quarta-feira, janeiro 29, 2020

Oprah faz hoje 66 anos

Oprah Gail Winfrey (Kosciusko, 29 de janeiro de 1954), mais conhecida simplesmente por Oprah Winfrey, é uma apresentadora de televisão e empresária dos Estados Unidos, vencedora de múltiplos prémios Emmy por seu programa The Oprah Winfrey Show, o talk-show com maior audiência da história da televisão americana.
É também uma influente crítica de livros, uma atriz nomeada para um Óscar, pelo filme A cor púrpura e editora da revista The Oprah Magazine. De acordo com a revista Forbes, Oprah foi eleita a mulher mais rica do ramo de entretenimento no mundo durante o século XX, uma das maiores filantropas de todos os tempos e a primeira mulher negra a ser incluída na lista de milionários, em 2003. Em 2010, era a única mulher a permanecer no topo da lista durante quatro anos sucessivos.
Apresentou o programa de entrevistas, The Oprah Winfrey Show, que esteve no ar durante vinte e cinco anos. O seu último programa foi transmitido a 25 de maio de 2011. Oprah disse  que iria dedicar-se à sua própria rede, OWN (The Oprah Winfrey Network) e a outros projetos pessoais.
Oprah também é psicóloga e foi a apresentadora mais bem paga da história da televisão dos Estados Unidos, ganhando cerca de 50 milhões de dólares por mês com todas as suas incumbências profissionais.
  

terça-feira, janeiro 28, 2020

Notícia sobre a pequena crise sísmica a decorrer nos Açores, perto do Faial

Sismos
Mais de quatro mil sismos registados no Faial em dois meses

Crise sísmica no arquipélago açoriano começou a 5 de novembro e o abalo de maior magnitude na escala de Richter foi a 18 de dezembro. Alguns são sentidos pela população, mas não há registo de danos.

Mapa sísmico do Faial

Entre 5 de novembro e 13 de janeiro de 2020, foram registados e localizados mais de 4000 sismos na região a oeste da ilha do Faial, revelou o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) nesta segunda-feira. Trata-se de sismos com magnitudes de 1,0 a 4,7 na escala de Richter, escreve o IPMA em comunicado, dizendo que há períodos de “maior libertação de energia e períodos mais calmos” e que é “expectável” que ocorram mais sismos nos próximos tempos.
Os sismos de maior magnitude aconteceram a 5 de novembro do ano passado, às 06.22 (mais uma hora no Continente e na Madeira) – com magnitude de 4,6 na escala de Richter – e a 18 de dezembro, às 08.51 locais, com magnitude de 4,7. “Da totalidade dos eventos registados, 35 foram sentidos com intensidades máximas variando de II/III a IV/V na escala Mercalli Modificada, não existindo informação de quaisquer danos”, refere o comunicado.
O IPMA esclarece também que a localização do arquipélago dos Açores dá-lhe “características de actividade sísmica intensa” por estar na zona de junção tripla das placas litosféricas Norte-Americana, Eurasiática e Núbia. “A sismicidade do Arquipélago organiza-se geralmente em sequências sísmicas, quer como réplicas de um evento principal, quer como enxames ou crises com sismos de magnitude reduzida a moderada, podendo os mais fortes ser sentidos pela população”, como parece ser o caso.
Uma das zonas onde é frequente registar-se períodos de forte actividade sísmica é na região a Oeste da ilha do Faial. Desde 5 de novembro de 2019 que foi detectado um aumento da frequência horária dos tremores, “com eventos localizados a cerca de 30 quilómetros a oeste do Capelo. Esta actividade sísmica mantém-se ainda em curso, embora com menor frequência diária”.
Em novembro, o Centro de Informação e Vigilância Sismovulcânica dos Açores (CIVISA) já afirmava que tinham registados mais de mil sismos no espaço de duas semanas. O presidente do CIVISA, Rui Marques, explicou nessa altura que a situação não era “anormal” tendo em conta que acontece “periodicamente”.

Notícia sobre o forte sismo que afetou as Caraíbas

Caraíbas
Sismo de 7,7 na escala de Richter atinge Cuba e Jamaica

Ainda não são conhecidos os estragos causados pelo fenómeno. Autoridades alertam para risco de tsunami em seis localizações.

Ponto negro mostra epicentro do sismo 

Um sismo com magnitude 7,7 na escala de Richter atingiu, na tarde desta terça-feira, o Sul de Cuba e algumas zonas do Noroeste da Jamaica.
O epicentro do sismo deu-se no mar das Caraíbas, a cerca de 125 quilómetros da cidade jamaicana de Lucea e aconteceu a dez quilómetros de profundidade, noticiou o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Como forma de prevenir as populações, as autoridades decidiram lançar um alerta de tsunami para a ilha de Cuba, Jamaica. ilhas Caimão, México, Honduras e Belize. Nos Estados Unidos, em Miami, o abalo foi sentido e vários edifícios foram evacuados por precaução nas áreas mais próximas da costa.


A magnitude avançada inicialmente era de 7,3 na escala de Richter, classificação que foi aumentado para 7,7, valor considerado alto que traduz um sismo fortes que poderá provocar danos consideráveis.
O Centro Internacional de Informações sobre Tsunamis, citado pela Reuters, alertou para as “ondas de tsunami perigosas geradas pelo sismo” que poderiam ocorrer em zonas"até 300 quilómetros do epicentro”, prevendo-se que as zonas de maior risco seriam as nas costas de Cuba, Jamaica e ilhas Caimão.
A magnitude forte do sismo não provou grandes danos nas capitais de Cuba e Jamaica, Havana e Kingston respectivamente. Apesar de ter classificado como “baixa” a probabilidade de ser afectada por um tsunami, as autoridades das ilhas Caimão recomendaram à população que procurasse refúgio em locais altos como forma de precaução, instando ainda ao afastamento das zonas costeiras. Vídeos partilhados nas redes sociais mostram fendas em algumas estradas criadas pelo abalo.


Algumas horas após o aviso, a entidade responsável pela gestão de desastres nas ilhas Caimão tranquilizaria a população, adiantando que apenas tinham sido registados “algumas queixas de danos estruturais a edifícios” e que o risco de tsunami baixara consideravelmente.


NOTA: novamente com alguns erros elementares, esta noticia - quando é que começam a pedir revisão científica do que publicam no Público...?

Sarah McLachlan - 52 anos

Sarah McLachlan (Halifax, 28 de janeiro de 1968) é uma cantora e compositora canadiana.
   
   

O vaivém espacial Challenger explodiu há 34 anos

  
O Challenger foi um vaivém espacial da NASA, o terceiro a ser fabricado, após o Enterprise e o Columbia. Foi a primeira vez ao espaço em 4 de abril de 1983.
Em 28 de janeiro de 1986, na STS-51-L (a sua décima missão), um defeito numa anilha (espécime de borracha que vedava o propulsor, onde estava combustível) de um dos propulsores provocou um incêndio repentino no tanque externo de combustível, causando a explosão da Challenger, a anilha endureceu com a baixa temperatura do dia 28, e não ficou flexível suficiente, matando todos os seus ocupantes, inclusive a professora Christa McAuliffe, a primeira civil a participar num voo espacial.
Este desastre paralisou o programa espacial dos Estados Unidos durante meses, durante os quais foi feita uma extensa investigação que concluiu por defeito no equipamento e no processo de controle de qualidade da fabricação das peças da nave espacial, a anilha.
A investigação sobre o acidente com o vaivém espacial foi liderada pelo famoso físico novaiorquino Richard Philips Feynman, que descobriu uma falha nos anéis de borracha que serviam para a vedação das partes do tanque de combustíveis, que apresentava anomalias na expansão quando a temperatura chegava aos 0°C. Feynman foi a público explanar as causas do acidente que chocou os Estados Unidos e fez uma demonstração na rede nacional de televisões e ao vivo.
  
  
   
STS-51-L foi o 25º voo do programa do vaivém espacial norte-americano, realizado com a nave Challenger, e que marcaria o primeiro voo de um civil a bordo de um vaivém espacial, a professora Christa McAuliffe. Lançado em 28 de janeiro de 1986 de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave explodiu 73 segundos após a descolagem, matando os sete tripulantes.
A tragédia, causada pelo rompimento de um anel de vedação no tanque externo de combustível sólido da nave, causando um incêndio seguido de explosão, foi o primeiro acidente fatal, em voo, de uma missão tripulada no programa espacial dos Estados Unidos.

António Feliciano de Castilho nasceu há 220 anos

António Feliciano de Castilho, 1.º Visconde de Castilho, (Lisboa, 28 de janeiro de 1800 - Lisboa, 18 de junho de 1875) foi um escritor romântico português, polemista e pedagogista, inventor do Método Castilho de leitura. Em consequência de sarampo perdeu a visão quase completamente aos 6 anos de idade. Licenciou-se em Direito na Universidade de Coimbra. Viveu alguns anos em Ponta Delgada, Açores, onde exerceu uma grande influência entre a intelectualidade local. Contra ele se rebelou Antero de Quental (entre outros jovens estudantes coimbrões) na célebre polémica do Bom-Senso e Bom-Gosto, vulgarmente chamada de Questão Coimbrã, que opôs os jovens representantes do realismo e do naturalismo aos vetustos defensores do ultra-romantismo.

A infância e a cegueira
Filho de D. Domícilia Máxima de Castilho e do seu marido, Dr. José Feliciano de Castilho, médico da Real Câmara e lente de prima da Universidade de Coimbra, que depois emigraria para o Brasil, apenas regressando com D. João VI.
Foi uma criança com dificuldades de saúde, incluindo sérios sintomas de tísica, as quais culminaram aos 6 anos de idade com um ataque de sarampo que o deixou cego. Apesar de nessa altura já saber ler e escrever, a cegueira impediu-o durante toda a vida de escrever e ler, tendo de estudar ouvindo a leitura de textos e sendo obrigado a ditar toda a sua obra literária.
Aprendendo somente pelo que ouvia ou lhe diziam, Castilho conseguiu alcançar razoável erudição no latim e nas humanidades clássicas, o conhecimento superficial de algumas línguas, e o conhecimento aprofundado da língua portuguesa, que lhe permitiu distinguir-se como poeta e prosador.

A Universidade de Coimbra e as primeiras obras
Acompanhado por seu irmão Augusto Frederico de Castilho, quase da mesma idade, com ele estudou humanidades, instruiu-se no conhecimento dos poetas latinos, que foram sempre os seus estudos predilectos, e com ele se matriculou na Universidade de Coimbra, na Faculdade de Cânones, em que ambos se formaram.
Foi discípulo do padre José Fernandes, latinista de primeira ordem e poeta muito apreciável, a quem deveu os elementos necessários para adquirir o conhecimento profundo da língua latina, que sempre o distinguiu.
O seu talento poético começou a desenvolver-se, sendo ainda criança; versejava com a máxima facilidade. Tinha 16 anos quando escreveu e publicou um Epicédio na morte da Augustíssima Senhora D. Maria I, Rainha Fidelíssima. Esta obra foi acolhida com surpresa, por ser firmada por um poeta de tão tenra idade e, sobretudo, cego. Em reconhecimento, foi-lhe concedida uma pequena pensão com carácter de incitamento.
Em 1818 publicou outro poemeto, intitulado À faustíssima acclamação de S. M. o S. D. João VI ao throno. Esta composição, e aquela que publicara a propósito do falecimento da rainha, granjearam-lhe a propriedade duma escrivaninha de ofício de escrivão chanceler e promotor do Juízo da Correição da cidade de Coimbra, cujo lugar, pelo impedimento imposto pela cegueira, foi exercido por seu tio António Barreto de Castilho.
Em 1820 publicou uma Ode à morte de Gomes Freire e seus Sócios. Nesse ano também imprimiu anonimamente o elogio dramático A Liberdade, para se representar num teatro particular.
No sarau realizado na Sala dos Capelos da Universidade, em 21 e 22 de Novembro de 1820, recitou várias composições, depois insertas na Collecção de poemas publicada em Coimbra.
Em 1821 imprimiu o seu poema pseudo clássico Cartas de Echo e Narciso, dedicadas à mocidade académica.
   
Os tempos de Castanheira do Vouga
O seu irmão Augusto, seu companheiro de estudos, optou pelo sacerdócio e em outubro de 1826 foi provido na paróquia de São Mamede de Castanheira do Vouga. António Feliciano, habituado à sua companhia, decidiu ir viver com ele, fixando-se naquela localidade até 1834.
Foram oito anos durante os quais Portugal viveu tempos difíceis, com as perseguições políticas e a violência generalizada, a que se seguiram as Guerras Liberais (1828-1834).
Apesar das naturais repercussões locais, Castanheira do Vouga foi para Castilho um local de refúgio, o que lhe permitiu atravessar aqueles tempos conturbados dedicando-se ao estudo dos clássicos. Foi nessa época que traduziu as Metamorfoses e os Amores de Ovídio, e que escreveu muitos dos versos que depois se incorporaram nas Escavações poéticas e que compôs os poemetos A noite do Castello e os Ciúmes do Bardo.
  
O casamento
A publicação das Cartas de Echo e Narciso motivou ao poeta uma aventura romântica. Uma dama reclusa no convento de Vairão, D. Maria Isabel Baena Coimbra Portugal, escreveu-lhe dando-se como uma nova Eco, e perguntando se ele procederia como Narciso. Esta intriga galante resultou numa série de quadras do Amor e Melancholia, que o poeta publicou em Coimbra no ano de 1828.
Concluída a guerra civil, e como resultado da extinção das ordens religiosas em Portugal levada a cabo pelos vencedores, esta senhora abandonou o convento e veio a casar com o poeta, realizando-se o casamento em 29 de julho de 1834.
Pouco durou este consórcio, pois Maria Isabel faleceu, sem filhos, a 1 de fevereiro de 1837.
Durante esse período, Castilho esteve empenhado num projecto visando divulgar a história de Portugal, iniciando uma publicação por fascículos intitulada Quadros históricos. Para tal, a Sociedade Propagadora dos Conhecimentos Úteis, que fundara o jornal literário O Panorama, publicou em 1839 oito fascículos da obra, em que colaborou Alexandre Herculano, escrevendo o último quadro.
   
Ida à Madeira e novo consórcio
No ano de 1840 acompanhou seu irmão Augusto à ilha da Madeira, onde este, afectado por tuberculose, procurava alívio para a doença. Não resultando o tratamento, Augusto faleceu na Madeira a 31 de dezembro desse ano.
Nesse mesmo ano casou com Ana Carlota Xavier Vidal, natural da ilha da Madeira.
Deste casamento, que duraria até 1871, ano em que faleceu a esposa, resultarão sete filhos, entre os quais o memorialista e continuador da obra literária paterna Júlio de Castilho e o igualmente escritor e poeta Eugénio de Castilho.

Os tempos áureos e a invenção do Methodo Portuguez
Nos primeiros dias de 1841 voltou da ilha da Madeira, e a 1 de outubro publicava-se o primeiro número da Revista Universal Lisbonense, por ele fundada e dirigida, e à qual se dedicaria em quase exclusivo até 1845.
Por esta época inicia o período mais fecundo da sua produção literária, consolidando a sua reputação como o "escritor do regime" cuja aprovação era necessária para o sucesso literário em Portugal. Esta predominância de Castilho e a criação de uma intrincada teia de elogios mútuos e de empoladas críticas favoráveis, resultantes mais de cumplicidades pessoais de que de real mérito literário, está na origem da célebre Questão Coimbrã do Bom-Senso e Bom-Gosto.
Castilho deixou a direcção da Revista Universal Lisbonense em 17 de junho de 1845, e nesse ano e no seguinte, de colaboração com seu irmão, o conselheiro José Feliciano de Castilho, deu princípio à Livraria Clássica Portuguesa, onde escreveu as biografias do padre Manuel Bernardes e de Garcia de Resende.
Em 1846 fez uma passagem pela política activa, militando no Partido Cartista e escrevendo um panfleto intitulado Chronica certa muito verdadeira da Maria da Fonte, escrevida por mim mesmo que sou seu tio, o mestre Manuel da Fonte, sapateiro do Peso da Régua, dada à luz por um cidadão demitido que tem tempo para tudo.
Preocupado com o aterrador analfabetismo da população portuguesa, por esse tempo começou a luta em que Castilho empenhou uma grande parte da sua vida. Pretendia fazer adoptar um seu método de leitura repentina, que denominou o Methodo Portuguez (depois conhecido como o Methodo Portuguez de Castilho) de aprendizagem da leitura, contra o qual se levantaram grandes polémicas.
Depois de uma luta pertinaz pela adopção do seu método, e no meio de uma generalizada descrença dos pedagogos sobre a sua eficácia, o governo nomeou-o Comissário para a Propagação do Methodo Portuguez e deu-lhe um lugar no Conselho Superior de Instrução Pública. Contudo, nunca adoptou oficialmente o método para uso generalizado nas escolas públicas, recusa que seria o eterno pesar da vida de Castilho.
   
O exílio nos Açores
Sofrendo de crónicos problemas financeiros e desgostoso por ver a frieza com que fora acolhida em Portugal o seu Método Português, em 1847 partiu para os Açores, fixando-se em Ponta Delgada, cidade onde viveu até 1850.
Recebido em Ponta Delgada como um herói, rapidamente conquistou a simpatia da aristocracia local, em particular da próspera elite dos comerciantes da laranja. Vivia-se então na ilha de São Miguel um período de prosperidade económica, assente sobre a exportação de laranjas para Inglaterra, e de procura de novas culturas industriais que permitissem manter o forte sector de exportação de produtos agroalimentares que entretanto se criara.
Instalado em São Miguel, com o apoio de alguns magnatas locais, entre os quais José do Canto, Castilho dedicou-se à escrita e ao fomento cultural.
Nesse período, escreveu em Ponta Delgada o Estudo Histórico-Poético de Camões, enriquecido de curiosas notas, fundou uma tipografia, onde se imprimiu o jornal o Agricultor Michalense, a convite da Sociedade Promotora da Agricultura da ilha, que o tinha contratado. Castilho era o redator principal, dedicando-se, para além da escrita, à realização de conferências que despertaram o amor de estudo.
Fundou a Sociedade dos Amigos das Letras e Artes, escreveu a Felicidade pela Agricultura, o Tratado de Mnemónica, o Tratado de metrificação, as Noções rudimentares para uso das escolas e traduziu os Colóquios aldeãos de Timon. "Os Colloquios aldeões de Timon: vertidos em vulgar. Ponta Delgada: Typ. Castilho, 1850" assim referenciados no catálogo da Biblioteca Nacional de Portugal, são a tradução de "Entretiens de village" (1843) do Vicomte de Cormenin (Louis Marie de Lahaye de Cormenin; 1788 - 1868), que assinava frequentemente sob o pseudónimo de Timon.
Tentou consolidar na ilha a tipografia e a gravura em madeira. Também compôs, para aplicar a poesia à música, e torná-la por isso mais atractiva, o Hymno do Trabalho, que se tornou muito popular, o Hymno dos Lavradores e o Hymno da Infância no Estudo.
Com o apoio das autarquias, por sua iniciativa criaram-se escolas gratuitas, umas de instrução primária, outras de instrução secundária e aí se ensaiou pela primeira vez a leitura repentina pelo Método Castilho.
   
Os últimos anos - a luta pelo Methodo Portuguez de Castilho
Desencantado com a sua experiência açoriana, a 22 de fevereiro de 1850 regressou a Lisboa, e dedicou-se com renovada energia à luta contra os adversários do seu método de leitura, de que se publicaram duas edições em 1850, saindo a terceira em 1853, refundida e acompanhada de vinhetas, com o título de Methodo Portuguez Castilho.
A sua actividade motivou grandes polémicas, em que por vezes Castilho actuou com grande dureza, como quando publicou a Tosquia de um Camelo, Carta a Todos os Mestres das Aldeias e das Cidades, em 1853, O Ajuste de Contas, em 1854, e Resposta aos Novíssimos Impugnadores do Methodo Portuguez, também em 1854.
Em 1853 foi nomeado Comissário Geral de Instrução Primária, tendo de imediato fomentado a abertura de cursos públicos em Lisboa, Coimbra, Leiria e Porto para instruir os professores no seu método, do qual publicou em 1854 a quarta edição.
A partir desta data, Castilho dedicou a maior parte do seu tempo à propaganda do Methodo Portuguez, embora continuasse a sua actividade como escritor e polemista.
Pretendendo alargar o uso a todo o mundo lusófono, em 1865 foi ao Brasil com o intuito de propagar o seu Methodo, donde voltou nesse mesmo ano, sendo recebido pelo imperador D. Pedro II do Brasil, a quem dedicou o seu drama Camões, e de quem foi sempre amigo, até à morte.
Quando D. Pedro V criou em 1858 as cadeiras do Curso Superior de Letras de Lisboa, ofereceu a Castilho a cadeira de literatura portuguesa, que ele não aceitou.
Em 1861 publicou uma nova edição do Amor e Melancholia, complementada com a Chave do Enigma e com uma autobiografia até 1837. Em 1862 publicou-se a tradução dos Fastos de Ovídio, em 6 volumes, seguida de notas escritas a seu convite por diferentes escritores portugueses. Em 1863 publicou-se a colecção de poesias Outono.
Em 1866 foi a Paris em companhia de seu irmão, José Feliciano de Castilho, sendo ali apresentado a Alexandre Dumas, de quem era apaixonado admirador. Nesse ano publicou em Paris a Lyrica d'Anacreonte e em 1867, também em Paris, promoveu uma edição luxuosa da tradução das Geórgicas de Virgílio. Em 1868 saíram os Ciúmes do Bardo, com a tradução em italiano feita pelo próprio autor.
Embora não soubesse alemão, Castilho empreendeu a tradução do Fausto de Johann Wolfgang von Goethe, primeira parte, sobre uma tradução francesa. Também sem conhecer o inglês, tentou a tradução de algumas obras de William Shakespeare. Surgiu uma polémica violenta, chamada a Questão faustiana. Existe um grande número de cartas de Castilho publicadas em jornais e revistas a este respeito. Ainda na área da imprensa, participou como colaborador em diversas publicações periódicas, nomeadamente no O Panorama (1837-1868), Jornal da Sociedade dos Amigos das Letras (1836) e Arquivo Pitoresco (1857-1868). Também se encontra colaboração da sua autoria, publicada postumamente, na revista Contemporânea (1915-1926).
O título de Visconde de Castilho foi-lhe concedido em duas vidas, por decreto de 25 de maio de 1870.
Faleceu em Lisboa a 18 de junho de 1875. Dada a sua fama, no seu funeral viram-se representadas todas as classes da sociedade, os ministros, os seus colegas académicos da Academia das Ciências de Lisboa, os representantes das letras e do jornalismo e os homens mais ilustres da magistratura, do professorado e das forças armadas.
Para comemorar o centenário do nascimento do notável homem de letras, colocou-se em 28 de janeiro de 1900 uma lápide no prédio de São Pedro de Alcântara onde nasceu.
 
   
OS TREZE ANOS

(Cantilena)


Já tenho treze anos,
que os fiz por Janeiro:
Madrinha, casai-me
com Pedro Gaiteiro.

Já sou mulherzinha,
já trago sombreiro,
já bailo ao Domingo
com as mais no terreiro.

Já não sou Anita,
como era primeiro;
sou a Senhora Ana,
que mora no outeiro.

Nos serões já canto,
nas feiras já feiro,
já não me dá beijos
qualquer passageiro.

Quando levo as patas,
e as deito ao ribeiro,
olho tudo à roda,
de cima do outeiro.

E só se não vejo
ninguém pelo arneiro,
me banho co’as patas
Ao pé do salgueiro.

Miro-me nas águas,
rostinho trigueiro,
que mata de amores
a muito vaqueiro.

Miro-me, olhos pretos
e um riso fagueiro,
que diz a cantiga
que são cativeiro.

Em tudo, madrinha,
já por derradeiro
me vejo mui outra
da que era primeiro.

O meu gibão largo,
de arminho e cordeiro,
já o dei à neta
do Brás cabaneiro,

dizendo-lhe: «Toma
gibão, domingueiro,
de ilhoses de prata,
de arminho e cordeiro.

A mim já me aperta,
e a ti te é laceiro;
tu brincas co’as outras
e eu danço em terreiro».

Já sou mulherzinha,
já trago sombreiro,
já tenho treze anos,
que os fiz por Janeiro.

Já não sou Anita,
sou a Ana do outeiro;
Madrinha, casai-me
com Pedro Gaiteiro.

Não quero o sargento,
que é muito guerreiro,
de barbas mui feras
e olhar sobranceiro.

O mineiro é velho,
não quero o mineiro:
Mais valem treze anos
que todo o dinheiro.

Tão-pouco me agrado
do pobre moleiro,
que vive na azenha
como um prisioneiro.

Marido pretendo
de humor galhofeiro,
que viva por festas,
que brilhe em terreiro.

Que em ele assomando
co’o tamborileiro,
logo se alvorote
o lugar inteiro.

Que todos acorram
por vê-lo primeiro,
e todas perguntem
se ainda é solteiro.

E eu sempre com ele,
romeira e romeiro,
vivendo de bodas,
bailando ao pandeiro.

Ai, vida de gostos!
Ai, céu verdadeiro!
Ai, Páscoa florida,
que dura ano inteiro!

Da parte, madrinha,
de Deus vos requeiro:
Casai-me hoje mesmo
com Pedro Gaiteiro.

A canção We Are The World foi gravada há 35 anos...

  
We Are The World é uma canção composta por Michael Jackson e Lionel Richie, gravada em 28 de janeiro de 1985 por 45 dos maiores nomes da música norte-americana, no projeto conhecido como USA for Africa. A música tinha como objetivo arrecadar fundos para o combate à fome no continente africano. Inspirados pelo Band Aid, festival organizado pelo músico irlandês Bob Geldof, que reuniu dezenas de astros da música mundial, Michael e Lionel convocaram 45 dos maiores nomes da música norte americana em torno do projeto. O single, o LP e o clipe renderam cerca de 55 milhões de dólares. We Are the World apresentava 44 vocalistas diferentes, incluindo Michael Jackson, Lionel Richie, Harry Belafonte, Tina Turner, Bruce Springsteen, Billy Joel, Kenny Rogers, Bob Dylan, Cyndi Lauper, Diana Ross,Ray Charles eStevie Wonder. Foi produzido pelo maestro Quincy Jones, que também fez a regência do grupo vocal. A vendagem atingiu 7 milhões de cópias só nos Estados Unidos, tornando-se um dos singles mais vendidos de todos os tempos.
A canção foi lançada em 7 de março de 1985 como single único do álbum. Um sucesso comercial internacional, a canção liderou diversas paradas musicais em todo o mundo, tornando-se single mais rapidamente difundido na história da música pop. Além disso, foi também o primeiro single certificado com "platina múltipla" e "platina quádrupla" pela Recording Industry Association of America (RIAA).
A iniciativa desencadeou no Brasil a campanha Nordeste já, que seguiu a ideia original. Em 1987, a Rede Globo, no programa Fantástico, lançou o vídeoclipe da música "Viver outra Vez" em benefício da campanha em combate à SIDA, onde participaram vários cantores populares em evidência no país.
Em 12 de janeiro de 2010, após a devastação causada por um sismo de magnitude 7.0 no Haiti, um grande grupo de artistas foi reunido para regravar a canção, lançada como "We Are the World 25 for Haiti".
  
Maestro:


 

Vocalistas principais (por ordem de aparição):

Orquestra:


segunda-feira, janeiro 27, 2020

O campo de concentração de Auschwitz foi libertado há 75 anos...

Entrada para Auschwitz II-Birkenau, o campo de extermínio do complexo de Auschwitz
  
Auschwitz-Birkenau é o nome de uma rede de campos de concentração localizados no sul da Polónia operados pelo Terceiro Reich nas áreas polacas anexadas pela Alemanha Nazi, maior símbolo do Holocausto perpetrado pelos nazis durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1940, o governo de Adolf Hitler construiu vários campos de concentração e um campo de extermínio nesta área. A razão direta para sua construção foi o facto de que as prisões em massa de judeus, especialmente polacos, por toda a Europa que ia sendo conquistada pelas tropas nazis, excediam em grande número a capacidade das prisões convencionais até então existentes. Ele foi o maior dos campos de concentração nazis, consistindo de Auschwitz I (campo principal e centro administrativo do complexo); Auschwitz II–Birkenau (campo de extermínio), Auschwitz III–Monowitz, e mais 45 campos satélites.
Por um longo tempo, Auschwitz era o nome alemão dado a Oświęcim, na Baixa Polónia, a cidade em volta da qual os campos se localizavam. Ele tornou-se novamente o nome oficial após a invasão da Polónia pela Alemanha em setembro de 1939. "Birkenau", a tradução alemã para Brzezinka (floresta de bétulas), referia-se originalmente a uma pequena vila polaca que foi destruída para que o campo pudesse ser construído.
Em 27 de abril de 1940, Heinrich Himmler, o Reichsführer da SS, deu ordens para que a área dos antigos alojamentos da artilharia do exército, no local agora oficialmente denominado Auschwitz, ex-Oświęcim, fosse transformada em campos de concentração. No complexo construído, Auschwitz II–Birkenau foi designado por ele como campo de extermínio e o lugar para a Solução final dos judeus. Entre o começo de 1942 e o fim de 1944, trens transportaram judeus de toda a Europa ocupada para as câmaras de gás do campo. O primeiro comandante, Rudolf Höss, testemunhou depois da guerra, no Julgamento de Nuremberga, que mais de três milhões de pessoas haviam morrido ali, 2.500.000 gaseificadas e 500.000 de fome e doenças. Hoje em dia os números mais aceites são em torno de 1,3 milhão, sendo 90% deles de judeus. Outros deportados para Auschwitz e executados foram 150 mil polacos, 23 mil ciganos romenos, 15 mil prisioneiros de guerra soviéticos, cerca de 400 Testemunhas de Jeová e dezenas de milhares de pessoas de diversas nacionalidades. Aqueles que não eram executados nas câmaras de gás morriam de fome, doenças infecciosas, trabalhos forçados, execuções individuais ou experiências médicas. 
Em 27 de janeiro de 1945 os campos foram libertados pelas tropas soviéticas, dia este que é comemorado mundialmente como o Dia Internacional da Lembrança do Holocausto, assim designado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, resolução 60/7, em 1 de novembro de 2005, durante a 42º sessão plenária da Organização. Em 1947, a Polónia criou um museu no local de Auschwitz I e II, que desde então recebeu a visita de mais de 30 milhões de pessoas de todo mundo, que já passaram sob o portão de ferro que tem escrito em seu cimo o infame motto "Arbeit macht frei" (O Trabalho Liberta). Em 2002, a UNESCO declarou oficialmente as ruínas de Auschwitz-Birkenau como Património da Humanidade.

Arbeit macht frei, no topo do portão de entrada de Auschwitz
   
 
ARBEIT MACHT FREI
  
Punham o comboio em marcha quando a hora
chegava. Carruagens fechadas, vagões atrelados,
o caminho era em frente. Olhavam a paisagem,
quando se distraíam ; mas logo voltavam
a atenção para os carris, gracejando ao trocarem
de lugar quando chegava a hora das refeições.
Nas paragens, bebiam pela garrafa; e nem
davam pelo que se passava atrás deles: estava
longe o destino, as paragens eram muitas, e
tinham de as compensar com horas extraordinárias
para cumprir o horário: regulamentos são ordens,
estavam à sua espera, e só depois de feita
a entrega podiam mudar o sentido da máquina
e fazer o caminho de volta, vagões vazios
e limpos, e tudo a andar mais depressa porque
já não havia peso a atrasar a marcha. São
assim os bons profissionais, cumpridores,
e não há notícia de greves, desvios,
perguntas sobre o que enchia os vagões.
  
  

in Fórmulas de uma luz inexplicável (2012) - Nuno Júdice

Djavan - 71 anos

  
Djavan Caetano Viana (Maceió, 27 de janeiro de 1949) é um cantor, compositor, produtor musical e guitarrista brasileiro. As músicas de Djavan são conhecidas pelas suas "cores". Ele retrata muito bem nas suas composições a riqueza das cores do dia-a-dia e utiliza de seus elementos em construções metafóricas de maneira distinta dos demais compositores. As músicas são amplas, confortáveis chegando ao requinte de um luxo acessível a todos. Até hoje é conhecido mundialmente pela sua tradição e o ritmo da música cantada. Djavan combina tradicionais ritmos sul-americanos com música popular dos Estados Unidos, Europa e África. Entre seus sucessos musicais destacam-se "Seduzir", "Flor de Lis", "Lilás", "Pétala", "Se…", "Nem um Dia", "Eu te Devoro", "Açaí", "Segredo", "A Ilha", "Faltando um Pedaço", "Oceano", "Esquinas", "Samurai", "Boa Noite" e "Acelerou".
  

Pete Seeger morreu há seis anos...

Peter "Pete" Seeger (Nova Iorque, 3 de maio de 1919 - Nova Iorque, 27 de janeiro de 2014) foi um músico dos Estados Unidos de música folk. A sua carreira teve início na década de 40, atingindo o auge como membro da banda The Weavers, que atingiu o primeiro lugar da lista dos LP's mais vendidos da Billboard durante 13 semanas, em 1950, com a canção "Goodnight, Irene", originalmente gravada por Leadbelly. Na década de 1960, reemergiu nos media como pioneiro da música de protesto contra a guerra e a favor dos direitos civis.
Como compositor, é mais conhecido como autor da canções "Where Have All the Flowers Gone?", "If I Had a Hammer" e "Turn! Turn! Turn!", que foram gravadas por vários artistas de todo o mundo. "Where Have All the Flowers Gone?" foi popularizada por Marlene Dietrich e Johnny Rivers; "If I Had a Hammer", por Trini Lopez e "Turn! Turn! Turn!", pelos Byrds. Também foi responsável pela popularização da canção espiritual "We Shall Overcome", que ficou conhecida como símbolo do Movimento pelos Direitos Civis da década de 1960.
O cantor morreu em Nova Iorque, de causas naturais.
     
  

A NASA teve as primeiras mortes há 53 anos

   
A Apollo I (ou AS-204) foi o nome dado à nave Apollo/Saturno 204 (AS-204) que se incendiou durante um treino, a 27 de janeiro de 1967, em homenagem póstuma aos astronautas vitimados neste acidente. Foi o primeiro grande desastre do programa espacial norte-americano que custou a vida a seres humanos.
 Da esquerda para a direita: Grissom, White e Chafee
     
Tripulação
   
A Missão
A missão da Apollo I (que foi proposto para ultrapassar a URSS na Corrida Espacial), baseava-se em lançar o primeiro módulo de comando Apollo em órbita da Terra, através do foguete Saturno IB. Os astronautas, que participariam da missão, foram escolhidos secretamente e somente foram anunciados em 21 de março de 1966.
Ela seguiu os mesmos padrões dos projetos Mercury e Gemini, que consistia em missões de órbitas de módulos espaciais.
   
Detalhe do Módulo de Comando da Apollo I após o acidente
   
Acidente
Em 27 de janeiro de 1967, os astronautas 'Gus' Grissom, Ed White e Roger Chaffee, do Projeto Apollo, morreram no solo num incêndio dentro da cabine de comando. O que ocorreu de facto foi um curto-circuito no interior da cabine, Grissom, via rádio, comunicava que havia fogo no "cockpit". Segundos mais tarde, podia-se ouvir Chaffee dizendo que ele e seus companheiros sairiam do módulo de comando. Mas não puderam, pois a escotilha de saída possuía apenas trancas mecânicas, e os esforços dos astronautas na tentativa de abrí-la mostraram-se inúteis. A equipa que trabalhava fora da nave espacial procurava, em vão, abrir a escotilha, no meio de um calor insuportável.
Quando, finalmente, conseguiu-se abrir o módulo de comando, os três astronautas já estavam mortos, ainda que a roupa espacial os tenha protegido do fogo, a inalação excessiva de fumo foi fatal. Como resultado desse acidente, toda programação do projeto Apollo foi atrasada em mais de vinte e um meses. Durante esse período, os engenheiros da NASA modificaram completamente a cabine do módulo de comando e cerca de 1.300 alterações foram feitas.
A primeira missão tripulada bem sucedida do projeto Apollo foi o voo da missão Apollo VII.
  
in Wikipédia
  
The names of the three astronauts on the Space Mirror at the Kennedy Space Center
  
Stars, landmarks on the Moon and Mars
  • Apollo astronauts frequently aligned their spacecraft inertial navigation platforms and determined their positions relative to the Earth and Moon by sighting sets of stars with optical instruments. As a practical joke, the Apollo I crew named three of the stars in the Apollo catalog after themselves and introduced them into NASA documentation. Gamma Cassiopeiae became Navi – Ivan (Gus Grissom's middle name) spelled backwards. Iota Ursae Majoris became Dnoces – "Second" spelled backwards, for Edward H. White II. And Gamma Velorum became Regor – Roger (Chaffee) spelled backwards. These names quickly stuck after the Apollo I accident and were regularly used by later Apollo crews.
  • Craters on the Moon and hills on Mars are named after the three Apollo I astronauts.
    

Francis Drake morreu há 424 anos

  
Sir Francis Drake, (Tavistock, circa 1540 - Portobelo, 27 de janeiro de 1596) foi um capitão inglês, vice-almirante do Reino Unido, corsário, navegador, um pirata famoso e um político da era elisabetana. Isabel I da Inglaterra condecorou Drake como cavaleiro em 1581. Ele foi o segundo em comando da frota inglesa contra a Invencível Armada em 1588, subordinado apenas a Charles Howard e à própria rainha. Morreu de disenteria em janeiro de 1595, depois de um ataque fracassado a San Juan, Porto Rico.
As suas façanhas eram lendárias, tornando-o um herói para os ingleses, mas um pirata para os espanhóis, a quem ele era conhecido como El Draque, 'Draque' sendo a pronúncia espanhola 'Drake'. O seu nome em latim era Franciscus Draco ("Francis the Dragon"). O rei Filipe II ofereceu uma recompensa por sua vida de 20.000 ducados, cerca de £4.000.000 (EUA $ 6,5 milhões) pelos padrões modernos. Entre outras coisas, é famoso por ter sido o primeiro inglês a realizar uma volta ao mundo, em 1577-1580.
  
Pirataria
Ficou conhecido por sua luta obstinada contra Filipe II da Espanha e por ter sido o primeiro dos grandes da marinha inglesa. Liderou a esquadra inglesa que derrotou a Invencível Armada, tida como a maior força naval da Europa à época, com desvantagem numérica e poucos mantimentos, assegurando a supremacia naval britânica. Fez pirataria no Caribe contra navios e possessões espanholas, viajou ao longo da América do Norte e foi o primeiro comandante inglês a circum-navegar o mundo.
Alguns historiadores afirmam que teria sido filho bastardo de Isabel I de Inglaterra. Chegou a capitão de navio aos vinte anos de idade. Dois anos mais tarde foi atacado e derrotado pela armada espanhola, perdendo o navio e quase perdendo a vida, o que lhe legou um ressentimento profundo aos espanhóis.
Em 1577, a rainha enviou Drake numa expedição para atacar os espanhóis ao longo da costa do Pacífico nas Américas. Drake partiu no Golden Hind (Corça Dourada), atravessou o estreito de Magalhães, devastou os territórios espanhóis das costas ocidentais da América, tomou posse da Califórnia (a que chamou "Nova Albion"), e regressou à Europa via Índias Orientais pela rota do cabo da Boa Esperança tendo completado a segunda circum-navegação do mundo (1580). O seu golpe mais famoso foi o ataque ao galeão espanhol Cacafuego (1579) ao largo da costa do Panamá.
Em 1588, liderou a armada inglesa na defesa ao ataque da Invencível Armada, da qual afundou vinte e três navios.
Às 04.00 horas do dia 28 de janeiro de 1596 a bordo do Defiance, Sir Francis Drake morreu de disenteria, com cerca de 55 anos. No dia seguinte (29), ele foi enterrado no mar, próximo de Portobelo, num caixão de chumbo, ao som de trombetas e canhões. Segundo uma lenda, o seu corpo foi lançado ao mar trajando uma armadura de ouro de dezoito quilates, com a sua espada, também de ouro.
    
Sir Francis Drake com o novo brasão, com o seu lema: Sic Parvis Magna, traduzido literalmente: "As grandes coisas de pequenas (vêm)" - a mão que sai das nuvens diz Auxilio Divino, traduzido "Com ajuda divina"