segunda-feira, maio 24, 2010

Hoje é dia dos Açores!


Segunda-feira do Espírito Santo
Dia dos Açores celebrado na mais pequena ilha da região

Os Açores celebram amanhã, segunda-feira do Espírito Santo, o Dia da Região Autónoma, instituído há 20 anos pela respectiva Assembleia Legislativa em 1980. O 24 de Maio, observado em toda a Região como feriado regional, celebra a “afirmação da identidade dos açorianos, da sua filosofia de vida e da sua unidade regional”, consideradas “base e justificação da autonomia política que lhes foi reconhecida e que orgulhosamente exercitam”.


Com uma das maiores taxas de crescimento do país e a menor de desemprego do país, os Açores regista uma incidência importante do Rendimento Social de Inserção. “Já não somos a região mais pobre do país, como éramos em 96, mais ainda estamos a 89 por cento da média nacional”, frisa o presidente do governo regional, Carlos César.

“Não vivemos no paraíso, temos dificuldades. Os Açores têm feito um percurso ascensional mas ainda não estão na média nacional e comunitária em muitos indicadores económicos e sociais relevantes. Mas temos algumas diferenças: desde logo uma dívida pública correspondente a 9,3 por cento do PIB, graças a uma condução muito responsável das finanças públicas e uma atenção muito cuidada à dimensão da despesa. A dívida indirecta da região é cinco vezes inferior à da Madeira”, acrescenta o governante que, no discurso a proferir hoje, deverá reiterar o contributo da região para o equilíbrio das finanças do Estado.

As celebrações oficiais, promovidas conjuntamente pelo parlamento e pelo governo regionais, têm este ano lugar no Corvo, a mais pequena ilha do arquipélago a que corresponde um município com 425 habitantes, o único dos concelhos do país que não tem qualquer freguesia.

Na sessão comemorativa serão agraciados com as insígnias honoríficas açorianas a 30 personalidades e uma empresa local, a Fábrica de Chá Gorreana. Atribuídas desde 2007, estas condecorações foram instituídas em 2002 com o objectivo de prestar homenagem a pessoas singulares ou colectivas que, em múltiplas vertentes da sua actuação e em actos com os mais diversos enquadramentos, se hajam distinguido em benefício da comunidade e na valorização dos Açores.

Pela primeira vez a lista dos condecorados não foi aprovada por unanimidade pela assembleia regional, registando um voto contra do deputado regional do PPM, Paulo Estêvão. O também líder nacional monárquico discordou da atribuição, a título póstumo, da Insígnia Autonómica de Valor, a mais importante das distinções, aos antigos Presidentes da República Manuel de Arriaga e Teófilo Braga, ambos naturais dos Açores, o primeiro do Faial e o segundo de S. Miguel. "Não podemos concordar com a condecoração destas duas figuras, que ficaram ligadas à ditadura que foi a Primeira República", justificou o deputado.

Os Açores assumem este ano o galardão de Região Europeia do Ano 2010, tendo o chefe do executivo, Carlos César, sido eleito na passada sexta-feira, por unanimidade, presidente da Comissão das Ilhas da Conferência das Regiões Periféricas Marítimas da Europa (CRPM). A mais antiga comissão geográfica da CRPM agrega os governos de 24 regiões insulares europeias, representando um total de cerca de 13,5 milhões de cidadãos do Chipre, Dinamarca, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Itália, Malta, Espanha, Suécia, Reino Unido e Portugal.


NOTA: sugere-se ainda, para melhor entendimento, a leitura do artigo da Wikipédia sobre o Dia dos Açores...

domingo, maio 23, 2010

Convite para apresentação de livro em Alcobaça


Um amigo (o Doutor - em História - António Maduro) apresenta o seu último livro no primeiro sábado de Junho, em Alcobaça.

Aqui fica a referência e o convite - até porque temos leitores nessa cidade...

O princípio do fim do Eduquês?

Texto de Guilherme Valente publicado no "Público" de hoje (versão ligeiramente ampliada, publicada no Blog De Rerum Natura):

Demoraram, mas são boas notícias! Afinal o doutor Daniel Sampaio (tem nome e respeito-o) também é um crítico do eduquês (ver Pública, 16/5/10). Apesar de se tratar, como escreve DS, de um grupo de intelectuais, cujo nome não refere, que «´sabem`tudo sobre a escola», da «pressa crítica» que diz terem, do seu «discurso pessimista», do «narcisismo solitário e redutor das suas opiniões», «de se considerarem os únicos que têm razão», DS partilha, afinal, críticas que fazem ao eduquês. E isso é que importante! E vão aparecer mais. Não é novo na História. Pressinto que no final irá restar apenas a doutora Ana Benavente. Um mérito dela, talvez. «Sê tu próprio», exortava-se na Grécia Clássica.

O resto do que DS escreve, sem conseguir iludir quem conheça o pensamento e a acção do tal grupo de intelectuais cujos nomes DS omite, é irrelevante e será, porventura, do foro das afecções que os psicólogos costumam resolver. Os médicos não estão imunes à doença.

Apenas umas breves notas sobre contradições e erros mais gritantes:

DS afirma estar com os professores, mas umas linhas antes atribuíra a responsabilidade da indisciplina às «hesitações dos docentes» (com amigos assim…). Porém, em breve também nisso irá concordar connosco: na forma, no grau, na generalização como se manifesta, a indisciplina é um produto do eduquês. É mesmo um instrumento ao serviço do seu projecto insensato. Uma táctica que também não é nova na História. Esta é, digamos, a «causa formal». A «causa eficiente» é a desvalorização do papel do professor, a sua desautorização, o seu desprestígio aos olhos dos alunos, dos pais e da sociedade, perpretados pelo Ministério e os seus «especialistas» Tudo ligado à desvalorização relativista do conhecimento e da sua transmissão, ao facilitismo, enfim.

Como pode haver disciplina se defendem e impõem que se aprenda a brincar? Se vêem a indisciplina e, por isso, a suscitam, como revelação desejável de traumas e ressentimentos sociais? A verdade é que o sentido do bem e do mal, a inteligência, o sentimento e o juízo de justiça, não são qualidades sociais ou de riqueza, são qualidades humanas, que os pobres também têm. As crianças e os jovens não são insectos, como o eduquês as trata.

Estar ao lado dos professores é promover as condições para o ensino de qualidade que os realiza e dignifica. Pergunte-se aos professores.

E mais: não se percebe se DS reprova ou não a tolice ou o expediente das «competências»; se acha bem a «escola exigente, organizada e geradora de conhecimento e de progresso» (transmissora de conhecimento, precise-se).

Fala ainda na «exigente burocracia ministerial» - está a louvar ou a criticar a burocracia? -- que «fez com que predominasse o pessimismo». Não se percebe aonde quer chegar. E -- fantástico, mesmo que seja tão tarde -- afirma que a «a escola deve garantir um mínimo de conhecimentos que possibilite aos jovens que não pretendem continuar a estudar a aprendizagem de um ofício que lhes permita um percurso de autonomia digna». Ora, os tais intelectuais «narcisistas» não se têm cansado de propor isso desde há muitos anos (DS esteve ausente no estrangeiro?), mas de modo muito claro e coerente: uma via técnica-profissional, com dignidade, qualidade e exigência iguais às da via de acesso ao ensino superior, oferecida aos jovens por iniciativa e com o apoio criterioso das escolas, a tempo de evitar o abandono, as retenções, ou os diplomas mentirosos que não correspondem a qualificação nenhuma. Uma via como existe, por exemplo, na Finlândia, sendo ali frequentada, aliás, pela maioria dos estudantes. A Finlândia, que gostam tanto de citar, mas citam quase sempre erradamente.

DS acusa esses intelectuais «redutores» de não apresentarem soluções. Não têm feito outra coisa se não sugerir soluções, desde logo mostrando o que é o eduquês . DS escreve como se fosse ele a ter proposto os exames sérios e universais e as vias técnico-profissionais, que agora diz defender.

E que soluções avança DS? Repare-se na solução que dá para a indisciplina: «A disciplina só será alcançada com um esforço conjunto dos professores, alunos, e pais». E o Ministério? Pensei que acrescentaria: colocando os alunos e os pais no mesmo plano dos professores… Como se os alunos fossem iguais aos professores, mas não.

Um ensino «que inclui», diz DS? Com 40% de abandono escolar? Ouvi o Senhor Primeiro Ministro falar em 30% (deve continuar a ser, portanto, mais de 40%), como se isso, tanto quanto percebi, fosse um êxito. E com que qualificações reais sai do sistema a maioria dos que não o abandonam? Não conheço hoje na Europa sistema de ensino que produza mais exclusão do que este do eduquês.

Atente-se na irresponsabilidade mais gritante: a aprendizagem da leitura e da escrita, os níveis de «iliteracia», palavra importada para evitar o termo português que toda a gente perceberia: analfabetismo funcional. Segundo o estudo comparativo mais recente, um estudo oficial, muito eduquês, aliás, na trapalhada nada inocente do seu conteúdo e da sua escrita iletrada, a percentagem de iliteracia (na verdade puro e simples analfabetismo, perguntem aos docentes) é em Portugal de 60%!!! Num País em que o analfabetismo é desde sempre a grande chaga, não seria a alfabetização real do País o grande desafio a empreender e a estar há muito vencido?

Continuo a pensar que o Primeiro-Ministro quis enfrentar o problema, como indica o facto de terem sido anunciadas algumas medidas acertadas, que há muito vínhamos propondo. Mas foram logo neutralizadas na sua concretização. Veja-se, por exemplo, o que aconteceu com a avaliação: inventou-se um modelo absurdo, impraticável. Provavelmente para distrair o País do essencial.

Fez-se muito, diz o doutor DS. Não fez. Fez-se apenas o que a mudança dos tempos impôs.

Não se aproveita nada? Não, não se aproveita nada. Quando não se consegue o mínimo, é preciso varrer tudo. Ou melhor, aproveita-se apenas a resistência de grandes professores, as suas práticas, o seu exemplo.

Grandes professores que resistem e continuam a salvar muitos alunos. Estive com Professores assim, recentemente, numa escola pública da Caparica, com professores e alunos que todos os dias enfrentam e vencem o delírio ou a insensatez do eduquês imposto pelo Ministério.

Tenho procurado explicar a natureza do eduquês, a essência do problema da educação em Portugal. Natureza que por ser impensável poucos compreenderam. E o eduquês pôde, assim, ocupar o sistema educativo, dominar as escolas de formação de professores, impor a ideologia e as teorias educativas que têm impedido a construção da escola que é imperativa para o progresso do País. Quando acabará o delírio ou a insensatez? Quem pára a besta?

Pessimista é quem desiste de lutar, quem se cala perante o mal, acabando, assim, por servi-lo. «Pessimistas», «redutores», «narcisistas», hoje os adjectivos são outros, mas o método velhíssimo. Argumentos, venham os argumentos e os factos.

Guilherme Valente

Encontro de Saberes em Freixial (Leiria) - Plantas Aromáticas e Medicinais

IV ENCONTRO DE SABERES

PLANTAS AROMÁTICAS E MEDICINAIS


O Museu Etnográfico do Freixial leva a efeito, no próximo dia 29 de Maio de 2010, sábado, a partir das 14.00 horas, o IV Encontro de Saberes, subordinado ao tema “Plantas Aromáticas e Medicinais”, a ter lugar nas instalações do auditório do Rancho Folclórico do Freixial.

Com este encontro, pretende-se facultar uma partilha de saberes relativos ao uso das várias plantas, quer na culinária, quer para uso terapêutico, aliando os conhecimentos mais antigos aos mais modernos.

A iniciativa, desenvolvida no âmbito das comemorações do Ano Internacional da Diversidade Biológica, conta com a participação de especialistas, como António Flor, do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros – PNSAC e José Barraca, investigador em matéria de plantas aromáticas e medicinais.

As inscrições são gratuitas e podem ser efectuadas até ao próximo dia 26 de Maio, através do telefone: 244 745 600 ou do telemóvel: 917 335 019. A confirmação pode ser também remetida por fax (244 745 600), por e-mail (rffmuseu@gmail.com) ou por carta endereçada ao Museu Etnográfico do Freixial.

Façam a divulgação deste Encontro e compareçam se puderem, pois parece muito interessante...

Museu Etnográfico do Freixial
Rua da Ratôa, n.º 9
Freixial – Arrabal – Leiria
2420-023 ARRABAL
Tel. & Fax: 244 745 600
E-mail: rffmuseu@gmail.com

Ficheiros
:

ADENDA: para que não vos falte nada, caros leitores, aqui fica a localização do Museu Etnográfico do Freixial (perto da Autoestrada do Norte, na freguesia de Arrabal):


View Larger Map

Geoconservação - visualização do programa da RTP 2

Via mailing list da GEOPOR (com os nossos agradecimentos ao Doutor Pedro Proença e Cunha):

Para quem não tenha tido oportunidade de ver na RTP2 o programa que a Universidade Aberta produziu sobre Geoconservação, aqui vai o link:

ADENDA: novo local onde se pode ver o respetivo filme:

V Jornadas de Paleontologia de Dinossauros

Reproduzimos o post do Doutor Octávio Mateus, no Blog Lusodinos, sobre um congresso espanhol sobre Dinossáurios:

V Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno



Del 16 al 18 de septiembre de 2010 se celebrará en Salas de los Infantes (Burgos, España) la quinta edición de las Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno.
Ya está disponible la segunda circular en la que hay incluida más información sobre la organización, el lugar del evento, el programa provisional, la preinscripción o los pagos de tasas.
En esta quinta edición se cuenta con importantes conferenciantes a nivel internacional, como:

Dra. Dª Else Mari Friss, Swedish Museum of Natural History

D. Greg Paul, Independent palaeontologist and paleoartist

Dr. D. James Farlow, Indiana University- Purdue University Fort Wayne

Dr. D. Joaquín Moratalla, Instituto Geológico y Minero de España

Dr. D. José Luis Barco, Paleoymás

Dr. D. Octavio Mateus, Universidade Nova de Lisboa

Dr. D. Paul Upchurch, University Collage London

Dr. D. Rofolfo Coria, CONICET, Museo Carmen Funes, Argentina

Toda la información en el blog creado para las V Jornadas Internacionales de Paleontología de Dinosaurios y su Entorno

sábado, maio 22, 2010

Hoje somos todos do Inter...

...porque temos orgulho num homem que é português e não nos envergonha. É duro mas é justo, é orgulhoso mas tem motivos reais para tal, é aparentemente convencido mas trabalhou muito (sem ser numa Jota partidária qualquer...) para chegar onde chegou.

Neste momento em que o país chegou a um ponto de quase bancarrota, telecomandado por uma pseudo-elite política que se serviu do poder para usar os grupos económicos (ou foi ao contrário...?!?) e que nos pôs de rastos, há que reconhecer um português que soube fazer tudo bem. Pois, sendo um medíocre jogador, começou por fazer boa formação, aceitou a tarimba de tradutor e adjunto, de passar por um clube pequeno até chegar ao topo - e isto sem falsificações, faxes, aldrabices, cunhas ou telefonemas de amigos...

Poesia para celebrar o Dia Internacional da Biodiversidade

Jardim perdido

Jardim em flor, jardim de impossessão,
Transbordante de imagens mas informe,
Em ti se dissolveu o mundo enorme,
Carregado de amor e solidão.

A verdura das árvores ardia,
O vermelho das rosas transbordava
Alucinado cada ser subia
Num tumulto em que tudo germinava.

A luz trazia em si a agitação
De paraísos, deuses e de infernos,
E os instantes em ti eram eternos
De possibilidades e suspensão.

Mas cada gesto em ti se quebrou, denso
Dum gesto mais profundo em si contido,
Pois trazias em ti sempre suspenso
Outro jardim possível e perdido.

in Poesia (1944) - Sophia de Mello Breyner Andresen

sexta-feira, maio 21, 2010

Mestrado em Património Geológico e Geoconservação

(clicar para aumentar)

Informam-se os eventuais interessados que as candidaturas à 6ª edição do Mestrado em Património Geológico e Geoconservação da Universidade do Minho se iniciam a 24 de Maio de 2010.

Todas as informações em: http://www.dct.uminho.pt/mest/pgg

Praia da Pedra do Ouro

Comecei hoje uma Acção de Formação (HISTÓRIA GEOLÓGICA E GEOLOGIA NA HISTÓRIA - ROTEIROS GEOLÓGICOS,  já por nós aqui anteriormente referenciada). Amanhã começamos, às 10.00 horas na Praia da Pedra do Ouro - mais exactamente aqui:


View Larger Map

Welcome to the Future

Biologia: bactéria totalmente comandada por ADN sintético reproduziu-se
Nasceu a primeira forma de vida artificial 


As primeiras células sintéticas pareciam diminutos ovos estrelados azuis


Uma bactéria, comandada por uma molécula de ADN sintético, conseguiu reproduzir-se da forma mais natural. O resultado, publicado na revista Science, tem aplicações e implicações – científicas e filosóficas – ainda em grande parte desconhecidas


Na fotografia, as células, com uns 70 micrómetros de diâmetro, parecem diminutos ovos estrelados com a gema azul. Graças a isso, sabemos que não estamos a olhar para uns microrganismos quaisquer, mas para as bactérias criadas por cientistas no laboratório. Vida artificial, fabricada de raiz num pratinho de vidro, a partir dos seus componentes genéticos elementares.

A nova bactéria foi feita “a partir de quatro frascos de compostos químicos”, gosta de repetir Craig Venter nas entrevistas que tem concedido à imprensa (sob embargo) nos últimos dias. Com os seus colegas, o conhecido “caça-genes” norte-americano acaba de inaugurar oficialmente a “era da biologia sintética”. Cada um desses quatro “frascos”, entenda-se, contém uma das "letras" do "alfabeto" com que se escreve o ADN – A, T, G, C –, as moléculas de base que compõem esse grande livro da vida genético.

A equipa do J. Craig Venter Institute, EUA, já tinha anunciado várias vezes o que vinha aí. Mas na realidade, a sua saga, que começou há mais de 15 anos e custou 40 milhões de dólares, foi pautada, sobretudo desde 2007, por episódios muito excitantes – e também por obstáculos que fizeram os autores temer o fracasso. “Demorou muito mais tempo do que poderíamos ter imaginado”, salienta Venter.

Mas já está – e o nascimento desta primeira forma de vida artificial ficará registado para a posteridade nas páginas da edição de sexta-feira da revista Science (e na Web, desde hoje). “Esta é a primeira célula sintética jamais fabricada”, afirma Venter, “e dizemos que é sintética porque a célula é totalmente derivada de um cromossoma sintético.”

Peças de lego

Em 2007, a equipa mostrou que era possível transplantar o genoma de bactérias de uma espécie para bactérias de outra espécie semelhante e fazer com que a segunda mudasse de espécie, adquirindo a da primeira – isto é, trocasse a sua própria identidade pela do seu novo ADN. No ano seguinte, conseguiram sintetizar na íntegra o genoma de uma bactéria.

Bastava agora, para criar um ser vivo artificial, combinar as duas coisas. Assim obter-se-ia uma bactéria cujo ADN fora retirado e substituído por um ADN diferente – e desta vez, completamente fabricado pelos cientistas. Esperava-se que esta bactéria se comportasse como um ser vivo natural, usando o ADN sintético como património genético para se reproduzir.

Uma primeira dificuldade técnica foi simplesmente o facto de não existir tecnologia que permita construir moléculas do tamanho do ADN, composto pelo encadeamento de centenas de milhares de pares de bases A, T, G, C. Ora, o ADN da bactéria utilizada nas experiências, Mycoplasma mycoides, contém mais de um milhão de pares de bases.

Os cientistas começaram por comprar a uma empresa especializada os cerca de 1000 bocadinhos, cada um com uns 1000 pares de bases, que constituem esse ADN bacteriano. Recorda Venter: “Foi como ter uma caixa de peças de lego e ter de as montar.”

Introduziram as peças dentro de leveduras (uma máquina natural de desfiar ADN) e obtiveram peças mais extensas; a seguir, introduziram-nas dentro de bactérias Escherischia coli e sintetizaram cadeias ainda maiores – antes de as voltarem a pôr dentro de leveduras. No fim, tinham um genoma inteiro de Mycoplasma mycoides, totalmente fabricado no laboratório.

Contudo, o ADN sintético era um pouco diferente do ADN natural de Mycoplasma mycoides, porque entretanto os cientistas tinham eliminado 14 genes potencialmente patogénicos (para as cabras) e acrescentado várias “marcas de água” – sequências de letras do ADN facilmente reconhecíveis como artificiais: um sítio de Internet, os nomes dos elementos da equipa e várias citações famosas, “para dar um toque mais filósofico à coisa”, frisa Venter.

Um bug microscópico

Mas o mais difícil foi fazer com que o novo ADN funcionasse dentro das células hospedeiras – e de facto, da primeira vez que os cientistas introduziram, esperançados, o genoma sintético nas células da bactéria Mycoplasma capricolum... nada aconteceu. Tal e qual especialistas de software, a equipa andou durante três meses a fazer debugging do código do ADN, explica um artigo jornalístico que acompanha a publicação na Science. Finalmente descobriram, há cerca de um mês, que o que estava a empatar tudo era um erro numa única letra do código! Os ovos estrelados com gema azul começaram a proliferar.

Nem toda a gente concorda em dizer que a nova bactéria é totalmente sintética, uma vez que foi preciso introduzir o ADN artificial dentro de uma célula viva já existente. Mas isso não impede os especialistas ouvidos pela Science de saudarem os resultados. Venter, quanto a ele, não tem dúvidas de que a bactéria seja totalmente sintética: “Após algumas replicações, não resta absolutamente nada de M. capricolum nas novas células”, argumenta. Novas células que produzem unicamente – e da forma mais natural do mundo – proteínas específicas de M. mycoides.

Por enquanto, o processo não é eficiente. Mas as aplicações futuras podem ser coisas como a criação de algas produtoras de petróleo (Venter já tem um “grande contrato” com a Exxon) ou que reduzem “em 99 por cento” o tempo de fabrico das vacinas contra a gripe sazonal (em colaboração com a Novartis).

O país dos mentirosos compulsivos



   
NOTA: quando um especialista em vichyssoises escreve isto do Primeiro Ministro, está tudo dito.

Divulgação do site Casa das Ciências


Casa das Ciências é um portal da Fundação Calouste Gulbenkian, que pretende ser um espaço de referência para os professores da ciência, onde estes, de forma colaborativa, possam:
  • Utilizar os materiais aqui depositados,sabendo que todos foram previamente avaliados sob o ponto de vista científico e didáctico;
  • Depositar os materiais que desenvolveram, para as suas aulas,para poderem partilhar a sua utilização com outros professores;
  • Debater problemas educativos específicos;
  • Procurar instrumentos de auto-formação.
Sugere-se a visita e registo no site:

Petição - Alteração das Bolsas de Investigação para Contratos de Trabalho

Para: Assembleia da Republica

Exmo. Senhor Presidente da Assembleia da República,


Os bolseiros de investigação científica encontram-se em condições muito precárias no que diz respeito às condições de trabalho. As bolsas de investigação são, neste momento, a única saída profissional ligada à investigação científica para a maioria dos cursos de ciências naturais. Assim, um recém-licenciado que queira prosseguir a carreira de investigação científica, vê-se obrigado a aceitar o estatuto do bolseiro de investigação. Esse estatuto prevê a atribuição de bolsas de investigação, de doutoramento ou pós-doutoramento que incluem um valor mensal atribuido a cada bolseiro, não sendo esse valor actualizado desde 2002. Além desse facto, o bolseiro não tem um contrato de trabalho o que faz com que não tenha direito a subsídio de desemprego, de férias ou Natal, assim como qualquer subsídio em caso de doença, parentalidade e adopção, riscos profissionais, desemprego, invalidez, velhice, morte, encargos familiares, entre outros; não desconta para o IRS pelo que não pode pedir qualquer tipo de empréstimo bancário ou outro. Neste momento a maioria dos licenciados, mestres e doutorados das ciências naturais dependem destas bolsas para viver já que as alternativas de emprego são escassas ou não incluem funções de investigação científica. Deste modo e porque as tarefas realizadas pelos investigadores são de facto trabalho que em muitos casos ultrapassa as 40 horas semanais e inclui fins de semana, as actuais e futuras bolsas deverão ser alteradas para contratos de trabalho que incluem os direitos sociais básicos acima mencionados.

ASSINAR AQUI

1º ciclo de palestras da DinoExpo – Castelo Branco

(clicar para aumentar)

Conforme solicitado, procedemos à divulgação do 1º ciclo de palestras da DinoExpo, inseridas na Semana Europeia de Geoparques 2010.

Palestra em Moncorvo sobre o Parque Paleozóico de Valongo


Procedemos, conforme solicitado, à cartaz alusivo à palestra sobre o Parque Paleozóico de Valongo, a qual será apresentada pela Professora Doutora Helena Couto, no auditório do Museu do Ferro e da Região de Moncorvo, no próximo dia 23 de Maio (domingo), pelas 15.00 horas.

Estão todos convidados...

quinta-feira, maio 20, 2010

In the Navy

A Marinha comemora no dia 20 de Maio, o seu dia, o Dia da Marinha. Esta data marca a chegada da Armada de Vasco da Gama à Índia em 1498.

O Blog Geopedrados associa-se à data...


PIGS - somos o PRIMEIRO!

De facto, Portugal não é a Grécia

Dívida total em percentagem do Produto Interno Bruto

Grécia - 224%
Espanha - 272%
Irlanda - 309%
Portugal - 331%

in Blog 31 da Armada - post de

Mentirosos


Esta mentira dos dois protagonistas máximos do governo anterior, que como recompensa transitaram para protagonistas máximos do governo actual, não é novidade. Qualquer pessoa, mesmo se tirou o curso na Independente ao Domingo, conseguia adivinhar a patranha que era o proclamado défice de 5,9% para consumo eleitoral. No entanto, é sempre bom aproveitar uma ocasião para lembrar os comentadores inúteis que nós aturamos (enfim, eu já não, já deixei de dar audiências a quem é pago para gozar comigo) que faziam até, pelo menos, imediatamente depois das últimas legislativas rasgados elogios ao senhor ministro Teixeira dos Santos. Parece que é tecnicamente muito bom e muito sério.

in O Cachimbo de Magritte - post por Maria João Marques

Mais uma voz no coro de tragédia grega que hoje se ouve na tragicomédia política em que vive Portugal

Talvez por semanas, lamento


 
Bem pode assobiar. 

in O Cachimbo de Magritte - post de

Mudam-se os tempos - versão acelerada

O mundo muda a cada instante



"O mundo mudou nessa semana" [6'46]

"A verdade é que o mundo mudou em 2 semanas" [8'33]

"A verdade é que o mundo mudou, e em apenas 3 semanas" [16'10]


Sócrates, numa rigorosa entrevista à RTP.

in Blog 31 da Armada - post de Carlos Nunes Lopes

quarta-feira, maio 19, 2010

Mário de Sá-Carneiro nasceu há 120 anos

Além-tédio

Nada me expira já, nada me vive -
Nem a tristeza nem as horas belas.
De as não ter e de nunca vir a tê-las,
Fartam-me até as coisas que não tive.

Como eu quisera, enfim de alma esquecida,
Dormir em paz num leito de hospital...
Cansei dentro de mim, cansei a vida
De tanto a divagar em luz irreal.

Outrora imaginei escalar os céus
À força de ambição e nostalgia,
E doente-de-Novo, fui-me Deus
No grande rastro fulvo que me ardia.

Parti. Mas logo regressei à dor,
Pois tudo me ruiu... Tudo era igual:
A quimera, cingida, era real,
A própria maravilha tinha cor!

Ecoando-me em silêncio, a noite escura
Baixou-me assim na queda sem remédio;
Eu próprio me traguei na profundura,
Me sequei todo, endureci de tédio.

E só me resta hoje uma alegria:
É que, de tão iguais e tão vazios,
Os instantes me esvoam dia a dia
Cada vez mais velozes, mais esguios...

Mário de Sá-Carneiro

Mário de Sá-Carneiro - Quem di diligunt adulescens moritur

Mário de Sá Carneiro por Almada Negreiros
Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 19 de Maio de 1890Paris, 26 de Abril de 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do Modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.

in Wikipédia
AQUELOUTRO

O dúbio mascarado o mentiroso
Afinal, que passou na vida incógnito
O Rei-lua postiço, o falso atónito;
Bem no fundo o covarde rigoroso.

Em vez de Pajem bobo presunçoso.
Sua Ama de neve asco de um vómito.
Seu ânimo cantado como indómito
Um lacaio invertido e pressuroso.

O sem nervos nem ânsia - o papa- açorda,
(Seu coração talvez movido a corda...)
Apesar de seus berros ao Ideal

O corrido, o raimoso, o desleal
O balofo arrotando Império astral
O mago sem condão, o Esfinge Gorda.

Música actual para geopedrados

terça-feira, maio 18, 2010

Música de apoio às selecções de Portugal e Brasil




PS - esta também não é má, mas gosto mais da anterior...

Ano de Mundial

Felizmente este ano o Mundial de Futebol começa quase depois de acabarem as aulas (o fim do ano lectivo é a 19 de Junho e o Mundial começa dia 11...) pois há o velho ditado estudantil, bastante sábio que refere que Ano de Mundial, chumbo no pessoal (este aplica-se mais a rapazes, há ainda o outro, mais antigo, que diz Páscoa alta, chumbo na malta...).


Para animar as hostes, dois filmes com músicas divertidas, uma de apoio à selecção alemã (em que a equipa lusa é muito referida...) e outra de apoio à nossa selecção (uma coisa muito estilo Antigo Testamento mas divertidíssima...):


ESTA É UMA GUERRA QUE SE GANHA DE RODEIOS
A ESTRATÉGIA É SIMPLES, NÃO SE CONTAM OS MEIOS
NO ALTO DA MURALHA ELES ATÉ PODEM RIR
UMA VOLTA DADA P'RA MURALHA CAIR

CONTRA OS TIJOLOS MARCHAM AS CANÇÕES
PARECEMOS TOLOS MAS TEMOS OS REFRÕES
É ASSOBIANDO P'RO AR QUE VAMOS INSISTIR
DUAS VOLTAS DADAS P'RA MURALHA CAIR

NÃO É A GEOESTRATÉGIA QUE DIZ
MAS A HOSPITALIDADE DA MERETRIZ
PRENDAM OS CLIENTES, DEIXEM A POBRE SAIR
TRÊS VOLTAS DADAS P'RA MURALHA CAIR

NÃO TEMOS QUARTEL, DORMIMOS NO ARRAIAL
ORQUESTRA DE SOPROS SEM PAUTA MUSICAL
AO AR-LIVRE É QUE GOSTAMOS DE NOS OUVIR
QUATRO VOLTAS DADAS P'RA MURALHA CAIR

NÃO HÁ BATERIA, BAIXO, GUITARRA, MICROFONE
NA TROMBETA TEMOS O NOSSO PROTO-TROMBONE
HAJA BOCA P'RA SOPRAR E PÉS P'RA FUGIR
CINCO VOLTAS DADAS P'RA MURALHA CAIR

UM AGRUPAMENTO QUE NINGUÉM ATURA
O SOM NÃO ENTRETEM, O SOM SÓ DESMURA
NÃO É PARA EMBALAR É MESMO P'RA DEMOLIR
SEIS VOLTAS DADAS P'RA MURALHA CAIR

É AGORA OU NUNCA ENCHAM OS PULMÕES
É MESMO P'RA GRITAR SEM CONTEMPLAÇÕES
DE JERICÓ NEM UMA PEDRA VAI RESISTIR
SÃO SETE VOLTAS P'RA MURALHA CAIR

Construída sobre um pormenor da tarola de uma canção de uma banda evangélica sueca.
Música e letra de Tiago Guillul.

[Guillul: vozes, baixo, guitarra acústica e manipulação do excerto sonoro; Silas: órgão; Ben: guitarra eléctrica; Joaquim: vozes e gritos; Miriam: vozes; Joel Silva: bateria; palmas: Guillul, Silas, Ben, Baridó, Fernandes, Ramos, Pires e Alex]


Os portugueses têm os melhores jogadores,
os brasileiros são muito rápidos,
os espanhóis não perdem há três anos,
mas nós temos o hotel mais bonito.

O Ronaldinho tem a melhor técnica,
o Ronaldo tem o melhor físico,
David Beckham tem um pé de aço,
mas Jogi Low tem o penteado mais bonito.

Dá-me esperança, Joachim,
dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para o Mundial!
Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para a África do Sul.

Os coreanos têm pernas ágeis,
os mexicanos têm um remate potente,
os franceses têm um bom guarda-redes,
mas nós temos o autocarro maior.

Os dinamarqueses fortalecem-se com proteínas,
os sérvios trabalham meio mortos,
os argentinos torturam nos campos da selva,
mas o Jogi espalha Nutella no seu pão.

Dá-me esperança, Joachim,
dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para o Mundial!
Dá-me esperança, Joachim, dá-me esperança, Joachim!
Dá-me esperança para a África do Sul!

Os gregos estão outra vez protegidos,
os suíços vencem com jogadores a mais,
os holandeses estão de volta,
mas traz-nos a Taça, Jogi.

IDL Seminars 2010

O Instituto Dom Luiz, Laboratório Associado, organiza um ciclo de Conferências sobre Modelação do Sistema Terrestre “IDL Seminars 2010”, convidando todos os interessados, investigadores, alunos e público em geral, a participar e a promover ampla divulgação da iniciativa.

A próxima conferência realiza-se no dia 20 de Maio de 2010, pelas 11.00 horas, no anfiteatro 6.2.53 do Edifício C6 da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa:


“The evolution of Alpine/Himalayan type orogens: role of lithospheric/crustal buckling?”

Jean-Pierre Burg
Geologisches Institut, ETH Zürich

This lecture advocates the role of lithospheric folding in mountain building processes. Geophysical arguments are summarized before geological evidence, taken from the Himalayas, is presented and discussed in the light of analogue and numerical modelling. Lithospheric folds are finally ascribed a major role in the preparation of strain localization into crustal-scale thrusts and in the organization of Asian topography, including the deformation of river paths.

Jean-Pierre Burg has been full Professor (ETH/University of Zurich) at the Institute of Geology of the ETH Zurich since September 1, 1993. Prof. Burg was born on April 25, 1953 in Meknès, Morocco and is of French nationality. He received a scholarship from the British Council enabling him to study as a graduate student at the Imperial College in London from October 1975 to July 1976. From 1979 to 1983 he did scientific research at the French CNRS. His dissertation was honored with great distinction by the USTL Montpellier in May 1983. In November 1983 he assumed a post as research fellow at Melbourne University. In March 1986 he was appointed Research Director at the CNRS Center for Geology and Geophysics in Montpellier, a post he held until he was called to the ETH. Prof. Burg has many editorial responsibilities. He has been chief editor of "Geodinamica Acta" and "Geologie de la France" and is now one of the Chief Editors of "TECTONOPHYSICS".

punk's not dead - II

Lá porque os Joy Division acabaram há 30 anos não quer dizer que ainda não haja malucos com bom gosto...


punk's not dead

Semana de Portas Abertas 2010 da Fábrica Maceira-Liz

(clicar para aumentar)

Embora tardiamente, divulgamos a Agenda Cultural da Semana de Portas Abertas 2010 da Fábrica Maceira-Liz, em documento de formato pdf:

A erupção do Monte Santa Helena matou 57 pessoas há 30 anos


Às 08.30 horas (hora local) o Monte Santa Helena entrou em erupção e matou 57 pessoas, no dia 18 de Maio de 1980 - faz hoje 30 anos...

Entre estas há que recordar o vulcanólogo David A. Johnston, que  disse umas históricas palavras finais - Vancouver! Vancouver! This is it! - e cujo corpo nunca foi encontrado.

 (imagens da Wikipédia)

In memoriam - Ian Curtis

Ian Curtis
Ian Kevin Curtis (15 de Julho de 195618 de Maio de 1980) foi o vocalista, compositor e guitarrista ocasional da banda Joy Division, a qual ele ajudou a formar em 1977 na cidade de Manchester, Inglaterra.


segunda-feira, maio 17, 2010

Ciclo de Conferências da Biodiversidade em Lisboa




O BioCEL (Bio Conselho de Estudantes da Lusófona), está a organizar o Ciclo de Conferências da Biodiversidade. Estas conferências vêm no âmbito das celebrações do Ano Internacional da Biodiversidade.

Pretende-se assim organizar um ciclo de conferências onde fosse possível reunir uma grande diversidade de temas abrangendo assim vários temas da Biologia e áreas afins. O programa do Ciclo de Conferências da Biodiversidade é o seguinte:


Dia 18 de Maio—Auditório Agostinho da Silva

15.00 Biodiversidade ao longo do Tempo - Octávio Mateus (UNL/Museu da Lourinhã)

16.00 Possíveis explicações para a biodiversidade de peixes no Atlântico NE - Dr. Frederico Almada (ULHT)

Coffee Break

17.00 Acompanhamento de algumas espécies de peixes com diferentes histórias vitais na consta rochosa da Parede/S. Pedro do Estoril - Recrutamento de juvenis, abundância e crescimento - Joana Martins (ULHT)


Dia 24 de Maio—Auditório Victor de Sá

14.00 Avaliação para Portugal do Millenium Ecosystem Assessment: Os serviços dos ecossistemas em Portugal - Dra. Vânia Proença (FCUL)

15.00 Bolsas de Integração na Investigação: Análise funcional de genes de Bacillus subtilis - Joana Lopes (ULHT)

Coffee Break

16.00 Respiração e Biodiversidade - Dr. Stephane Besson (ULHT)


Dia 4 de Junho—Auditório Victor de Sá

14.00 Estudo da potencial relação da Aneuploidia com a condição fisiológica e o crescimento na Ameijoa-Boa (Ruditapes decussatus) - Joana Sousa (UNL/INRB I.P./L-IPIMAR. /ULHT)

15.00 Contributos da Falcoaria para a conservação das Aves de Rapina - Dr. Carlos Crespo (Falcoaria da Coudelaria de Alter - Fundação Alter Real)

Coffee Break

16.00 Adaptação e Biodiversidade - Dra. Teresa Avelar (ULHT)


Dia 9 de Junho—Auditório Victor de Sá

14.00 Cultivar...ou deixar arder? Dilemas da conservação da biodiversidade na região Mediterrânica - Dr. Francisco Moreira (ISA/ULHT)

15.00 Biodiversidade e taxas de extinção: ao longo da História da Terra e no presente - Dr. André Levy (ISPA)

Coffee Break

16.00 Diversidade e aplicações dos esporos bacterianos - Dr. Cláudia Serra (ITQB)

17.00 Biodiversidade: Ameaças e desafios à sobrevivência Humana - Dr. Nuno Oliveira (AmBioDiv)


Dia 16 de Junho—Auditório Agostinho da Silva

14.00 - O que há de tão fantástico com a herpetofauna Ibérica? - Dr. Octávio S. Paulo (Computational Biology and Population Genomics Group/CBA/FCUL)

15.00 - «Espécies» ou «Indivíduos»? - No que consiste realmente a conservação de primatas em cativeiro? - Dra. Augusta Gaspar (ISCTE)

Coffee Break

16.00 - Amazónia e as Alterações Climáticas: Que implicações para a Biodiversidade - Raquel Lobo Vale (ISA)

in Blog Lusodinos - post de Octávio Mateus

O Eyjafallajoekull e aviação - nova notícia

Aeroportos devem funcionar sem grandes perturbações durante esta semana
Nuvem de cinzas pode ser uma presença constante no Verão europeu

Situação criada pelo vulcão tende a melhorar durante a semana (Ingolfur Juliusson/Reuters)

Mil dos 28 mil voos que diariamente se realizam na Europa foram hoje cancelados, com os aeroportos britânicos e holandeses a serem obrigados a encerrar, da parte da manhã, por causa da nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia e soprada para sul. Mas este pode bem ser o prenúncio de um Verão do nosso descontentamento, com a nuvem provocada pela erupção do Eyjafjallajökull a deixar milhares de passageiros em terra a qualquer momento.

A situação tende a melhorar durante a semana, com ventos vindos do sul a levarem a nuvem em direcção ao Árctico, adiantam os serviços meteorológicos britânicos. Não se espera, portanto, que a nuvem de cinzas fique parada vários dias sobre a Europa, como aconteceu em Abril, obrigando o tráfego aéreo a parar durante vários dias — e causando um caos a nível global e não apenas na Europa.

As companhias aéreas protestaram violentamente nessa altura — e começam a fazê-lo agora. Willie Walsh, director executivo da British Airways, afirmou que fechar o espaço aéreo “é uma reacção brutalmente excessiva face a um risco menor”, segundo a Reuters. “Pode ser gerido, não precisamos destes encerramentos de larga escala”, afirmou em Londres. Richard Branson, o patrão da Virgin, disse que a interdição de voar era “para lá de uma piada”.

Philip Hammond, o novo ministro dos Transportes britânico, avançou que está a ser estudado, com os fabricantes de aeronaves, se será seguro permitir voos através de maiores densidades de cinzas vulcânicas.

Novas erupções?

Parece sensato precaver os próximos tempos, porque a erupção do Eyjafjallajökull não parece estar com tendência para acalmar. “A taxa de erupção das cinzas e a altura que atinge diminuíram, embora de vez em quando se voltem a intensificar. É de esperar que este padrão continue”, comentou David Rothery, do Departamento de Ciências da Terra e do Ambiente da Universidade Aberta do Reino Unido, citado pela Reuters.

“As grandes perturbações do tráfego aéreo são prováveis quando a coluna de cinzas é alta e o vento as leva para sudeste, portanto, penso que acontecerá alguns dias todos os meses”, adianta Rothery.

Thor Thordarson, um vulcanólogo islandês que trabalha na Universidade de Edimburgo, tem estado a trabalhar num modelo estatístico das erupções naquela ilha nos últimos 1100 anos que acrescenta mais uma preocupação para o tráfego aéreo europeu: “A frequência das erupções vulcânicas na Islândia parece subir e descer em ciclos de cerca de 140 anos. Na última parte do século XX, estivemos num período de acalmia, mas agora há indícios de que estaremos a aproximar-nos de um pico”, disse ao Sunday Times.

Pelo menos três outros grandes vulcões islandeses podem estar a aproximar-se de uma erupção: Grimsvotn, Hekla e Askja, todos maiores do que o Eyjafjallajökull, diz Thordarson. Mas isto é apenas uma teoria.

Expedição científica Marrocos… e os eXtremos aqui tão perto

Recebido via e-mail, publicamos porque pode ser interessante para algum nosso leitor...

Caro (a) amigo (a),
Embarque numa viagem de turismo científico durante sete dias na companhia de geólogos da Universidade de Évora e da Universidade de Marraquexe.

O Centro Ciência Viva de Estremoz, em colaboração com o Pavilhão do Conhecimento-Ciência Viva e a Escola de Ciência e Tecnologia da Universidade de Évora, organiza entre os dias 7 e 13 de Junho de 2010 a expedição científica Marrocos… e os eXtremos aqui tão perto.
Reserve lugar nesta viagem que tem como ponto de partida a exposição interactiva EXTREMOS Viver no Limite, patente no Pavilhão do Conhecimento, e descubra a cultura e os ambientes extremos do território marroquino, desde a geologia à física, passando pela geografia.
Experimente fazer dobras em materiais analógicos em plenas montanhas do Atlas enquanto observa exemplos reais originados pelas gigantescas forças tectónicas que esculpiram o nosso planeta.
Beba um chá enquanto espera pelo almoço servido em remotas aldeias marroquinas e durma num hotel de charme num magnífico oásis nos arredores de Ouarzazate e em tendas berberes no meio das dunas de Merzouga.
Participe numa excursão de dromedário que o levará a um acampamento no meio das dunas e desse local observe a Lua através de um telescópio.
Participe numa conversa sobre a forma como a ciência foi encarando o Universo complementada com a leitura de contos Sufi.
Faça turismo científico – as inscrições estão abertas…
Programa completo e condições AQUI
NOTA: o valor total do pagamento é 1.300 euros (sem viagens nem seguro) o que reduz os possíveis candidatos - mas o programa é aliciante (sobretudo para lisboetas ricos, pois abrange dois feriados...).

Coimbra está com a Biodiversidade

Recebido por e-mail, com pedido de divulgação:


Coimbra está com a Biodiversidade

Aqui ficam o programa e os cartazes elaborados para publicitar o evento "Coimbra está com a Biodiversidade" a realizar no próximo dia 22 de Maio, Dia Internacional da Biodiversidade, no Jardim Botânico da Universidade de Coimbra.

O Jardim Botânico da Universidade de Coimbra solicita a participação dos nossos leitores e a divulgação deste evento...


 
Cartazes (clicar para aumentar):

domingo, maio 16, 2010

Música para um passeio que hoje vou fazer

Hoje vou dar uma volta - uma música para servir de mote:

Artigo sobre estegossauro Miragaia

O artigo no Proceedings of Royal Society B foi destacado como um dos 10 artigos mais descarregados e citados em 2009, ficando agora disponível gratuitamente, numa selecção feita pela própria revista:

Selecção dos mais citados e descarregados: http://rspb.royalsocietypublishing.org/site/misc/top_cites_and_downloads.xhtml

Artigo http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/276/1663/1815

Octávio Mateus, Susannah C.R. Maidment and Nicolai A. Christiansen. 2009. A new long-necked ‘sauropod-mimic’ stegosaur and the evolution of the plated dinosaurs. Proceedings of Royal Society B

Miragaia longicollum, por Filipe Alves Elias, (CIID 2009, Museu da Lourinhã)

Espectáculo Walking with Dinosaurs

Durante este fim de semana, está patente o espectáculo "Walking with dinosaurs" no Pavilhão Atlântico, em Lisboa.

Os movimentos estão muito realistas e bem conseguidos. Vale a pena ver.


O Museu da Lourinhã é parceiro deste espectáculo.

in Lusodinos - ler post