O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Ao longo de sua vida pública, o Papa Francisco destacou-se por sua humildade, preocupação com os pobres e compromisso com o diálogo inter-religioso. Francisco teve uma abordagem menos formal ao papado do que seus antecessores, tendo escolhido residir na casa de hóspedes Domus Sanctae Marthae, em vez de nos aposentos papais do Palácio Apostólico usados por papas anteriores. Ele sustentava que a Igreja deveria ser mais aberta e acolhedora. Ele não apoiava o capitalismo definido "selvagem", o marxismo ou as versões marxistas da teologia da libertação. Francisco manteve as visões tradicionais da Igreja em relação ao aborto, casamento, ordenação de mulheres e celibato clerical. Opunha-se ao consumismo e apoiava a ação sobre as mudanças climáticas, foco de seu papado com a promulgação da encíclica Laudato si'.
Na realização desta grandiloquente obra concorreram amor e ódio...
Miguel Ângelo teria feito contrariado este trabalho, convencido que era
mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho do Papa Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu
do Papa. Mas, dedicou-se a tarefa e fez com tanta mestria que
praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os
afrescos no teto da Capela Sistina são, de facto, um dos maiores
tesouros artísticos da humanidade. É difícil acreditar que tenha sido
obra de um só homem, e que o mesmo ainda encontraria forças para
retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o “extraordinário espetáculo” do Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.
A superfície da abóbada
foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de
maneira que resultasse numa articulação do espaço dividido por pilares.
Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Génesis.
Foi um dos líderes mundiais que mais viajaram na história, tendo
visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia expressar-se em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco,
a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação
universal à santidade, beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos,
quantidade maior que a de todos os seus predecessores juntos nos cinco
séculos anteriores. Em 2 de abril de 2005, faleceu, devido à sua saúde débil e ao agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado beato em 1 de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano. Em 27 de abril de 2014, numa cerimónia inédita, presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo, juntamente com o Papa São João XXIII; a sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.
Eleição
Em agosto de 1978, após a morte do papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I. João Paulo I morreu após somente 33 dias como Papa, precipitando assim um outro conclave.
Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e
no início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a
magnitude da oposição a ambos significava que possivelmente nenhum
deles receberia os votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena, individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso: o Cardeal
polaco, Karol Józef Wojtyła, que, aos 58 anos, foi considerado jovem
pelos padrões papais. Finalmente ganhou a eleição na oitava votação, no
segundo dia do conclave, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos 111
eleitores participantes.De seguida, ele escolheu o nome de João Paulo
II, em homenagem ao seu antecessor, e o tradicional fumo branco informou
a multidão reunida na Praça de São Pedro, que um Papa havia sido
escolhido. Ele aceitou a sua eleição com essas palavras: ‘Com
obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de
Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo Sumo Pontífice apareceu à varanda, ele quebrou a tradição, dizendo à multidão reunida:
“
Queridos
irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido
papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo
Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre
muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao
receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso
Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei
se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu
cometer um erro, por favor ‘korrijam’ me...
”
Wojtyła tornou-se o 264 º papa, de acordo com a ordem cronológica da lista oficial dos Papas, e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos. Assim como o seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica, que simplificou a cerimónia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele, para beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado polaco, Cardeal Stefan Wyszyński, se ajoelhou, interrompeu-o e, simplesmente, deu-lhe um abraço.
Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade.
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estadosoberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.
A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 mil milhões de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim.
As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não
é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de
serviço, enquanto que o Estado da Cidade do Vaticano, cuida dos passaportes comuns. Em
ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.
O Tratado de Latrão, de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, descreve-a como uma
nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos
muito maiores Estados Pontifícios (756 – 1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte desse território foi absorvida pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma,
com uma pequena área perto dela, dez anos depois, em 1870. Os papas
residem na área, que em 1929, se tornou a Cidade do Vaticano, desde o
retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades
em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve
lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão,
pelo qual é conhecido.
A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa.
A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos
de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território
soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.
Papa Francisco e D. Cláudio Hummes na varanda central da basílica de S. Pedro
O filme da eleição do papa Francisco contado pelo cardeal que lhe pediu para não se esquecer dos pobres
«Estava sentado ao lado dele, ele estava à minha
direita e nós trocávamos algumas pequenas meditações, em voz baixa, ao
ouvido…»
Começa assim, como um filme gravado em direto, a
narração de outro protagonista que elegeu o primeiro papa
latino-americano da história, um cardeal também dessa lado do mundo,
Claudio Hummes, arcebispo emérito da maior diocese do Brasil, S. Paulo.
Um ao lado do outro, como acontecia há muito tempo, no
conclave de 2005, nos sínodos da última década, nas liturgias solenes,
juntos por causa daquele critério iniludível que é a idade.
«Os votos convergiam nele: estava a interiorizar muito
naquele momento, silencioso. Comentei com ele a possibilidade de poder
alcançar o número necessário para se tornar papa. Quando as coisas
começaram a estar um pouco mais perigosas para ele, confortei-o. Depois
houve o voto definitivo, e houve um grande aplauso. A contagem
prosseguiu até ao fim, mas eu abracei-o e beijei-o logo. E disse-lhe
aquela frase: “Não te esqueças dos pobres”.»
«Não tinha preparado nada, mas naquele momento veio do
meu coração, com força, dizer-lhe isso, sem me dar conta de ser a boca
através da qual falava o Espírito Santo. Ele disse que aquelas palavras
lhe tinham com força, que foi naquele momento que pensou nos pobres e
lhe veio à ideia o nome de S. Francisco.»
Tudo em poucos minutos, uma sucessão de instantes que D. Cláudio Hummes decompõe instante por instante.
«Foi interpelado, foi-lhe pedido se aceitava e com que
nome desejava ser chamado. O nome que pronunciou, Francisco, foi uma
enorme surpresa para todos. Quem teria imaginado que um papa poderia
chamar-se Francisco! Porque é uma figura exigente, e ele escolheu-a com
coração feliz e leve.»
«Identificou-se logo, percebeu que este nome
significava também um programa de Igreja. Até porque em S. Damião, S.
Francisco ouviu a palavra do crucifixo: vai e repara a minha igreja,
que está em ruína. São coisas fortes e ele teve esta coragem. Estava
sereno, muito sereno, todos estávamos espantados pela sua serenidade e
espontaneidade, e estava muito concentrado.»
D. Cláudio Hummes não precisa que lhe façam perguntas: a
sequência dos acontecimentos desenrola-se diante dos seus olhos e as
palavras acorrem aos seus lábios naturalmente e em bom italiano.
«Foi paramentar-se como papa na antiga sacristia da
Capela Sistina e ali começou a distender-se; realizou desde logo gestos
significativos: não colocou o manto mais solene, não quis a cruz de
ouro. Também não calçou os sapatos vermelhos, ficou com os seus; quanto
à estola, disse que só queria usá-la para a bênção [na varanda central
da Basílica de S. Pedro].»
Regressou à capela [Sistina] assim, despojado, vestido
com simplicidade, com os sapatos pretos com que tinha chegado de Buenos
Aires. Havia lá um trono onde devia sentar-se para a saudação, como
prevê o cerimonial; mas ficou de pé, abraçou os cardeais, um a um, com
uma espontaneidade maravilhosa. Era já Francisco que agia.»
Por um momento D. Cláudio Hummes concede-se um parêntesis:
«A coisa mais extraordinária é que os cardeais do
primeiro mundo confiaram-se a um latino-americano. Conduzir a Igreja
universal! Um latino-americano! Que fará com a Igreja? Pensa-se assim, é
natural para um europeu pensar assim. Sabemos que nos amam, nos
respeitam, no fundo somos filhos da Igreja da Europa. Mas somos uma
Igreja jovem. Então confia-se a um europeu. Ficamos todos mais seguros.
E foi sempre assim… se correu bem até agora… então é melhor continuar
assim.
«Mas estas seguranças em que nos apoiamos matam o
dinamismo do renovamento, de reforma, missionário da Igreja. O Espírito
Santo trabalhou os corações dos cardeais para se confiarem assim.»
Hummes retoma a narração:
«Canta-se um “Te Deum” em gregoriano enquanto se forma a
procissão para a varanda sobre a praça [de S. Pedro]. Já tinha chamado
o cardeal Vallini, o seu vigário para Roma; olhou para mim e disse-me:
“Vem, quero que estejas comigo neste momento”. Eu fui. Não estava
tenso, era espontâneo, uma coisa extraordinária! Permanecia o homem
gentil, simples de todos os dias.»
«Disse-nos para ir com ele à capela para uma oração
antes de chegar à praça. Entre a Capela Sistina e a varanda está a
Capela Paulina, onde celebrámos missa algumas vezes durante o conclave.
Quis ir lá, e enquanto se formava a procissão dos cardeais rezou-se
durante alguns minutos. Depois fomos para a praça.»
«Tinha acabado de chover, as pessoas tinham fechado os
chapéus-de-chuva. Mas dali, da varanda, talvez por causa das luzes das
televisões, não se viam bem as pessoas. Durante algum tempo não disse
nada. Muitos se perguntaram porque ficou em silêncio com os braços
estendidos ao longo do corpo. Simples: porque no adro havia uma banda
que tocava com intensidade; não era possível falar até que parassem, e
ele esperou que terminasse a música.»
«Depois saudou com um braço: “Buona sera”. A praça
explodiu. Estava muito sereno. Apresentou-se como o bispo de Roma,
falou como bispo de Roma; sabia que como bispo de Roma e o papa, mas
nunca usou a palavra “papa” em nenhum momento. Também disse: “O meu
antecessor, o bispo emérito de Roma Bento XVI”. Todos perceberam que
ele abria já grandes portas.»
Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé por suas perdas territoriais e de propriedade.
Em 756, Pepino, o Breve, rei dos francos, deu ao Papa um grande território no centro de Itália. A existência destes Estados Pontifícios terminou quando, em 1870, as tropas do rei Vítor Emanuel II entraram em Roma e incorporaram no Reino de Itália esta parte do território. Em 13 de março de 1871, Vítor Emanuel II ofereceu como compensação ao Papa Pio IX
uma indemnização e o compromisso de mantê-lo como chefe do Estado do
Vaticano, um bairro de Roma onde ficava a sede da Igreja. O papa porém,
recusa-se a reconhecer a nova situação e considera-se prisioneiro do
poder laico, dando início assim à Questão Romana.
Na realização desta grandiloquente obra concorreram amor e ódio...
Miguel Ângelo teria feito contrariado este trabalho, convencido que era
mais um escultor que um pintor. Encarregado pelo Papa Júlio II, sobrinho do Papa Sisto IV, de pintar o teto da capela, julgou ser um conluio de seus rivais para desviá-lo da obra para a qual havia sido chamado a Roma: o mausoléu
do Papa. Mas, dedicou-se a tarefa e fez com tanta mestria que
praticamente ofuscou as obras primas de seus antecessores na empresa. Os
afrescos no teto da Capela Sistina são, de facto, um dos maiores
tesouros artísticos da humanidade. É difícil acreditar que tenha sido
obra de um só homem, e que o mesmo ainda encontraria forças para
retornar ao local, duas décadas depois, e pintar na parede do altar, sacrificando, inclusive, alguns afrescos de Perugino, o “extraordinário espetáculo” do Juízo Final, entre 1535 e 1541, já sob o pontificado de Paulo III.
A superfície da abóbada
foi dividida em áreas concebendo-se arquitetonicamente o trabalho de
maneira que resultasse numa articulação do espaço dividido por pilares.
Nas áreas triangulares alocou as figuras de profetas e sibilas; nas retangulares, os episódios do Génesis.
Foi um dos líderes mundiais que mais viajaram na história, tendo
visitado 129 países durante o seu pontificado. Sabia expressar-se em italiano, francês, alemão, inglês, espanhol, português, ucraniano, russo, servo-croata, esperanto, grego clássico e latim, além do polaco,
a sua língua materna. Como parte de sua ênfase especial na vocação
universal à santidade, beatificou 1.340 pessoas e canonizou 483 santos,
quantidade maior que a de todos os seus predecessores juntos nos cinco
séculos anteriores. Em 2 de abril de 2005, faleceu, devido à sua saúde débil e ao agravamento da doença de Parkinson. Em 19 de dezembro de 2009 João Paulo II foi proclamado "venerável" pelo seu sucessor papal, o Papa Bento XVI. Foi proclamado beato em 1 de maio de 2011 pelo Papa Bento XVI na Praça de São Pedro no Vaticano. Em 27 de abril de 2014, numa cerimónia inédita, presidida pelo Papa Francisco, e com a presença do Papa Emérito Bento XVI, foi declarado Santo, juntamente com o Papa São João XXIII; a sua festa litúrgica celebra-se no dia 22 de outubro.
Eleição
Em agosto de 1978, após a morte do papa Paulo VI, o Cardeal Wojtyła votou no conclave papal que elegeu papa João Paulo I. João Paulo I morreu após somente 33 dias como Papa, precipitando assim um outro conclave.
Os defensores da Benelli estavam confiantes de que ele seria eleito, e
no início da votação, Benelli estava com nove votos. Entretanto, a
magnitude da oposição a ambos significava que possivelmente nenhum
deles receberia os votos necessários para ser eleito, e o Cardeal Franz König, Arcebispo de Viena, individualmente sugeriu a seus colegas eleitores um candidato de compromisso: o Cardeal
polaco, Karol Józef Wojtyła, que, aos 58 anos, foi considerado jovem
pelos padrões papais. Finalmente ganhou a eleição na oitava votação, no
segundo dia do conclave, de acordo com a imprensa italiana, com 99 votos dos 111
eleitores participantes.De seguida, ele escolheu o nome de João Paulo
II, em homenagem ao seu antecessor, e o tradicional fumo branco informou
a multidão reunida na Praça de São Pedro, que um Papa havia sido
escolhido. Ele aceitou a sua eleição com essas palavras: ‘Com
obediência na fé em Cristo, meu Senhor, e com confiança na Mãe de
Cristo e da Igreja, apesar das grandes dificuldades, eu aceito.’ Quando o novo Sumo Pontífice apareceu à varanda, ele quebrou a tradição, dizendo à multidão reunida:
“
Queridos
irmãos e irmãs, todos estamos ainda tristes com a morte do querido
papa João Paulo I. E agora os eminentíssimos Cardeais chamaram um novo
Bispo de Roma. Chamaram-no de um país distante… Distante, mas sempre
muito próximo pela comunhão na fé e na tradição cristã. Tive medo ao
receber esta nomeação, mas o fiz com espírito de obediência a Nosso
Senhor e com a confiança total na sua Mãe, a Virgem Santíssima. Não sei
se posso expressar-me bem na vossa... na nossa língua italiana. Se eu
cometer um erro, por favor ‘korrijam’ me...
”
Wojtyła tornou-se o 264 º papa, de acordo com a ordem cronológica da lista oficial dos Papas, e o primeiro papa não-italiano em 455 anos. Com apenas 58 anos de idade, ele foi o mais jovem papa eleito desde Pio IX em 1846, que tinha 54 anos. Assim como o seu antecessor imediato, João Paulo II dispensou a tradicional coroação papal e, em vez disso, recebeu a investidura eclesiástica, que simplificou a cerimónia de posse papal, em 23 de outubro de 1978. Durante a sua posse, quando os cardeais estavam a ajoelhar-se diante dele, para beijar o Anel do Pescador, ele levantou-se quando o prelado polaco, Cardeal Stefan Wyszyński, se ajoelhou, interrompeu-o e, simplesmente, deu-lhe um abraço.
Um reconhecimento total da soberania da Santa Sé no estado do Vaticano;
Uma concordata regulando a posição da religião católica no Estado;
Uma convenção financeira acordando a liquidação definitiva das reivindicações da Santa Sé pelas suas perdas territoriais (Estados Pontifícios) e de propriedade.
O Vaticano ou Cidade do Vaticano, oficialmente Estado da Cidade do Vaticano (italiano: Stato della Città del Vaticano; em latim: Status Civitatis Vaticanæ), é a sede da Igreja Católica e uma cidade-estadosoberana sem costa marítima cujo território consiste de um enclave murado dentro da cidade de Roma, capital da Itália. Com aproximadamente 44 hectares (0,44 km²) e com uma população de cerca de 800 habitantes, é o menor país do mundo, em área e habitantes.
A Cidade do Vaticano é uma cidade-Estado que existe desde 1929. É distinta da Santa Sé, que remonta ao cristianismo primitivo sendo a principal sé episcopal de 1,5 mil milhões de católicos romanos (latinos e orientais) de todo o mundo. Ordenanças da Cidade do Vaticano são publicadas em italiano; documentos oficiais da Santa Sé são emitidos principalmente em latim.
As duas entidades ainda têm passaportes distintos: a Santa Sé, como não
é um país, apenas trata de questões de passaportes diplomáticos e de
serviço, enquanto que o Estado da Cidade do Vaticano, cuida dos passaportes comuns. Em
ambos os casos, os passaportes emitidos são muito poucos.
O Tratado de Latrão,
de 1929, que criou a cidade-Estado do Vaticano, descreve-a como uma
nova criação (preâmbulo e no artigo III) e não como um vestígio dos
muito maiores Estados Pontifícios (756 – 1870), que anteriormente abrangiam a região central da Itália. A maior parte desse território foi absorvida pelo Reino de Itália em 1860 e a porção final, ou seja, a cidade de Roma,
com uma pequena área perto dela, dez anos depois, em 1870. Os papas
residem na área, que em 1929, se tornou a Cidade do Vaticano, desde o
retorno de Avinhão em 1377. Anteriormente, residiam no Palácio de Latrão na colina Célio no lado oposto de Roma, local que Constantino deu ao Papa Milcíades
em 313. A assinatura dos acordos que estabeleceram o novo Estado teve
lugar neste último edifício, dando origem ao nome Tratado de Latrão,
pelo qual é conhecido.
A Cidade do Vaticano é um Estado eclesiástico ou teocrático-monárquico, governado pelo bispo de Roma, o Papa.
A maior parte dos funcionários públicos são todos os clérigos católicos
de diferentes origens raciais, étnicas e nacionais. É o território
soberano da Santa Sé (Sancta Sedes) e o local de residência do Papa, referido como o Palácio Apostólico.