot, escrito maioritariamente por Cleese, o cliente frustrado estava inicialmente a tentar devolver uma torradeira defeituosa. Chapman perguntou como poderiam fazê-lo mais furioso, e pensou que a devolução de um papagaio morto a uma loja de animais seria mais interessante do que uma torradeira.
Durante os anos dos Monty Python, os problemas de alcoolismo de Chapman, que na altura se encontravam no seu pico, afectaram em muito o seu desempenho. Os seus piores momentos foram vividos durante as filmagens de Monty Python e o Cálice Sagrado. Muitas das vezes, Graham não se lembrava das suas deixas ou não conseguia executar algumas partes mais físicas do seu papel, como foi o caso da cena da Ponte da Morte. Graham não conseguiu passar a ponte, por se encontrar embriagado. Um dos maiores desafios para Chapman durante as filmagens aconteceu no primeiro dia. Como o grupo se encontrava a filmar numa zona remota da Escócia, era quase impossível comprar álcool. Apesar de ter perguntado a quase toda a equipa se tinha álcool, Graham não o encontrou e começou a sofrer efeitos secundários da sua dependência.
Na altura de A Vida de Brian, Chapman já tinha ultrapassado os seus problemas relacionados com o álcool e os restantes Pythons ficaram surpreendidos e diziam que ele se tinha tornado num "santo" uma vez que, todos os dias, depois das filmagens, este dava consultas e fazia pequenas cirurgias a qualquer membro da equipa e aos figurantes.

Vida pessoal
Chapman era em muitos aspectos o estereótipo da respeitabilidade do ensino público britânico; era alto (1,88 m), um ávido fumador de cachimbo que gostava de montanhismo e de jogar rugby. Ao mesmo tempo e, curiosamente, era um homossexual orgulhoso e muito excêntrico.
Chapman era alcoólico desde os tempos em que estudava medicina. A bebida afectava os seus desempenhos nos estúdios televisivos e também nos filmes. Ele finalmente parou de beber no Boxing Day em 1977, depois de ter irritado os restantes Pythons com uma entrevista sem tabus (e muito regada) com o New Musical Express.
Chapman manteve a sua homossexualidade em segredo até aos anos 70, altura em que revelou publicamente durante uma entrevista num talk show. Chapman foi uma das primeiras celebridades a admitir a sua homossexualidade e na altura provocou alguma polémica. Alguns dias após a famosa entrevista, Graham organizou uma festa na sua casa onde revelou aos seus amigos que era gay, e para apresentar oficialmente David Sherlock como seu companheiro. A sua relação com Sherlock foi descrita pelo próprio como sendo um verdadeiro casamento. Os dois estiveram juntos durante vinte anos, até à morte de Chapman, e adoptaram um rapaz, John Tomiczek, em 1971. Depois de assumir a sua orientação sexual, Chapman passou a defender publicamente os direitos dos homossexuais, sendo também o fundador da revista Gay News, que apoiava financeira e editorialmente.
Mais tarde, nas suas digressões por universidades, Chapman disse que, quando anunciou publicamente a sua homossexualidade, uma espectadora escreveu para os Monty Python a queixar-se que tinha ouvido dizer que um dos membros do grupo, que segundo ela não se tinha dignado a revelar a identidade, era gay. Juntamente com a carta, a espectadora enviou cerca de 20 páginas de orações que, se fossem repetidas todos os dias, poderiam salvar o membro em questão do inferno. Eric Idle, ciente da orientação sexual do amigo, enviou uma carta à espectadora onde dizia “Descobrimos quem era e matámo-lo.” Mais tarde, no seu livro, A Liar's Autobiography, Chapman escreveu, em tom de brincadeira, que como John Cleese não entrou na temporada seguinte de Flying Circus, a mulher deve ter levado a carta a sério.

Morte
Em 1988, a saúde de Graham começou a deteriorar-se. Os seus anos de alcoolismo tinham deixado a sua marca e este tinha o fígado em muito mau estado. No entanto foi algo diferente que o matou - em novembro desse ano, durante uma consulta de rotina no seu dentista, este reparou que as suas amígdalas estavam estranhamente grandes. Mais tarde descobriu-se um tumor maligno nas amígdalas, que teve de remover. Depois de uma consulta com o seu médico, Chapman descobriu que o problema nas amígdalas derivava de um cancro na coluna. Ele foi operado e removeu o tumor, mas ficou confinado a uma cadeira de rodas. Durante o ano de 1989 submeteu-se a várias operações e a tratamentos de radioterapia, mas sempre que retirava um tumor, aparecia-lhe outro ou na coluna ou na garganta. Foi na sua cadeira de rodas que gravou algum material para a celebração dos vinte anos dos Monty Python. Mas, a 1 de outubro, foi hospitalizado em Maidstone, depois de um ataque cardíaco grave que se tornou numa hemorragia interna.
Na noite da sua morte, a 4 de outubro, estavam presentes John Cleese, Michael Palin, o seu companheiro David Sherlock, o seu irmão John e a sua cunhada, no entanto John Cleese teve de ser levado para lidar com a dor e o choque de ver o seu amigo a morrer. Terry Jones e Peter Cook também o tinham visitado nesse dia. A morte de Chapman ocorreu na véspera do 20º aniversário da primeira transmissão do Monty Python's Flying Circus, algo a que Terry Jones chamou o "pior caso de festa perdida da História".
Os Monty Python decidiram não estar presentes no seu funeral, para que este não se tornasse num circo dos media e para dar alguma privacidade à família de Chapman. A sua presença foi marcada de uma forma bastante humorística, como sempre. O grupo enviou o pé característico dos seus programas com a mensagem: "Para o Graham dos outros Pythons. Pára-nos se estivermos a ficar muito patetas". Em vez de marcarem presença no funeral, os Pythons organizaram um Memorial, com todos os amigos de Graham, para celebrar a sua vida. O elogio foi feito por John Cleese e ainda hoje é um dos mais famosos de sempre. Os restantes Pythons também discursaram, sendo que Idle tinha lágrimas nos olhos e disse que Graham tinha preferido morrer a ouvir mais Michael Palin a falar (é conhecido como uma piada dos Monty Python que Palin fala demasidado). Durante a cerimónia foram cantadas músicas como Jerusalem, uma das preferidas de Chapman e Always Look On The Bright Side Of Life. Esta foi cantada pelos amigos mais próximos de Graham, guiados por Eric Idle, que mais tarde confessou ter sido uma das coisas mais difíceis que alguma vez teve de fazer.
O elogio feito por John Cleese foi o seguinte:
Graham Chapman, co-autor de "Parrot Sketch", já não é.
Deixou de ser, foi desta para melhor, descansa em paz, esticou as canelas, bateu as botas, nos deixou, foi-se, deu seu último suspiro e foi ter com o "Poderoso Chefe do Entretenimento do Céu", e acho que estamos todos pensando que é muito triste que um homem com tanto talento, tanta capacidade e bondade, de tanta inteligência, nos tenha sido levado com apenas 48 anos, antes de ter conseguido muitas das coisas de que era capaz, e antes de se ter divertido o suficiente.
Bem, eu sinto que devo dizer algo sem noção como: já vai tarde, otário, espero que queime no inferno.
E a razão pela qual sinto que devo dizer isto, é porque ele nunca me perdoaria se eu não o fizesse, se eu desperdiçasse esta oportunidade de chocar vocês em nome dele. Tudo para ele era contradizer o bom gosto. Podia ouvi-lo a sussurrar nos meus ouvidos ontem à noite quando estava a escrever isto:
"Tudo bem, Cleese, estás muito orgulhoso por ter sido a primeira pessoa a dizer 'merda' na televisão. Se este Memorial é mesmo para mim, quero que seja a primeira pessoa a dizer 'foda-se' num Memorial na Inglaterra!"
O problema é que não consigo. Se ele estivesse aqui comigo agora, provavelmente teria coragem, porque ele me incentivou. Mas a verdade é que, não tenho os tomates dele, o seu desafio esplêndido. E por isso vou ter contentar-me por dizer 'Betty Mardsen…'
Mas depois de mim pessoas mais arrojadas e desinibidas vão vir para aqui. O Jones e o Idle, o Gilliam e o Palin. Só Deus sabe o que a próxima hora vai trazer em nome do Graham. Calças a descer, blasfémias e saltitões, demonstrações espantosas de peidos a alta-velocidade, incesto sincronizado. Um dos quatro está a planear enfiar um ocelote morto e uma máquina de escrever da Remington de 1922 no seu próprio rabo ao som do terceiro movimento do Concerto de Violoncelo de Elgar. E isto é na primeira parte.
Porque o Gray quereria isto desta forma. A sério. Para ele é tudo menos bom gosto sem cabeça. E é isso que vou lembrar sempre dele, sem contar, claro, com a sua extravagância olímpica. Ele era o príncipe do mau gosto. Ele adorava chocar. De facto, mais do que ninguém que eu conheça, o Gray corporizava e simbolizava tudo o que era mais ofensivo e juvenil nos Monty Python. E o seu prazer em chocar pessoas levava-o a feitos cada vez maiores. Gosto de pensar nele como um pioneiro que abriu o caminho para que espíritos mais fracos o pudessem seguir.
Algumas memórias. Lembro-me de escrever o sketche da agência funerária com ele, e ele sugeriu a punch line, "Vamos come-la toda a noite, mas depois vamos sentir-nos mal por isso, vamos escavar uma campa e podemos vomitar para lá". Lembro-me de descobrir que, em 1969, quando escrevíamos todos os dias no apartamento onde a Connie Booth e eu morávamos, que ele tinha descoberto o jogo de escrever palavrões em papelinhos, e depois punha-os discretamente em sítios estratégicos em todo o nosso apartamento, o que nos forçava a fazer procuras frenéticas de última hora sempre que esperávamos convidados importantes.
Lembro-me dele em festas da BBC e rastejar pelo chão a esfregar-se afanosamente nas pernas de executivos de fato e lamber delicadamente os tornozelos femininos mais apetecidos. A senhora Eric Morecambe também se lembra disso.
Lembro-me de quando ele foi convidado para discursar na Oxford Union, e de entrar na sala vestido de cenoura, um fato cor-de-laranja completo com um chapéu verde grande, e depois, quando chegou a vez dele de falar, recusou-se a fazê-lo. Ficou ali especado, sem dizer nada, durante vinte minutos, com um lindo sorriso. Foi a única vez na História em que homem completamente calado conseguiu causar um motim.
Lembro-me de o Graham ter recebido um prémio de TV do jornal Sun do Reggie Maudling. Quem mais! E de levar o troféu a cair para o chão e a rastejar todo o caminho até à sua mesa, a gritar alto, o mais alto que conseguia. E se se lembram do Gray, isso era mesmo muito alto.
É magnifico, não é? Estão a ver, aquilo do choque… não é que zangue algumas pessoas, penso eu; Penso que dá aos outros uma alegria momentária de libertação, assim que nos apercebemos que nesse instante as regras sociais que comprimem as nossas vidas tão terrivelmente não são, na verdade, muito importantes.
Bem, o Gray não pode fazer mais isso por nós. Ele foi-se. É um ex-Chapman. Tudo o que temos dele agora são as nossas memórias. Mas vai demorar muito tempo até que desapareçam.
No dia 31 de dezembro de 1999, houve rumores de que as cinzas de Chapman tinham sido lançadas para o céu através de um foguetão. Na verdade, as suas cinzas foram espalhadas pelo seu companheiro David Sherlock em Snowdon, no norte do País de Gales, em 2005.


Hoje é o Dia Mundial dos Animais...

(imagem daqui)

O Dia Mundial dos Animais é comemorado todos os anos em 4 de outubro. Tudo começou em Florença, Itália em 1931, numa convenção de ecologistas. Neste dia, a vida animal em todas as suas formas é celebrada, e eventos especiais são planejadas em locais por todo o mundo. O 4 de outubro foi originalmente escolhido para o Dia Mundial dos Animais, porque é o dia da festa de São Francisco de Assis, um amante da natureza e padroeiro dos animais e do meio ambiente. Igrejas de todo o mundo reservam o domingo mais próximo da data para abençoar os animais.


Os cães

Os cães, tantos. Sem cuidarem
da torpeza
lambem as nossas mãos.

Misteriosa religião a deles.
O rosto do seu Deus não temem
e contemplam lado a lado.

Nem a Moisés tal foi consentido.

 

in A Ignorância da Morte (1982) - António Osório

sexta-feira, outubro 03, 2014

Francisco de Assis faleceu há 788 anos

Giovanni di Pietro di Bernardone, mais conhecido como São Francisco de Assis (Assis, 5 de julho de 1182 - 3 de outubro de 1226), foi um frade católico de Itália. Depois de uma juventude irrequieta e mundana, voltou-se para uma vida religiosa de completa pobreza, fundando a ordem mendicante dos Frades Menores, mais conhecidos como Franciscanos, que renovaram o Catolicismo de seu tempo. Com o hábito da pregação itinerante, quando os religiosos de seu tempo costumavam fixar-se em mosteiros, e com sua crença de que o Evangelho devia ser seguido à risca, imitando-se a vida de Cristo, desenvolveu uma profunda identificação com os problemas de seus semelhantes e com a humanidade do próprio Cristo. Sua atitude foi original também quando afirmou a bondade e a maravilha da Criação num tempo em que o mundo era visto como essencialmente mau, quando se dedicou aos mais pobres dos pobres, e quando amou todas as criaturas chamando-as de irmãos. Alguns estudiosos afirmam que sua visão positiva da natureza e do homem, que impregnou a imaginação de toda a sociedade de sua época, foi uma das forças primeiras que levaram à formação da filosofia da Renascença.
Dante Alighieri disse que ele foi uma "luz que brilhou sobre o mundo", e para muitos ele foi a maior figura do Cristianismo desde Jesus, mas a despeito do enorme prestígio de que ele desfruta até os dias de hoje nos círculos cristãos, que fez sua vida e mensagem serem envoltas em copioso folclore e darem origem a inumeráveis representações na arte, a pesquisa académica moderna sugere que ainda há muito por elucidar quanto aos aspectos políticos de sua atuação, e que devem ser mais exploradas as conexões desses aspectos com o seu misticismo pessoal. A sua vida é reconstituída a partir de biografias escritas pouco após sua morte mas, segundo alguns estudiosos, essas fontes primitivas ainda estão à espera de edições críticas mais profundas e completas, pois apresentam contradições factuais e tendem a fazer uma apologia de seu caráter e obras; assim, deveriam ser analisadas sob uma ótica mais científica e mais isenta de apreciações emocionais do que tem ocorrido até agora, a fim de que sua verdadeira estatura como figura histórica e social, e não apenas religiosa, se esclareça. De qualquer forma, sua posição como um dos grandes santos da Cristandade se firmou enquanto ele ainda era vivo, e permanece inabalada. Foi canonizado pela Igreja Católica menos de dois anos após falecer, em 1228, e por seu apreço à natureza é mundialmente conhecido como o santo patrono dos animais e do meio ambiente.
 

Carl von Ossietzky nasceu há 125 anos

Carl von Ossietzky (Hamburgo, 3 de outubro de 1889 - Berlim, 4 de maio de 1938) foi um jornalista, escritor e pacifista alemão.
Foi agraciado com o Nobel da Paz de 1935.
Morreu de tuberculose num campo de concentração nazi, por ser pacifista e ir contra os interesses do regime.



À morte de um lutador pela paz
(in memoriam de Carl von Ossietzky)

O que não se rendeu
Foi abatido
O que foi abatido
Não se rendeu.

A boca que admoestava
Foi tapada por terra.
A aventura sangrenta
Começa.
Sobre a cova do amigo da paz
Calcam os batalhões.

Foi então vã a luta?

Se aquele que não lutou sozinho, foi abatido,
O inimigo
Inda não venceu.



in Poemas (2007) - Bertold Brecht (tradução de Paulo Quintela)

Gwen Stefani - 45 anos!

Gwen Renée Stefani (Fullerton, 3 de outubro de 1969) é uma cantora, estilista, compositora e atriz norte-americana. É a vocalista da banda de rock, No Doubt.
Stefani ficou famosa em 1995, com o sucesso do álbum Tragic Kingdom dos No Doubt, que criou sucessos como "Just a Girl", "Spiderwebs" e "Don't Speak". Os álbuns seguintes não venderam tanto como Tragic Kingdom, mas obtiveram sucesso em diferentes níveis de popularidade e género.
Em 2004, Gwen Stefani escreveu e gravou seu primeiro álbum solo, Love. Angel. Music. Baby., para o qual consultou os produtores discográficos The Neptunes, a letrista Linda Perry e o líder do OutKast, André 3000, entre outros. O álbum continha música pop e dance. O terceiro single, "Hollaback Girl", obteve grande sucesso internacional e tornou-se o primeiro single digital dos EUA a superar mais de um milhão de vendas.
Em 2006, Stefani lançou seu primeiro DVD, chamado Harajuku Lovers Live, e seu segundo disco em carreira solo, chamado The Sweet Escape, no qual tem como primeira canção de trabalho "Wind It Up", que assim como "Hollaback Girl" (o grande sucesso de seu disco solo anterior) foi produzida pelos The Neptunes. Lançou uma canção com participação do rapper Akon, homónima do título do álbum, "The Sweet Escape". "4 in the Morning" foi lançada em seguida, como o 3º single do álbum. Em maio de 2011, Gwen recebeu uma homenagem no Rock and Roll Hall of Fame que também homenageou outras 60 artistas, "Women Who Rock: Vision, Passion, Power" pretende celebrar mulheres que mudaram o rock and roll e a cultura americana.
No dia 7 de junho de 2011, ela anunciou o fim da carreira a solo, com planos para o "No Doubt".
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/f/f1/Gwen_Stefani_Cannes_2011.jpg

José Hermano Saraiva nasceu há 95 anos

José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.

Biografia
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, um professor agnóstico, de formação positivista, e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, uma católica devota, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942, doutorando-se mais tarde.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa (1965-1973) e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao salazarismo, com a "Crise Académica de 1969". Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e o 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP 1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva, que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (1895 - 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
No seu livro de Memórias provocou um grande escândalo ao afirmar que Aristides de Sousa Mendes esteve longe de ser o herói que fizeram dele, e inclusivamente levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções de Sousa Mendes naquilo que se considera o seu grande papel na salvação de vidas.
José Hermano Saraiva morreu a 20 de Julho de 2012, aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.