O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Em 1914 a sua família foi para a Suíça, onde ele estudou, viajando depois para a Espanha. No seu regresso à Argentina, em 1921, Borges começou a publicar os seus poemas e ensaios em revistas literárias surrealistas. Também trabalhou como bibliotecário e professor universitário público. Em 1955 foi nomeado diretor da Biblioteca Nacional da República Argentina e professor de literatura na Universidade de Buenos Aires. Em 1961, destacou-se no cenário internacional quando recebeu o primeiro prémio internacional de editores, o Prémio Formentor.
O seu trabalho foi traduzido e publicado extensamente no Estados Unidos e Europa. Borges era fluente em várias línguas.
A sua obra abrange o "caos que governa o mundo e o caráter de irrealidade em toda a literatura". Os seus livros mais famosos, Ficciones (1944) e O Aleph (1949), são coletâneas de histórias curtas interligadas por temas comuns: sonhos, labirintos, bibliotecas, escritores fictícios e livros fictícios, religião, Deus. Os seus trabalhos têm contribuído significativamente para o género da literatura fantástica. Estudiosos notaram que a progressiva cegueira
de Borges ajudou-o a criar novos símbolos literários através da
imaginação, já que "os poetas, como os cegos, podem ver no escuro". Os
poemas de seu último período dialogam com vultos culturais como Spinoza, Luís de Camões e Virgílio.
A sua fama internacional foi consolidada na década de 60, ajudado pelo "boom latino-americano" e o sucesso de Cem Anos de Solidão de Gabriel García Márquez. Para homenagear Borges, em O Nome da Rosa, um romance de Umberto Eco, há o personagem Jorge de Burgos,
que além da semelhança no nome é cego assim como Borges, foi ficando
ao longo da vida. Além da personagem, a biblioteca que serve como plano
de fundo do livro é inspirada no conto de Borges A Biblioteca de Babel (Uma biblioteca universal e infinita que abrange todos os livros do mundo).
O escritor e ensaísta John Maxwell Coetzee
disse sobre ele: "Ele, mais do que ninguém, renovou a linguagem de
ficção e, assim, abriu o caminho para uma geração notável de romancistas
hispano-americanos".
Jorge Luis Borges nasceu em uma família de classe média com boa
educação. A mãe de Borges, Leonor Acevedo Suárez, veio de uma
tradicional família uruguaia. O seu livro de 1929 Cuaderno San Martín incluiu um poema, "Isidoro Acevedo", em homenagem ao seu avô materno, Isidoro de Acevedo Laprida, um soldado do exército de Buenos Aires que era contra o ditador Juan Manuel de Rosas. Um descendente do advogado e político argentino Francisco Narciso de Laprida, Acevedo lutou nas batalhas de Cepeda em 1859, Pavón em 1861 e Los Corrales em 1880. Isidoro de Acevedo Laprida morreu de congestão pulmonar na casa onde o seu neto Jorge Luis Borges nasceu.
Segundo um estudo de António Andrade, Jorge Luis Borges tinha ascendênciaportuguesa: o bisavô de Borges, Francisco, teria nascido em Portugal em 1770 e vivido na localidade de Torre de Moncorvo, vila do norte de Portugal, antes de emigrar para a Argentina, onde teria casado com Cármen Lafinur.
Aos sete anos de idade, Borges já teria revelado ao pai que seria
escritor. Aos nove, escreve seu primeiro conto, "La visera fatal",
inspirado num episódio de Dom Quixote. Em 1914, muda-se, com os
pais, para a Europa, morando inicialmente em Genebra, na Suíça, onde
conclui seus estudos, e depois na Espanha. Em 1921, retorna a Buenos
Aires, onde participa ativamente da efervescente vida cultural da
cidade. Em 1923, publica seu primeiro livro de poemas, "Fervor de Buenos
Aires". Iniciava-se, assim, uma das mais brilhantes carreiras
literárias do século XX. Borges morreu em Genebra, com um cancro no fígado e um enfisema, onde ficou sepultado, por opção pessoal.
Faz
amanhã cem anos que foi eleito (eleito...) o primeiro titular da
Presidência da República, o açoriano Manuel de Arriaga. Aquela
República nada tem a ver com a de hoje. E o PR de hoje, desta
constituição, nada tem a ver com lugar que, então, o infeliz do dr.
Arriaga foi ocupar. A 1ª República não passou de uma tirania de cariz
urbano centrada no PRP que, depois, com Afonso Costa, se chamou Partido
Democrático e que de democrático nada tinha. Acabou tudo às mãos da
tropa e de uma outra ditadura - militar - que adubou o caminho ao
Doutor Salazar e à sua ditadura corporativa, mais conhecida por Estado
Novo. Tudo visto e ponderado, não sobra motivo algum de especial
alegria pela passagem do referido centenário. Como republicano, a 1ª
República, de uma forma geral, não me convence a não ser pelo lado da
rejeição não obstante aquela chalaça sempre comovente do Braga, de
elétrico, a caminho de Belém. Vasco Pulido Valente, porventura o
primeiro a "denunciar" cientificamente a ditadurazinha do PRP e do
Partido Democrático - depois dele houve uns quantos "académicos" que se
limitaram a copiá-lo - retratou adequadamente o dr. Arriaga e a sua
impotência ornamental. «Em nenhum momento da sua longa vida excedera
(ou haveria de exceder) uma mediocridade honesta. A seu favor
contava-se apenas um passado de pioneiro, assaz diletante, e quase
quatro décadas de fiel serviço ao Partido [Republicano]. Mas agora
estava velho e cansado e a cada passo mostrava que não percebia nem se
adaptava às duras realidades do mundo republicano. Sobrevivente de
mais simples e tranquilos tempos, autor de um livro chamado Harmonias Sociais,
entrou para a presidência em estado de inocência política e saiu para
morrer, deixando atrás de si só desilusões e ruínas.» Comemorar o quê?
Cartaz comemorativo da eleição de Manuel de Arriaga
Manuel José de Arriaga Brum da Silveira e Peyrelongue (Horta, Matriz, 8 de julho de 1840 - Lisboa, Santos-o-Velho, 5 de março de 1917) foi um advogado, professor, escritor e político português. Grande orador e membro destacado da geração doutrinária do republicanismo português, foi dirigente e um dos principais ideólogos do Partido Republicano Português. A 24 de agosto de 1911 tornou-se no primeiro presidente eleito da República Portuguesa, sucedendo na chefia do Estado ao Governo Provisório presidido por Teófilo Braga. Exerceu aquelas funções até 29 de maio de 1915,
data em que foi obrigado a demitir-se, sendo substituído no cargo pelo
mesmo Teófilo Braga, que como substituto completou o tempo restante do
mandato.
(...)
Perante um Partido Republicano Português
dividido em fações crescentemente radicalizadas, a 24 de agosto de
1911 foi eleito Presidente da República Portuguesa, por proposta de António José de Almeida. Sem o apoio da fação dos democráticos de Afonso Costa,
recolheu 121 votos em 217, tendo como apoiantes toda a ala moderada do
republicanismo português. Com 71 anos de idade, foi o primeiro Chefe do
Estado eleito do novo regime.
NOTA: é bonito ver um republicano, no primeiro texto, assumir o que foi a I república -
uma ditadura, contra a opinião da maioria da população portuguesa. Eu,
que sou favorável a um plebiscito sobre se queremos uma República ou
uma Monarquia constitucional para o nosso país, sou de opinião que o
modelo republicano (seja o da I, II ou III Repúblicas) fazem parte do
problema (e não da solução) dos males que afligem o nosso país.
O elevado nível poético das letras das suas numerosas canções costuma reflectir um inconformismo radical, de cunho anarquista, e a qualidade da música e da interpretação, situam-no entre os maiores vultos da moderna canção francesa. Autor de duas grandes séries de canções sobre textos de Baudelaire e Louis Aragon, utilizou também poemas de Ronsard, Apollinaire, Arthur Rimbaud entre outros.
No filme Godzilla de 1998, Zilla é uma iguana que sofreu mutação por causa da radiação desse teste - embora o vídeo que aparece no filme seja o da detonação da bomba Baker.
Andreas Rodolfo Kisser (São Bernardo do Campo, 24 de agosto de 1968) é um guitarrista, músico e compositor brasileiro, conhecido por tocar na banda Sepultura desde 1987. Além dos Sepultura, Andreas Kisser também é guitarrista da banda latino-americanaDe La Tierra e da banda brasileira Kisser Clan, um projeto musical com o seu filho Yohan Kisser, onde, juntos, fazem covers de grandes bandas do metal mundial.
Filho de Paulo Leminski II e Áurea Pereira Mendes, mestiço de pai polaco e mãe negra,
Paulo Leminski foi um filho que sempre chamou a atenção pela sua
intelectualidade, cultura e genialidade. Estava sempre à beira de uma
explosão e assim produziu muito. É dono de uma extensa e relevante obra.
Desde muito cedo, Leminski inventou um jeito próprio de escrever
poesia, preferindo poemas breves, muitas vezes fazendo haicais, trocadilhos, ou brincando com ditados franceses.
Em 1958, aos catorze anos, foi para o Mosteiro de São Bento em São Paulo e ficou lá o ano inteiro. Participou do I Congresso Brasileiro de Poesia de Vanguarda, em Belo Horizonte, onde conheceu Haroldo de Campos,
amigo e parceiro em várias obras. Leminski casou-se, aos dezassete
anos, com a desenhadora e artista plástica Neiva Maria de Sousa (da qual
se separou em 1968). Estreou em 1964 com cinco poemas na revista Invenção, dirigida por Décio Pignatari, em São Paulo, porta-voz da poesia concreta paulista. Em 1965 tornou-se professor de História e de Redação
em cursos pré-vestibulares, e também era professor de judo.
Classificado em 1966 em primeiro lugar no II Concurso Popular de Poesia
Moderna.
Casou-se em 1968 com a também poetisa Alice Ruiz,
com quem viveu durante vinte anos. Algum tempo depois de começarem a
namorar, Leminski e Alice foram morar com a primeira mulher do poeta e
o seu namorado, numa espécie de comunidade hippie. Ficaram lá por
mais de um ano, e só saíram com a chegada do primeiro de seus três
filhos: Miguel Ângelo (que morreu com dez anos de idade, vítima de um
linfoma). Eles também tiveram duas meninas, Áurea (homenagem à sua
mãe) e Estrela Ruiz Leminski. De 1969 a 1970 decidiu morar no Rio de Janeiro, retornando a Curitiba para se tornar diretor de criação e redator publicitário.
Dentre suas atividades, criou habilidade de letrista e músico. Verdura, de 1981, foi gravada por Caetano Veloso no disco Outras Palavras. A própria bossa nova resulta, em partes iguais, da evolução normal da MPB
e do feliz acidente de ter o modernismo criado uma linguagem poética,
capaz de se associar com suas letras mais maleáveis e enganadoramente
ingénuas às tendências de então da música popular internacional. A jovem guarda e o tropicalismo,
à sua maneira, atualizariam esse processo ao operar com outras
correntes musicais e poéticas. Por sua formação intelectual, Leminski é
visto por muitos como um poeta de vanguarda, todavia por ter aderido à
contracultura e ter publicado em revistas alternativas, muitos o
aproximam da geração de poetas marginais, embora ele jamais tenha sido próximo de poetas como Francisco Alvim, Ana Cristina César ou Cacaso. Por sua vez, em muitas ocasiões declarou sua admiração por Torquato Neto, poeta tropicalista e que antecipou muito da estética da década de 1970.
Na década de 1970, teve poemas e textos publicados em diversas revistas - como Corpo Estranho, Muda Código (editadas por Régis Bonvicino) e Raposa. Em 1975 - e lançou o seu ousado Catatau,
que denominou "prosa experimental", em edição particular. Além de
poeta e prosista, Leminski era também tradutor (traduziu para o
castelhano e o inglês alguns trechos de sua obra Catatau, a qual foi traduzida na íntegra para o castelhano).
Na poesia de Paulo Leminski, por exemplo, a influência da MPB é tão
clara que o poeta paranaense só poderia mesmo tê-la reconhecido
escrevendo belas letras de música, como Verdura.
Paulo Leminski foi um estudioso da língua e cultura japonesas e publicou, em 1983, uma biografia do poeta nipónico Bashô. Além de escritor, Leminski era também cinturão-preto de judo. A sua obra literária tem exercido marcante influência em todos os movimentos poéticos dos últimos 20 anos.
Morreu em 7 de junho de 1989, em consequência do agravamento de uma cirrose hepática que o acompanhou durante vários anos.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto,
Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e
meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando
se suicidou.
A sua doutrina
e seu estilo político foram denominados de "getulismo" ou "varguismo".
Os seus seguidores, até hoje existentes, são denominados "getulistas".
As pessoas próximas o tratavam por "Doutor Getúlio", e as pessoas do
povo o chamavam de "O Getúlio", e não de "Vargas".
Getúlio Vargas foi inscrito no Livro dos Heróis da Pátria, em 15 de setembro de 2010, pela lei nº 12.326.
(...)
Por causa do crime da rua Tonelero Getúlio foi pressionado, pela
imprensa e por militares, a renunciar ou, ao menos, licenciar-se da
presidência. O Manifesto dos Generais, de 22 de agosto de 1954, pede a renúncia de Getúlio. Foi assinado por 19 generais de exército, entre eles, Castelo Branco, Juarez Távora e Henrique Lott e dizia: "Os
abaixo-assinados, oficiais generais do Exército...solidarizando com o
pensamento dos camaradas da Aeronáutica e da Marinha, declaram julgar,
como melhor caminho para tranquilizar o povo e manter unidas as forças
armadas, a renúncia do atual presidente da República, processando sua substituição de acordo com os preceitos constitucionais".
Esta crise levou Getúlio Vargas ao suicídio na madrugada de 23 para
24 de agosto de 1954, logo depois de sua última reunião ministerial, na
qual fora aconselhado, por ministros, a se licenciar da presidência. Getúlio registou na sua agenda de compromissos, na página do dia 23 de agosto de 1954, segunda-feira: "Já
que o ministério não chegou a uma conclusão, eu vou decidir: determino
que os ministros militares mantenham a ordem pública. Se a ordem for
mantida, entrarei com pedido de licença. Em caso contrário, os
revoltosos encontrarão aqui o meu cadáver."
Getúlio concordou em se licenciar sob condições, que constavam da
nota oficial da presidência da república divulgada naquela madrugada: "Deliberou
o Presidente Getúlio Vargas.... entrar em licença, desde que seja
mantida a ordem e os poderes constituídos..., em caso contrário,
persistirá inabalável no propósito de defender suas prerrogativas
constitucionais, com sacrifício, se necessário, de sua própria vida".
Getúlio, no final da reunião ministerial, assina um papel, que os
ministros não sabiam o que era, nem ousaram perguntar. Encerrada a
reunião ministerial, sobe as escadas para ir ao seu apartamento. Vira-se
e despede-se do ministro da Justiça Tancredo Neves, dando a ele uma caneta Parker 21 de ouro e diz: "Para o amigo certo das horas incertas"!
A data não poderia ser mais emblemática: Getúlio, que se sentia
massacrado pela oposição, pela "República do Galeão" e pela imprensa,
escolheu a noite de São Bartolomeu para a sua morte. Getúlio Vargas cometeu suicídio, com um tiro no coração, nos seus aposentos no Palácio do Catete, na madrugada de 24 de agosto de 1954. Tancredo contou a Carlos Heitor Cony, em 3 de agosto de 1984, como foram os últimos minutos de Getúlio. O depoimento de Tancredo saiu na Revista Manchete de 1 de setembro de 1984:
"Por volta das sete e meia, oito horas da
manhã, ouviu-se o estampido seco. Desceu o elevador, às pressas, o
Coronel Dornelles, um dos oficiais de serviço na presidência. Nós
subimos apressadamente para o quarto onde o presidente se achava. Os
primeiros a entrar foram o General Caiado, Dona Darci, Alzira, Lutero e
eu. Encontramos o presidente de pijama, como meio corpo para fora da
cama, o coração ferido e dele saindo sangue aos borbotões. Alzira de um
lado, eu do outro, ajeitamos o presidente no leito, procuramos estancar o
sangue, sem conseguir. Ele ainda estava vivo. Havia mais pessoas no
quarto
quando ele lançou um olhar circunvagante e deteve os olhos na Alzira.
Parou, deu a impressão de experimentar uma grande emoção. Neste momento,
ele morre. Foi uma cena desoladora. Todos nós ficamos profundamente
compungidos; esse desfecho não estava na nossa previsão. O presidente em
momento nenhum demonstrou qualquer traço de emoção, nunca perdeu o seu
autodomínio, jamais perdeu sua imperturbável dignidade, de maneira que
foi um trágico desfecho, que surpreendeu a todos e nos deixou arrasados."
Nasce em 1923, em Aljustrel, e aos treze anos muda-se para Beja, para um “estágio gratuito” no Diário do Alentejo, seguido de um trabalho assalariado na Biblioteca Municipal. Três anos depois vai para Estremoz, para secretariar o jornal Brados do Alentejo, dirigido por Marques Crespo.
Dádiva, o seu primeiro livro, surge publicado em 1949. O
livro de poesia voltaria a ser reeditado em 1975, expandido com mais
poemas e sob o título “Diário Íntimo”, que tem uma segunda edição em 2006.
Black Ribbon Day, officially known in the European Union as the European Day of Remembrance for Victims of Stalinism and Nazism, is an international day of remembrance for victims of totalitarian regimes, specifically Stalinist, communist, Nazi and fascist
regimes. It is observed on 23 August and symbolizes the rejection of
"extremism, intolerance and oppression". It is one of the official
remembrance days of the European Union. Under the name Black Ribbon Day it is also an official remembrance day of Canada and the United States, among other countries.
The purpose of the Day of Remembrance is to preserve the memory
of the victims of mass deportations and exterminations, while promoting
democratic values with the aim to reinforce peace and stability in
Europe.
Vulcão entra em erupção na Islândia a partir de uma fissura de 4 km
Na quinta-feira à noite, a península de Reykjanes, no sudoeste
da Islândia, assistiu a um espetáculo natural espantoso. Pela sexta vez
desde dezembro, um vulcão da região entrou em erupção, iluminando o céu
noturno com uma impressionante exibição de lava vermelha.
A
erupção começou pouco depois das 21:00 horas locais, marcando o sexto
episódio de atividade vulcânica na zona desde o final do ano passado. O
fenómeno caraterizou-se pela abertura de uma nova fissura de 4
quilómetros na cratera de Sundhnúkur, precedida por uma série de fortes
sismos que serviram de precursores da atividade vulcânica iminente.
O fluxo de lava, visível a grande distância, criou um espetáculo noturno que deverá durar vários dias ou mesmo semanas, com base nos padrões observados em erupções anteriores.
Apesar
da magnitude do evento, as autoridades islandesas afirmam que os
efeitos da erupção permanecem localizados e não representam uma ameaça
imediata para as áreas povoadas. No entanto, foram adotadas medidas preventivas, incluindo o encerramento de estradas nas proximidades da erupção.
A
emissão de gases vulcânicos nas imediações é motivo de precaução e as
equipas de monitorização mantêm-se permanentemente atentas à atividade
sísmica e vulcânica.
O vulcão Grindavik entra em erupção na noite de 22 de agosto de 2024
Grindavik, o epicentro vulcânico da Islândia, não foi afetado por enquanto
A cidade de Grindavik
foi evacuada em dezembro durante um episódio anterior e também noutras
ocasiões este ano de 2024, mas, desta vez, não se encontra na trajetória
do fluxo de lava.
No entanto, as autoridades mantêm-se em estado
de alerta e dispõem de planos de evacuação atualizados, prontos a serem
aplicados caso a situação se altere. As equipas de proteção civil
permanecem em alerta máximo, prontas a responder a qualquer
eventualidade.
Especialistas falam sobre a situação na região
Especialistas
em vulcanologia e geofísica apresentaram a sua análise da situação.
Halldór Björnsson, responsável pelo clima na Agência Meteorológica
Norueguesa, confirmou que o fluxo de lava não está a dirigir-se para
áreas povoadas, o que diferencia esta erupção de eventos anteriores.
Entretanto,
o geofísico Magnús Tuma Guðmundsson, após um sobrevoo dos centros de
erupção, previu que a atividade já atingiu o seu pico e que começará a
diminuir, seguindo o padrão de erupções anteriores. Ambos os peritos
sublinham a importância de uma monitorização contínua para antecipar
possíveis alterações da atividade vulcânica na Islândia.
Turismo vulcânico na Islândia
A
erupção tornou-se rapidamente uma atração turística, atraindo centenas
de espetadores locais e turistas internacionais para pontos de
observação seguros.
O fenómeno levou a um aumento das reservas de hotéis e de excursões na região,
impulsionando a economia local. As autoridades designaram zonas
específicas para uma observação segura e guias turísticos especializados
oferecem visitas a distâncias adequadas, equilibrando a experiência
única com a segurança dos visitantes.
Erupção de um vulcão na Islândia, noite de 22 de agosto de 2024
Mahnoor Ali, um visitante dos Estados Unidos, descreveu a experiência
como "a coisa mais incrível que já viu na minha vida", confessando que
inicialmente confundiu a erupção com uma aurora boreal. Ameerul
Awalludin, da Malásia, e Shohei Miyamito, do Japão, que acorreram ao
local depois de terem ouvido a notícia, compararam a experiência com a
dos vulcões dos seus países de origem.
Miyamito
observou: "Também temos vulcões, mas não podemos ver lava como esta",
sublinhando a singularidade do espetáculo islandês.
Impacto mínimo da nova erupção nos voos
A
boa notícia é que, desta vez, a erupção tem um efeito mínimo na
aviação. O aeroporto de Keflavík está a funcionar normalmente e não se preveem perturbações significativas nos voos.
No entanto, as
autoridades aeronáuticas mantêm uma vigilância constante e têm planos de
emergência preparados para o caso de a atividade vulcânica se alterar.
Os viajantes são aconselhados a verificar as atualizações dos voos
junto das companhias aéreas e a manterem-se informados sobre eventuais
alterações da situação.
O mundo está a ficar sem areia - mas a China tem um “milagre” como solução
Um novo estudo revela que a China está agora a utilizar até 80% de areia artificial nos seus projetos de construção.
Esta informação é particularmente importante porque a areia, um recurso aparentemente abundante, está a tornar-se cada vez mais escasso devido à extração excessiva.
O mundo consome cerca de 50 mil milhões de toneladas de areia e
gravilha por ano, sendo a maior parte utilizada na construção. Esta
grande procura levou a práticas de extração insustentáveis, resultando em degradação ambiental, incluindo a perda de areia dos oceanos, rios e praias.
“A questão da areia é uma surpresa para muitos, mas não devia. Não
podemos extrair 50 mil milhões de toneladas por ano de qualquer material
sem causar impactos enormes no planeta e, consequentemente, na vida das
pessoas”, explicou Pascal Peduzzi, investigador do Programa das Nações
Unidas para o Ambiente (PNUA), em declarações à BBC.
Em resposta, a China foi pioneira na utilização de areia artificial,
que é produzida através da trituração de rochas e de materiais que
sobram da exploração mineira. Esta inovação permitiu à China reduzir
significativamente a sua dependência da areia natural.
Nos últimos 40 anos, a China transformou-se de uma nação em
desenvolvimento numa superpotência económica, em grande parte
impulsionada pela rápida urbanização. No entanto,isto trouxe um custo,
incluindo o esgotamento de materiais de construção naturais como a
areia.
Em 2010, o país enfrentou um aumento acentuado dos preços da areia
devido à diminuição das reservas naturais e a regulamentos mais
rigorosos contra a extração ilegal de areia. Isto levou a indústria da
construção a explorar alternativas, o que levou à adoção da areia
artificial, explica o ZME Science.
O estudo, publicado recentemente na revista Nature Geoscience, acompanhou os padrões de utilização de areia na China de 1995 a 2020.
As conclusões foram surpreendentes: embora a oferta global de areia na China tenha aumentado 400% durante este período, a proporção de areia natural no mercado desceu de cerca de 80% para apenas 21%. Em 2020, a areia artificial representava quase 90% da areia utilizada na construção em toda a China.
Song Shaomin, professor da Universidade de Engenharia Civil e Arquitetura de Pequim, descreveu esta mudança como um “milagre”.
Iniciou funções docentes em 1957, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde se doutorou em História, em 1960 (junho), com a dissertação Hansa e Portugal na Idade Média.
A sua participação na crise académica de 1962 resultante da luta promovida pelos estudantes contra a ditadura do Estado Novo, esteve na origem do seu afastamento da universidade portuguesa.
Professor catedrático da Universidade Nova de Lisboa
(1976), foi presidente da comissão instaladora da Faculdade de Ciências
Sociais e Humanas da mesma Universidade (1977 a 1980) e presidente do
conselho científico desta Faculdade (1981-1983 e 1984-1986).
Foi presidente do Ano Propedêutico no ano letivo de 1977/1978.
Em 1980 fundou o Centro de Estudos Históricos da Universidade Nova de Lisboa.
Em 1982, em comemoração
dos 25 anos sobre a publicação do seu primeiro estudo histórico, foram
editados dois volumes com colaboração de historiadores portugueses e estrangeiros e intitulados Estudos de História de Portugal: Homenagem a A. H. de Oliveira Marques.
Faleceu aos 73 anos, no dia 23 de janeiro de 2007, no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, vítima de problemas cardíacos.
Considerado um dos grandes historiadores portugueses contemporâneos, as
suas obras, que se destacam em diversos domínios, são instrumentos de
grande importância para os estudiosos da História de Portugal.
Nem ele nem Vanzetti foram absolvidos, nem mesmo depois de um outro
homem admitir, em 1925, a autoria dos crimes. Foram condenados à pena
capital e executados na cadeira elétrica a 23 de agosto de 1927.
Há uma citação sobre ambos no poema "América" de Allen Ginsberg.
Howard Fast,
escritor de origem judaica e militante político, escreveu um livro que
narra a história dos dois anarquistas, imigrantes, italianos condenados a
morte, o nome do livro é "Sacco e Vanzetti".