Mostrar mensagens com a etiqueta Lusodinos. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Lusodinos. Mostrar todas as mensagens

quarta-feira, maio 25, 2011

Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro de Angola

Angolatitan adamastor, o primeiro dinossauro angolano, mostra que em África perduraram formas relíquias de saurópodes

Angolatitan adamastor (por Karen Carr)

Uma nova espécie de dinossauro saurópode, designada por Angolatitan adamastor, representa a descoberta do primeiro dinossauro em Angola sendo, na África subsaariana, uma das poucas ocorrências de dinossauros saurópodes desta idade geológica. Este animal herbívoro de cerca de 13 metros de comprimento viveu há aproximadamente 90 milhões de anos atrás, numa idade geológica chamada Cretácico Superior, quando Angola era bastante diferente do que é hoje.

"Para nós esta descoberta é surpreendente pois pensávamos que este tipo de dinossauro já estava extinto naquela época" diz Octávio Mateus, descobridor do exemplar e autor do respectivo estudo. "Além disso mostra que ainda há muito por descobrir em África", sublinha este paleontólogo da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã.


Saurópode Angolatitan a ser comido por mosassauros (por Fabio Pastori)


Embora herbívoro, o Angolatitan evoluiu adaptado-se às condições áridas ou semi-desérticas. Os sedimentos marinhos de onde provém o espécime estão datados do Cretácico Superior (quando predominavam titanossauros) e, portanto, trata-se de um saurópode não-titanossauro na África subsaariana. Por outras palavras, o Angolatitan é uma forma relíquia, só sobrevivendo em Angola naquela altura.
O nome científico Angolatitan significa Titã de Angola e adamastor é uma referência à mitologia portuguesa durante as expedições navais na costa africana.

A descoberta inclui um membro anterior descoberto em 2005 a cerca de 70 km a norte de Luanda, pelo paleontólogo Octávio Mateus, mas as escavações incluíram paleontólogos de Angola (Universidade Agostinho Neto), Estados Unidos (SMU) e Holanda (Natural History Museum Maastricht).


Scapula and Humerus of Angolatitan adamastor - Mateus et al 2011


O Projecto PaleoAngola é um projecto científico com a missão de descobrir, colher, preparar, estudar, preservar e exibir os fósseis de vertebrados encontrados em Angola, envolvendo cientistas de Portugal, Angola, Estados Unidos, Holanda e Suécia.

Os resultados de missões nos terrenos do Cretácico foram surpreendentes, com a descoberta do primeiro dinossauro de Angola, com cerca de 90 milhões de anos, além de vestígios de mosassauros, plesiossauros, amonites e tartarugas fósseis.

Em média, tem sido descoberta uma nova espécie por expedição, aumentando o conhecimento geral sobre a fauna fóssil.

Parte da preparação dos fósseis decorre no laboratório do Museu da Lourinhã, ao abrigo do protocolo entre o GEAL -– Grupo de Etnologia e Arqueologia da Lourinhã, entidade que tutela o Museu da Lourinhã, e a Universidade Agostinho Neto.

Filogenia dos dinossauros saurópodes e posição de Angolatitan adamastor



Site do Projecto PaleoAngola: www.paleoangola.org

Mais imagens aqui.

Publicação:
Angolatitan adamastor, a new sauropod dinosaur and the first record from Angola”
por Octávio Mateus, Louis L. Jacobs, Anne S. Schulp, Michael J. Polcyn, Tatiana S. Tavares, Antré Buta Neto, Maria Luísa Morais and Miguel T. Antunes. Anais da Academia Brasileira de Ciências.
PDF disponível aqui.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

domingo, janeiro 09, 2011

Novo modelo de dinossáurio à venda no Museu a Lourinha

Lourinhanosaurus antunesi é um dos novos dinossauros da Procon Collecta 2011

A Collecta lançou a nova colecção de bonecos comercializados a nível mundial. O dinossauro terópode Lourinhanosaurus antunesi, exposto no Museu da Lourinhã, é uma das novidades. Este ano também é o lançamento do Miragaia longicollum, pela Carnegie Collection, baseado num esqueleto também em exposição no museu lourinhanense.

Lourinhanosaurus
© Procon CollectA
in Lusdinos - post de Octávio Mateus

segunda-feira, novembro 15, 2010

Plesiossauro histórico de Portugal é objecto de estudo

Embora discretos e quase desconhecidos no registo fóssil de Portugal, os plesiossauros foram um dos grupos mais bem sucedidos de répteis marinhos do Mesozóico (e não são dinossauros).

Um dos primeiros registo deste fósseis é-nos apresentado por Henri-Émile Sauvage em 1898, a partir de uma colheita feita em Alhadas, perto de Coimbra. Trata-se de um fóssil do Toarciano (183-175 milhões de anos), logo um dos mais antigos vertebrados fósseis de Portugal.

Este espécime, em exposição no Museu Geológico de Lisboa, não era objecto de estudo desde o século XIX e agora é resultado de uma reavaliação assinada por Adam Smith, Ricardo Araújo e Octávio Mateus e apresentada na Society of Vertebrate Paleontology.




Smith, A., Araújo, R., Mateus, O. (2010) A plesiosauroid skull from the Toarcian (Lower Jurassic) of Alhadas, Portugal. Journal of Vertebrate Paleontology, 30(suppl. to 3).



sábado, outubro 16, 2010

Dinossáurio Miragaia em boneco a partir de 2011

Miragaia longicollum, protótipo acabado

O dinossauro estegossauro Miragaia longicollum é uma das vedetas da Carnegie Collection, famosa pela sua colecção de miniatura e bonecos, comercializados por todo o mundo. O modelo a uma escala de 1/30 será ser lançado em 2011, foi feito sob a estampa do prestigiado Carnegie Museum esculpido por Forest Rogers, sob a orientação de Matthew Lammana e de mim.  É a primeira vez, mas não a última, que uma espécie portuguesa é representada e comercializada a nível mundial.

Aqui estão algumas fotografia dos protótipos que deram origem ao modelo final.



Miragaia longicollum, tal como é comercializado
Miragaia longicollum, protótipo em fase final
O holótipo deste dinossauro está exposto no Museu da Lourinhã.

Mateus, O., S Maidment, N Christiansen. 2009.  A new long-necked 'sauropod-mimic' stegosaur and the evolution of the plated dinosaurs.   Proceedings of the Royal Society of London B. 276: 1815-1821 doi:10.1098/rspb.2008.1909    PDF (Main paper + Suppl. data) 

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

sábado, outubro 02, 2010

Fósseis de Angola permitem compreender os mosassauros

Um novo esqueleto de um mosassauro, um réptil marinho aparentado aos lagartos monitores, descoberto em Angola permite compreender melhor a anatomia e evolução de um grupo de mosassauros, os globidensinos, adaptado a uma dieta durófoga (à base de animais de carapaça ou concha dura, como moluscos e crustáceos). 

Este tipo de mosassauros têm os dentes arrendondados (justificando o nome Globidens) e muito fortes para poderem esmagar as suas presas.

A espécie em causa, Globidens phosphaticus, era conhecida a partir de dentes isolados do Cretácico superior de Marrocos, mas esta descoberta pela equipa PaleoAngola, que inclui elementos da Universidade Nova de Lisboa e Museu da Lourinhã, vem dar a conhecer muito melhor a sua anatomia pois trata-se do esqueleto mais completo da espécie. O estudo foi liderado por Michael Polcyn (SMU).




Polcyn, M., Jacobs, L., Schulp, A.S., Mateus, O. 2010. The North African Mosasaur Globidens phosphaticus from the Maastrichtian of Angola. Historical Biology. 22 (1 – 3): 175–185 DOI: 10.1080/08912961003754978 PDF

Abstract: New mosasaur fossils from Maastrichtian beds at Bentiaba, Angola, representing elements of the skull and postcranial axial skeleton from two individuals of the durophagous genus Globidens, are reported. Based on dental morphology, specifically the inflated posterior surface and vertical sulci, the Bentiaba specimens are identified as Globidens phosphaticus, a species defined by characters of a composite dentition from the Maastrichtian of Morocco. Comparisons indicate that G. phosphaticus is most closely related to G. schurmanni, from the late Campanian of South Dakota, the youngest north American Globidens species at about 72.5 Ma. The morphology of the premaxilla and its relationship with the maxillae is unique among mosasaurs, and supports the taxonomic validity of G. phosphaticus. In contrast with earlier species of the genus, G. phosphaticus is currently known from north and west Africa, the Middle East and the central eastern margin of South America, suggesting it may have been restricted to the Maastrichtian tropical zone as previously hypothesised.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

sexta-feira, outubro 01, 2010

Pegadas de pterossauro em Portugal



É conhecido que Portugal é rico em pegadas e ossos de dinossauros. Contudo, de répteis voadores, os pterossauros, apenas se conhecem alguns ossos e dentes isolados em Portugal e até há pouco tempo não se conheciam pegadas.



Um novo artigo científico, assinado por Octávio Mateus e Jesper Milàn, dão a conhecer pegadas de pterossauro do Jurássico Superior de Portugal, nomeadamente da Lourinhã e Zambujal de Baixo, Sesimbra (Cabo Espichel). Esta segunda jazida já era conhecida por ter pegadas de dinossauro.


O artigo está disponível aqui
Mateus, O & J Milàn (2010) First records of crocodyle and pterosaur tracks in the Upper Jurassic of Portugal. New Mexico Museum of Natural History and Science Bulletin 51: 83-87.

in Lusodinos - post de Octávio Mateus

terça-feira, setembro 21, 2010

Pele de estegossauro do Jurássico



Saiu um interessante artigo sobre preservação de pele num estegossauro Hesperasaurus mjosi dos Estados Unidos, assinado por Nicolai Christiansen e Emanuel Tschopp.

O primeiro foi preparador de fósseis no Museu da Lourinhã e mais tarde foi meu orientando de mestrado pela Universidade Marie et Pierre et Marie Currie (Paris VI). O segundo é actual estudante de doutoramento sob minha orientação na Universidade Nova de Lisboa.




Abstract
Dinosaur skin impressions are rare in the Upper Jurassic Morrison Formation, but different sites on the Howe Ranch in Wyoming (USA), comprising specimens from diplodocid, camarasaurid, allosaurid and stegosaurian dinosaurs, have proven to be a treasure-trove for these soft-tissue remains. Here we describe stegosaurian skin impressions from North America for the first time, as well as the first case of preservation of an impression of the integument that covered the dorsal plates of stegosaurian dinosaurs in life. Both have been found closely associated with bones of a specimen of the stegosaurianHesperosaurus mjosi Carpenter, Miles and Cloward 2001. The scales of the skin impression of H. mjosi are very similar in shape and arrangement to those of Gigantspinosaurus sichuanensis Ouyang 1992, the only other stegosaurian dinosaur from which skin impressions have been described. Both taxa show a ground pattern of small polygonal scales, which in some places is interrupted by larger oval tubercles surrounded by the small scales, resulting in rosette-like structures. The respective phylogenetic positions of G.sichuanensis as a basal stegosaurian and H. mjosi as a derived form suggest that most stegosaurians had very similar skin structures, which also match the most common textures known in dinosaurs. The integumentary impression from the dorsal plate brings new data to the long-lasting debate concerning the function of dorsal plates in stegosaurian dinosaurs. Unlike usual dinosaur skin impressions, the integument covering the dorsal plates does not show any scale-like texture. It is smooth with long and parallel, shallow grooves, a structure that is interpreted as representing a keratinous covering of the plates. The presence of such a keratinous covering has affects on all the existing theories concerning the function of stegosaurian plates, including defense, thermoregulation, and display, but does not permit to rule out any of them.


Christiansen, N., & Tschopp, E. (2010). Exceptional stegosaur integument impressions from the Upper Jurassic Morrison Formation of Wyoming Swiss Journal of Geosciences DOI: 10.1007/s00015-010-0026-0

in Lusodinos - post de Octavio Mateus

domingo, maio 16, 2010

Artigo sobre estegossauro Miragaia

O artigo no Proceedings of Royal Society B foi destacado como um dos 10 artigos mais descarregados e citados em 2009, ficando agora disponível gratuitamente, numa selecção feita pela própria revista:

Selecção dos mais citados e descarregados: http://rspb.royalsocietypublishing.org/site/misc/top_cites_and_downloads.xhtml

Artigo http://rspb.royalsocietypublishing.org/content/276/1663/1815

Octávio Mateus, Susannah C.R. Maidment and Nicolai A. Christiansen. 2009. A new long-necked ‘sauropod-mimic’ stegosaur and the evolution of the plated dinosaurs. Proceedings of Royal Society B

Miragaia longicollum, por Filipe Alves Elias, (CIID 2009, Museu da Lourinhã)

quinta-feira, janeiro 21, 2010

Repositório Científico da Universidade Nova de Lisboa

A Universidade Nova de Lisboa abriu um Repositório que pretende recolher, armazenar, gerir, preservar e permitir o acesso à produção intelectual da UNL, incluindo PDF de artigos, teses e afins.


Basta aceder aqui http://run.unl.pt/ e... boa busca!



in Blog Lusodinos - post do Doutor Octávio Mateus

segunda-feira, janeiro 11, 2010

Dinossáurio Miragaia longicollum entre as 10 principais descobertas de 2009


O Diário de Notícias elegeu as "Dez descobertas científicas de 2009 com selo português" entre as quais a descoberta do dinossauro estegossauro Miragaia longicollum, descrito em Fevereiro passado, e as trilobites gigantes de Arouca.

Diz o artigo:

"Investigadores portugueses, dentro ou fora de portas, marcaram pontos em 2009. Alguns estiveram mesmo na base de descobertas de grande impacto internacional. A detecção de ADN com uma vulgar impressora, a descodificação do genoma do cancro da mama ou a descoberta de novos planetas são alguns dos avanços envolvendo cientistas nacionais que marcaram o ano que terminou.
(...)
1. Descodificador do genoma do cancro da mama, em português
2. Sensor de ADN barato e amigo do ambiente

3. Portugal tem o maior conjunto de fósseis de trilobites do mundo
O País entrou, em 2009, no mapa da paleontologia com o maior e mais completo conjunto de fósseis de trilobites do mundo. Foi descoberto na região de Arouca, perto de Aveiro, por uma equipa de paleontólogos espanhóis e portugueses. Entre os fósseis encontrados estão também os maiores exemplares conhecidos. Isto porque até agora, os restos destes seres pré-históricos, que dominaram os mares até há 250 milhões de anos, não ultrapassavam os 10 centímetros de comprimento, mas os de Arouca chegam aos 30. Alguns restos mostram que os exemplares podiam atingir mesmo os 90 centímetros. A descoberta foi publicada na revista Geology.

4. .. e baptizou nova espécie de dinossauro

Mas no das descobertas pré-históricas, o País foi mais além, baptizando um novo dinossauro o Miragaia longicollum. A nova espécie foi descoberta na Lourinhã pela equipa do paleontólogo Octávio Mateus, do museu daquela localidade e da Universidade Nova de Lisboa. Este é um novo estegossauro que os seus descobridores baptizaram de Miragaia longicollum, um nome cheio de significados. Entre eles, o de pescoço comprido, uma das imagens de marca da espécie. O artigo descrevendo o novo dinossauro, que viveu no Jurássico Superior (há 150 milhões de anos), publicado na Proceedings of the Royal Society, pela equipa liderada por Octávio Mateus, culminou um trabalho de dez anos.

5. 32 novos planetas com a marca de um português

6. Trabalham em Portugal os melhores em cardiotocografia

7. Descoberta nova espécie...

8. Ajudar a controlar as células imunitárias

9. Novo tratamento para o Alzheimer e Parkinson

10. Telhas 'bonitas' e que alimentam o resto da casa


in Lusodinos - post de Octávio Mateus

segunda-feira, dezembro 22, 2008

Workshop de Paleontologia de Vertebrados e de Dinossauros (Univ. Lusófona)


WORKSHOP DE PALEONTOLOGIA DE DINOSSAUROS E DE VERTEBRADOS

Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Formador: Doutor Octávio Mateus, omateus@fct.unl.pt

Datas e Duração: Entre de 15 a 30 de Janeiro de 2008.


Objectivos para os formandos:
  • Desenvolver espírito crítico e promoção de debate científico
  • Compreender os princípios básicos do método científico e dominar as regras de elaboração de um artigo científico
  • Compreender e relacionar conceitos básicos sobre evolução e paleontologia de vertebrados
  • Revelar conhecimentos sobre os temas e sub-temas propostos
  • Desenvolver um artigo de investigação e apresentação pública
  • Praticar prospecção e recolha de fósseis

Temas das aulas
  • 15 e 16 de Janeiro: 1ª a 2ª Aula (teórica): Noções básicas de paleontologia, geologia e biologia. Metodologia e princípios da Ciência. Preparação de artigos científicos. Metodologia do estudo dos dinossauros. Anatomia. Sistemática.
  • 17 e 18 de Janeiro: Aulas práticas - Visita ao Museu da Lourinhã e jazidas (Autocarro Lusófona ou transporte próprio - dependendo do número de inscritos)
  • 22 de Janeiro: Estudo dos dinossauros I - diversidade, classificação. Estudo dos dinossauros II - biologia, ecologia e icnologia.
  • 30 de Janeiro: Teste e apresentação de trabalhos. Esta aula é, em parte, dada pelos formandos.

Recursos: Textos, links de Internet, vídeos e artigos científicos (em Português e Inglês).

Actividades de avaliação: Teste de escolha múltipla (50%) e trabalho de investigação de duas páginas (são dadas sugestões de temas) (50%).

Habilitações mínimas: 12º ano de escolaridade e domínio médio de língua inglesa.

Número mínimo de alunos: 6 alunos
.

Preço: 53,00 €. Pagamento com o responsável Bruno Galrito ou por transferência bancária (NIB: 000 700 000 038 569 906 423) com referência ao Workshop.

Inscrições: Documento comprovativo de pagamento e/ou dados pessoais (nome, B.I. ou Nº aluno) para o e-mail biocelcursosaidas@gmail.com, até data limite de inscrição.
Inscrição até dia 9 de Janeiro (sexta-feira)

Bibliografia sugerida:
ver em http://lusodinos.blogspot.com/2008/01/livros-de-paleontologia.html


Bruno Galrito

BioC.E.L - Bio Conselho de Estudantes da Lusófona
Morada: Associação Académica Lusófona, Av. do Campo Grande, nº 376 1749 - 024 Lisboa
E-mail: biolusofona@gmail.com
Blog: http://biocel-lusofona.blogspot.com


Fonte: Doutor Octávio Mateus - Blog Lusodinos

domingo, dezembro 07, 2008

No tempo que as tartarugas tinham dentes

Foi publicada na revista Nature uma tartaruga primitiva... com dentes! A Odontochelys (=tartaruga de dentes) descoberta no Triásico da China vem também explicar a incorporação dos ossos que formam a carapaça. Este é claramente um "fóssil de transição"!





Chun Li, et al. (2008) An ancestral turtle from the Late Triassic of southwestern China, Nature, n.º 456: pp. 497-501

Post roubado ao Doutor Octávio Mateus - Blog Lusodinos

sábado, novembro 01, 2008

Lançamento livro "Evolução - História e Argumentos"

Terá lugar no próximo dia 5 de Novembro, às 18.00 horas, no Auditório 2 da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, o lançamento oficial do livro intitulado Evolução - História e Argumentos, volume 1 da Colecção Fundamentos e Desafios do Evolucionismo.

A apresentação do livro estará a cargo do Professor José Feijó.



O lançamento do livro está incluído nas iniciativas sobre Darwin que a Fundação Gulbenkian tem vindo a organizar.

Assim, a seguir ao lançamento, terá lugar a conferência da Dr.ª Patrícia Beldade (Univ. Leiden, IGC), "Evolução e Desenvolvimento: variações a dois tempos e muitas cores", integrada no ciclo de Conferências "No Caminho da Evolução".


Post roubado e adaptado de outro do Blog Lusodinos.

Concurso de Ilustração de Dinossauros da Lourinhã 2009

O Museu da Lourinhã vai lançar, em 2009, mais um Concurso Internacional de Ilustração de Dinossauros.

Ilustração por Maurílio de Oliveira


Quanto ao seu regulamento, pode ser lido AQUI (post do Blog Lusodinos).

quinta-feira, outubro 09, 2008

Dinossauros falsos e "Frankenstein"

Do Blog Lusodinos publicamos o seguinte post, com a devida vénia, do Doutor Octávio Mateus:


Sim, é verdade, até os dinossauros e outros fósseis são falsificados!


O crescente aumento do comércio de fósseis (com os leilões a venderem dinossauros a preços astronómicos), a raridade dos fósseis e pobreza económica associada a algumas áreas fossilíferas só podia dar num resultado: a falsificação de fósseis.

Em muitas lojas e feiras do país vemos crânios de mosassauros, ovos de dinossauros, trilobites e tantos outros fósseis de integridade duvidosa. Nalguns locais de venda, a falsificação atinge os 10 a 20% dos crânios expostos. Estas fraudes são muitas vezes compostas de ossos verdadeiros mas agrupados artificialmente para simular um crânio ou um esqueleto completo, a jeito do monstro de Frankenstein, no qual um só indivíduo era composto com partes de vários homens. As falsificações mais problemáticas são montagens artificiais de fósseis verdadeiros o que torna a detecção da fraude mais difícil.

Os artesãos que fazem estas fraudes, muitos deles de Marrocos e da China, são frequentemente de tal forma exímios que a falsificação engana os conhecedores e profissionais. O caso recente mais famoso é o do Microraptor publicado na revista Nature com cobertura e financiamento da National Geographic. Pensava-se que era um estádio evolutivo intermédio entre os dinossauros terópodes e as aves… pudera!… o esqueleto era composto pela junção de várias espécies.

Um meu novo artigo publicado no Journal of Paleontological Techniques (disponível em PDF) sugere várias técnicas na detecção destes embustes: exame visual pormenorizado e crítico, análise química, raios X e tomografia computorizada e observação sob luz ultravioleta.


A, Fotografia (à esquerda) e raios X (à direita) de um falso crânio de dinossauro Psittacosaurus. Os raios X mostram a pedra (a cinzento) que forma o núcleo no qual foram colados ossos de dinossauro para simular um crânio. B, Um fémur e C, um sacro e cintura pélvica, constituídos por partes de diferentes ossos.


Referência:
Mateus, O., Overbeeke, M., Rita, F., 2008. Dinosaur Frauds, Hoaxes and "Frankensteins": How to distinguish fake and genuine vertebrate fossils, Journal of Paleontological Techniques, 2: 1-5.