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terça-feira, fevereiro 20, 2024

O Manifesto Futurista foi publicado há 115 anos...!

  

O Manifesto Futurista foi escrito pelo poeta italiano Filippo Tommaso Marinetti e publicado no jornal francês Le Figaro, a 20 de fevereiro de 1909. Este manifesto marcou a fundação do futurismo, um dos primeiros movimentos da arte moderna. Consistia num texto com 11 pontos que proclamavam a rutura com o passado e a identificação do homem com a máquina, a velocidade e o dinamismo do novo século.

  1. Nós queremos cantar o amor ao perigo, o hábito da energia e do destemor.
  2. A coragem, a audácia, a rebelião serão elementos essenciais de nossa poesia.
  3. A literatura exaltou até hoje a imobilidade pensativa, o êxtase, o sono. Nós queremos exaltar o movimento agressivo, a insónia febril, o passo de corrida, o salto mortal, o bofetão e o soco.
  4. Nós afirmamos que a magnificência do mundo enriqueceu-se de uma beleza nova: a beleza da velocidade. Um automóvel de corrida com seu cofre enfeitado com tubos grossos, semelhantes a serpentes de hálito explosivo... um automóvel rugidor, que correr sobre a metralha, é mais bonito que a Vitória de Samotrácia.
  5. Nós queremos entoar hinos ao homem que segura o volante, cuja haste ideal atravessa a Terra, lançada também numa corrida sobre o circuito da sua órbita.
  6. É preciso que o poeta prodigalize com ardor, fausto e munificência para aumentar o entusiástico fervor dos elementos primordiais.
  7. Não há mais beleza, a não ser na luta. Nenhuma obra que não tenha um caráter agressivo pode ser uma obra-prima. A poesia deve ser concebida como um violento assalto contra as forças desconhecidas, para obrigá-las a prostrar-se diante do homem.
  8. Nós estamos no promontório extremo dos séculos!... Por que haveríamos de olhar para trás, se queremos arrombar as misteriosas portas do Impossível? O Tempo e o Espaço morreram ontem. Nós já estamos vivendo no absoluto, pois já criamos a eterna velocidade omnipresente.
  9. Nós queremos glorificar a guerra - única higiene do mundo - o militarismo, o patriotismo, o gesto destruidor dos libertários, as belas ideias pelas quais se morre e o desprezo pela mulher.
  10. Nós queremos destruir os museus, as bibliotecas, as academias de toda natureza, e combater o moralismo, o feminismo e toda vileza oportunista e utilitária.
  11. Nós cantaremos as grandes multidões agitadas pelo trabalho, pelo prazer ou pela sublevação; cantaremos as marés multicores e polifónicas das revoluções nas capitais modernas; cantaremos o vibrante fervor noturno dos arsenais e dos estaleiros incendiados por violentas luas elétricas; as estações esganadas, devoradoras de serpentes que fumam; as oficinas penduradas às nuvens pelos fios contorcidos de suas fumaças; as pontes, semelhantes a ginastas gigantes que cavalgam os rios, faiscantes ao sol com um luzir de facas; os piróscafos aventurosos que farejam o horizonte, as locomotivas de largo peito, que pateiam sobre os trilhos, como enormes cavalos de aço enleados de carros; e o voo rasante dos aviões, cuja hélice freme ao vento, como uma bandeira, e parece aplaudir como uma multidão entusiasta.

É da Itália, que nós lançamos pelo mundo este nosso manifesto de violência arrebatadora e incendiária, com o qual fundamos hoje o "futurismo", porque queremos libertar este país de sua fétida gangrena de professores, de arqueólogos, de cicerones e de antiquários. Já é tempo de a Itália deixar de ser um mercado de belchiores. Nós queremos libertá-la dos inúmeros museus que a cobrem toda de inúmeros cemitérios.

 

segunda-feira, fevereiro 19, 2024

Umberto Eco morreu há oito anos...


Umberto Eco
(Alexandria, 5 de janeiro de 1932 - Milão, 19 de fevereiro de 2016) foi um escritor, filósofo, semiólogo, linguista e bibliófilo italiano de fama internacional. Foi titular da cadeira de Semiótica e diretor da Escola Superior de ciências humanas na Universidade de Bolonha. Ensinou temporariamente em Yale, na Universidade de Columbia, em Harvard, no Collège de France e na Universidade de Toronto. Colaborador em diversos periódicos académicos, dentre eles colunista da revista semanal italiana L'Espresso, na qual escreveu sobre uma infinidade de temas. Eco foi, ainda, notório escritor de romances, entre os quais O nome da rosa e O pêndulo de Foucault. Juntamente com o escritor e roteirista Jean-Claude Carrière, lançou em 2010 "N’Espérez pas vous Débarrasser des Livres" (“Não Espere se Livrar dos Livros”, publicado em Portugal com o título "A Obsessão do Fogo" e no Brasil como "Não contem com o fim do livro").
  

domingo, fevereiro 18, 2024

Miguel Ângelo morreu há quatrocentos e sessenta anos...

Retrato de Miguel Ângelo, de 1564, executado por Daniele da Volterra a partir da sua máscara mortuária
    
Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni (Caprese, 6 de março de 1475 - Roma, 18 de fevereiro de 1564), mais conhecido simplesmente como Miguel Ângelo, foi um pintor, escultor, poeta e arquiteto italiano, considerado um dos maiores criadores da história da arte do ocidente.
Ele desenvolveu o seu trabalho artístico durante mais de setenta anos, entre Florença e Roma, onde viveram os seus grandes mecenas, a família Medici de Florença, e vários Papas. Iniciou-se como aprendiz dos irmãos David e Domenico Ghirlandaio em Florença. Tendo o seu talento logo reconhecido, tornou-se um protegido dos Medici, para quem realizou várias obras. Depois fixou-se em Roma, onde deixou a maior parte das suas obras mais representativas. A sua carreira se desenvolveu na transição do Renascimento para o Maneirismo, e o seu estilo sintetizou influências da arte da antiguidade clássica, do primeiro Renascimento, dos ideais do Humanismo e do Neoplatonismo, centrado na representação da figura humana e em especial no nu masculino, que retratou com enorme pujança. Várias das suas criações estão entre as mais célebres da arte do ocidente, destacando-se na escultura o Baco, a Pietà, o David, os dois túmulos dos Medici e o Moisés; na pintura o vasto ciclo do teto da Capela Sistina e o Juízo Final no mesmo local, e dois afrescos na Capela Paulina; serviu como arquiteto da Basílica de São Pedro, implementando grandes reformas na sua estrutura e desenhando a cúpula, remodelou a praça do Capitólio romano e projetou diversos edifícios, e escreveu grande número de poesias.
Ainda em vida foi considerado o maior artista de seu tempo; chamavam-no de O Divino, e ao longo dos séculos, até os dias de hoje, vem sendo tido na mais alta conta, parte do reduzido grupo dos artistas de fama universal, de facto como um dos maiores que já viveram e como o protótipo do génio. Miguel Ângelo foi um dos primeiros artistas ocidentais a ter sua biografia publicada ainda em vida. A sua fama era tal que, como nenhum artista anterior ou contemporâneo seu, sobrevivem registos numerosos sobre a sua carreira e personalidade, e objetos que ele usara ou simples esboços para as suas obras eram guardados como relíquias por uma legião de admiradores. Para a posteridade Miguel Ângelo permanece como um dos poucos artistas que foram capazes de expressar a experiência do belo, do trágico e do sublime numa dimensão cósmica e universal.
 
Miguel Ângelo: Moisés, 1513–1515. Igreja de São Pedro Acorrentado, Roma
   
  
  in Wikipédia

Alessandro Volta nasceu há 279 anos

 

         
Alessandro Volta (Como, 18 de fevereiro de 1745 - Como, 5 de março de 1827) foi um físico italiano, conhecido especialmente pela invenção da pilha elétrica. Mais tarde, viria a receber o título de conde.
     
    
Vida pessoal e trabalhos iniciais
Alessandro Giuseppe Antonio Anastasio Volta nasceu e foi educado em Como, Ducado de Milão, onde se tornou professor de física na Escola Real em 1774. A sua paixão foi sempre o estudo da electricidade, e como um jovem estudante, ele escreve um poema em latim na sua nova fascinante descoberta. De vi attractiva ignis electrici ac phaenomenis inde pendentibus foi o seu primeiro livro científico. Apesar da sua genialidade desde jovem, começou a falar somente aos quatro anos de idade.
Em 1751, com seis anos de idade, foi encaminhado pela família para a escola jesuítica, pois era de interesse familiar que seguisse uma carreira eclesiástica, porém, em 1759, com catorze anos decidiu estudar física, e dois anos depois abandonou a escola jesuítica e desistiu da carreira eclesiástica. Em 1775 aprimorou o eletróforo, uma máquina que produz eletricidade estática.
Volta é habitualmente conhecido como o inventor dessa máquina, que foi, de facto, inventada três anos antes.
Estudou a química dos gases entre 1776 e 1778.
Após ler um ensaio de Benjamin Franklin sobre "ar inflamável", procurou-o cuidadosamente em Itália, até descobriu o metano.
Assim, em novembro de 1776, Volta encontrou metano no lago Maior e, em 1778, conseguiu isolar o metano.
Em 1779 tornou-se professor de física na Universidade de Pavia, posição que ocupou durante 25 anos.
Em 1794 Volta casa-se com Teresa Peregrini, filha do conde Ludovico Peregrini. O casal teve três filhos.
Em setembro de 1801 Volta viaja a Paris aceitando um convite do imperador Napoleão Bonaparte, para mostrar as características da sua invenção (a pilha) no Institut de France. Em honra ao seu trabalho no campo de eletricidade, Napoleão tornou-o conde em 1810.
Em 1815, o imperador da Áustria nomeou Volta professor de filosofia na Universidade de Pádua.
Volta está enterrado na cidade de Como, Itália. O "Templo Voltiano", perto do lago de Como, é um museu devotado ao trabalho do físico italiano: os seus instrumentos e as publicações originais estão à mostra de todos.
      
Pilha de Volta
         
Volta e Galvani
Em 1800, como resultado de uma discórdia profissional sobre a resposta galvânica, defendida por Luigi Galvani (segundo a qual, os metais produziriam eletricidade apenas em contacto com tecido animal), Volta desenvolveu a primeira pilha elétrica (comprovando que, para a produção de eletricidade, a presença de tecido animal não era necessária), um predecessor das bateria e pilhas elétricas.
Volta determinou que os melhores pares de metais dissimilares para a produção de eletricidade eram o zinco e a prata.
Inicialmente, Volta experimentou células individuais em série, cada célula era um cálice de vinho cheio de salmoura na qual dois elétrodos dissimilares foram mergulhados. A pilha elétrica substituiu o cálice com um cartão embebido em salmoura. O número de células, e consequentemente, a tensão elétrica que poderiam produzir, estava limitado pela pressão exercida pelas células de cima, que espremiam toda a salmoura do cartão da célula de baixo.
No período de 1800 a 1815, após a invenção da pilha, houve grande evolução da eletroquímica.
   
Homenagens póstumas
Em 1881, uma unidade elétrica fundamental, o volt, foi nomeada em homenagem a Volta. Volta aparecia nas antigas notas de dez mil liras italianas, hoje fora de circulação. Também, em sua homenagem, uma cratera lunar recebeu o seu nome.
      

 

sábado, fevereiro 17, 2024

Arcangelo Corelli nasceu há 371 anos

    
  

 


A première da ópera Madame Butterfly foi há cento e vinte anos...

Cartaz de Madame Butterfly (litografia de Adolfo Hohenstein, 1904)
   
Madame Butterfly é uma ópera em três atos (originalmente em dois atos) de Giacomo Puccini, com libreto de Luigi Illica e Giuseppe Giacosa, baseado no drama de David Belasco, o qual por sua vez se baseia numa história escrita pelo advogado americano John Luther Long. Estreou no Teatro alla Scala (ou La Scala), de Milão, a 17 de fevereiro de 1904. É sobre um tenente da marinha norte-americana que se apaixona por uma gueixa.

Madame Butterfly estreou no Teatro Nacional de São Carlos, ópera de Lisboa a 10 de março de 1908.

A trama da ópera recebeu, mais tarde, uma citação na peça teatral (depois adaptada para o cinema) M. Butterfly, de David Henry Hwang (1988), inspirada no relacionamento entre um diplomata francês, Bernard Boursicot, e um cantor da ópera de Pequim, Shi Pei Pu. O nome Butterfly faz a ligação entre as duas histórias.

 
    

 


quinta-feira, fevereiro 15, 2024

Poema adequado à data...


 

Poema para Galileo

 

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.


Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!


Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.


Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar- que disparate, Galileo!
- e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.


Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caía
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.


Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente
um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.


Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias
nem a ti mesmo, na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.


Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto incessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão directa do quadrado dos tempos.

    
 
in Linhas de Força (1967) - António Gedeão

segunda-feira, fevereiro 12, 2024

Spallanzani morreu há 225 anos...

    
Lazzaro Spallanzani, italiano (Scandiano, 10 de janeiro de 1729 - Pavia, 12 de fevereiro de 1799) foi um padre, fisiologista e um estudioso das ciências naturais. Educado num colégio de jesuítas, Spallanzani abandonou os seus estudos em Direito na Universidade de Bolonha para se dedicar à ciência. O seu trabalho centrou-se na investigação da teoria da geração espontânea. Com suas experiências, Spallanzani mostrou que os micróbios movem-se pelo ar e que podem ser eliminados por fervura.
O seu intuito era derrubar as ideias de John Needham, que através das suas experiências havia "comprovado" que a vida poderia surgir espontaneamente de um caldo nutritivo, colocado num recipiente vedado e aquecido até à sua fervura. O problema do experimento de Needham eram os recipientes, que não foram bem vedados, permitindo a entrada de micro-organismos e a contaminação do caldo nutritivo, e uma fervura branda, que possivelmente não haveria matado todos os microrganismos que já estavam no caldo nutritivo. Spallanzani mostra que com os recipientes vedados de outra maneira mais eficiente e realizando a fervura por mais tempo, a vida não surge espontaneamente.
Porém Needham retorquiu afirmando que com aquela fervura Spallanzani havia acabado com o ar dos recipientes, impossibilitando o surgimento da vida. Realmente a experiência acabava com o oxigénio dos frascos. A controvérsia só veio a ser esclarecida mais tarde, com as descobertas de Louis Pasteur.
Além disso, aprofundou os estudos de René-Antoine Reaumur, ao demonstrar que o suco gástrico era um fator decisivo na digestão. Obteve suco gástrico fazendo um animal engolir um tubo atado a um fio para posteriormente o retirar cheio do suco digestivo. Com este suco realizava experiências sobre a digestão no estômago. Para assegurar as condições corretas de temperatura, mantinha os tubos de ensaio nas suas axilas, dispensando assim a necessidade de um termostato (que não existia na altura). Também fez experiências com animais, fazendo com que estes engolissem pedaços de carne presos por fios, que depois recuperava para observar a progressão da digestão, assim como os fazia engolir objetos metálicos. Também estudou o fenómeno nele próprio, engolindo, numa das vezes, uma saqueta de tela contendo pão e carne. Deixou ficar a saqueta durante 2 dias, retirando-a repetidamente para verificar a evolução da digestão. Concluiu que, ao fim de 18 horas, a carne estava completamente digerida mas o pão ficara intacto.
    

Franco Zeffirelli nasceu há cento e um anos

 
Franco Zeffirelli (Florence, Italy, 12 February 1923 – Rome, Italy, 15 June 2019) was an Italian director and producer of operas, films and television. He was also a senator from 1994 until 2001 for the Italian centre-right Forza Italia party.

Some of his operatic designs and productions have become worldwide classics.

He was also known for several of the movies he directed, especially the 1968 version of Romeo and Juliet, for which he received an Academy Award nomination. His 1967 version of The Taming of the Shrew with Elizabeth Taylor and Richard Burton remains the best-known film adaptation of that play as well. His miniseries Jesus of Nazareth (1977) won both national and international acclaim and is still frequently shown on Christmas and Easter in many countries.

A Grande Ufficiale OMRI of the Italian Republic since 1977, Zeffirelli also received an honorary British knighthood in 2004 when he was created a KBE. He was awarded the Premio Colosseo in 2009 by the city of Rome.


sábado, fevereiro 10, 2024

O Estado do Vaticano tem 95 anos


 

O Tratado de Latrão, "tratado de Santa Sé", "tratado de Roma-Santa Sé" é um dos pactos letaranenses de 1929 feito entre o Reino da Itália e a Santa Sé, ratificado em 7 de junho de 1929, dando fim à "Fronteira Ferroviaria".

Os pactos consistiam em três documentos:
  1. Um tratado político reconhecendo a total soberania da Santa Sé no estado da Cidade do Vaticano, doravante estabelecida.
  2. Uma concordata regulando a posição da Igreja Católica e a religião católica no Estado italiano.
  3. Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé por suas perdas territoriais e de propriedade.
Em 756, Pepino, o Breve, rei dos francos, deu ao Papa um grande território no centro de Itália. A existência destes Estados Pontifícios terminou quando, em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entraram em Roma e incorporaram no Reino de Itália esta parte do território. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX uma indemnização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém, recusa-se a reconhecer a nova situação e considera-se prisioneiro do poder laico, dando início assim à Questão Romana.
Embora tenha negado inicialmente a proposta do governo italiano, a Igreja aceita estas condições em 11 de fevereiro de 1929, por meio do Tratado de São João de Latrão ou simplesmente Tratado de Latrão, que criou um novo estado, assinado por Benito Mussolini, então chefe do Governo italiano, e o cardeal Pietro Gasparri, secretário de Estado da Santa Sé. Este Tratado formalizou a existência do Estado do Vaticano (cidade do Vaticano), Estado soberano, neutro e inviolável, sob a autoridade do papa, e os privilégios de extraterritorialidade do palácio de Castelgandolfo e das três basílicas de São João de Latrão, Santa Maria Maior e São Paulo Extramuros. Por outro lado, a Santa Sé renunciou aos territórios que havia possuído desde a Idade Média e reconheceu Roma como capital da Itália.
    

quinta-feira, fevereiro 01, 2024

Manon Lescaut, ópera de Puccini, estreou há 131 anos

    
Manon Lescaut é uma ópera em quatro atos de Giacomo Puccini, com libreto em italiano baseado na novela do Abade Prévost, L'Histoire du Chevalier des Grieux et de Manon Lescaut. Estreou a 1 de fevereiro de 1893, no Teatro Regio de Turim.
     

 

 


quarta-feira, janeiro 31, 2024

Dom Bosco morreu há 136 anos...

   
Dom Bosco
(Castelnuovo Don Bosco, 16 de agosto de 1815 - Turim, 31 de janeiro de 1888) foi um sacerdote católico salesiano italiano, fundador da Pia Sociedade São Francisco de Sales e proclamado santo em 1934. Nasceu João Melchior Bosco e foi aclamado por São João Paulo II como o "Pai e Mestre da Juventude". Dom Bosco é o padroeiro da capital federal do Brasil, Brasília.

João Melchior Bosco foi um sacerdote diocesano católico apostólico romano e educador. Desenvolveu a educação infanto-juvenil e o ensino profissional, sendo um dos criadores do sistema preventivo em educação. Dedicou-se também ao desenvolvimento da imprensa católica.
É o fundador da Pia Sociedade de São Francisco de Sales (1859), conhecida por salesianos, co-fundador da congregação das Filhas de Maria Auxiliadora, conhecidas por irmãs salesianas e fundador da Associação Internacional dos Cooperadores Salesianos. Foi beatificado a 2 de junho de 1929  e canonizado a 1 de abril de 1934, pelo Papa Pio XI, sendo o padroeiro dos jovens e dos aprendizes. O seu dia é celebrado a 31 de janeiro.
    

sábado, janeiro 27, 2024

Verdi morreu há cento e vinte e três anos...

     

Giuseppe Fortunino Francesco Verdi (Roncole, 10 de outubro de 1813 - Milão, 27 de janeiro de 1901) foi um compositor de óperas do período romântico italiano, sendo na época considerado o maior compositor nacional da Itália, tal como Richard Wagner o era na Alemanha.

Foi um dos compositores mais influentes do século XIX. As suas obras são executadas com frequência em teatros de ópera em todo o mundo e, transcendendo os limites do género, alguns de seus temas já estão há muito enraizados na cultura popular - como "La donna è mobile de Rigoletto, "Va, pensiero" (O Coro dos Escravos Hebreus) de Nabucco, "Libiamo ne' lieti calici" (A Canção da Bebida) de La Traviata e o "Grande Março de Aida. Embora sua obra tenha sido algumas vezes criticada por usar de modo geral a expressão musical diatónica em vez de uma cromática e com uma tendência de melodrama, as obras-primas de Verdi dominam o reportório padrão da Ópera um século e meio depois de realizar as suas composições.
   

 


sexta-feira, janeiro 26, 2024

Antonio Maria Abbatini nasceu há 429 anos

Antonio Maria Abbatini (Città di Castello, 26 de janeiro de 1595 - ?, depois de 15 março de 1679, provavelmente em agosto de 1679) foi um conhecido maestro e famoso compositor italiano. Deu a forma de canto gregoriano aos hinos da Igreja Católica, no ano de 1634, e deixou grande número de composições de música religiosa.

   

 

quarta-feira, janeiro 24, 2024

Nico Fidenco nasceu há noventa e um anos...

     
Nico Fidenco, nome artístico de Domenico Colarossi, (Roma, 24 de janeiro de 1933Roma, 19 de novembro de 2022) foi um cantor italiano e compositor de bandas sonoras de filmes que ganhou considerável popularidade a partir da década de 60 com o lançamento do single What a Sky (Su nel cielo), produzida para a banda sonora do filme I delfini de Francesco Maselli. Autodidata em música, Fidenco fez algumas versões cover de canções-título de filmes para o mercado italiano. Com a canção Legata a un granello di sabbia, foi o primeiro cantor italiano a vender um milhão de cópias de um single. Esse interesse pelo cinema o levou a ser um prolífico compositor de bandas sonoras, incluindo para filmes de western spaghetti e muitas produções do cineasta Joe D'Amato.

 


Modigliani morreu há 104 anos...


    
Amedeo Clemente Modigliani (Livorno, 12 de julho de 1884 - Paris, 24 de janeiro de 1920) foi um artista plástico e escultor italiano que viveu em Paris.
Artista principalmente figurativo, tornou-se célebre sobretudo pelos seus retratos femininos caracterizados por rostos e pescoços alongados, à maneira das máscaras africanas.
Morreu aos trinta e cinco anos, em condições de extrema pobreza material, vítima de meningite tuberculosa, agravada pelo excesso de trabalho, álcool e drogas.
 
Nu Couché au coussin Bleu

Female Head, 1911/1912
    
 

terça-feira, janeiro 23, 2024

Muzio Clementi nasceu há 272 anos

 
Muzio Clementi (Roma, 23 de janeiro de 1752 - Worcestershire, 10 de março de 1832) foi um músico italiano, naturalizado britânico. Foi provavelmente o primeiro compositor a escrever peças dedicadas às possibilidades dinâmicas do então novo instrumento de teclas e cordas percutidas: o piano.

     

 


segunda-feira, janeiro 22, 2024

Gramsci nasceu há 133 anos

 
Antonio Francesco Gramsci (Ales, 22 de janeiro de 1891 - Roma, 27 de abril de 1937) foi um filósofo marxista, jornalista, crítico literário, linguista, historiador e político italiano. Escreveu sobre teoria política, sociologia, antropologia, história e linguística. Foi membro-fundador e secretário-geral do Partido Comunista da Itália, e deputado pelo distrito do Veneto, sendo preso pelo regime fascista de Benito Mussolini. Gramsci é reconhecido, principalmente, pela sua teoria da hegemonia cultural que descreve como o Estado usa, nas sociedades ocidentais, as instituições culturais para conservar o poder. 

 

quarta-feira, janeiro 17, 2024

Tomaso Albinoni morreu há 273 anos...

Tomaso Giovanni Albinoni (Veneza, 8 de junho de 1671 – Veneza, 17 de janeiro de 1751) foi um compositor barroco italiano, nascido na República de Veneza, famoso na sua época como compositor de óperas, atualmente é mais conhecido pela sua música instrumental, parte da qual é regularmente regravada. Massificou a sua música, mas graças ao seu talento melódico e estilo pessoal foi tão popular na época quanto Arcangelo Corelli e Antonio Vivaldi.
Filho de um rico fabricante de papel, não pensava em seguir a carreira artística e muito menos em ganhar dinheiro com ela. Recusou-se a gerir a herança do pai e dedicou-se a compor para violino, passando a responsabilidade da fábrica para os seus dois irmãos mais novos. Estreou em Munique, em 1722, com muito sucesso.

Música e influência
Albinoni foi um dos primeiros compositores a escrever concertos para violino solo. A sua música instrumental atraiu a atenção de Johann Sebastian Bach, que escreveu pelo menos duas fugas sobre temas de Albinoni (Fuga sobre um tema de Albinoni em lá, BWV950, Fuga sobre um tema de Albinoni em si menor, BWV951) e constantemente usava os seus baixos como exercícios de harmonia para seus pupilos.
Grande parte do trabalho de Albinoni foi perdido na Segunda Guerra Mundial, com a destruição da Biblioteca Estadual da Saxónia, durante o bombardeamento de Dresden, em fevereiro de 1945. Por isso, pouco se sabe sobre o seu trabalho a partir de meados da década de 1720.
Quanto ao famoso "Adágio de Albinoni" (Adágio em sol menor para violino, cordas e órgão, T. Mi 26), que tornou Albinoni conhecido do grande público, aparentemente não foi escrito por ele. Trata-se de uma "reconstrução" de 1945, feita por Remo Giazotto, musicólogo e autor de uma biografia do compositor. Pouco depois da Segunda Guerra, Giazotto alegou ter recebido da Biblioteca Estadual da Saxônia, em Dresden, um fragmento manuscrito, que fora encontrado entre as ruínas do prédio, e que, segundo o musicólogo, seria parte do movimento adagio de uma sonata da chiesa (possivelmente a Op.4), composta por Albinoni por volta de 1708. Giazotto, que afirmava ter reconstituído a obra, registou-a posteriormente em seu nome, para efeito de direitos de autor, publicando-a em 1958. Porém, ele nunca publicou o tal fragmento de Albinoni. A composição integra a banda sonora do premiado filme Gallipoli, de 1981, sobre a campanha de mesmo nome, empreendida na Turquia, durante a Primeira Guerra Mundial.

Obras
Albinoni compôs cerca de oitenta óperas, das quais 28 foram produzidas em Veneza entre 1723 e 1740, das quais não resta quase nada. Aproximadamente setenta dessas partituras foram destruídas durante o bombardeamento a Dresden. Sabe-se entretanto que, no decénio de 1720, as suas óperas eram frequentemente representadas fora da Itália, principalmente em Munique. Além de trinta cantatas, das quais só uma foi publicada (Amesterdão, c. 1701), o que chegou até a nossa época foi a sua obra instrumental, que havia sido impressa, e na qual se destacam os seus concertos para oboé.



terça-feira, janeiro 16, 2024

Niccolò Piccinni nasceu há 296 anos

   

Niccolò Piccinni (Bari, 16 de janeiro de 1728Passy, 7 de maio de 1800) foi um compositor clássico italiano de sinfonias, música sacra, música de câmara e ópera.

Foi um dos mais populares compositores de ópera no seu tempo, especialmente de opera buffa napolitana. Historicamente, teve a infelicidade de ficar entre as gerações de seus grandes antecessores, como Pergolesi e os grandes compositores que lhe sucederam, incluindo Paisiello e Cimarosa.