Mostrar mensagens com a etiqueta Ministro da Educação. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Ministro da Educação. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, maio 08, 2023

Porque hoje é o dia de alguns políticos...


OrelhasBurro01

 

... queríamos  homenageá-los, nesta data tão importante para o mundo animal, em particular o ministro da Educação (um tal de João Costa, entretanto desaparecido) e um tal de Galamba (especialista em aviões, adjuntos, porrada, trapalhadas, demissões e escutas) bem como o nosso PM, António Costa, e o PR, D. Marcelo II...

quinta-feira, janeiro 12, 2023

Perfilados de Medo...! - música e poema para um pseudo-ministro que finge gerir o ministério da Educação...

 

Perfilados de Medo
 

Perfilados de medo, agradecemos
o medo que nos salva da loucura.
Decisão e coragem valem menos
e a vida sem viver é mais segura.

Aventureiros já sem aventura,
perfilados de medo combatemos
irónicos fantasmas à procura
do que não fomos, do que não seremos.

Perfilados de medo, sem mais voz,
o coração nos dentes oprimido,
os loucos, os fantasmas somos nós.

Rebanho pelo medo perseguido,
já vivemos tão juntos e tão sós
que da vida perdemos o sentido…

 

Alexandre O’Neill 

 
NOTA: hoje a minha Escola, que os Professores são gente de palavra, estará fechada, à semelhança de muitas outras. Tivessem os políticos palavra como têm os Professores e nada disto seria necessário. Senhor ministro João Costa, se não sabe fazer, como demonstrou à saciedade, nos últimos sete anos em que tem sido ministro ou manipulador dos fios de uma marioneta que se dizia ministro, deixe-se de tretas e demita-se... Se houve no passado um infeliz governo que era o pântano, o senhor faz parte de um governo de areia movediça...

quarta-feira, julho 20, 2022

José Hermano Saraiva morreu há dez anos...

    
José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.
   
Biografia
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, um professor agnóstico, de formação positivista, e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, uma católica devota, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942, doutorando-se mais tarde.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, diretor do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (atual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didáticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa (1965-1973) e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao salazarismo, com a "Crise Académica de 1969". Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e o 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a lecionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP 1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva, que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (1895 - 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
No seu livro de Memórias provocou um grande escândalo ao afirmar que Aristides de Sousa Mendes esteve longe de ser o herói que fizeram dele, e inclusivamente levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções de Sousa Mendes naquilo que se considera o seu grande papel na salvação de vidas.
José Hermano Saraiva morreu a 20 de julho de 2012, aos 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.
    

terça-feira, julho 20, 2021

José Hermano Saraiva morreu há nove anos

    
José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.
   
Biografia
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, um professor agnóstico, de formação positivista, e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, uma católica devota, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942, doutorando-se mais tarde.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa (1965-1973) e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao salazarismo, com a "Crise Académica de 1969". Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e o 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP 1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva, que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (1895 - 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
No seu livro de Memórias provocou um grande escândalo ao afirmar que Aristides de Sousa Mendes esteve longe de ser o herói que fizeram dele, e inclusivamente levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções de Sousa Mendes naquilo que se considera o seu grande papel na salvação de vidas.
José Hermano Saraiva morreu a 20 de Julho de 2012, aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.
    

sábado, setembro 05, 2020

Música adequada ao novo escolar que para aí vem...




Os putos na escola
Não estão lá para aprender
Foi onde ficaram
A dormir para ninguém ver
As misérias de quem manda
Nesta terra do sem querer
E viva ao jogo do empurra
Já que ninguém tem nada a perder

(imagem daqui)

terça-feira, setembro 01, 2020

A prepósito do novo ano escolar que começou hoje...

(imagem daqui)


VI

Navegavam sem o mapa que faziam

(Atrás deixando conluios e conversas
Intrigas surdas de bordéis e paços)

Os homens sábios tinham concluído
Que só podia haver o já sabido:
Para a frente era só o inavegável
Sob o clamor de um sol inabitável

Indecifrada escrita de outros astros
No silêncio das zonas nebulosas
Trémula a bússola tacteava espaços

Depois surgiram as costas luminosas
Silêncios e palmares frescor ardente
E o brilho do visível frente a frente
  
  
in Navegações (1983) - Sophia de Mello Breyner Andresen

segunda-feira, julho 20, 2020

José Hermano Saraiva morreu há oito anos

   
José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.
  
Biografia
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, um professor agnóstico, de formação positivista, e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, uma católica devota, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942, doutorando-se mais tarde.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa (1965-1973) e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao salazarismo, com a "Crise Académica de 1969". Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e o 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP 1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva, que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (1895 - 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
No seu livro de Memórias provocou um grande escândalo ao afirmar que Aristides de Sousa Mendes esteve longe de ser o herói que fizeram dele, e inclusivamente levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções de Sousa Mendes naquilo que se considera o seu grande papel na salvação de vidas.
José Hermano Saraiva morreu a 20 de Julho de 2012, aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.
   

terça-feira, maio 07, 2019

Mais um que se fartou...



Repórter Estrábico - Biltre!

Biltre, cabotino, mentecapto
Lorpa, palhaço, morcão
Bronco, sabujo, tacanho
Grunho, pilantra, lambão

Pulha, bacoco, execrando
Bruto, cabresto, pimpão
Alarve, ranhoso, pacóvio
Rafeiro, canalha, gingão

Cretino, palerma, simplório
Velhaco, energúmeno, calão
Tinhoso, primitivo, leviano
Grosso, pachola, cagão

Moina, troglodita, calaceiro
Besta, vadio, matulão
Maroto, janota, parasita
Tosco, galdério, maganão

Crápula, facínora, pendura
Marmanjo, sendeiro, parolão
Reles, azeiteiro, salafrário
Falso, rasteiro, parvalhão

Biltre, cabotino, mentecapto;
Fascista! Fascista!
 
  
NOTA: não queríamos de deixar de  recordar o grande líder desta banda, que nos deixou a 2 de maio de 2019 - e aproveitar esta música para homenagear o ministro da Educação e o primeiro-ministro, pois esta faz-nos lembrar estas duas personagens, tão amadas entre os professores portugueses.

sexta-feira, outubro 03, 2014

José Hermano Saraiva nasceu há 95 anos

José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.

Biografia
Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva, um professor agnóstico, de formação positivista, e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, uma católica devota, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942, doutorando-se mais tarde.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa (1965-1973) e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao salazarismo, com a "Crise Académica de 1969". Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e o 25 de Abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26.º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP 1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva, que chegou a ser militante do PCP, e pelo qual sempre nutriu uma profunda admiração, apesar das diferenças políticas, e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (1895 - 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente da Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.
No seu livro de Memórias provocou um grande escândalo ao afirmar que Aristides de Sousa Mendes esteve longe de ser o herói que fizeram dele, e inclusivamente levantou suspeitas sobre as verdadeiras intenções de Sousa Mendes naquilo que se considera o seu grande papel na salvação de vidas.
José Hermano Saraiva morreu a 20 de Julho de 2012, aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado posteriormente com um voto de pesar e um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado com os votos a favor do PSD, PS e PP, e os votos contra do PCP, PEV (CDU) e BE.

quinta-feira, maio 08, 2014

E a Escola (Pública) que pague a Crise...

Austeridade nas escolas teve o triplo da dose prevista
Samuel Silva
06.05.2014

O aumento dos contratos de autonomia é apresentado por Crato como um dos grandes triunfos do seu mandato

Cortes na Educação atingiram os 1100 milhões nos últimos três anos. Número de professores e funcionários também desceu e há hoje mais alunos por turma e uma burocracia “brutal” para os directores.

A única operação de adição que se faz na Secundária Alberto Sampaio é a do número total de alunos. Nos últimos três anos, todas as restantes contas são de subtrair. Hoje há menos funcionários, menos professores e menos dinheiro disponível. O retrato da escola de Braga é exemplar das consequências que a aplicação do memorando de entendimento teve sobre a educação, com uma dose de austeridade que foi o triplo da prevista no documento. Agora, a ginástica na gestão dos estabelecimentos de ensino começa a dar sinais de se estar a tornar impossível. “Que não haja a ilusão de que se pode continuar a fazer sempre mais com menos”, avisa o director, José Pinto de Matos.

Esta escola de Braga é hoje a sede um dos vários mega-agrupamentos constituídos nos últimos anos no país. À volta da Alberto Sampaio reúnem-se outras nove escolas de todos os ciclos de ensino, numa área geográfica de influência que vai desde o centro de Braga aos limites do concelho vizinho de Guimarães. No ano lectivo 2011/2012, estavam ali inscritos 3309 alunos. Hoje são 3510. O aumento de 200 alunos no agrupamento não foi compensado com a entrada de novos professores.

Pelo contrário, em três anos, saíram nove docentes – hoje são 96. Foi assim um pouco por todo o país. No mesmo período, o orçamento para funcionamento do Agrupamento Alberto Sampaio, excluindo os vencimentos, sofreu uma redução de cerca de 480 mil euros. “Isto sente-se claramente no dia-a-dia”, conta Pinto de Matos. A escola foi obrigada a lançar uma campanha de redução de água e energia – da qual os alunos são “fiscais” e tem levado o consumo para recordes históricos – ou a reduzir ao mínimo possível as actividades extracurriculares, como as viagens de estudo, que impliquem um esforço financeiro das famílias, para não as onerar. De resto, “só não ficam por fazer muitas coisas dada a capacidade inventiva que vamos conseguindo ter”.

A redução no orçamento da Secundária Alberto Sampaio não permite perceber a escala dos cortes feitos a nível nacional. O memorando de entendimento com a troika previa uma redução de gastos na Educação de 370 milhões de euros para o conjunto dos dois primeiros anos de execução, através “da racionalização da rede escolar, criando agrupamentos”, da “diminuição da necessidade de contratação de recursos humanos” e da “redução e racionalização das transferências para escolas privadas com contratos de associação” (ver caixa), por exemplo. Mas logo no primeiro Orçamento do Estado deste Governo esse impacto foi ultrapassado – menos 404 milhões de euros no total.

Em 2014, a tutela inscreveu uma verba de 7956 milhões de euros no orçamento para o sector, menos 1100 milhões do que em 2011, ou seja, praticamente o triplo do corte que estava previsto. “A educação é a área social mais afectada pela austeridade”, avalia Isabel Gregório, presidente da Confederação Nacional Independente de Pais e Encarregados de Educação (Cnipe), acusando o Governo de ter ido “mais longe do que aquilo que a troika pediu”.

Os efeitos destas opções são sentidos pelos estudantes e pelas famílias no dia-a-dia das escolas. “Há agrupamentos onde já não se tira fotocópias por falta de dinheiro. Os professores mandam os trabalhos por email, para os alunos imprimirem em casa, imputando mais um custo às famílias”, denuncia.

Para Jorge Ascensão, da Confederação Nacional das Associações de Pais (Confap), a redução do financiamento público é mesmo a principal consequência da austeridade no sector: “O corte dificulta a ideia de uma educação global e inclusiva. Hoje, não existem recursos que permitam trabalhar o estímulo e a aprendizagem, sobretudo dos alunos que não têm grande apoio na retaguarda”.

Fecho contínuo de escolas

A diminuição de 1100 milhões fez-se também por via do encerramento de escolas. Nos últimos três anos lectivos, fecharam 612 estabelecimentos de ensino, o que significa, porém, uma desaceleração face à tendência dos anos anterior. Só em 2010/11 tinham deixado de funcionar praticamente 600 escolas e desde 2002 foram mais de 6500 as antigas escolas primárias que desapareceram.

Outra redução verificada foi ao nível do pessoal. O número de funcionários não-docentes foi reduzido em mais de 5000 neste período, substituído na sua maioria por beneficiários do subsídio de desemprego, colocados nas escolas ao abrigo dos contratos emprego-inserção. O Governo não divulga números de contratações feitas ao abrigo deste modelo, mas os dirigentes escolares dizem que a prática está “generalizada”.

É assim na Secundária Alberto Sampaio, em Braga, onde o número (nove) de funcionários com contratos permanentes com o Estado que abandonaram funções nos últimos três anos é o mesmo do que aqueles que hoje têm contratos de emprego-inserção. “Estes deveriam ser lugares de contrato fixo, quer para a estabilidade do contratado, mas sobretudo da escola. São pessoas que chegam aqui sem estar preparadas e só se salva a boa vontade”, conta o director do agrupamento, José Pinto de Matos. Quando muitos destes funcionários começam a estar adaptados às novas funções, acaba o ano lectivo e são substituídos por outras pessoas nas mesmas condições. “Isso é muito sensível no ensino básico, porque os miúdos tendem a criar uma relação afectiva com os funcionários”, acrescenta o dirigente.

Também o número de professores sofreu uma diminuição acentuada ao longo do tempo de aplicação do memorando de entendimento. Em apenas dois anos – os últimos dados oficiais dizem respeito ao ano lectivo 2011/12 – saíram 11 mil professores do sector público (o total fixou-se em 151 mil), consequência do fim de isenções de horário e da diminuição do número de disciplinas, por exemplo, e resultando num aumento do número de alunos por turma.

Os professores queixam-se de estar a perder “dignidade profissional”. “Neste momento, os professores só têm tempo para dar aulas, não têm tempo para mais nada”, conta Manuel Pereira, da Associação Nacional de Dirigentes Escolares (ANDE). Aos directores das escolas sobram dois papéis: o primeiro é “trabalhar constantemente” para motivar professores e alunos, o segundo é responder à burocracia.

O retrato feito pelos dirigentes dos últimos três anos é o de um aumento das obrigações em termos de prestação de contas e pedidos de autorização à tutela. “A pressão burocrática é brutal”, diz Manuel Pereira. “Cada vez mais nos sentimos assoberbados de papelada”, concorda José Pinto de Matos, corrigindo rapidamente: “De papelada não, mas de cliques. Estamos sistematicamente a preencher, muitas vezes repetindo dados, formulários para as entidades diferentes da administração central”.

Hoje é preciso pedir autorização à Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares para coisas que antes eram competências dos directores, como autorizar uma transferência de alunos ou uma visita de estudo que ultrapasse os três dias. A mensagem de Filinto Lima, dirigente da Associação Nacional de Directores de Agrupamentos e Escolas Públicas (ANDAEP), também aponta para uma maior centralização. Os últimos anos foram marcados pelas agregações de escolas – em 2010 existiam 1300 unidades organizacionais, hoje são 811. Este processo criou “uma nova estrutura muito complexa, recheada de ineficiências, mas que são difíceis de corrigir”, avalia.

Esta realidade contrasta com aquele que é apresentado pelo Governo como um dos grandes triunfos do mantado, o aumento dos contratos de autonomia, um objectivo que era referido no memorando. Dos 22 existentes até maio de 2011, o ensino público passou para um total de 212.

As escolas têm também aprendido a lidar com as consequências generalizadas da crise. As dificuldades das famílias reflectem-se numa “instabilidade emocional” e no aproveitamento, entende Jorge Ascensão, da Confap. “Há um aumento exponencial de alunos a solicitarem escalão da Acção Social Escolar”, avança Filinto Lima, aumentando os casos de alunos com carências alimentares. Esta realidade poderá redundar num aumento do insucesso escolar, antevê Manuel Pereira. Este retrato não apanha de surpresa o director da Secundária Alberto Sampaio: “O que acontece na sociedade não fica à porta da escola”. 

in Público - ler notícia


NOTA: Crato, Crato, por que nos persegues...?!?

sábado, dezembro 28, 2013

Proessores de 1ª, 2ª e 3ª? Não, obrigado?

Movimento de professores promove boicote à prova de avaliação
Lusa, 27.12.2013

A primeira chamada da prova, a 18 de dezembro, ficou marcada por diversos incidentes

Reunidos em Coimbra, os docentes do movimento Boicote&Cerco deliberaram também promover uma manifestação nacional.

Os professores do movimento Boicote&Cerco que se reuniram nesta sexta-feira em Coimbra decidiram promover o boicote à segunda chamada da prova de avaliação de capacidades e conhecimentos (PACC) de docentes e uma manifestação nacional.

"No dia da segunda chamada, iremos estar a promover o boicote e cerco, novamente por todo o país", disse hoje, ao final da tarde, à agência Lusa, André Pestana, após a reunião de professores do movimento.

A data para a realização da segunda chamada da prova não é conhecida mas, segundo disse o ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, em entrevista à RTP, será em janeiro.

No encontro de hoje foi decidido realizar uma manifestação nacional não só de professores, alunos, pais e funcionários das escolas, mas também de "todos aqueles que defendem a escola pública, que está, de facto, a ser atacada por um ministro ao serviço dos colégios privados", disse André Pestana.

O ministro da Educação "dá milhões de euros aos colégios privados e tira dinheiro à escola pública", sustentou o dirigente do movimento, sublinhando que a redução do financiamento da escola pública "degrada a qualidade do ensino".

A manifestação ainda não tem data agendada, mas realizar-se-á em janeiro, revelou André Pestana, adiantando que os promotores pretendem que ela "marque a exigência, mais uma vez", do fim da PACC, e da "demissão deste ministro [da Educação], que não tem condições para continuar" no cargo.

Os institutos "politécnicos exigem a demissão de Nuno Crato", a Associação de Professores de Matemática "chama incompetente ao ministro" e "a própria associação de pais já disse que a prova em janeiro vai perturbar" o funcionamento do ano lectivo, exemplificou André Pestana.

"Exigimos a anulação total" da PACC, afirmou André Pestana, referindo que a realização da primeira chamada da prova, no dia 18 de Dezembro, foi dominada por "irregularidades".

Os docentes do Boicote&Cerco reivindicam ainda a devolução do dinheiro que pagaram pela inscrição na PACC.

"Há milhares de professores que pagaram e já deveriam ter recebido" esse valor "há muito tempo, mas continuam à espera", sustentou André Pestana, sublinhando que "o Estado é muito rápido e muito assertivo para exigir ao contribuinte", mas quando se trata de ser a administração pública a cumprir a sua atitude é completamente diversa.

O Boicote&Cerco apela a todos os professores para que não desistam da sua luta, que não terminará "enquanto não for garantido não só o fim da PACC, mas também outras questões", como as relacionadas com a vinculação dos docentes contratados, cuja situação "não respeita a lei geral do trabalho".

Há professores que "estão há dez, 20 anos com contratos sem qualquer tipo de vinculação e sem qualquer estabilidade", salientou o dirigente do movimento, assegurando que "os docentes não desistirão de lutar".

Na reunião de hoje, em Coimbra, participaram professores de Vila Real, Braga, Guimarães, Gaia, Porto, Santa Maria da Feira, Viseu, Leiria, Lisboa, Barreiro, Faro e Coimbra.

in Público - ler notícia

quinta-feira, outubro 03, 2013

José Hermano Saraiva nasceu há 94 anos

José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi um professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970, num período conturbado da vida política nacional. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.

quarta-feira, outubro 03, 2012

José Hermano Saraiva nasceu há 93 anos

José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919 - Palmela, 20 de julho de 2012) foi professor e historiador português. Ocupou o cargo de Ministro da Educação entre 1968 e 1970. É descrito frequentemente como o Príncipe dos Comunicadores pelo seu trabalho em prol da História, da Cultura, da Literatura e da Televisão, de acordo com a homenagem póstuma prestada na Assembleia da República.

Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942.
Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Foi professor do liceu e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e assistente do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP). Nessa altura, com a colaboração de Baltasar Rebelo de Sousa, iniciou uma edição de livros didácticos de carácter geral em prol da população já alfabetizada mas sem acesso à cultura.
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional entre 1957 e 1961, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969. Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, em Brasília, entre 1972 e 25 de abril de 1974, tendo-se deslocado para o seu novo cargo numa embaixada flutuante a bordo do navio Gil Eanes, o qual mais tarde salvou da destruição através dum apelo feito num dos seus programas.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal, relação que estabelecera com a RTP em 1971. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1.
Foi o irmão do professor António José Saraiva e tio do jornalista José António Saraiva. Foi também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Barão, 1.º Visconde e 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem teve cinco filhos.
Morreu a 20 de julho de 2012 aos seus 92 anos, em Palmela, onde residia. Foi homenageado com um minuto de silêncio pela Assembleia da República, o qual foi aprovado apenas com os votos contra dos partidos da esquerda radical, PCP e PEV (CDU) e BE.


NOTA: não apreciando as suas posições políticas e decisões na II República, não deixo de notar que José Hermano Saraiva foi um comunicador único em termos de televisão, como nunca houve em Portugal na área da História...

segunda-feira, outubro 03, 2011

José Hermano Saraiva - 92 anos

José Hermano Saraiva (Leiria, 3 de outubro de 1919) é um professor e divulgador de História português. Foi Ministro da Educação em seu país.

Terceiro filho de José Leonardo Venâncio Saraiva e de sua mulher Maria da Ressurreição Baptista, cresceu em Leiria, onde frequentou o Liceu Nacional. Posteriormente ingressou na Universidade de Lisboa, onde se licenciou em Ciências Histórico-Filosóficas, em 1941, e em Ciências Jurídicas, em 1942. Iniciou a sua vida profissional no ensino liceal, que acumulou com o exercício da advocacia. Desse modo foi professor e, seguidamente, director do Instituto de Assistência aos Menores, reitor do Liceu Nacional D. João de Castro, em Lisboa, e professor do Instituto Superior de Ciências Sociais e Política Ultramarina (actual ISCSP).
Envolvido na política, durante o Estado Novo, foi deputado à Assembleia Nacional, procurador à Câmara Corporativa e ministro da Educação. Durante o seu ministério, entre 1968 e 1970, enfrentou um dos momentos mais conturbados da oposição ao Salazarismo, com a Crise Académica de 1969. Quando deixou o Governo, substituído por José Veiga Simão, foi exercer o cargo de embaixador de Portugal no Brasil, entre 1972 e 1974.
Com o advento da Democracia, José Hermano Saraiva tornou-se numa figura apreciada em Portugal, bem como junto das comunidades portuguesas no estrangeiro, pelos seus inúmeros programas televisivos sobre História de Portugal. Por esse mesmo motivo, tornou-se igualmente numa figura polémica, porque a sua visão da História tem sido, por vezes, questionada pelo meio académico.
Voltou a leccionar, como professor convidado na Escola Superior de Polícia (atual Instituto Superior de Ciências Policiais e de Segurança Interna) e na Universidade Autónoma de Lisboa.
Pela sua grande capacidade de comunicação, popularizou-se com programas televisivos sobre História e cultura.
Ficou classificado em 26º lugar entre os cem Grandes Portugueses, do concurso da RTP1.
É irmão do professor António José Saraiva e tio do jornalista José António Saraiva. É também sobrinho, pelo lado da mãe, de José Maria Hermano Baptista, militar centenário, (n. 1895 - m. 2002, viveu até aos 107 anos) o último veterano português sobrevivente, que combateu na Primeira Guerra Mundial. Casou com Maria de Lurdes de Bettencourt de Sá Nogueira, sobrinha-bisneta do 1.º Marquês de Sá da Bandeira, de quem tem cinco filhos.

domingo, julho 03, 2011

Um ministro com boas ideias (acabar com as paneleirices eduquesas e ir ao que interessa)

Ministro quer centrar 2º e 3º ciclos na matemática e português

O ministro da Educação disse na noite de sábado no Bombarral que uma das medidas imediatas a tomar é acabar com a "dispersão curricular" no terceiro ciclo.


Nuno Crato, ministro da Educação


"Vamos reduzir a dispersão curricular que existe no 3º ciclo", afirmou Nuno Crato. Neste sentido, explicou que a medida passa por "reformular currículos e concentrar a actividade no português e matemática" não só no terceiro, mas também no segundo ciclo.

Ainda em relação ao 2º ciclo, Nuno Crato afastou a ideia de proibir o uso da calculadora. "Eu não pretendo acabar com a calculadora. O que pretendo é que os alunos não passem de repente a substituir o cálculo mental pela calculadora", explicou.

Outras medidas a implementar passam pela realização de exames finais de conclusão do 2º ciclo e pelo alargamento aos exames nacionais do terceiro ciclo das disciplinas de inglês e ciências.

O ministro afirmou que "o 2º ciclo deve ser de avanço e não de retrocesso", justificando a introdução de exames nacionais no 6º ano.

Nuno Crato reafirmou a intenção de rever os currículos, sobretudo no português e na matemática.

in JN - ler notícia