quinta-feira, março 24, 2011
Hoje apetece citar Sophia
Revolução
Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta
Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício
Como a voz do mar
Interior de um povo
Como página em branco
Onde o poema emerge
Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação
in O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Música para celebrar
Alegria - Heróis do Mar
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Houdini nasceu há 137 anos
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Ontem foi um bom dia - fora um percalço ou outro...
NOTA: uma musiquinha para celebrar a perda:
quarta-feira, março 23, 2011
Está um senhor na televisão a recordar-me o quanto gostava do Pinóquio e do Calimero no passado
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Notícia sobre Paleontologia no Público
Nuralagus rex, o coelho gigante que viveu na ilha Menorca
O coelho faz parte de um conjunto de animais gigantes que povoavam a ilha como uma tartaruga ou um roedor primo do arganaz, que não teriam predadores. De acordo com a lei evolutiva que rege os sistemas insulares, os animais mais pequenos tornam-se maiores do que as versões equivalentes que vivem nos continentes.
Sem predadores e “nestas condições de insularidade, a densidade populacional cresce e a pressão evolutiva concentra-se na competição dos recursos”, explicou a investigadora Meike Köhler, segunda autora do artigo.
Esta competição pelos recursos também passa por alterações anatómicas que fomentam a acumulação de gordura e evitam o gasto energético através da diminuição de tecido nervoso ou a diminuição da locomoção.
No caso deste coelho, os cientistas constaram através dos ossos do crânio que os sentidos do mamífero eram bastante menos desenvolvidos. Os olhos eram mais pequenos e as orelhas eram incomparáveis com as longas orelhas dos coelhos e das lebres.
Os ossos das pernas também foram reveladores: “Acho que o N. rex seria um coelho bastante desajeitado a andar”, disse Quintana. “Imaginem um castor fora de água.”
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Música dedicada ao senhor que não quis respeitar o Parlamento
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A Mir desapareceu há 10 anos
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Se tudo correr bem, hoje livramo-nos de uma equipa de mentirosos e aldrabões que nos deixou à rasca
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Um poema para um melhor país - XI
O MOSTRENGO
O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as repreendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»
in Mensagem - Fernando Pessoa
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terça-feira, março 22, 2011
Poema para celebrar o Dia Mundial da Água
No alto mar
No alto mar
A luz escorre
Lisa sobre a água.
Planície infinita
Que ninguém habita.
O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme
Gestos na sua luz.
Livre e verde a água ondula
Graça que não modula
O sonho de ninguém.
São claros e vastos os espaços
Onde baloiça o vento
E ninguém nunca de delícia ou de tormento
Abre neles os seus braços.
in Poesia (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen
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Adeus Artur Agostinho...!
Adeus - obrigado por tudo e até sempre!
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Recordar os Beatles
The Beatles - I Saw Her Standing There
Well, she was just 17,
You know what I mean,
And the way she looked was way beyond compare.
So how could I dance with another (ooh)
When I saw her standin' there.
Well she looked at me, and I, I could see
That before too long I'd fall in love with her.
She wouldn't dance with another (whooh)
When I saw her standin' there.
Well, my heart went "boom,"
When I crossed that room,
And I held her hand in mine...
Well, we danced through the night,
And we held each other tight,
And before too long I fell in love with her.
Now, I'll never dance with another (whooh)
When I saw her standing there
Well, my heart went "boom,"
When I crossed that room,
And I held her hand in mine...
Oh, we danced through the night,
And we held each other tight,
And before too long I fell in love with her.
Now I'll never dance with another (whooh)
Since I saw her standing there
Since I saw her standing there
Since I saw her standing there
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O pintor van Dyck nasceu há 412 anos
Marcel Marceau nasceu há 88 anos
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Tudo corre mal, nos últimos dias, a um mentiroso (sempre) desmentido
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Mudam-se os tempos, mudam-se os Tavares
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O Capitão Kirk faz hoje 80 anos
William Shatner (William Alan Shatner, Montreal, 22 de Março de 1931) é um premiado actor canadiano, vencedor dos prémios Emmy e Golden Globe.
(...)
Star Trek
Em 1965 foi a personagem principal num episódio-piloto de uma série para a NBC. O programa foi aprovado e em 8 de Setembro de 1966 estreava Star Trek (O Caminho das Estrelas). Shatner interpretava James T. Kirk, o capitão da nave estelar USS Enterprise. Depois de apenas três temporadas, em 1969, a série foi cancelada, mas as reprises fizeram de O Caminho das Estrelas um sucesso e de William Shatner, um astro. Logo, em 1973, dobrou a personagem Kirk em O Caminho das Estrelas: A Série Animada e, em 1979 o interpretou no filme Star Trek: The Motion Picture. Também fez Kirk em outros cinco filmes com o elenco da série clássica e em Star Trek: Generations (1994), com os elencos da série clássica e da Nova Geração. Em 1989, se arriscou na direcção com O Caminho das Estrelas V: A Última Fronteira, mas não foi bem sucedido. Kirk é até hoje adorado e considerado pelos fãs um dos melhores personagens de toda a série de Star Trek.
in Wikipédia (adaptado)
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O primeiro álbum dos The Beatles foi lançado há 48 anos
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Um poema para um melhor país - X
Acusam-me de Mágoa e Desalento
Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.
Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.
Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.
A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.
in Mãe Pobre - Carlos de Oliveira
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segunda-feira, março 21, 2011
Música sobre um país de ficção para um país que já nem isso é
La Unión - Sildavia
No tengas miedo de perderte no.
El tiempo pasa tan despacio en Sildavia.
No hay desiertos, no hay falsa pasión.
Un nuevo destino para el ocio.
Errante en busca de un lugar.
Pregunta primero a tu imaginación.
Sildavia no se halla en los mapas.
Distrae los sentidos en el silencio.
Es el jardín de las delicias.
Domina tu vuelo en el espacio.
El sol no derretirá tus alas.
Música para celebrar os novos dias
Dog Days Are Over - Florence And The Machine
Happiness hit her like a train on a track
Coming towards her stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with her drink
And washed it away down the kitchen sink
The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run
Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive
The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come
And I never wanted anything from you
Except everything you had and what was left after that too, oh
Happiness hit her like a bullet in the mind
Struck from a great height by someone who should know better than that
The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come
Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive
The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come
The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run (Here they come)
The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run
Postado por Pedro Luna às 18:15 0 bocas
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Mussorgsky nasceu há 172 anos
Postado por Fernando Martins às 17:20 0 bocas
Marcadores: música, Mussorgsky, Rússia
Porque hoje é o Dia da Árvore e da Poesia
Sei um ninho
Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.
Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...
Miguel Torga
Postado por Pedro Luna às 17:11 0 bocas
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Ayrton Senna nasceu há 51 anos
Postado por Fernando Martins às 11:40 0 bocas
Marcadores: automobilismo, Ayrton Senna, Ayrton Senna da Silva, Norberto Lobo
Um poema para um melhor país - IX
Postado por Fernando Martins às 00:05
Marcadores: aldrabão, José Sócrates, poesia, valter hugo mãe
domingo, março 20, 2011
Martinho de Dume morreu há 1432 anos
Postado por Fernando Martins às 23:50 0 bocas
Marcadores: Portugal, S. Martinho de Dume, Suevos
Equinócio - começou, às 23.21 horas, a Primavera (no Hemisfério Norte...)
Postado por Pedro Luna às 23:21 0 bocas
Marcadores: astronomia, equinócio, Primavera
Podia começar pelo Conselho de Ministros e pelo seu primeiro
Postado por Pedro Luna às 17:20 0 bocas
Marcadores: Humberto Rosa, José Sócrates, lixo, secretário de Estado do Ambiente
Finalmente vamos conhecer bem Mercúrio
As últimas do sismo e tsunami do Japão
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Marcadores: central nuclear, energia nuclear, Japão, sismo, sismologia, tsunami
O PEC IV e o fim de um lamentável governo
Postado por Pedro Luna às 15:14 0 bocas
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Ilse Losa nasceu há 98 anos
Postado por Fernando Martins às 10:08 0 bocas
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A Rainha Dona Maria I morreu há 195 anos
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Marcadores: D. Maria I, Portugal, Rainha
Primavera - voltarão as obscuras andorinas?
Volverán las oscuras golondrinas
Volverán las oscuras golondrinas
en tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a sus cristales,
jugando llamarán;
pero aquellas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha al contemplar;
aquellas que aprendieron nuestros nombres,
esas... ¡no volverán!
Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar,
y otra vez a la tarde, aun mas hermosas,
sus flores abrirán;
pero aquellas cuajadas de rocío,
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer, como lágrimas del día...
esas... ¡no volverán!
Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar;
tu corazón, de su profundo sueño
tal vez despertará;
pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante su altar,
como yo te he querido... desengáñate,
¡así no te querrán!
Gustavo Adolfo Becquer (1836-1870)
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Um poema para um melhor país - VIII
SONETO IMPERFEITO DA CAMINHADA PERFEITA
Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.
Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
Versos brandos...Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da Hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.
in Passagem de Nível - Sidónio Muralha
Postado por Fernando Martins às 00:02 0 bocas
Marcadores: aldrabão, José Sócrates, poesia, Sidónio Muralha
sábado, março 19, 2011
Um patético estertor de um governo já em decomposição
Postado por Fernando Martins às 14:24 0 bocas
Marcadores: bancarrota, José Sócrates, mentirosos
É preciso abrir as janelas para deixar sair o ar contaminado
Ao fim de seis anos o país não está só economicamente arruinado, começa também a estar moralmente corrompido
Postado por Fernando Martins às 09:46 0 bocas
Marcadores: aldrabão, bancarrota, Blasfémias, José Sócrates, mentirosos
A Lua Cheia (só) um bocadinho maior...
Postado por Fernando Martins às 09:31 0 bocas
Marcadores: astronomia, exageros, Lua
Arthur C. Clarke morreu há 3 anos
Postado por Pedro Luna às 00:32 0 bocas
Marcadores: Arthur C. Clarke, ficção científica, órbita geoestacionária
Um poema para um melhor país - VII
Sonâmbulo
XXXVI
Vive em cada minuto
a tua eternidade
- sem luto
nem saudade.
Vive-a, pleno e forte,
num frenesim
de arremesso.
Para que a tua morte
seja sempre um fim
e nunca um começo.
in Poesia II - José Gomes Ferreira
Postado por Adelaide Martins às 00:21 0 bocas
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