quinta-feira, março 24, 2011

Hoje apetece citar Sophia




Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro início
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

in O nome das coisas - Sophia de Mello Breyner Andresen

Música para celebrar

Alegria - Heróis do Mar



Houdini nasceu há 137 anos


Harry Houdini, nome artístico de Ehrich Weiss, (Budapeste, 24 de Março de 1874 - Detroit, 31 de Outubro de 1926) foi um dos mais famosos escapistas e ilusionistas da História.


(Google Doodle de 24.03.2011)

NOTA: nós por cá temos ilusionista ainda melhor - vamos fazer, tudo por tudo, para se transforme também num escapista...

Ontem foi um bom dia - fora um percalço ou outro...

"O País está de luto!



Perdeu-se um grande vendedor de computadores!..." (por Augusto Martins, no Facebook).




NOTA: uma musiquinha para celebrar a perda:

quarta-feira, março 23, 2011

Está um senhor na televisão a recordar-me o quanto gostava do Pinóquio e do Calimero no passado


NOTA: hoje as mentiras e desculpas de seis anos acabaram. Com tanta Escola e Universidade (ou lá o que eram...) que frequentou, o pseudo-engenheiro devia era saber um bocadinho mais.

Notícia sobre Paleontologia no Público

Estudo publicado no Journal of Vertebrate Paleontology
Nuralagus rex
, o coelho gigante que viveu na ilha Menorca 

O coelho era muito maior do que os coelhos que vivem hoje na Península Ibérica

O Mediterrâneo já teve um coelho gigante. O Nuralagus rex viveu há cinco milhões de anos, na ilha Menorca, do arquipélago das Baleares que hoje pertence à Espanha. O coelho pesava entre 12 e 15 quilos e não saltava. A descoberta feita por uma equipa de investigadores de Espanha foi publicada recentemente na revista Journal of Vertebrate Paleontology.

“Quando encontrei o primeiro osso [do coelho] tinha 19 anos, e não me apercebi do que representava. Pensei que fosse um osso da tartaruga gigante de Menorca”, disse à National Geographic Josep Quintana, um investigador independente que encontrou pela primeira vez fósseis desta espécie no início dos anos de 1990. O estudo actual foi feito com mais dois cientistas do Instituto Catalão de Paleontologia, da Universidade Autónoma de Barcelona.

O coelho faz parte de um conjunto de animais gigantes que povoavam a ilha como uma tartaruga ou um roedor primo do arganaz, que não teriam predadores. De acordo com a lei evolutiva que rege os sistemas insulares, os animais mais pequenos tornam-se maiores do que as versões equivalentes que vivem nos continentes.

Sem predadores e “nestas condições de insularidade, a densidade populacional cresce e a pressão evolutiva concentra-se na competição dos recursos”, explicou a investigadora Meike Köhler, segunda autora do artigo.

Esta competição pelos recursos também passa por alterações anatómicas que fomentam a acumulação de gordura e evitam o gasto energético através da diminuição de tecido nervoso ou a diminuição da locomoção.

No caso deste coelho, os cientistas constaram através dos ossos do crânio que os sentidos do mamífero eram bastante menos desenvolvidos. Os olhos eram mais pequenos e as orelhas eram incomparáveis com as longas orelhas dos coelhos e das lebres.

Os ossos das pernas também foram reveladores: “Acho que o N. rex seria um coelho bastante desajeitado a andar”, disse Quintana. “Imaginem um castor fora de água.”

Música dedicada ao senhor que não quis respeitar o Parlamento


NOTA: a dignidade de um governo que deixa o Parlamento, num debate tão importante, sem o Primeiro Ministro durante quase todo o debate e, em grande parte do mesmo, o ministro Teixeira dos Santos, é inqualificável.

A Mir desapareceu há 10 anos


Mir (em russo: Мир; significa simultaneamente paz, mundo e universo) foi uma estação espacial soviética (e, mais tarde, russa). Foi a primeira estação de pesquisa científica habitada permanentemente e a longo prazo no espaço. Depois de várias colaborações conjuntas se tornou internacional, permitindo a acessibilidade a cosmonautas e astronautas de diferentes países. A Mir foi construída a partir da junção de vários módulos, enviados separadamente para o local, de 19 de Fevereiro de 1986 a 1996. Originalmente concebida para se manter no espaço até 1991, ela continuou em funcionamento até 23 de Março de 2001.

Se tudo correr bem, hoje livramo-nos de uma equipa de mentirosos e aldrabões que nos deixou à rasca




in Blog Anterozóide - post de Antero

NOTA: este blog, caso caia o governo, dará início a uma semana de celebrações - não é todos os dias que um país se livra de uma lapa como a colocou o nosso país no seu ponto mais baixo, em termos financeiros e éticos, nos últimos 120 anos...

Um poema para um melhor país - XI

(imagem daqui)

O MOSTRENGO

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
A roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,

E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:

«El-Rei D. João Segundo!»
«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,

Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»

E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»
Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as repreendeu,

E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme

E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

in Mensagem - Fernando Pessoa

terça-feira, março 22, 2011

Poema para celebrar o Dia Mundial da Água

(imagem daqui)


No alto mar


No alto mar
A luz escorre
Lisa sobre a água.
Planície infinita
Que ninguém habita.

O Sol brilha enorme
Sem que ninguém forme
Gestos na sua luz.

Livre e verde a água ondula
Graça que não modula
O sonho de ninguém.

São claros e vastos os espaços
Onde baloiça o vento
E ninguém nunca de delícia ou de tormento
Abre neles os seus braços.


in Poesia (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Adeus Artur Agostinho...!

Faleceu hoje o homem da rádio, da TV, dos concursos, do desporto, do cinema, do jornalismo, da escrita,  dos relatos de futebol, das séries televisivas e de milhentas outras coisas. O mundo e Portugal ficaram um pouco mais pobres...

(imagem daqui)

Adeus - obrigado por tudo e até sempre!

Recordar os Beatles


The Beatles - I Saw Her Standing There




Well, she was just 17,
You know what I mean,
And the way she looked was way beyond compare.
So how could I dance with another (ooh)
When I saw her standin' there.


Well she looked at me, and I, I could see
That before too long I'd fall in love with her.
She wouldn't dance with another (whooh)
When I saw her standin' there.


Well, my heart went "boom,"
When I crossed that room,
And I held her hand in mine...


Well, we danced through the night,
And we held each other tight,
And before too long I fell in love with her.
Now, I'll never dance with another (whooh)
When I saw her standing there


Well, my heart went "boom,"
When I crossed that room,
And I held her hand in mine...


Oh, we danced through the night,
And we held each other tight,
And before too long I fell in love with her.
Now I'll never dance with another (whooh)
Since I saw her standing there
Since I saw her standing there
Since I saw her standing there

O pintor van Dyck nasceu há 412 anos


Antoon van Dyck (Antuérpia, 22 de Março de 1599 - Londres, 9 de Dezembro de 1641) foi um retratista flamengo que se tornou o principal pintor da corte real de Carlos I da Inglaterra.
Discípulo de Rubens, ele influenciou seus artistas contemporâneos.
Na Inglaterra, ficou conhecido como Sir Anthony van Dyck.

Marcel Marceau nasceu há 88 anos


Marcel Mangel, mais conhecido como Marcel Marceau ou Mime Marceau, (Estrasburgo, 22 de Março de 1923Cahors, 22 de Setembro de 2007) foi o mimo mais popular do período pós-guerra. Junto com Étienne Decroux e Jean-Louis Barrault deu uma nova roupagem à mímica no século XX.



Tudo corre mal, nos últimos dias, a um mentiroso (sempre) desmentido

(imagem daqui)

Ministros do eurogrupo negam abertura negocial ao Governo
Países da zona euro excluem alterações ao PEC apresentado pelo Governo

Os responsáveis da zona euro demoliram ontem as ofertas de negociação das novas medidas de austeridade feitas pelo governo à oposição, ao afirmarem que não há razões para alterar o programa que já foi apresentado por Portugal a Bruxelas.


"Aprovámos o programa de ajustamento tal como nos foi proposto pelo governo português [e] que foi avalizado tanto pela Comissão Europeia como pelo Banco Central Europeu", afirmou Jean-Claude Juncker, ministro das finanças do Luxemburgo e presidente do eurogrupo no final de uma reunião dos seus pares em Bruxelas.

A afirmação refere-se à cimeira de chefes de Estado ou de Governo dos países do euro do passado dia 11, à qual o primeiro ministro, José Sócrates, apresentou um conjunto de novas medidas de austeridade para compensar as falhas detectadas na estratégia de redução do défice orçamental até 2013 (o chamado PEC IV).

A confirmar-se o cenário de chumbo do PEC, amanhã na Assembleia da República, tudo indica que os líderes europeus vão dedicar uma boa parte dos trabalhos da cimeira de chefes de Estado da União Europeia de dias 24 e 25 à situação portuguesa.

Mudam-se os tempos, mudam-se os Tavares


NOTA: nada tenho contra o senhor satirizado pelos Homens da Luta (aliás tenho elevada estima e apreço pelos pais, ele um honesto político e ela a melhor poetisa portuguesa de sempre, na minha modesta opinião...). Mas que MST estava a merecer, estava. E sugere-se a leitura dos seguintes textos:

O Capitão Kirk faz hoje 80 anos

William Shatner (William Alan Shatner, Montreal, 22 de Março de 1931) é um premiado actor canadiano, vencedor dos prémios Emmy e Golden Globe.

(...)


Star Trek

Em 1965 foi a personagem principal num episódio-piloto de uma série para a NBC. O programa foi aprovado e em 8 de Setembro de 1966 estreava Star Trek (O Caminho das Estrelas). Shatner interpretava James T. Kirk, o capitão da nave estelar USS Enterprise. Depois de apenas três temporadas, em 1969, a série foi cancelada, mas as reprises fizeram de O Caminho das Estrelas um sucesso e de William Shatner, um astro. Logo, em 1973, dobrou a personagem Kirk em O Caminho das Estrelas: A Série Animada e, em 1979 o interpretou no filme Star Trek: The Motion Picture. Também fez Kirk em outros cinco filmes com o elenco da série clássica e em Star Trek: Generations (1994), com os elencos da série clássica e da Nova Geração. Em 1989, se arriscou na direcção com O Caminho das Estrelas V: A Última Fronteira, mas não foi bem sucedido. Kirk é até hoje adorado e considerado pelos fãs um dos melhores personagens de toda a série de Star Trek.

in Wikipédia (adaptado)


O primeiro álbum dos The Beatles foi lançado há 48 anos


Please Please Me é o primeiro álbum gravado e lançado pelos Beatles. O álbum contém 14 canções, oito escritas por Lennon/McCartney. Em 2003, a revista Rolling Stone listou o álbum no número 39 na lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos. A Rolling Stone também colocou as canções "I Saw Her Standing There" (em #130) e "Please Please Me" (#184) na lista de 500 melhores canções de todos os tempos.

(...)
O álbum foi lançado no Reino Unido com o nome de Please Please Me em versão mono no dia 22 de Março de 1963 e em versão estéreo em 26 de Abril do mesmo ano.

Um poema para um melhor país - X

(imagem daqui)

Acusam-me de Mágoa e Desalento

Acusam-me de mágoa e desalento,
como se toda a pena dos meus versos
não fosse carne vossa, homens dispersos,
e a minha dor a tua, pensamento.

Hei-de cantar-vos a beleza um dia,
quando a luz que não nego abrir o escuro
da noite que nos cerca como um muro,
e chegares a teus reinos, alegria.

Entretanto, deixai que me não cale:
até que o muro fenda, a treva estale,
seja a tristeza o vinho da vingança.

A minha voz de morte é a voz da luta:
se quem confia a própria dor perscruta,
maior glória tem em ter esperança.

in Mãe Pobre - Carlos de Oliveira

segunda-feira, março 21, 2011

Música sobre um país de ficção para um país que já nem isso é



La Unión - Sildavia

No tengas miedo de perderte no.
El tiempo pasa tan despacio en Sildavia.
No hay desiertos, no hay falsa pasión.
Un nuevo destino para el ocio.
Errante en busca de un lugar.
Pregunta primero a tu imaginación.
Sildavia no se halla en los mapas.
Distrae los sentidos en el silencio.
Es el jardín de las delicias.
Domina tu vuelo en el espacio.
El sol no derretirá tus alas.

Música para celebrar os novos dias


Dog Days Are Over - Florence And The Machine

Happiness hit her like a train on a track
Coming towards her stuck still no turning back
She hid around corners and she hid under beds
She killed it with kisses and from it she fled
With every bubble she sank with her drink
And washed it away down the kitchen sink

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

And I never wanted anything from you
Except everything you had and what was left after that too, oh
Happiness hit her like a bullet in the mind
Struck from a great height by someone who should know better than that

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

Run fast for your mother, run fast for your father
Run for your children, for your sisters and brothers
Leave all your loving, your loving behind
You cant carry it with you if you want to survive

The dog days are over
The dog days are done
Can you hear the horses?
'Cause here they come

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run (Here they come)

The dog days are over
The dog days are done
The horses are coming
So you better run

Mussorgsky nasceu há 172 anos


Modest Petrovich Mussorgsky (Karevo, Pskov, 21 de Março de 1839São Petersburgo, 28 de Março de 1881), compositor e militar russo conhecido por suas composições sobre a história da Rússia medieval. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado dos músicos Mily Balakirev, Aleksandr Borodin, César Cui e Nikolai Rimsky-Korsakov.


Porque hoje é o Dia da Árvore e da Poesia

(imagem daqui)

Sei um ninho

Sei um ninho.
E o ninho tem um ovo.
E o ovo, redondinho,
Tem lá dentro um passarinho
Novo.

Mas escusam de me atentar:
Nem o tiro, nem o ensino.
Quero ser um bom menino
E guardar
Este segredo comigo.
E ter depois um amigo
Que faça o pino
A voar...

Miguel Torga

Ayrton Senna nasceu há 51 anos


Ayrton Senna da Silva (São Paulo, 21 de Março de 1960Bolonha, 1 de Maio de 1994) foi um piloto brasileiro de Fórmula 1, três vezes campeão mundial, nos anos de 1988, 1990 e 1991. Foi também vice-campeão no controverso campeonato de 1989 e em 1993. Morreu em acidente no Autódromo Enzo e Dino Ferrari, em Ímola, durante o Grande Prémio de San Marino de 1994. É considerado um dos maiores nomes do esporte brasileiro e um dos maiores pilotos da história do automobilismo.



Um poema para um melhor país - IX

(imagem daqui)
fartos de esperar

era uma princesa com o coração feio.
sentava-se à janela do castelo à
espera do amor,
maldizendo, contudo, cada
manifestação de ternura. porque
para ela o amor vinha de coisas más e
era assim a verdade. todos os
príncipes que se ajoelhavam a seus
pés desistiam, forçados à solidão por
muito mais tempo, e lamentavam-se sem
vergonha a vida inteira. nós compreendemos
a princesa. pusemos ramos de flores à
janela onde morreu e lemos poemas
sarcásticos aos tristes que passam. maldizemos
também a ternura e sabemos que o amor vem
da morte, feito de açúcar para nos
enganar o sangue

somos como o diabo, queremos que as
raparigas nos amem e se calem e
mais nada, somos como o diabo, queremos
que os rapazes morram

in Contabilidade - valter hugo mãe

domingo, março 20, 2011

Martinho de Dume morreu há 1432 anos


Martinho de Dume, Martinho Dumiense ou ainda Martinho de Braga (ou Martinho Bracarense) são os vários nomes por que é conhecido Martinho da Panónia, um bispo de Braga e de Dume considerado santo pela Igreja Católica.
Martinho nasceu na Panónia, actual Hungria, no século VI. Estudou grego e ciências eclesiásticas no Oriente. De volta ao Ocidente, dirigiu-se para Roma e para a França, onde visitou o túmulo do seu conterrâneo Martinho de Tours. É tido como o apóstolo dos Suevos, responsável maior pela sua conversão do arianismo ao catolicismo.
Estabeleceu um mosteiro numa aldeia das proximidades de Braga, Dume, a partir do qual começou a irradiar a sua pregação. Estabeleceu a diocese de Dume (caso único na história cristã - confinada ao mosteiro a que presidia), da qual foi primeiro bispo e, depois, por vacatura da diocese bracarense, foi feito metropolita de Braga, então capital do reino suevo.

(...)
Martinho de Dume é também uma figura de capital importância para a história da cultura e língua portuguesas; de facto, considerando indigno de bons cristãos que se continuasse a chamar os dias da semana pelos nomes latinos pagãos de Lunae dies, Martis dies, Mercurii dies, Jovis dies, Veneris dies, Saturni dies e Solis dies, foi o primeiro a usar a terminologia eclesiástica para os designar (Feria secunda, Feria tertia, Feria quarta, Feria quinta, Feria sexta, Sabbatum, Dominica Dies), donde os modernos dias em língua portuguesa (Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira, Sábado e Domingo), caso único entre as línguas novilatinas, dado ter sido a única a substituir inteiramente a terminologia pagã pela terminologia cristã.

Equinócio - começou, às 23.21 horas, a Primavera (no Hemisfério Norte...)



Na astronomia, equinócio é definido como o instante em que o Sol, em sua órbita aparente, (como vista da Terra), cruza o plano do equador celeste (a linha do equador terrestre projectada na esfera celeste). Mais precisamente é o ponto onde a eclíptica cruza o equador celeste.
A palavra equinócio vem do Latim, aequus (igual) e nox (noite), e significa "noites iguais", ocasiões em que o dia e a noite duram o mesmo tempo. Ao medir a duração do dia, considera-se que o nascer do Sol (alvorada ou dilúculo) é o instante em que metade do círculo solar está acima do horizonte e o pôr do Sol (crepúsculo ou ocaso) o instante em que o círculo solar se encontra metade abaixo do horizonte. Com esta definição, o dia e a noite durante os equinócios têm igualmente 12 horas de duração.

Primavera!

Podia começar pelo Conselho de Ministros e pelo seu primeiro

(imagem daqui)

Finalmente vamos conhecer bem Mercúrio

Tinha partido há quase sete anos
Sonda Messenger já está na órbita de Mercúrio

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos (Foto: NASA)

A sonda americana Messenger tornou-se esta madrugada o primeiro engenho espacial a instalar-se na órbita de Mercúrio, o planeta mais próximo do sol, anunciou a NASA.

A sonda começou a sua rotação em torno de Mercúrio às 02.00 horas e irá continuar em redor do planeta mais quente do sistema solar durante um ano, indicou a agência espacial norte-americana.

O engenho espacial começou a sua viagem há quase sete anos, tendo já passado em diversas ocasiões nas proximidades de Vénus e de Mercúrio, sem nunca se ter instalado nas suas órbitas.

Os instrumentos a bordo do Messenger serão activados e verificados no dia 23 de Março e no dia 4 de Abril irá começar a fase científica da missão.

O aparelho transporta diversos instrumentos científicos, nomeadamente um sistema de recolha de imagens, um espectrómetro de análise da atmosfera e do sol e um espectrómetro de observação do plasma e das partículas energéticas.

A sonda viajará em torno do planeta a uma altitude mínima de 200 quilómetros, precisou a NASA. Tudo isto acontecerá a cerca de 46 milhões de quilómetros do sol.

A sonda já percorreu cerca de oito mil milhões de quilómetros no espaço desde o seu lançamento, em Agosto de 2004.

in Público - ler notícia

NOTA: a notícia tem um erro crasso - Mercúrio não é planeta mais quente do Sistema Solar...

As últimas do sismo e tsunami do Japão




O PEC IV e o fim de um lamentável governo

 
O bando dos mentirosos empedernidos e compulsivos

Sócrates disse que apresentou as novas medidas do PEC IV primeiro aos portugueses, através da conferência de imprensa de Teixeira dos Santos, antes de as apresentar em Bruxelas.
MENTIRA: a carta de compromisso de José Sócrates com as novas medidas seguiu para Bruxelas no dia 10 de Março e Teixeira dos Santos só falou no dia 11 de manhã (agora andam a dizer que a data da carta não conta, o que além de descarado logro, resulta numa figura caricata, mesmo patética).
Sócrates disse na SIC e repetiu no parlamento que só apresentou em Bruxelas linhas de orientação “negociáveis”.
MENTIRA: na carta que enviou ao BCE e à Comissão Europeia o Governo utiliza sete vezes expressões como “o compromisso do Governo” ou “as autoridades portuguesas comprometeram-se”.
Sócrates disse que a intenção de congelar as pensões mínimas era um equívoco que resultava do mau entendimento das palavras de Teixeira dos Santos
MENTIRA: Para além desse princípio estar muito claro tanto nos documentos distribuídos por Teixeira dos Santos, como na famosa carta enviada a Bruxelas (“the suspension of the application of pension indexation rules yields budgetary savings of 0.2 %GDP”), a verdade é que Teixeira dos Santos nunca desmentiu essa suspensão das pensões, mesmo quando foi directamente confrontado com ela no parlamento. O “equívoco” não passa de uma invenção de António Costa.
Para esta gente vale tudo. E não é só para Sócrates. É para a pandilha toda. Só há solução: uma limpeza total. Recomendo o uso de lixívia, pois as nódoas já estão demasiado entranhadas.

PS. A Agência Lusa, em mais um dos seus habituais fretes ao Governo, veio dizer que a Comissão Europeia tinha contrariado declarações de Paula Teixeira da Cruz baseadas numa notícia do Expresso. Acontece que não contrariou. Primeiro: a data da carta enviada para Bruxelas é mesmo 10 de Março, não 11 de Março. Segundo: o email enviado com a carta chegou ao gabinete de Durão Barroso às 9h54, hora de Lisboa, e a essa hora Teixeira dos Santos não tinha ainda apresentado as medidas aos portugueses, pois a sua conferência de imprensa de dia 11 de Março começou muito atrasada (todas as notícias nas edições on-line têm hora mais tardia, tendo sido sempre colocadas depois das 10h da manhã, mesmo os registos mais breves). A Lusa pretende que uma frase do email de Sócrates - “O Governo português está actualmente a finalizar os seus Programas de Estabilidade e de Reformas Nacionais para apresentar às instituições europeias em Abril” – desmente a alegação de que o plano apresentado em Bruxelas era um compromisso firme quando, se é verdade que esse documento não era o PEC na sua redação final, o relevante é que Sócrates escreveu também, dirigindo a Durão Barroso, que “gostava de partilhar consigo as orientações políticas gerais e medidas que o Governo português se compromete a adoptar para enfrentar os grandes desafios económicos”. Vou repetir: “se compremete a adoptar”. Que eu saiba “comprometer a adoptar” não é amesma coisa que “comprometer a negociar”. Lamentavelmente muitos sites de informação estão a reproduzir acriticamente e acefalamente a notícia da Lusa. 

Ilse Losa nasceu há 98 anos


Ilse Lieblich Losa, escritora portuguesa de origem alemã e de ascendência judaica, nasceu a 20 de Março de 1913, em Bauer, uma cidade perto de Hanover. A primeira infância foi passada com os avós paternos. Frequenta o liceu em Osnabrük e Hildesheim e o Instituto Comercial em Hanover.

Em 1930 está em Londres onde toma conta de crianças durante um ano. De regresso à Alemanha e devido à sua condição de judia é perseguida pela Gestapo e tem de abandonar o seu país, refugiando-se em Portugal onde chega em 1934, radicando-se no Porto. Casa com o arquitecto Arménio Losa e adquire a nacionalidade portuguesa.

A sua obra inclui romances, contos, crónicas, trabalhos pedagógicos e literatura para crianças.

Paralelamente à sua actividade de escritora desenvolveu outras ocupações quer no domínio da tradução, quer como colaboradora em jornais e revistas, alemães e portugueses, de que salientamos o Jornal de Notícias, o Comércio do Porto, o Diário de Notícias, Neue Deutsche Literatur, entre outros.

Ilse Losa está também representada em várias antologias de autores portugueses, tendo ela própria colaborado na organização e tradução de antologias de obras portuguesas publicadas na Alemanha. Traduziu do alemão alguns dos mais consagrados autores.

Em 1984 recebeu o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra para crianças.

Em 1998 recebeu o Grande Prémio de Crónica, da APE (Associação portuguesa de Escritores) por À Flor do Tempo.

Texto daqui

A Rainha Dona Maria I morreu há 195 anos


D.ª Maria I de Portugal (Maria Francisca Isabel Josefa Antónia Gertrudes Rita Joana de Bragança); Lisboa, 17 de Dezembro de 1734 - Rio de Janeiro, 20 de Março de 1816) foi rainha de Portugal de 24 de Março de 1777 a 20 de Março de 1816. Jaz na Basílica da Estrela, em Lisboa, para onde foi transladada. Foi rainha de Portugal entre 1777 e 1816, sucedendo ao seu pai, o rei José I. D. Maria foi ainda princesa do Brasil, princesa da Beira e duquesa de Bragança.

Primavera - voltarão as obscuras andorinas?


Volverán las oscuras golondrinas

Volverán las oscuras golondrinas
en tu balcón sus nidos a colgar,
y otra vez con el ala a sus cristales,
jugando llamarán;

pero aquellas que el vuelo refrenaban
tu hermosura y mi dicha al contemplar;
aquellas que aprendieron nuestros nombres,
esas... ¡no volverán!

Volverán las tupidas madreselvas
de tu jardín las tapias a escalar,
y otra vez a la tarde, aun mas hermosas,
sus flores abrirán;

pero aquellas cuajadas de rocío,
cuyas gotas mirábamos temblar
y caer, como lágrimas del día...
esas... ¡no volverán!

Volverán del amor en tus oídos
las palabras ardientes a sonar;
tu corazón, de su profundo sueño
tal vez despertará;

pero mudo y absorto y de rodillas
como se adora a Dios ante su altar,
como yo te he querido... desengáñate,
¡así no te querrán!

Gustavo Adolfo Becquer (1836-1870)

NOTA: outra versão:

Um poema para um melhor país - VIII

(imagem daqui)

SONETO IMPERFEITO DA CAMINHADA PERFEITA

Já não há mordaças, nem ameaças, nem algemas
que possam perturbar a nossa caminhada,
em que os poetas são os próprios versos dos poemas
e onde cada poema é uma bandeira desfraldada.

Ninguém fala em parar ou regressar.
Ninguém teme as mordaças ou algemas.
- O braço que bater há-de cansar
e os poetas são os próprios versos dos poemas.

Versos brandos...Ninguém mos peça agora.
Eu já não me pertenço: Sou da Hora.
E não há mordaças, nem ameaças, nem algemas

que possam perturbar a nossa caminhada,
onde cada poema é uma bandeira desfraldada
e os poetas são os próprios versos dos poemas.


in Passagem de Nível - Sidónio Muralha

sábado, março 19, 2011

Um patético estertor de um governo já em decomposição

(imagem daqui)




É preciso abrir as janelas para deixar sair o ar contaminado


Ao fim de seis anos o país não está só economicamente arruinado, começa também a estar moralmente corrompido

Primeiro que tudo é bom sabermos onde estamos. E onde estamos é simples de definir: não há memória de um governo ter conduzido o país a uma situação tão desesperada. Nunca, nos últimos 160 anos, a dívida pública, em percentagem do PIB, foi tão elevada. E a dívida externa é a maior dos últimos 120 anos, isto é, a maior desde que o país declarou bancarrota em 1892. Nunca, nos últimos 80 anos, o crescimento potencial da economia foi tão baixo (temos de regressar aos anos da I Guerra para vermos números tão maus). Nunca o desemprego foi tão elevado, nunca houve tantos desempregados de longa duração, nem tantos desempregados qualificados. E desde o início da década de 1970 que não se emigrava tanto, e só o rápido aumento do número dos que abandonam Portugal tem evitado uma taxa de desemprego ainda mais estrastrosférica. Tudo isto sucede depois de vários anos a divergir, de novo, da Europa e de, na “década perdida” de 2000-2010, Portugal ter sido o terceiro país do mundo crescer menos.

Convém ter estes dados bem presentes sempre que nos vêm com a ladainha da “crise internacional”: esta só agravou o que já estava muito mal, esta só permitiu a acumulação de novos erros (como os dos orçamentos eleitoralistas de 2008 e 2009). É por isso que, ao contrário do que sugere José Sócrates (repetiu-o na entrevista à SIC), não é verdade que “o que se passa no nosso país passa-se nos outros países europeus”, pois não há dificuldades semelhantes na Alemanha, na Holanda, na Áustria, na Dinamarca, na Suécia. A situação de Portugal só tem comparação com a da Grécia, em parte com a da Irlanda, e lá, como cá, tem a mesma justificação: governos irresponsáveis que fragilizaram os respectivos países ao ponto de estes ficarem à beira da bancarrota, quando estalou a crise internacional. Mas se esta não tivesse chegado, as crises grega, irlandesa e portuguesa não deixariam de ocorrer: estavam escritas nas estrelas da desgovernação.

O facto de existirem governos maus ou muito maus não é, em democracia, razão suficiente para se interromperem ciclos políticos. Mas já é se esses governos colocarem em causa aquilo que a nossa Constituição define como “regular funcionamento das instituições”. Ora Portugal foi conduzido a um desses impasses por obra e graça da actual maioria e do seu chefe, um José Sócrates que tem da democracia uma visão instrumental em tudo semelhante à dos líderes autoritários. Isso voltou a ficar patente nos últimos dias, em que construiu mais uma teia de mentiras e de logros que um PS amestrado se tem apressado a repetir.

A primeira mentira é que Portugal não precisa de ajuda externa. Não só precisa, como já está a recebê-la. Se não fosse o Banco Central Europeu a emprestar aos bancos portugueses, estes já teriam secado. Se o mesmo BCE não tivesse andado a comprar títulos da dívida portuguesa no mercado secundário, esta não estaria entre os sete e os oito por cento, mas muito acima, talvez acima da Irlanda.

A segunda mentira é que Portugal não negociou o apoio externo, porque não o pediu. Na verdade, foi exactamente isso que o Governo português esteve a fazer nas últimas semanas, e, se não chegaram a Lisboa os senhores do FMI, estiveram por aí técnicos da Comissão Europeia e do BCE. Foram-se esses técnicos que se foram embora poucas horas antes de Teixeira dos Santos anunciar o PEC IV.

A terceira mentira é que Portugal decidiu “antecipar-se” e apresentar o PEC IV na cimeira de sexta-feira. Não foi isso que aconteceu. O que aconteceu foi que a missão da Comissão e do BCE detectaram um buraco nas contas de 2011 e preparavam-se para o reportar ao Eurogrupo. Foi para evitar que isso sucedesse que Sócrates se precipitou. Tudo porque, como reconheceu na SIC, os cenários macroeconómicos do Banco de Portugal, do BCE e da Comissão “não eram tão bons” como os do Governo. Pois não: eram apenas realistas.

A quarta mentira é que o Governo está disposto a negociar as medidas, tal como esteve disposto a negociar uma coligação em 2009. Só que o que então foi uma farsa encenada é agora uma tragédia pontuada por proclamações grandiloquentes. Sócrates não quis negociar nessa altura, como tentou sabotar a negociação do Orçamento do Estado, como não quer negociar agora. Primeiro porque, como se assinala nos telegramas do WikiLeaks, não sabe partilhar o poder, nem sabe negociar. Depois, porque não suportaria ter de voltar a ceder ao PSD e ver este partido reivindicar pequenas vitórias. Finalmente, porque teme que por cada semana que passe seja maior a irritação do eleitorado e maior o futuro desastre eleitoral. Como sempre, é calculista.

A quinta mentira é que Portugal ficaria pior, se recorresse formalmente à ajuda externa. Porém, não ficaria pior nos juros que é obrigado a pagar, pois tanto a Grécia como a Irlanda já estão a pagar juros mais baixos. Também não é certo que ficasse pior nas medidas a tomar, pois Portugal já adoptou um ritmo de consolidação orçamental mais rápido do que o exigido a esses países. Por fim é até provável que ficasse melhor, pois não andaria de PEC em PEC e teria uma política mais coerente e não feita de ilusões entremeadas com sobressaltos.

A sexta e maior mentira de todas é a de que o nosso problema é a confiança dos mercados. Não é: o nosso maior problema é a incapacidade da nossa economia de crescer. Os mercados pedem juros mais elevados porque sabem que, continuando a crescer ao ritmo anémico da última década, Portugal não terá qualquer hipótese de pagar os juros da dívida, quanto mais de começar a amortizá-la. Os mercados sabem que emprestar a Portugal é muito mais arriscado do que emprestar à Alemanha, ou à Holanda, ou à República Checa, e não custa perceber porquê.



Pode-se viver muito tempo com mentiras destas, se elas não significarem o sistemático torpedear do funcionamento da democracia. Ora sucede que, para José Sócrates, a democracia não é o que devia ser – “regras que estabelecem como chegar à decisão política e não o que decidir”, como escreveu Norberto Bobbio -, antes uma formalidade com que o seu formidável ego tem de transigir. As manobras dos últimos dias são apenas os mais recentes atropelos ao normal convívio institucional e tão-somente mais uma demonstração de que, nele, nunca é possível confiar. Não é possível selar um acordo com um aperto de mão, porque no minuto seguinte já o está a trair. Não é possível estabelecer princípios comuns, porque não tem princípios. Não é possível conversar porque só sabe gritar, uma sua especialidade parlamentar.

Nas últimas semanas têm-se sucedido situações que, só por si, teriam feito cair ministros, desde o episódio dos cartões únicos no dia das eleições até às condições em que a mulher do ministro da Justiça viu serem-lhe pagos, pelo ministério, 72 mil euros, passando por uma demissão por razões de perseguição política numa direcção regional do Ministério da Educação. Mas com Sócrates nada se passa. Há muito que, fiéis seguidores do “chefe”, os seus ajudantes perderam qualquer noção de ética. E o pior é que esta degradação dos costumes políticos parece contaminar o país, onde já ninguém se indigna ou sobressalta.

Ao fim de seis anos o país não está só economicamente de pantanas – começa a estar moralmente corroído, começa a achar normal o que é anormal, começa a tolerar, ou mesmo a compreender e a justificar, comportamentos que qualquer democracia adulta rejeitaria com indignação. O estilo de Sócrates, a sua “combatividade” sem regras nem princípios, é a projecção no terreno da política dos métodos do projectista da Guarda, do licenciado da Independente e do ministro do Freeport. É um estilo que contamina tudo em redor e reduz a discussão pública às dicotomias tipicamente caudilhistas do “ou eu ou o caos”.

É também por isso que, esgotada qualquer legitimidade, cortadas por vontade própria todas as pontes, a política portuguesa necessita de abrir as janelas e permitir a renovação do ar contaminado. Ao contrário do que parece conveniente dizer, nem todos são iguais e nem Sócrates é apenas mais um “entre eles”. Tem de se regressar a uma política mais respirável, a um espaço público menos condicionado por jogadas baixas e jogos de spin, mas os tempos de crispação que vivemos só se ultrapassam removendo a infecção. Como no PS só Mário Soares parece ainda vivo, o acto higiénico passa por dar a voz aos eleitores. Todo o tempo que passar até lá é tempo perdido. 

in Blasfémias - post de jmf  (originalmente no Público)

A Lua Cheia (só) um bocadinho maior...

Astronomia
Lua cheia de sábado à noite vai ser a maior dos últimos 18 anos

A Lua vais estar 30 por cento mais brilhante

A Lua cheia de sábado à noite vai estar especialmente grande. Tão grande que se pode chamar de uma super Lua. Uma conjugação de acontecimentos astronómicos, que não ocorriam desde Março de 1993, vão proporcionar uma Lua 14 por cento maior e 30 por cento mais brilhante.

“A última Lua cheia tão grande e próxima da Terra foi em Março de 1993”, disse à NASA Geoff Chester, do Observatório Naval dos Estados Unidos, em Washington DC. “Eu diria que vale a pena dar uma olhadela.”

A explicação para este fenómeno deve-se à órbita da Lua à volta da Terra. Este movimento é elíptico. Ao longo desta órbita o satélite não está sempre à mesma distância do nosso planeta.

Em média, quando a Lua está mais próxima da Terra está a cerca de 363 mil quilómetros. Este ponto chama-se perigeu. Quando está mais longe, está a cerca de 405 mil quilómetros, o apogeu da Lua. No perigeu, o astro está mais próximo de nós cerca de 42 mil quilómetros. Visto da Terra parece 14 por cento maior.

A Lua completa a sua órbita mais ou menos a cada mês. Amanhã a Lua vai estar no seu perigeu ao mesmo tempo que é Lua cheia. O que é raro, acontece uma vez em cada 18 anos. A distância exacta da Terra à Lua durante a madrugada de domingo será de apenas 356 mil quilómetros.

A única consequência desta aproximação vai ser um aumento de centímetros das marés cheias e uma diminuição de alguns centímetros durante as marés baixas. Não há mais nenhum risco acrescido.

A NASA recomenda as pessoas a olharem para o astro durante o nascer da Lua. Por motivos que ainda não são totalmente compreendidos pelos astrónomos, mas que envolvem algum tipo de ilusão visual, durante o nascimento a Lua parece especialmente maior.

Amanhã, em Portugal continental, o satélite vai nascer às 18h52, cerca de 40 minutos depois de ter atingido a Lua cheia. Vai pôr-se na madrugada de domingo, às 6h39.



Nota: a diferença é tão pouca quem não se vai notar NADA...

Arthur C. Clarke morreu há 3 anos

 Sir Arthur Charles Clarke, mais conhecido como Arthur C. Clarke (Minehead, 16 de Dezembro de 1917 - Colombo, 19 de Março de 2008) foi um escritor e inventor britânico, autor de obras de divulgação científica e de ficção científica como o conto The Sentinel, que deu origem ao filme 2001: Uma Odisséia no Espaço e o premiado Encontro com Rama.

(...)

Desde pequeno mostrou sua fascinação pela astronomia, a ponto de, utilizando um telescópio caseiro, desenhar um mapa da Lua. Durante a Segunda Guerra Mundial, serviu na Royal Air Force (Força Aérea Real britânica) como especialista em radares, envolvendo-se no desenvolvimento de um sistema de defesa por radar, sendo uma peça importante do êxito na batalha da Inglaterra. Depois, estudou Física e Matemática no King's College de Londres.
Talvez sua contribuição de maior importância seja o conceito de satélite geoestacionário como futura ferramenta para desenvolver as telecomunicações. Ele propôs essa ideia em um artigo científico intitulado "Can Rocket Stations Give Worldwide Radio Coverage?", publicado na revista Wireless World em Outubro de 1945. A órbita geoestacionária também é conhecida, desde então, como órbita Clarke.
Em 1956 mudou a sua residência para Colombo, no Sri Lanka (antigo Ceilão), em parte devido a seu interesse pela fotografia e exploração submarina, onde permaneceu até à sua morte em 2008.
Teve dois de seus romances levados ao cinema, 2001: Odisseia no Espaço dirigido por Stanley Kubrick (1968) e 2010: O Ano do Contacto dirigido por Peter Hyams (1984), sendo o primeiro considerado um ícone tão importante da ficção científica mundial que especialistas lhe atribuem forte influência sobre a maioria dos filmes do género que lhe sucederam.
Também em reconhecimento a Clarke, o asteróide 4923 foi batizado com seu nome, assim como uma espécie de dinossauro Ceratopsiano, o Serendipaceratops arthurclarkei, descoberto em Inverloch, Austrália.

Um poema para um melhor país - VII


(imagem daqui)


Sonâmbulo


XXXVI

Vive em cada minuto
a tua eternidade
- sem luto
nem saudade.

Vive-a, pleno e forte,
num frenesim
de arremesso.

Para que a tua morte
seja sempre um fim
e nunca um começo.

in Poesia II - José Gomes Ferreira