Durante 12 anos foi
advogado em
Lisboa, até optar exclusivamente pelo jornalismo, em finais da década de
80.
Em
1989 participou na fundação da revista semanal
Grande Reportagem. Foi director da versão trimestral, entre
1990 e
1991, e da versão mensal, iniciada em outubro de
1991, e onde se manteve no cargo até
1999. Antes, em
1989, fora escolhido para diretor da revista
Sábado, fundada por
Pedro Santana Lopes e
Rui Gomes da Silva, mas abandonara o cargo ao fim de alguns meses, devido à instabilidade interna da revista
.
Na
SIC, a partir da década de
1990, apresentou
Terça à Noite, um debate com
António Barreto e
Pacheco Pereira, emitido de
1993 a
1995, ao mesmo tempo que, em
1994, apresentou
20 anos, 20 nomes, uma série de 20 entrevistas, assinalando os 20 anos do golpe de
25 de abril de 1974, com protagonistas da história portuguesa recente. De
1995 a
1998 apresentou ainda na
SIC, com
Margarida Marante, o programa sobre atualidade política
Crossfire. Chegou também, na década de
90, e por um curto período, a apresentar, aos domingos, o
Jornal da Noite.
Em
1998 Sousa Tavares terá sido convidado para o cargo de diretor-geral da
RTP, que afirma ter recusado
.
Em
2010 regressou à
SIC, com
Sinais de Fogo, um programa semanal de comentário político. Atualmente, desde
2011, é comentador residente, na mesma estação, às terças-feiras, no
Jornal da Noite.
Desde os anos
90 Miguel Sousa Tavares publica crónicas em jornais. Começou em
1990, no
Público, onde assinou uma coluna semanal durante 12 anos consecutivos, até
2002. Entretanto, estendeu a sua colaboração ao desportivo
A Bola, à revista
Máxima e ao informativo
online Diário Digital. Atualmente é colunista semanal do jornal
Expresso e mantém-se n'
A Bola, onde se evidencia como adepto do
Futebol Clube do Porto.
A par do jornalismo, Sousa Tavares revelou-se na escrita, quer como cronista quer como romancista. Das suas incursões literárias resultam compilações de crónicas (sobretudo acerca de política e viagens), romances, livros de contos e uma história infantil. O seu romance
Equador, editado em
2004, foi um
best-seller, estando traduzido em mais de uma dezena de línguas estrangeiras.
Rio das Flores, o seu romance seguinte, lançado em
2007, teve uma primeira tiragem de 100 mil exemplares.
Não sendo filiado em nenhum partido político, ao contrário dos seus pais —
Francisco Sousa Tavares foi do
Partido Popular Monárquico e, mais tarde, deputada pelo
Partido Socialista à
Assembleia Constituinte, saindo depois e passando para o
Partido Social Democrata, e
Sophia foi deputada pelo
Partido Socialista à
Assembleia Constituinte —, Miguel Sousa Tavares participou alguns movimentos cívicos, em ocasiões esporádicas. Em
1998, na oposição à regionalização administrativa, integrou a direção do Movimento Portugal Único, defensor do «não» no referendo lançado pelo governo de
António Guterres sob proposta de
Marcelo Rebelo de Sousa; e em
2009 foi uma das principais vozes na contestação ao prolongamento do terminal de contentores de
Alcântara, numa concessão polémica do executivo camarário de
António Costa à construtora
Mota Engil, quando esta tinha como administrador o também socialista
Jorge Coelho.