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domingo, setembro 29, 2024

Notícia divertida sobre georrecursos e antigos vulcões...

Vulcões extintos contêm os elementos para fabricar turbinas eólicas - e até smartphones

 

 

Os vulcões extintos da Terra são uma fonte inexplorada de elementos necessários para fabricar smartphones, turbinas eólicas e muitos outros dispositivos.

O seu magma rico em ferro pode conter alguns dos 17 elementos de terras raras, incluindo gadolínio, prasedímio, cério, samário, lantânio e neodímio. Estes são necessários para ajudar a construir melhores tecnologias de energia renovável, incluindo turbinas eólicas e baterias de automóveis elétricos.

Segundo o Popular Science, estes materiais não são assim tão raros, mas podem ser difíceis de extrair, uma vez que são frequentemente encontrados em baixas concentrações.

À medida que a procura aumenta, muitos países tentam encontrar novas fontes para quebrar a sua dependência da China, que atualmente domina a cadeia de abastecimento. 

Num novo estudo, publicado esta terça-feira no Geochemical Perspectives Letters, os investigadores analisaram o magma rico em ferro de vulcões extintos. Este magma é até 100 vezes mais eficiente na concentração de metais de terra raras do que os magmas que surgem de vulcões ativos.

A equipa simulou erupções vulcânicas em laboratório utilizando rochas semelhantes às encontradas em vulcões extintos ricos em ferro. Seguidamente, as rochas foram colocadas num forno pressurizado para aquecer a temperaturas elevadas.

“Partimos de laboratório e depois reproduzimos um ambiente natural, para perceber como é que estas terras raras se poderiam acumular num pequeno local de toda a crosta”, explica o coautor do estudo, Michael Anenburg.

Os cientistas conseguiram observar bolhas de fluido magmático-hidrotérmico e pares de bolhas de óxido de ferro, indicando que alguns elementos de terras raras estão presentes no magma.

“Nunca vimos um magma rico em ferro a irromper de um vulcão ativo, mas sabemos que alguns vulcões extintos, com milhões de anos, tiveram este tipo de erupção”, diz Anenburg.

Os resultados deste estudo indicam que podem haver depósitos inexplorados de terras raras em vulcões extintos em todo o mundo, incluindo nos Estados Unidos, Chile e Austrália.

 

in ZAP

sexta-feira, agosto 23, 2024

Uma solução para o crescente problema de falta de areia...

O mundo está a ficar sem areia - mas a China tem um “milagre” como solução

 

 

Um novo estudo revela que a China está agora a utilizar até 80% de areia artificial nos seus projetos de construção.

Esta informação é particularmente importante porque a areia, um recurso aparentemente abundante, está a tornar-se cada vez mais escasso devido à extração excessiva.

O mundo consome cerca de 50 mil milhões de toneladas de areia e gravilha por ano, sendo a maior parte utilizada na construção. Esta grande procura levou a práticas de extração insustentáveis, resultando em degradação ambiental, incluindo a perda de areia dos oceanos, rios e praias.

“A questão da areia é uma surpresa para muitos, mas não devia. Não podemos extrair 50 mil milhões de toneladas por ano de qualquer material sem causar impactos enormes no planeta e, consequentemente, na vida das pessoas”, explicou Pascal Peduzzi, investigador do Programa das Nações Unidas para o Ambiente (PNUA), em declarações à BBC.

Em resposta, a China foi pioneira na utilização de areia artificial, que é produzida através da trituração de rochas e de materiais que sobram da exploração mineira. Esta inovação permitiu à China reduzir significativamente a sua dependência da areia natural.

Nos últimos 40 anos, a China transformou-se de uma nação em desenvolvimento numa superpotência económica, em grande parte impulsionada pela rápida urbanização. No entanto,isto trouxe um custo, incluindo o esgotamento de materiais de construção naturais como a areia.

Em 2010, o país enfrentou um aumento acentuado dos preços da areia devido à diminuição das reservas naturais e a regulamentos mais rigorosos contra a extração ilegal de areia. Isto levou a indústria da construção a explorar alternativas, o que levou à adoção da areia artificial, explica o ZME Science.

O estudo, publicado recentemente na revista Nature Geoscience, acompanhou os padrões de utilização de areia na China de 1995 a 2020.

As conclusões foram surpreendentes: embora a oferta global de areia na China tenha aumentado 400% durante este período, a proporção de areia natural no mercado desceu de cerca de 80% para apenas 21%. Em 2020, a areia artificial representava quase 90% da areia utilizada na construção em toda a China.

Song Shaomin, professor da Universidade de Engenharia Civil e Arquitetura de Pequim, descreveu esta mudança como um “milagre”.

 

in ZAP