Carlos era o segundo filho do rei
Jaime VI da Escócia;
quando seu pai herdou o trono inglês em 1603 ele foi para a
Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se
herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão
Henrique Frederico
morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar
Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito
meses a
Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa
Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o
parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento
tentava restringir sua
prerrogativa real. Ele acreditava no
direito divino dos reis
e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de
seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas
interferências nas igrejas
inglesa e
escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um
monarca absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma
católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas,
como os
puritanos e
calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e
Guilherme Laud, quem Carlos nomeou
Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a
Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as
Guerras dos Bispos, aumentou a posição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na
Guerra Civil Inglesa.
Depois de ser derrotado em 1645, ele entregou-se às forças escocesas,
que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as
exigências de uma
monarquia constitucional e, temporariamente, fugiu em novembro de 1647. Recapturado na
Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o
Exército Novo de
Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por
traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma
república foi declarada. O
Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada. com o seu filho
Carlos II.
(...)
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra