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terça-feira, novembro 19, 2024

Carlos I, Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, nasceu há 424 anos

    
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 27 de março de 1625 até à sua execução em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603 ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca 
absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, que Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a posição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e, temporariamente, fugiu em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada. com o seu filho Carlos II.
    
(...)
     
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
   
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado do seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data de sua festa litúrgica varia dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.
     
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra
      

terça-feira, março 26, 2024

A Escócia e a Inglaterra aceitaram juntar-se num Reino Unido há 317 anos


O Tratado de União de 1707 foi um tratado que aboliu a independência da Inglaterra e da Escócia em favor de um novo Estado, o "Reino Unido da Grã-Bretanha". O acordo foi ratificado a 26 de março de 1707 pelos parlamentos da Inglaterra e Escócia e teve como principais efeitos:

  • A criação do novo Reino Unido da Grã-Bretanha: Inglaterra e Escócia encontravam-se até então sob um regime de união pessoal das coroas; agora, a independência formal dos dois países desapareceria em favor do novo Estado. O País de Gales, por sua vez, já havia sido anexado à Inglaterra no século XVI;
  • A dissolução dos parlamentos escocês e inglês e a sua substituição pelo novo parlamento da Grã-Bretanha (em Westminster);
  • a união aduaneira entre os dois países.
A Rainha Ana da Inglaterra tornou-se a primeira ocupante de um trono britânico único e a Escócia enviou 45 deputados para o parlamento unificado em Londres. Em contrapartida, o direito, a moeda e a Igreja escoceses continuaram separados.
Este evento histórico também é conhecido como "Atos de União de 1707" (Acts of Union, em inglês), uma referência às ratificações do tratado pelos parlamentos dos dois países.
 
in Wikipédia
 

  
O Reino da Grã-Bretanha acabou após o Ato de União de 1800, pelo que a Irlanda foi anexada e criado o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, após o final das Revoltas Irlandesas de 1798.
 

terça-feira, fevereiro 06, 2024

Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, morreu há 339 anos

       
Carlos II (Londres, 29 de maio de 1630 – Londres, 6 de fevereiro de 1685) foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 1660 até à sua morte. O seu pai, o rei Carlos I, foi executado no Palácio de Whitehall a 30 de janeiro de 1649, no auge da Guerra Civil Inglesa. O parlamento escocês proclamou-o rei, porém Oliver Cromwell derrotou-o na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para a Europa continental. Cromwell transformou-se no ditador da Inglaterra, Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias Unidas e nos Países Baixos Espanhóis.
Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar para a Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, dia do seu aniversário dos trinta anos, ele foi recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido ao seu pai em 1649.
  
(...)
    
Portugal lutava desde 1640 uma guerra contra a Espanha, para restaurar a sua independência, depois de uma união dinástica entre as duas coroas ocorrida em 1580. Portugal recebia ajuda da França, porém acabou abandonado pelo seu aliado em 1659, após o Tratado dos Pirenéus. As negociações de Portugal para o casamento de Carlos com Catarina de Bragança começaram durante o reinado de seu pai e, depois da Restauração, a rainha Luísa de Gusmão como regente reabriu as discussões que resultaram numa aliança com a Inglaterra. Um acordo de casamento foi assinado a 23 de junho de 1661, com o dote de Catarina dando aos ingleses Tânger, no norte da África, e as sete ilhas de Bombaim, na Índia, privilégios comerciais no Brasil e nas Índias, liberdade religiosa e comercial em Portugal e dois milhões de coroas portuguesas; enquanto Portugal conseguiu apoio militar e naval contra a Espanha e liberdade religiosa para Catarina na Inglaterra. Ela viajou para Portsmouth entre os dias 13 e 14 de maio de 1662, porém foi visitada por Carlos apenas no dia 20. Os dois se casaram no dia seguinte em duas cerimónias – uma católica, realizada em segredo, e depois uma anglicana, em público.
  
(...)
  
Catarina de Bragança não conseguiu produzir um herdeiro; as suas quatro gravidezes terminaram em abortos: os bebés natimortos em 1662, fevereiro de 1666, maio de 1668 e junho de 1669. O herdeiro presuntivo de Carlos era o seu irmão, o impopular e católico Jaime, Duque de Iorque e Albany. 
  
(...)
  
Carlos sofreu uma apoplexia repentina na manhã do dia 2 de fevereiro de 1685, morrendo aos 54 anos no Palácio de Whitehall quatro dias depois, em 6 de fevereiro de 1685, às 11.45 horas. O facto de sua doença e morte serem súbitas levaram a suspeitas de envenenamento, inclusive por parte de um dos médicos reais; entretanto, uma análise mais moderna diz que os sintomas da doença eram similares as de uma uremia (uma síndrome clínica devido à disfunção renal). Carlos, no seu leito de morte, pediu para seu irmão Jaime cuidar das suas amantes: "seja bom com Portsmouth e não deixe a pobre Nelly passar fome". Ele também disse a seus cortesãos que "Desculpem-me, cavalheiros, pelo tempo da morte". Ele foi recebido na Igreja Católica na última noite de sua vida, apesar de não ser claro o quanto ele estava consciente ou comprometido e ainda de onde a ideia se originou. Carlos foi enterrado na Abadia de Westminster "sem qualquer tipo de pompa" a 14 de fevereiro.
     

Brasão de Carlos II na Inglaterra
        

terça-feira, janeiro 30, 2024

Carlos I, rei de Inglaterra, Escócia e Irlanda, foi executado há 375 anos...

      
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, de 27 de março de 1625 até à sua execução, em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando o seu pai herdou o trono inglês, em 1603, ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir a sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, juntamente com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como demasiado católico. Ele  apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, quem Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a oposição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar a sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado, em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e fugiu, em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada com o seu filho, Carlos II.
     
(...)
    
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
       
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos I. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado à morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado de seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data da sua festa litúrgica varia, dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.
      
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra
        

domingo, dezembro 31, 2023

Catarina de Bragança, a infanta portuguesa que foi rainha inglesa, morreu há 318 anos

  
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
   
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
    
(...)
    
Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra, por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, deixou pelo menos à Inglaterra a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco. A sua responsabilidade pela introdução do chá é disputada já que já no ano de 1657, Thomas Garraway o vendia na sua loja de café em Londres na Exchange Alley. Isto aconteceu num período em que a East India Company o estava a vender abaixo dos preços dos Holandeses e o anunciava como uma panaceia para a apoplexia, catarro, cólica, tuberculose, tonturas, epilepsia, pedra, letargia, enxaquecas, parálise e vertigem. O hábito de beber chá já existiria, Catarina apenas o transformou na "instituição" que hoje conhecemos por five o'clock tea.
   

sábado, novembro 25, 2023

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 385 anos

      
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
     
Brasão de Catarina de Bragança, rainha consorte de Carlos II de Inglaterra
   

domingo, novembro 19, 2023

O Rei de Inglaterra, Escócia e Irlanda, Carlos I, nasceu há 423 anos

    
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 27 de março de 1625 até à sua execução em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603 ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca 
absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, que Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a posição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e, temporariamente, fugiu em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada. com o seu filho Carlos II.
    
(...)
     
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
   
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado do seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data de sua festa litúrgica varia dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.
     
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra
      

domingo, março 26, 2023

A Escócia e a Inglaterra aceitaram juntar-se num Reino Unido há 316 anos


O Tratado de União de 1707 foi um tratado que aboliu a independência da Inglaterra e da Escócia em favor de um novo Estado, o "Reino Unido da Grã-Bretanha". O acordo foi ratificado a 26 de março de 1707 pelos parlamentos da Inglaterra e Escócia e teve como principais efeitos:

  • A criação do novo Reino Unido da Grã-Bretanha: Inglaterra e Escócia encontravam-se até então sob um regime de união pessoal das coroas; agora, a independência formal dos dois países desapareceria em favor do novo Estado. O País de Gales, por sua vez, já havia sido anexado à Inglaterra no século XVI;
  • A dissolução dos parlamentos escocês e inglês e a sua substituição pelo novo parlamento da Grã-Bretanha (em Westminster);
  • a união aduaneira entre os dois países.
A Rainha Ana da Inglaterra tornou-se a primeira ocupante de um trono britânico único e a Escócia enviou 45 deputados para o parlamento unificado em Londres. Em contrapartida, o direito, a moeda e a Igreja escoceses continuaram separados.
Este evento histórico também é conhecido como "Atos de União de 1707" (Acts of Union, em inglês), uma referência às ratificações do tratado pelos parlamentos dos dois países.
 
in Wikipédia
 

  
O Reino da Grã-Bretanha acabou após o Ato de União de 1800, pelo que a Irlanda foi anexada e criado o Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda, após o final das Revoltas Irlandesas de 1798.
 

segunda-feira, fevereiro 06, 2023

Carlos II, rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda, morreu há 338 anos

       
Carlos II (Londres, 29 de maio de 1630 – Londres, 6 de fevereiro de 1685) foi o Rei da Inglaterra, Escócia e Irlanda desde 1660 até à sua morte. O seu pai, o rei Carlos I, foi executado no Palácio de Whitehall a 30 de janeiro de 1649, no auge da Guerra Civil Inglesa. O parlamento escocês proclamou-o rei, porém Oliver Cromwell derrotou-o na Batalha de Worcester, em 3 de setembro de 1651 e Carlos fugiu para a Europa continental. Cromwell transformou-se no ditador da Inglaterra, Escócia e Irlanda; Carlos passou nove anos em exílio na França, Províncias Unidas e nos Países Baixos Espanhóis.
Após a morte de Cromwell em 1658, uma crise política resultou na restauração da monarquia, com Carlos sendo convidado a retornar para a Grã-Bretanha. Em 29 de maio de 1660, dia do seu aniversário dos trinta anos, ele foi recebido em Londres com grande aclamação pública. Depois disso, todos os documentos legais foram datados como se ele tivesse sucedido ao seu pai em 1649.
  
(...)
    
Portugal lutava desde 1640 uma guerra contra a Espanha, para restaurar a sua independência, depois de uma união dinástica entre as duas coroas ocorrida em 1580. Portugal recebia ajuda da França, porém acabou abandonado pelo seu aliado em 1659, após o Tratado dos Pirenéus. As negociações de Portugal para o casamento de Carlos com Catarina de Bragança começaram durante o reinado de seu pai e, depois da Restauração, a rainha Luísa de Gusmão como regente reabriu as discussões que resultaram numa aliança com a Inglaterra. Um acordo de casamento foi assinado a 23 de junho de 1661, com o dote de Catarina dando aos ingleses Tânger, no norte da África, e as sete ilhas de Bombaim, na Índia, privilégios comerciais no Brasil e nas Índias, liberdade religiosa e comercial em Portugal e dois milhões de coroas portuguesas; enquanto Portugal conseguiu apoio militar e naval contra a Espanha e liberdade religiosa para Catarina na Inglaterra. Ela viajou para Portsmouth entre os dias 13 e 14 de maio de 1662, porém foi visitada por Carlos apenas no dia 20. Os dois se casaram no dia seguinte em duas cerimónias – uma católica, realizada em segredo, e depois uma anglicana, em público.
  
(...)
  
Catarina de Bragança não conseguiu produzir um herdeiro; as suas quatro gravidezes terminaram em abortos: os bebés natimortos em 1662, fevereiro de 1666, maio de 1668 e junho de 1669. O herdeiro presuntivo de Carlos era o seu irmão, o impopular e católico Jaime, Duque de Iorque e Albany. 
  
(...)
  
Carlos sofreu uma apoplexia repentina na manhã do dia 2 de fevereiro de 1685, morrendo aos 54 anos no Palácio de Whitehall quatro dias depois, em 6 de fevereiro de 1685, às 11.45 horas. O facto de sua doença e morte serem súbitas levaram a suspeitas de envenenamento, inclusive por parte de um dos médicos reais; entretanto, uma análise mais moderna diz que os sintomas da doença eram similares as de uma uremia (uma síndrome clínica devido à disfunção renal). Carlos, no seu leito de morte, pediu para seu irmão Jaime cuidar das suas amantes: "seja bom com Portsmouth e não deixe a pobre Nelly passar fome". Ele também disse a seus cortesãos que "Desculpem-me, cavalheiros, pelo tempo da morte". Ele foi recebido na Igreja Católica na última noite de sua vida, apesar de não ser claro o quanto ele estava consciente ou comprometido e ainda de onde a ideia se originou. Carlos foi enterrado na Abadia de Westminster "sem qualquer tipo de pompa" a 14 de fevereiro.
     

Brasão de Carlos II na Inglaterra
        

segunda-feira, janeiro 30, 2023

Carlos I, rei de Inglaterra, Escócia e Irlanda, foi executado há 374 anos

      
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda, de 27 de março de 1625 até à sua execução, em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando o seu pai herdou o trono inglês, em 1603, ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como demasiado católico. Ele  apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, quem Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a oposição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar a sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado, em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e fugiu, em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada com o seu filho, Carlos II.
     
(...)
    
Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
       
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos I. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado de seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data da sua festa litúrgica varia, dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.
      
Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra
        

sábado, dezembro 31, 2022

Catarina de Bragança, a portuguesa que foi rainha inglesa, morreu há 317 anos

  
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
    
(...)
    
Catarina não foi uma rainha popular na Inglaterra por ser católica, o que a impediu de ser coroada. Sem posteridade, deixou pelo menos à Inglaterra a geleia de laranja, o hábito de beber chá, além de lá ter introduzido o uso dos talheres e do tabaco. A sua responsabilidade pela introdução do chá é disputada já que já no ano de 1657, Thomas Garraway o vendia na sua loja de café em Londres na Exchange Alley. Isto aconteceu num período em que a East India Company o estava a vender abaixo dos preços dos Holandeses e o anunciava como uma panaceia para a apoplexia, catarro, cólica, tuberculose, tonturas, epilepsia, pedra, letargia, enxaquecas, parálise e vertigem. O hábito de beber chá já existiria, Catarina apenas o transformou na "instituição" que hoje conhecemos por five o'clock tea.
   

sexta-feira, novembro 25, 2022

A Rainha Catarina de Bragança nasceu há 384 anos

      
Catarina Henriqueta de Bragança (Vila Viçosa, 25 de novembro de 1638 - Lisboa, 31 de dezembro de 1705) foi uma Infanta de Portugal, depois Princesa da Beira, e, posteriormente, Rainha Consorte de Inglaterra e Escócia, pelo seu casamento com o rei Carlos II da casa de Stuart.
Filha do rei D. João IV de Portugal, da Casa de Bragança, e da sua consorte, a rainha D. Luísa de Gusmão, depois da morte da irmã mais velha, D. Joana, Princesa da Beira, assumiu o título de Princesa da Beira. Os seus irmãos foram os monarcas D. Afonso VI e D. Pedro II de Portugal.
     
Brasão da Rainha Catarina de Bragança, consorte do Rei Carlos II de Inglaterra
   

sábado, novembro 19, 2022

Carlos I, rei de Inglaterra, Escócia e Irlanda, nasceu há 422 anos

    
Carlos I (Dunfermline, 19 de novembro de 1600Londres, 30 de janeiro de 1649) foi o rei dos três reinos da Inglaterra, Escócia e Irlanda de 27 de março de 1625 até à sua execução em 1649.
Carlos era o segundo filho do rei Jaime VI da Escócia; quando seu pai herdou o trono inglês em 1603 ele foi para a Inglaterra, onde passou a maior parte de sua vida. Ele tornou-se herdeiro aparente das três coroas quando o seu irmão Henrique Frederico morreu em 1612. Uma tentativa, mal sucedida e impopular, de casar Carlos com uma princesa espanhola, culminou com uma visita de oito meses a Espanha em 1623, demonstrando a futilidade das negociações de casamento. Dois anos depois, ele casou com a francesa Henriqueta Maria.
Depois de sua sucessão, Carlos começou uma luta pelo poder contra o parlamento inglês, tentando obter uma receita enquanto o parlamento tentava restringir sua prerrogativa real. Ele acreditava no direito divino dos reis e achou que podia governar de acordo com a sua consciência. Muitos de seus súbditos eram contra as suas políticas, particularmente as suas interferências nas igrejas inglesa e escocesa e o aumento de impostos, sem o consentimento parlamentar, vendo as suas ações como de um monarca 
absoluto tirano.
As políticas religiosas de Carlos, junto com o seu casamento com uma católica, geraram antipatia e desconfiança entre grupos reformistas, como os puritanos e calvinistas, que o viam como muito católico. Ele apoiava clérigos controversos como Ricardo Montagu e Guilherme Laud, quem Carlos nomeou Arcebispo da Cantuária, falhando em ajudar as forças protestantes durante a Guerra dos Trinta Anos. As suas tentativas de forçar reformas religiosas na Escócia gerou as Guerras dos Bispos, aumentou a posição dos parlamentos inglês e escocês e ajudou a precipitar sua queda.
A partir de 1642, Carlos lutou contra as forças dos dois parlamentos na Guerra Civil Inglesa. Depois de ser derrotado em 1645, ele entregou-se às forças escocesas, que o entregaram ao parlamento inglês. Carlos recusou-se a aceitar as exigências de uma monarquia constitucional e, temporariamente, fugiu em novembro de 1647. Recapturado na Ilha de Wight, criou uma aliança com a Escócia, porém o Exército Novo de Oliver Cromwell consolidou o seu controle da Inglaterra, no final de 1648. Carlos foi julgado, condenado e executado por traição, em janeiro de 1649. A monarquia foi abolida e uma república foi declarada. O Interregnum inglês terminou em 1660 e a monarquia foi restaurada. com o seu filho Carlos II.
    
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Gravura contemporânea alemã da decapitação de Carlos I
   
Julgamento, execução e canonização pela Igreja Anglicana
Em 1649, a Câmara dos Comuns cria um tribunal para o julgamento de Carlos. Era a primeira vez que um monarca seria julgado na história da Inglaterra. No dia 29 de janeiro do mesmo ano, Carlos foi condenado a morte por decapitação. Ele foi decapitado no dia seguinte, do lado de fora da Banqueting House. O monarca foi enterrado no dia 7 de fevereiro na Capela de São Jorge (Castelo de Windsor), no Castelo de Windsor, numa cerimónia privada.
Durante o reinado do seu filho, Carlos II, Carlos I foi oficialmente canonizado pela Igreja Anglicana como "Rei Carlos, o Mártir" e "São Carlos Stuart", o único santo a ser oficialmente canonizado pela Comunhão Anglicana. A data de sua festa litúrgica varia dependendo dos calendários anglicanos locais. Ele é considerado um mártir que morreu pela preservação da sucessão apostólica na Igreja Anglicana. Há muitas sociedades dedicadas à sua devoção.

Brasão de Carlos como Rei da Inglaterra