terça-feira, junho 14, 2011

Boy George - 50 anos!



George Alan O’Dowd (Londres, 14 de Junho de 1961), conhecido pelo nome artístico de Boy George, é um cantor, compositor e DJ britânico, foi um dos cantores homossexuais mais famosos e excêntricos da década de 1980, à frente do grupo Culture Club, grupo do movimento new wave fundado em 1982. Envolvidos em escândalos e drogas,a banda se desfez em 1987, quando Boy George iniciou a sua carreira a solo.
 

Gianna Nannini - 55 anos!


Gianna Nannini (Siena, 14 de Junho de 1956) é uma cantora e compositora italiana de música rock.
Nasceu em Siena e é irmã mais velha do ex-piloto de Fórmula 1 Alessandro Nannini. Estudou piano em Lucca e composição em Milão.
O seu primeiro sucesso foi em 1979, com o single America e o álbum California que foi um sucesso em vários países europeus. O auge do sucesso foi alcançado em 1984, com a publicação do sexto álbum Puzzle. Este álbum atingiu o top 10 na Itália, Alemanha, Áustria e Suíça. Ela cantou para o videoclip Fotoromanza (realizado por Michelangelo Antonioni), venceu vários prémios e iniciou uma tournée pela Europa, incluindo uma participação no Festival de Jazz de Montreux. Em 1986, o seu sucesso Bello e impossible foi um enorme sucesso e venceu vários prémios em Itália, Alemanha, Áustria e Suíça. A sua compilação Maschi e altri vendeu mais de um milhão de cópias.
Em 1990 ela cantou Un'estate italiana, a canção oficial da Copa do Mundo de 1990, com Edoardo Bennato.
Nannini licenciou-se em Filosofia pela Universidade de Siena em 1994. No ano seguinte participou num protesto do Greenpeace junto à embaixada francesa contra a decisão do governo francês de prosseguir com as experiências nucleares no Atol de Moruroa.
Em 2004, publicou uma compilação com os seus sucessos, mas as suas canções foram regravadas na ocasião. O CD Perle contém um número de antigos êxitos com novos arranjos..
Em Fevereiro de 2006, foi publicado o álbum Grazie que alcançou o número um no top italiano com o single Sei nell'anima. Durante o verão de 2006, Nannini fez uma digressão por toda a Itália. O single IO uma das faixas daquele CD foi um enorme sucesso.
Em Setembro de 2006, gravou em dueto com Andrea Bocelli Ama Credi E Vai foi gravado como cd-single. Nannini participou também num álbum de Alexander Hacke (membro da banda Einstürzende Neubauten) Sanctuary na faixa Per Sempre Butterfly.
Em 2007, gravou o álbum Pia come la canto io, uma coleção de canções cantadas em estilo ópera pop que seria interpretado em 2008. Este trabalho levou 11 anos a ser concebido e baseou-se na personagem medieval toscana Pia de'Tolomei (mencionada em Dante). Este álbum foi produzido por Wil Malone que também produzira Grazie.


David Fonseca - 38 anos


David Fonseca (Leiria, 14 de Junho de 1973) é um músico português.

(...)
Natural da cidade de Leiria, filho de uma professora e de um bancário, viveu em Marrazes até aos dezoito anos. Bacharelou-se em Cinema, variante de Imagem, na Escola Superior de Teatro e Cinema de Lisboa, e chegou a frequentar a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Iniciou a sua vida profissional como fotógrafo de moda, colaborando com diversos catálogos de moda, entre eles o da Tom Of Finland. Participou igualmente, em exposições colectivas e individuais.
Casado com Susana Fonseca, tem dois filhos (um rapaz e uma rapariga).

(...)
A carreira musical de David Fonseca começou com os Silence 4, em conjunto com alguns amigos da sua terra natal. O álbum de estreia saiu em 1998 - Silence Becomes It; para grande surpresa de todos, o disco teve um enorme sucesso à escala nacional, vendendo quase 250.000 cópias (seis discos de platina). Dois anos depois, em 2000, foi lançado o segundo álbum, Only Pain Is Real, vendendo aproximadamente 100.000 cópias. Em 2002, a banda terminou.

(...)
Em 2003, David Fonseca lançou o seu primeiro álbum a solo, Sing Me Something New (disco de ouro). O primeiro single deste disco foi Someone That Cannot Love que foi tocado em simultâneo em 150 estações de rádio portuguesas, à meia noite de 10 de Março desse mesmo ano. Dois anos após o primeiro álbum , em 2005, saiu o álbum Our Hearts Will Beat As One. Na primeira semana de vendas ganhou de imediato o estatuto de disco de ouro, e foi considerado melhor álbum Pop de 2005, em Portugal, mesmo antes do ano acabar. Em Outubro de 2007 com o álbum "Dreams In Colour" voltou a dar cartas na música nacional. Para além do single Superstars, inclui também uma versão de "Rocket man" de Elton John. Essa versão teve direito a um videoclipe gravado em take único e passado de trás para a frente. Foi editada uma edição especial e limitada, em digipack, com um "booklet" de 24 páginas com a reprodução de polaroids exclusivas da autoria de David Fonseca e um DVD extra David Fonseca Dreams In Loop Live, um registo ao vivo de algumas canções deste disco. Em Abril de 2008 encheu o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para dar um concerto repleto de animação, cor e luz que será lançado em DVD brevemente.
Em Janeiro de 2008, David Fonseca é eleito artista do mês na MTV.
Em Setembro de 2009, David Fonseca é nomeado para "Best Portuguese Act" nos Europe Music Awards. Contudo, perde para Xutos & Pontapés.
Em 2 de Novembro de 2009, David Fonseca lança o seu 4 álbum de originais "Between Waves", e em que este David toca na integra todos os instrumentos.
Em 2004 colabora no projecto Humanos, juntamente com Manuela Azevedo dos Clã e Camané, onde cantaram temas inéditos de António Variações. A banda fez uma breve apresentação pelos palcos, chegando a participar no cartaz do Sudoeste do mesmo ano. Em 2006 o último CD da banda antes formada, é publicado. Um CD e DVD, ao vivo no Coliseu dos Recreios, com o nome Humanos ao Vivo.


Jorge Luis Borges morreu há 25 anos


Jorge Francisco Isidoro Luis Borges Acevedo (Buenos Aires, 24 de Agosto de 1899 - Genebra, 14 de Junho de 1986) foi um escritor, poeta, tradutor, crítico literário e ensaísta argentino.
Em 1914 sua família se mudou para Suíça, onde ele estudou e viajou para a Espanha. Em seu retorno à Argentina em 1921, Borges começou a publicar seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado director da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prémio internacional de editores, o Prémio Formentor.
Seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas. Morreu em Genebra, na Suíça, em 1986.
Sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o carácter de irrealidade em toda a literatura". Seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são colectâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Seus trabalhos têm contribuído significativamente para o género da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
Sua fama internacional foi consolidada na década de 1960, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas hispano-americanos".

A LUIS DE CAMÕENS


Sin lástima y sin ira el tiempo mella
las heroicas espadas. Pobre y triste
a tu patria nostálgica volviste,
oh capitán, para morir en ella


y con ella. En el mágico desierto
la flor de Portugal se había perdido
y el áspero español, antes vencido,
amenazaba su costado abierto.


Quiero saber si aquende la ribera
última comprendiste humildemente
que todo lo perdido, el Occidente


y el Oriente, el acero y la bandera,
perduraría (ajeno a toda humana
mutación) en tu Eneida lusitana.

Parabéns Professor Doutor Gama Pereira!

Faz hoje anos o professor dos geopedrados Luís Carlos Gama Pereira - mais exactamente 70, o limite legal para se continuar a dar aulas nas universidades. Passa assim a catedrático jubilado, um título bonito e merecido.

Saudamos deste modo o excelente professor, o amigo, o pedagogo, que tanto nos deu e deu à Universidade de Coimbra e à Geologia, cientes de que assim continuará a fazer, mesmo depois da merecida reforma...!

Parabéns!

segunda-feira, junho 13, 2011

Mais sismos na capital da Ilha do Sul da Nova Zelândia

Nova Zelândia
Christchurch voltou a tremer depois de terramoto devastador em Fevereiro

Carro afunda em buraco depois dos sismos em Chirstchurch

Uma série de tremores de terra atingiram nas últimas horas, de novo, a cidade de Chistchurch, na Nova Zelândia, depois de um terramoto de 7.0 ter destruído a cidade em Fevereiro. Desta vez há só registo de 10 feridos. Mas mais 50 edifícios ficaram agora em risco de colapso.

As autoridades avançam que não há mortos provocados pelos abalos – o mais forte de 6.0 na escala de Richter. Mas já alertaram as pessoas para o facto de terem de voltar a ficar sem água ou luz durante as próximas horas. E estão a fazerr o levantamento dos danos materiais, sendo que muitos edifícios ainda fragilizados pelo terramoto de Fevereiro ameaçam agora colapsar.

“Temos agora mais edifícios danificados por estes abalos. Talvez mais 50 tenham de ser demolidos”, confirmou ao New Zealand Herald Roger Sutton, responsável pela autoridade para a recuperação, entidade criada depois do sismo de Fevereiro.

E Bob Parker disse que a zona vermelha da cidade, a mais afectada em Fevereiro, voltou a ficar “um caos”. E espera que as coisas piorem, devido à frágil estabilidade dos edifícios que ali ainda se mantinham de pé.

Cerca de 50 mil habitantes ficaram sem energia e estão a ser aconselhados a moderar o consumo de água.

À medida que a noite cai em Christchurch (são 12 horas de diferença em relação a Lisboa), as autoridades vão reforçar a segurança nas ruas e o apoio à população, visto as redes móveis e fixas de telefone terem também ficado danificadas. Estas equipas são, em muitas situações, o único apoio dos moradores.

in Público - ler notícia

Hoje é dia de ouvir o Vasquinho da Anatomia cantar

Um poema de Al Berto no dia em que passam 14 anos sobre a sua morte

(imagem daqui)

Cromo 

andamos pelo mundo
experimentando a morte
dos brancos cabelos das palavras
atravessamos a vida com o nome do medo
e o consolo dalgum vinho que nos sustém
a urgência de escrever
não se sabe para quem

o fogo a seiva das plantas eivada de astros
a vida policopiada e distribuída assim
através da língua... gratuitamente
o amargo sabor deste país contaminado
as manchas de tinta na boca ferida dos tigres de papel

enquanto durmo à velocidade dos pipelines
esboço cromos para uma colecção de sonhos lunares
e ao acordar... a incoerente cidade odeia
quem deveria amar

o tempo escoa-se na música silente deste mar
ah meu amigo... como invejo essa tarde de fogo
em que apetecia morrer e voltar

in Salsugem - Al Berto

O Mostrengo

Recordar António Variações

Hoje é dia de Poesia

Google Doodle de 13.06.2011

Vaga, no Azul Amplo Solta

Vaga, no azul amplo solta,
Vai uma nuvem errando.
O meu passado não volta.
Não é o que estou chorando.

O que choro é diferente.
Entra mais na alma da alma.
Mas como, no céu sem gente,
A nuvem flutua calma.

E isto lembra uma tristeza
E a lembrança é que entristece,
Dou à saudade a riqueza
De emoção que a hora tece.

Mas, em verdade, o que chora
Na minha amarga ansiedade
Mais alto que a nuvem mora,
Está para além da saudade.

Não sei o que é nem consinto
À alma que o saiba bem.
Visto da dor com que minto
Dor que a minha alma tem.

in Cancioneiro - Fernando Pessoa

Um fado de Hermínia Silva

Al Berto morreu há 14 anos

(imagem daqui)

Al Berto, pseudónimo de Alberto Raposo Pidwell Tavares, GCSE (Coimbra, 11 de Janeiro de 1948 - Lisboa, 13 de Junho de 1997), poeta, pintor, editor e animador cultural português.
Nascido no seio de uma família da alta burguesia (origem inglesa por parte da avó paterna). Um ano depois foi para o Alentejo, é em Sines onde passa toda a infância e adolescência até que a família decide enviá-lo para o estabelecimento de ensino artístico Escola António Arroio, em Lisboa.
A 14 de Abril de 1967 foi estudar pintura para a Bélgica, na École Nationale Supérieure d’Architecture et des Arts Visuels (La Cambre), em Bruxelas.
Após concluir o curso, decide abandonar a pintura em 1971 e dedicar-se exclusivamente à escrita. Regressa a Portugal a 17 de Novembro de 1974 e aí escreve o primeiro livro inteiramente na língua portuguesa, À Procura do Vento num Jardim d'Agosto.
O Medo, uma antologia do seu trabalho desde 1974 a 1986, é editado pela primeira vez em 1987. Este veio a tornar-se no trabalho mais importante da sua obra e o seu definitivo testemunho artístico, sendo adicionados em posteriores edições novos escritos do autor, mesmo após a sua morte. Deixou ainda textos incompletos para uma ópera, para um livro de fotografia sobre Portugal e uma «falsa autobiografia», como o próprio autor a intitulava.
Morreu de linfoma.

Poema para a cidade de Lisboa

(imagem daqui)

Quinta canção

Chamar-te a ti, Lisboa, camarada
e depois, eu sei lá, enlouquecer.
Que a loucura é quase um grão de nada
e tu tens um nome de mulher.

Ou dizer que és a minha namorada.
Devagar. Não vá alguém saber
que fizemos amor de madrugada
e tu trazes um filho por nascer.

Se eu inventar de noite a liberdade
de poder beijar-te os olhos e morrer,
no teu ventre não há fado nem saudade
mas apenas os filhos que eu fizer.

E pode ser que eu guarde a tempestade
de ter que aqui ficar. E então dizer
que sobre a minha boca ninguém há-de
pôr rosas de silêncio, se eu quiser.

in Canções de Ex-Cravo e Malviver - Joaquim Pessoa

A grande fadista Hermínia Silva morreu há 18 anos

(imagem daqui)

Hermínia Silva (Lisboa, 2 de Outubro de 1907 - 13 de Junho de 1993) foi uma fadista portuguesa.

Hermínia Silva nasceu em 1907, cinco anos depois de Ercília Costa, a primeira fadista que saiu das fronteiras de Portugal. Cedo se tornou presença notada nos retiros de Lisboa, que não hesitaram em contratá-la, pela originalidade com que cantava o Fado. A Canção dos Bairros de Lisboa estava-lhe nas veias, não fora ela nascida, ali mesmo junto ao Castelo de São Jorge. As "histórias" dos amores da Severa com o Conde de Vimioso estavam ainda frescas na memória do povo.
Rapidamente, a sua presença foi notada nos retiros, e passados poucos anos, em 1929, Hermínia Silva estreava-se numa Revista do Parque Mayer. Era a primeira vez que o Fado vendia bilhetes na Revista. Alguns jornais da época, referiam-se a ela, como a grande vedeta nacional, chegando a afirmar-se, que a fadista tinha "uma multidão de admiradores fanáticos". A sua melismática criativa, a inclusão no Fado, de letras menos tristes, por vezes com um forte cunho de crítica social, e o seu empenho em trazer para o Fado e para a guitarra portuguesa, fados não tradicionais, compostos por maestros como Jaime Mendes, compositores como Raul Ferrão, criando assim o chamado "fado musicado", aquele fado cuja música corresponde unicamente a uma letra, se bem que composto segundo a base do Fado, e em especial, tendo em atenção as potencialidades da guitarra portuguesa.
Hermínia Silva torna-se assim, sem o haver planeado, num dos vértices do Fado, tal qual ele existe, enquanto estilo musical: Alfredo Marceneiro foi o primeiro vértice, o da exploração estilística do Fado Tradicional, tendo em Ercília Costa o seu maior ícone; Hermínia viria a trazer o Fado para as grandes salas do Teatro de Revista, e viria a "inaugurar" a futura Canção Nacional, com acompanhamentos de grandes orquestras, dirigidas por maestros, que também eram compositores. A sua fama atingiu um tal ponto que o Cinema, quis aproveitar o seu sucesso como figura de grande plano.
Efectivamente, nove anos depois de se ter estreado na Revista, Hermínia integra o elenco do filme de Chianca de Garcia, Aldeia da Roupa Branca (1938), num papel que lhe permite cantar no filme. Nascera assim, a que viria a ser considerada, a segunda artista mais popular do século XX português, depois de Amália Rodrigues, o terceiro vértice do Fado, ainda por nascer.
Depois de várias presenças no estrangeiro, com especial incidência no Brasil e em Espanha, Hermínia aposta numa carreira mais concentrada em Portugal. O seu conhecido e parodiado receio em andar de avião, inviabilizou-lhe muitos contratos que surgiam em catadupa. Mas, Hermínia estava no Céu, na sua Lisboa das sete colinas.
Em 1943 é chamada para mais um filme, o Costa do Castelo, em 1946 roda o Homem do Ribatejo, passando regularmente pelos palcos do Parque Mayer, fazendo sucesso com os seus fados e as suas rábulas de Revista. Efectivamente, Hermínia consegue alcançar tal êxito no Teatro, que o SNI, atribui-lhe o "Prémio Nacional do Teatro", um galardão muito cobiçado na época. Até 1969, em "O Diabo era Outro", a popularidade da fadista encheu os écrans dos cinemas de todo o país. Vieram mais Revistas, mais recitais, muitos discos de sucesso.
Mas, para quem quisesse conhecer a grande Hermínia bem mais de perto, ainda tinha a oportunidade de ouro, de vê-la ao vivo e a cores, sem microfone, na sua Casa - o Solar da Hermínia, restaurante que manteve quase até ao fim da sua vida artística.
Felizmente, o Estado Português, o Antigo e o Contemporâneo, reconheceu Hermínia Silva. São vários os Prémios e Condecorações, as distinções e as nomeações, justíssimas para uma artista, que fez escola, e que hoje, constitui um dos três maiores nomes da Canção Nacional, ao lado de Marceneiro e de Amália, que por razões diferentes, pelos "apports" de forma e conteúdo distintos que trouxeram à Canção de Lisboa, fizeram dela, o Fado, tal qual hoje é entendido, cantado, tocado e formatado.
A fadista cantou quase até falecer, em 13 de Junho de 1993. Morria assim, uma das maiores vedetas do Fado e do Teatro de Revista Português.

António Variações morreu há 27 anos

 (imagem daqui)
António Joaquim Rodrigues Ribeiro, conhecido por António Variações (Lugar de Pilar, Amares, 3 de Dezembro de 1944 - Lisboa, 13 de Junho de 1984), foi um cantor e compositor português do início dos anos 1980. A sua curta discografia continuou a influenciar a música portuguesa nas décadas posteriores ao seu precoce desaparecimento, com 39 anos.


Vasco Santana morreu há 53 anos


Vasco António Rodrigues Santana O SE (Lisboa, 28 de Janeiro de 1898 - Lisboa, 13 de Junho de 1958), mais conhecido como Vasco Santana, foi um dos maiores actores portugueses.

Santo António de Lisboa morreu há 780 anos


Santo António de Lisboa, internacionalmente conhecido como Santo António de Pádua, OFM (Lisboa, 15 de Agosto de 1191-1195 ? - Pádua, 13 de Junho de 1231), de seu nome de baptismo Fernando de Bulhões, foi um Doutor da Igreja que viveu na viragem dos séculos XII e XIII.

(...)

Foi canonizado pelo Papa Gregório IX, na catedral de Espoleto, em Itália, em 30 de Maio de 1232, no processo de canonização mais rápido de sempre da Igreja Católica.
Foi proclamado doutor da Igreja pelo papa Pio XII, em 1946, que o considera «exímio teólogo e insigne mestre em matérias de ascética e mística».

Fernando Pessoa nasceu há 123 anos


Fernando António Nogueira Pessoa (Lisboa, 13 de Junho de 1888Lisboa, 30 de Novembro de 1935), mais conhecido como Fernando Pessoa, foi um poeta e escritor português.
É considerado um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, e da Literatura Universal, muitas vezes comparado com Luís de Camões. O crítico literário Harold Bloom considerou a sua obra um "legado da língua portuguesa ao mundo".

Hoje é o aniversário de José Bonifácio de Andrada e Silva


José Bonifácio de Andrada e Silva (Santos, 13 de Junho de 1763Niterói, 6 de Abril de 1838) foi um mineralogista,  naturalista, estadista e poeta brasileiro. É conhecido pelo epíteto de "Patriarca da Independência" por ter sido uma pessoa decisiva para a Independência do Brasil.

adaptado da Wikipédia

domingo, junho 12, 2011

Recordar Anne Frank e o Holocausto

Anne Frank nasceu há 82 anos

Anne Frank retratada em um selo postal alemão de 1979, comemorativo aos 50 anos de seu nascimento

Annelisse Maria Frank, mais conhecida como Anne Frank (Frankfurt am Main, 12 de Junho de 1929 - Bergen-Belsen, 31 de Março de 1945), foi uma adolescente alemã de origem judaica, vítima do holocausto, que morreu aos quinze anos de idade num campo de concentração. Ela se tornou mundialmente famosa com a publicação póstuma de seu diário, no qual escrevia as experiências do período em que sua família se escondeu da perseguição aos judeus dos Países Baixos. O conjunto de relatos, que recebeu o nome de Diário de Anne Frank, foi publicado pela primeira vez em 1947 e é considerado um dos livros mais importantes do século XX.
Embora tenha nascido na cidade alemã de Frankfurt am Main, Anne passou a maior parte da vida em Amsterdão, nos Países Baixos. Sua família se mudou para lá em 1933, ano da ascensão dos nazis ao poder. Com a eclosão da Segunda Guerra Mundial, o território holandês foi ocupado e a política de perseguição do Reich foi estendida à população judaica residente no país. A família de Anne passou a se esconder em Julho de 1942, abrigando-se em anexos secretos de um edifício comercial.
Durante o período no chamado "anexo secreto", Anne escrevia no diário suas intimidades e também o quotidiano das pessoas ao seu redor. E lá permaneceu por dois anos até que, em 1944, um delator desconhecido revelou o esconderijo às autoridades nazis. O grupo foi, então, levado para campos de concentração. Anne Frank e sua irmã Margot foram transferidas para o campo de Bergen-Belsen, onde morreram de tifo em Março de 1945.
Otto Frank, pai de Anne e único sobrevivente da família, retornou a Amsterdão depois da guerra e teve acesso ao diário da filha. Seus esforços levaram à publicação do material em 1947. O diário, que foi dado a Anne em seu aniversário de 13 anos, narra sua vida de 12 de Junho de 1942 até 1 de Agosto de 1944. É, actualmente, um dos livros mais traduzidos em todo o mundo.

sábado, junho 11, 2011

Hoje é dia de ouvir música portuguesa barroca


Carlos Seixas - Sinfonia for strings in B flat Major
(Performed by the Norwegian Baroque Orchestra - Direction: Ketil Haugsand)

El-Rei D. João III morreu há 454 anos


D. João III de Portugal (Lisboa, 6 de Junho de 1502Lisboa, 11 de Junho de 1557) foi o décimo quinto Rei de Portugal, cognominado O Piedoso ou O Pio pela sua devoção religiosa. Filho do rei Manuel I de Portugal, sucedeu-o em 1521, aos 19 anos. Herdou um império vastíssimo e disperso, nas ilhas atlânticas, costas ocidental e oriental de África, Índia, Malásia, Ilhas do Pacífico, China e Brasil. Continuou a política centralizadora do seu pai. Durante o seu reinado foi obrigado a negociar as Molucas com Espanha, no tratado de Saragoça, adquiriu novas colónias na Ásia - Chalé, Diu, Bombaim, Baçaim e Macau e um grupo de portugueses chegou pela primeira vez ao Japão em 1543, estendendo a presença portuguesa de Lisboa até Nagasaki. Para fazer face à pirataria iniciou a colonização efectiva do Brasil, que dividiu em capitanias hereditárias, estabelecendo o governo central em 1548. Ao mesmo tempo, abandonou diversas cidades fortificadas em Marrocos, devido ao custos da sua defesa face aos ataques muçulmanos. Extremamente religioso, permitiu a introdução da inquisição em Portugal em 1536, obrigando à fuga muitos mercadores judeus e cristãos-novos, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros. Inicialmente destacado entre as potências europeias económicas e diplomáticas, viu a rota do Cabo fraquejar, pois a rota do Levante recuperava, e em 1548 teve de mandar fechar a feitoria portuguesa de Antuérpia. Viu morrer os dez filhos que gerou e a crise iniciada no seu reinado amplificou-se sob o governo do seu neto e sucessor, o rei Sebastião de Portugal.

(...)
Nascido em Lisboa, era filho do rei Manuel I de Portugal e de Maria de Aragão, princesa de Espanha, filha dos Reis Católicos. Na câmara da Rainha, parturiente, Gil Vicente em trajes de vaqueiro representou sua primeira peça, o Auto da Visitação ou Monólogo do Vaqueiro. O baptismo em 15 de junho foi realizado na capela de São Miguel do Paço da Alcáçova, tendo como padrinho o Doge de Veneza, Leonardo Loredan, representado por Pero Pasquaglio. Foram madrinhas uma tia paterna, a Rainha Dona Leonor, viúva de Dom João II, e a avó paterna, a infanta Dona Beatriz, duquesa de Beja. Nas Cortes a seguir convocadas para 15 de Agosto, o príncipe foi jurado herdeiro.

(...)
Sucedeu em 1521 ao pai, morto no auge de seu poder aos 52 anos de idade, que reinara 26 anos. Dom João III, aos 19 anos, foi aclamado a 22 de Dezembro, no alpendre da igreja de São Domingos. Jovens dominavam então a dinâmica cena europeia: a viúva de seu pai tinha 23 anos, o imperador Carlos V, 22 anos, Francisco I de França, 28 anos, Henrique VIII da Inglaterra tinha 31 anos.

(...)

Houve sem dúvida um ar de renovação cultural em seu reinado, preponderante na afirmação do renascimento português. Na literatura apareceu o poeta mais conhecido mundialmente Luís Vaz de Camões, como também Garcia de Resende, Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e João de Barros. Na náutica surgiu Pedro Nunes, na botânica Garcia da Orta, na arquitectura Francisco de Holanda, Miguel de Arruda, João de Castilho. Outros nomes foram Luís Vives, André de Resende, Damião de Góis, João de Ruão e Nicolau de Chanterene. Erasmo lhe dedicou uma de suas obras e o rei teria pensado em o contratar para professor da nova universidade de Coimbra, criada em 1537. Foi em seu reinado que se criaram bolsas de estudo no estrangeiro e o Colégio das Artes.
João III era, no entanto, extremamente religioso, o que o tornou subserviente ao poder da igreja e permeável à introdução da inquisição em 1536, pois o movimento luterano era já uma realidade europeia. As consequências sociais foram desastrosas, pois provocou insegurança nos cristãos novos, obrigando à fuga muitos mercadores judeus, forçando o recurso a empréstimos estrangeiros.
Continuou a política centralizadora e absolutista do seu pai, convocando apenas três cortes em períodos bem espaçados: 1525, 1535 e 1544. A estagnação que caracterizou seu reinado amplificou-se sob seu neto e sucessor, o rei Sebastião de Portugal.

John Wayne morreu há 32 anos


John Wayne, nome artístico de Marion Robert Morrison, (Winterset, 26 de Maio de 1907 - Los Angeles, 11 de Junho de 1979) foi um premiado actor dos Estados Unidos da América.



Jacques-Yves Cousteau nasceu há 101 anos


Jacques-Yves Cousteau (Saint André de Cubzac, 11 de Junho de 1910Paris, 25 de Junho de 1997) foi um oficial da marinha francesa, oceanógrafo mundialmente conhecido por suas viagens de pesquisa, a bordo do Calypso.
Cousteau foi um dos inventores, juntamente com Émile Gagnan, do aqualung, o equipamento de mergulho autônomo que substituiu os pesados escafandros, e também participou como piloto de testes da criação de aparelhos de ultra-som para levantamentos geológicos do relevo submarino e de equipamentos fotocinematográficos para trabalhos em grandes profundidades.
Jacques Cousteau conquistou o Óscar em 1956 com o documentário O mundo silencioso, filmado no Mediterrâneo e no Mar Vermelho. Mas o próprio Cousteau confessa que, em seus primeiros filmes, não tinha nenhum tipo de preocupação ecológica. No total, foram quatro longas-metragens e setenta documentários para a televisão.
Em 1965, Cousteau criou uma casa submarina onde seis pessoas viveram por um mês, a cem metros de profundidade.

Carlos Seixas nasceu há 207 anos


José António Carlos de Seixas (Coimbra, 11 de Junho de 1704Lisboa, 25 de Agosto de 1742), compositor e organista português.

sexta-feira, junho 10, 2011

Alexandre Magno morreu há 2334 anos

Alexandre Magno e seu cavalo Bucéfalo, na Batalha de Isso. Mosaico encontrado em Pompeia, hoje no Museu Arqueológico Nacional, em Nápoles.

Alexandre III da Macedónia, dito o Grande ou Magno  nasceu em 20 de julho de 356 a.C. em Pela (ou em Vergina) - morreu em 10 de Junho de 323 a.C., na Babilónia foi um príncipe e rei da Macedónia, e um dos três filhos do rei Filipe II e de Olímpia do Épiro – uma fiel mística e ardente do deus grego Dionísio.
Alexandre foi o mais célebre conquistador do mundo antigo. Em sua juventude, teve como preceptor o filósofo Aristóteles. Tornou-se o rei aos vinte anos, na sequência do assassinato do seu pai. Foi Rei da Macedónia, Hegemónico da Liga Helénica, Xá da Pérsia e Faraó do Egipto.

Como é bom lembrar Camões


A leitura dos Lusíadas

Do moço rei, defronte, esbelto e cavaleiro
Camões recita; a corte, silenciosa,
Ante a rubra explosão do cântico guerreiro,
Admira essa Epopeia enorme e prodigiosa.

«…Ruge a eléctrica voz do Adamastor furiosa;
Nas amuradas canta o alegre marinheiro;
Do Oceano à flor cintila a esteira luminosa
Dos pesados galeões do Gama aventureiro.

Terra! Grita o gajeiro; e à praia melindana
Desce doida e febril a gente lusitana.
Desfraldam os pendões ao claro céu do Oriente…»

Da glória ante o esplendor o olhar de El-Rei fulgura;
O Câmara, no entanto, alma sombria e escura,
No rei os olhos crava, e ri finalmente.


in Nocturnos - Gonçalves Crespo

roubado daqui

Soneto de Camões para recordar o dia em que a Pátrica celebra o seu poeta maior

(imagem daqui)

Erros meus, má fortuna, amor ardente


Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.


Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das coisas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.


Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa a que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.


De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!

Luís de Camões

Sismograma - Geofone de Évora

Sismograma de hoje, obtido pelo geofone de Évora, mostrando o pequeno sismo de hoje (hora UTM 04.56):

(clicar para aumentar)

Sismo no Alentejo

Recebido via e-mail do IM:

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 10-06-2011 pelas 05.56 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 6 km a Este-Nordeste de Reguengos de Monsaraz.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima II/III (escala de Mercalli modificada) na região de Reguengos de Monsaraz.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

Mais uma cretinice do falecido governo que afecta o ensino superior na área das Ciências



Recebi esta carta de um docente de Física-Química, que não quero identificar. A questão que ele coloca parece-me pertinente. Acho muito bem que haja exames de Filosofia, mas não entendo por que razão eles hão-se substituir os exames de Física-Química para quem queira seguir uma carreira científico-técnica!

"Na qualidade de docente de Física-Química do ensino secundário gostaria de dar a conhecer mais um decreto-lei pernicioso para a qualidade do ensino das ciências em Portugal.

Através do Decreto-Lei nº 50/2011, de 8 de Abril, o governo anterior permitiu, vergonhosamente, que alunos do secundário, da área de ciências, possam trocar um dos exames de Física-Química A ou Biologia-Geologia pelo exame de Filosofia.

Tal decreto lei é altamente nefasto para estas áreas disciplinares, tornando, pelo menos uma delas, subalterna em relação à Filosofia, algo difícil de compreender numa área disciplinar de ciências.

Penso que o sr Professor (...) poderia denunciar esta situação, e quem sabe se o próximo governo não revogaria este decreto-lei?

Numa altura em que é certo e sabido que o ensino em Portugal caminha, a passos largos, para uma enorme falta de qualidade e nivelamento por baixo, este decreto-lei é apenas mais uma machadada na destruição do ensino público e na castração dos alunos mais pobres, dando-lhes a entender que é possível subir na hierarquia social simplesmente fugindo do trabalho, do esforço e do rigor."

Ora nem mais! Os alunos com formação socrática poderão dizer com razão " sei que nada sei"...

in De Rerum Natura - post do Doutor Carlos Fiolhais

NOTA:Se calhar esta estranha decisão tem a ver com outra ainda mais estranha, dada hoje pelo Expresso: "José Sócrates vai viver para Paris e estudar filosofia" (ler AQUI). Só não se sabe se José Sócrates vai aprender Filosofia para fazer o exame e entrar num curso superior a sério, se vai para aprender Francês Técnico ou se vai descansar um ano...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades



ADENDA: outra versão, com o Fausto e Sérgio Godinho a acompanhar o José Mário Branco, num espectáculo fantástico que os três fizeram e gravaram:


Camões cantado por Amália