O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
Nasceu em Miragaia, freguesia da cidade portuguesa do Porto,
em prédio hoje devidamente assinalado. Era filho de mãe portuguesa
(de ascendência inglesa, Tomásia Isabel Clarque) e pai nordestino
(João Bernardo Gonzaga). Órfão de mãe no primeiro ano de vida,
mudou-se com o pai, magistrado brasileiro, para Pernambuco em 1751 depois para a Bahia, onde estudou no Colégio dos Jesuítas. Em 1761, voltou a Portugal para cursar Direito na Universidade de Coimbra, tornando-se bacharel em Leis em 1768. Com intenção de lecionar naquela universidade, escreveu a tese Tratado de Direito Natural, no qual enfocava o tema sob o ponto de vista tomista, mas depois trocou as pretensões ao magistério superior pela magistratura. Exerceu o cargo de juiz de fora na cidade de Beja, em Portugal. Quando voltou ao Brasil, em 1782, foi nomeado Ouvidor dos Defuntos e Ausentes da comarca de Vila Rica, atual cidade de Ouro Preto, então conheceu a adolescente de apenas dezasseis anos, Maria Doroteia Joaquina de Seixas Brandão, a pastora Marília, em uma das possíveis interpretações de seus poemas, que teria sido imortalizada em sua obra lírica (Marília de Dirceu) - apesar de ser muito discutível essa versão, tendo em vista as regras retórico-poéticas que prevaleciam no século XVIII, época em que os poemas foram escritos.
Durante a sua permanência em Minas Gerais, escreveu Cartas Chilenas, poema satírico em forma de epístolas, uma violenta crítica ao governo colonial. Promovido a desembargador da relação da Bahia em 1786, resolve pedir em casamento
Maria Doroteia dois anos depois. O casamento é marcado para o final do
mês de maio de 1789. Como era pobre e bem mais velho que ela, sofreu
oposição da família da noiva.
Por seu papel na Inconfidência Mineira ou Conjuração Mineira (primeira grande revolta pró-independência do Brasil), trabalhando junto de outros personagens dessa revolta como: Cláudio Manuel da Costa, Silva Alvarenga e Alvarenga Peixoto, é acusado de conspiração e preso em 1789, cumprindo a sua pena de três anos na Fortaleza da Ilha das Cobras, no Rio de Janeiro,
tendo os seus bens sido confiscados. Foi, portanto, separado de sua amada,
Maria Doroteia. Permaneceu em reclusão por três anos, durante os quais,
teria escrito a maior parte das liras atribuídas a ele, pois não há
registos de assinatura em qualquer uma de suas poesias. Em 1792 a sua
pena é comutada em degredo, a pedido pessoal de Rainha Dª Maria I de Portugal e o poeta é enviado a costa oriental da África, a fim de cumprir, em Moçambique, a sentença de dez anos.
No mesmo ano é lançada em Lisboa a primeira parte de Marília de Dirceu,
com 33 liras (nota-se que não houve participação, portanto, do poeta
na edição desse conjunto de liras, e até hoje não se sabe quem teria
feito, provavelmente irmãos de maçonaria). No país africano
trabalha como advogado e hospeda-se em casa de abastado comerciante de
escravos, vindo a casar, em 1793, com a filha dele, Juliana de Sousa Mascarenhas ("pessoa de muitos dotes e poucas letras"), de quem teve dois filhos: Ana Mascarenhas Gonzaga e Alexandre Mascarenhas Gonzaga,
vivendo depois disso, durante quinze anos, rico e considerado, até
morrer em 1810. Em 1799, é publicada a segunda parte de Marília de
Dirceu, com mais 65 liras. No desterro, ocupou os cargos de procurador
da Coroa e Fazenda, e o de juiz de Alfândega de Moçambique (cargo que
exercia quando morreu). Gonzaga foi muito admirado por poetas
românticos como Casimiro de Abreu e Castro Alves. É patrono da cadeira
37 da Academia Brasileira de Letras.
As suas principais obras são: Tratado de Direito Natural; Marília de Dirceu (coleção de poesias líricas, publicadas em três partes, em 1792, 1799 e 1812 - hoje sabe-se que a terceira parte não foi escrita pelo poeta); Cartas Chilenas
(impressas em conjunto em 1863). A data de sua morte não é uma data
certa, mas sabe-se que ele veio a falecer entre 1809 e 1810. É um dos
melhores escritores da época.
Lira I Eu, Marília, não sou algum vaqueiro, que viva de guardar alheio gado, de tosco trato, de expressões grosseiro, dos frios gelos e dos sóis queimado. Tenho próprio casal e nele assisto; dá-me vinho, legume, fruta, azeite; das brancas ovelhinhas tiro o leite, e mais as finas lãs, de que me visto. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela! Eu vi o meu semblante numa fonte: dos anos inda não está cortado; os Pastores que habitam este monte respeitam o poder do meu cajado. Com tal destreza toco a sanfoninha, que inveja até me tem o próprio Alceste: ao som dela concerto a voz celeste nem canto letra, que não seja minha. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela! Mas tendo tantos dotes da ventura, só apreço lhes dou, gentil Pastora, depois que o teu afeto me segura que queres do que tenho ser senhora. É bom, minha Marília, é bom ser dono de um rebanho, que cubra monte e prado; porém, gentil Pastora, o teu agrado vale mais que um rebanho e mais que um trono. Graças, Marília bela. graças à minha Estrela!
Aos cinco anos ouviu o seu primeiro disco de fado, cantado por Lucília do Carmo, a que deu pouca importância na ocasião. Aos dez anos foi viver para Portugal e estudou nas melhores escolas de Lisboa, mostrando uma inclinação para a música clássica. Aos 12 anos inscreveu-se no Conservatório Nacional de Lisboa e concluiu o curso básico e superior de solfejo aos 15 anos. Iniciou então os estudos de piano, terminando o curso nove anos depois, com louvor e distinção. Seguidamente, inscreveu-se no curso de teatro no mesmo Conservatório. Terminados os estudos secundários, juntou-se à Companhia de Teatro Estúdio de Lisboa, dirigida por Luzia Maria Martins, ali permanecendo durante seis anos.
Inscreveu-se então no curso de Direito (que nunca completou), onde fundou o Grupo Independente de Teatro da Faculdade de Direito, onde encenaria a peça O Homúnculo de Natália Correia, primeiro texto desta autora a ser representado publicamente. Nessa ocasião conheceu Vasco de Lima Couto, que lhe escreveu um poema para um fado.
Começou a visitar os retiros de fado em Cascais,
e segundo as suas palavras, “apanhei o comboio logo ali”. José Manuel
Osório cantou como amador em sítios como O Estribo, O Cartola, O Galito e
O Arreda. Conheceu então cantores carismáticos como Alfredo Marceneiro, Maria Teresa de Noronha, Carlos Duarte, João Braga, José Pracana, Chico Pessoa e João Ferreira-Rosa, entre outros. Também conheceu José Carlos Ary dos Santos, que lhe ofereceu para cantar o decassílablo Desespero, a partir de um soneto incluído em A Liturgia do Sangue.
Esses retiros de fado, segundo Osório, eram de certo modo locais
de rebelião contra as casas de fado que proliferavam nos bairros
históricos de Lisboa e tornavam o prazer de cantar numa obrigação.
Em 1968 gravou o seu primeiro disco, cujo reportório incluía poemas de José Carlos Ary dos Santos, Vasco de Lima Couto, Manuel Alegre, Mário de Sá-Carneiro, António Botto, João Fezas Vital, Luiza Neto Jorge, António Aleixo e Maria Helena Reis. Em 1969 gravou o seu segundo trabalho e recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Disco do Ano.
Em 1969 Osório aderiu ao Partido Comunista Português. Em 1970 recebeu o Prémio da Imprensa para o Melhor Fadista do Ano, mas foi impedido de cantar no Coliseu, por ordem da PIDE enviada à Casa da Imprensa. Viveu então um período difícil, devido à proibição de vendas imposta ao seu disco.
Nas décadas de 60 e de 70 dinamizou o teatro amador em
dezenas de espetáculos, tanto como ator como encenador, trabalhando
essencialmente nas associações populares de Lisboa. Foi-lhe atribuído o
Primeiro Prémio do Festival de Teatro Amador (APTA) com o Grupo Oficina
de Teatro de Amadores de Alfama, dirigindo o texto Soldados de Carlos Reyes.
Regressou finalmente a Portugal em 1973 e começou a pesquisar e a
coligir temas do fado operário e anarco-sindicalista, que mais tarde
viria a interpretar.
Depois do 25 de Abril de 1974 participou na fundação do grupo de teatro A Barraca. Juntamente com Fernando Tordo e Samuel compôs música para a peça A Cidade Dourada (A Barraca). Também compôs e interpretou ao vivo música para a peça As Espingardas da Mãe Carrar por Bertolt Brecht na Casa da Comédia, encenada por João Lourenço. Foi um impulsionador dos Cantos Livres e das Campanhas de Dinamização do Movimento das Forças Armadas. A sua iniciativa levaria à afirmação do estudo e pesquisa históricos sobre o fado sindicalista e anarquista.
Gravou mais três discos de fado, sempre com um reportório de
fados tradicionais, dando assim por concluída a sua carreira
discográfica.
Atuou principalmente em casas de fado amador de Cascais e do Estoril,
nunca considerando seriamente tornar-se fadista profissional.
Utilizou todo o conhecimento adquirido para desenvolver uma carreira
como produtor de espetáculos e agente artístico, que manteve até 1990.
José Manuel Osório foi também, desde 1976, até estar disso impossibilitado, por motivos de saúde, membro do comité organizador da Festa do Avante,
apoiando diretamente a criação do espaço exclusivamente dedicado ao
fado chamado «Retiro do Fado», que continua atualmente a existir.
Em 1984 soube que era seropositivo,
mas só no final de 1989 começou a ter sérios problemas de saúde, que o
obrigariam a abandonar a sua atividade profissional. Durante os anos
seguintes teve de enfrentar e vencer uma longa série de doenças
gravíssimas decorrentes da SIDA,
com enorme coragem e determinação, envolvendo-se ativamente na luta e
na prevenção contra a SIDA, colaborando com vários médicos entre os
quais a Dra. Odette Ferreira. Ficou conhecido por ser o mais antigo seropositivo em Portugal.
Em 1993 fez um regresso pela mão de Ruben de Carvalho, para
lançar uma iniciativa artística no sentido de destacar o fado, através
d’ "As Noites de Fado da Casa do Registo", no âmbito de Lisboa/94 Capital Europeia da Cultura.
Em 1998 a EBAHL convidou-o a supervisionar as Festas de Lisboa.
Em 2005 dirigiu o projeto "Todos os Fados". Em 2011 foi distinguido com
o Prémio Amália Rodrigues Ensaio/Divulgação, por se ter destacado nos
últimos anos como investigador do fado, tendo coordenado as coleções
discográficas “Fados da Alvorada” e “Fados do Fado” na etiqueta
Movieplay Portuguesa.
Foi pai do jornalista Luís Osório, nascido em 1971, e que mais tarde o entrevistaria para o programa Portugalmente e lhe dedicaria um documentário e um livro chamados Quanto Tempo?
José Manuel Osório morreu em Lisboa a 11 de agosto de 2011.
Williams foi encontrado inconsciente na sua casa, em Paradise Cay, Califórnia,
por volta do meio-dia no dia 11 de agosto de 2014. A causa de morte foi
asfixia devido a enforcamento. As investigações da polícia
norte-americana levaram a concluir que o ator teria cometido suicídio.
Segundo Mara Buxbaum, agente do ator, Williams estava "lutando contra uma depressão severa."
Porém, segundo a sua esposa, Susan Schneider Williams, o ator não
cometeu suicídio por causa de depressão, uma vez que, momentos
antes, ele estava sóbrio, chegando a fazer atividades quotidianas e
recreativas que fazia normalmente junto dela, sendo o verdadeiro motivo
da sua morte, a doença conhecida como demência com corpos de Levy, que rapidamente alastrou e só foi descoberta após a autópsia.
Licenciou-se em Ciências Geológicas pela Universidade de Lisboa (1959), doutorou-se em Geologia (1969) na mesma universidade e viria a ensinar na sua alma mater no Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências até 2001.
Responsável pelo carinho do público pelos dinossáurios, fez “lobby” da questão das esquecidas pegadas da Pedreira de Carenque, Sesimbra - Espichel, um dos trilhos mais longos do Cretácico
e conseguiu salvar as pegadas. É um símbolo nacional da defesa e
preservação do património cultural e científico, nomeadamente de sinais
marcantes da riquíssima evolução da história natural.
Dirigiu inúmeros projetos de investigação, de que são exemplo a
"Paleontologia dos vertebrados fósseis do Jurássico superior da Lourinhã
e Pombal" e "Icnofósseis de dinossáurios do Jurássico e do Cretácico
Português". Dirige e integra diversos organismos nacionais e
internacionais, nomeadamente a comissão Oceanográfica Intergovernamental
da UNESCO.
Foi colaborador dos Serviços Geológicos de Portugal e trabalhou no
Centro de Estudos Geográficos, do Instituto de Geografia da Faculdade de
Letras de Lisboa e no Centro de Estudos Ambientais.
Foi consultor científico da RTP para as séries televisivas de divulgação científica na área das Ciências da Terra.
Participou e dirigiu várias exposições. Contudo, devido ao enorme
impacto causado, sobressai a famosa "Dinossáurios regressam a Lisboa",
que contou com 347 mil visitantes em apenas 11 semanas.
Publicou diversos trabalhos e artigos científicos em revistas nacionais
e internacionais das diversas especialidades em que desenvolveu
investigação.
É responsável por livros didáticos e de divulgação, como "Morfogénese e
Sedimentogénese" (1996), "Petrogénese e Orogénese" (1997) e
"Introdução à Cristalografia e Mineralogia" (1997). Publicou também
alguns livros na área da literatura de ficção: "O Cheiro da Madeira"
(1994), "O Preço da Borrega" (1995) e "Os Homens não tapam as orelhas"
(1997).
Foi Diretor do Museu Nacional de História Natural durante vários anos e é Professor Catedrático Jubilado da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa.
Era irmão do cantor Francisco José e é pai do jornalista Nuno Galopim.
É doce morrer no mar - Dorival Caymmi Música de Dorival Caymmi e letra de Jorge Amado É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar A noite que ele não veio foi Foi de tristeza pra mim Saveiro voltou sozinho Triste noite foi pra mim É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Saveiro partiu de noite foi Madrugada não voltou O marinheiro bonito sereia do mar levou É doce morrer no mar Nas ondas verdes do mar Nas ondas verdes do mar meu bem Ele se foi afogar Fez sua cama de noivo no colo de Iemanjá
Encontrado o elo perdido que explica porque os dinossauros eram gigantes
Os Macrocollum itaquii tinham sacos ocos que permitiram o seu crescimento
O elo perdido entre os dinossauros mais antigos, cujo tamanho
variava de alguns centímetros até três metros de comprimento, e os
gigantes mais recentes, que podiam ser maiores do que dois autocarros,
acaba de ser encontrado.
Num novo estudo, investigadores da Universidade Estadual de Campinas
(Unicamp), no Brasil, apontam a evidência mais antiga do traço evolutivo
que favoreceu o gigantismo dos dinossauros: um fóssil de Macrocollum itaquii.
Este dinossauro bípede é um sauropodomorfo, grupo ancestral de dinossauros quadrúpedes gigantes de pescoço longo.
A descoberta foi apresentada num artigo publicado em março na revista científica TheAnatomical Record.
Enterrado há 225 milhões de anos no que hoje é o município de Agudo, no Rio Grande do Sul, o Macrocollum itaquii é o dinossauro com estruturas conhecidas como sacos aéreos mais antigo estudado até hoje.
Estes espaços ocos nos ossos, que ainda se encontram atualmente
presentes nas aves, ajudavam os dinossauros a obter mais oxigénio,
arrefecer melhor o corpo, suportar as duras condições do planeta na
altura - e a tornar-se gigantes, como é o caso dos famosos Tyrannosaurus rex e Brachiosaurus.
“Os sacos aéreos tornavam os ossos menos densos, permitindo que os dinossauros pudessem superar os 30 metros de comprimento”, explica o paleontólogo Tito Aureliano, primeiro autor do estudo, realizado durante o seu doutoramento no Instituto de Geociências da Unicamp.
“O Macrocollum itaquii foi o maior de seu tempo, com cerca de três metros
de comprimento, e poucos milhões de anos antes os maiores dinossauros
tinham cerca de um metro. Foram certamente os sacos aéreos do Macrocollum que lhe permitiram atingir tamanho”, completa.
“Este foi um dos primeiros dinossauros a pisar na Terra, no período
Triássico. Essa adaptação possibilitou que crescessem e resistissem ao
clima quer desse período quer dos posteriores, o Jurássico e o
Cretácico”, explica Fresia Ricardi Branco, professora do IG-Unicamp e co-autora do estudo.
“Os sacos aéreos foram uma vantagem evolutiva sobre
outros grupos, como os mamíferos, permitindo aos dinossauros
diversificar-se mais rapidamente”, acrescenta a investigadora.
Num estudo anterior, a equipa de investigadores tinha mostrado que os
fósseis mais antigos até agora encontrados não tinham evidências de
sacos aéreos, o que sugere que esta característica evoluiu pelo menos
três vezes de forma independente.
“É como se a evolução tivesse feito experiências diferentes até
chegar a uma configuração definitiva, em que os sacos aéreos iam desde a
região cervical até à cauda. Não foi um processo linear”, conclui Aureliano.
Terra Pátria serás nossa, Mais este sol que te cobre, Serás nossa, Mãe pobre de gente pobre. O vento da nossa fúria Queime as searas roubadas; E na noite dos ladrões Haja frio, morte e espadas. Terra Pátria serás nossa Mais os vinhedos e os milhos, Serás nossa, Mãe que não esquece os filhos. Com morte, espadas e frio, Se a vida te não remir, Faremos da nossa carne As searas do porvir. Terra Pátria serás nossa, Livre e descoberta enfim, Serás nossa, Ou este sangue o teu fim. E se a loucura da sorte assim nos quiser perder, Abre os teus braços de morte E deixa-nos aquecer.
Arde um fulgor extinto no longe da tarde agoniada. Não me pesaria tanto a caminhada se, em lugar do dia, no seu extremo achasse a noite. Exacta e concisa é a claridade. Não mente à luz o que a noite ilude. Terrível destino o de quem é nocturno à luz solar. Não vos ponha em cuidado, porém, este meu penar: são palavras e não sangram.
Na adolescência, Anderson arranjou emprego como assistente de vendas numa loja de departamentos em Blackpool, e depois numa banca de jornal. Ele declararia mais tarde que foi lendo edições da Melody Maker e da New Musical Express durante os seus intervalos de almoço que lhe rendeu a inspiração de fazer parte de uma banda.
Em 1965, a banda passou a chamar-se John Evan Smash, comportando mais integrantes e que se separou após dois anos, época em que Andersou se mudou para Luton. Ali, conheceu o baterista Clive Bunker e o guitarrista e vocalista Mick Abrahams, do grupo de blues McGregor's Engine. Juntamente com Glenn Cornick,
baixista que conhecera por intermédio de John Evan, ele formou a
primeira encarnação de uma banda que se manteria durante mais de quatro
décadas: os Jethro Tull.
Já então Anderson abandonara a sua pretensão de tocar guitarra elétrica, supostamente por sentir que nunca seria "tão bom quanto Eric Clapton". Como relatado pelo próprio na introdução do vídeo Live at the Isle of Wight, ele trocou a sua guitarra por uma flauta, e após algumas semanas de prática concluiu que poderia manejar o instrumento bem, principalmente no rock e nos blues. A sua experiência na guitarra não foi desperdiçada, no entanto, pois ele continuou a tocar viola, utilizando-o como instrumento tanto melódico quanto rítmico. Com o progredir da sua carreira, Anderson foi adicionando saxofone, bandolim, teclados e outros instrumentos ao seu arsenal.
Como flautista, Anderson é autodidata e a sua principal influência foi Roland Kirk.
«Nas suas cavalarias alentejanas, à volta de alguma montaria aos lobos
ou aos castelhanos», se perdera (o futuro rei), em Veiros, pela filha de
Berbadão, Inês Pires Esteves, que amara, seduzira, trouxera para o convento de Santos, e de quem houvera um filho, Conde de Barcelos, depois Duque de Bragança, nascido aos 20 anos do pai: foi Afonso I de Bragança ou Afonso de Portugal (nascido em Veiros em 10 de agosto de 1377 e morto em 15 de dezembro de 1461, em Chaves, ali sepultado). Foi feito, em 30 de dezembro de 1442, Duque de Bragança, também 8° Conde de Barcelos e Conde de Ourém.
O primitivo património dos Bragança formou-se com bens e terras com que dotou a filha o condestável Nuno Álvares Pereira (1360-1431),
7° Conde de Barcelos. Foi o fundador da casa de Bragança. O senhorio e o
ducado de Bragança solicitou-os ao regente D. Pedro, por ocasião de
breve reconciliação entre ambos, que lhos concedeu no ano de 1442. Os descendentes foram Duques de Guimarães em 23 de novembro de 1470 e de Barcelos em 5 de agosto de 1562.
Na armada de Ceuta foi encarregado dos aprestos nas províncias de Estremadura e Entre Douro e Minho e capitão da capitania real. Do regresso de Ceuta, e pelos serviços, recebeu novas mercês de seu pai, João I de Portugal. Durante o reinado de D. Duarte I teve excelentes relações com o meio-irmão, mas não o conseguiu demover da trágica expedição a Tânger.
Depois da morte de Duarte I e durante a regência da sua viúva Leonor de Aragão e Pedro, irmão do falecido rei, não foram boas as relações entre Afonso e Pedro, chegando quase ao campo de batalha em Mesão Frio, nas margens do rio Douro, luta que foi evitada pelo conde de Ourém, filho de Afonso. Em 1442, este obteve do regente o senhorio e ducado de Bragança. Era o terceiro ducado de Portugal (os dois primeiros foram criados por João I para seus dois filhos: o de Coimbra para Pedro e o de Viseu para o Infante D. Henrique)
Depois da batalha de Alfarrobeira (1449), D. Afonso V concedeu ao Duque de Bragança outras importantísssimas mercês, e nove anos depois, quando partiu para África, deixou entregue ao duque o governo do reino na sua ausência.
O seu descendente na sexta geração, D. João II, 8° Duque de Bragança, viria a tornar-se D. João IV de Portugal, o nosso 21° Rei. Recorde-se que este título de Bragança foi criado em 1442 por Afonso V, sobrinho do 1º duque de Bragança.
Le mal dont j'ai souffert s'est enfui comme un rêve, Je n'en puis comparer le lontain souvenir Qu'à ces brouillards légers que l'aurore soulève Et qu'avec la rosée on voit s'évanouir. .............................................MUSSET
Meu anjo, escuta: quando junto à noite Perpassa a brisa pelo rosto teu, Como suspiro que um menino exala; Na voz da brisa quem murmura e fala Brando queixume, que tão triste cala No peito teu? Sou eu, sou eu, sou eu! Quando tu sentes lutuosa imagem D'aflito pranto com sombrio véu, Rasgado o peito por acerbas dores; Quem murcha as flores Do brando sonho? — Quem te pinta amores Dum puro céu? Sou eu, sou eu, sou eu! Se alguém te acorda do celeste arroubo, Na amenidade do silêncio teu, Quando tua alma noutros mundos erra, Se alguém descerra Ao lado teu Fraco suspiro que no peito encerra; Sou eu, sou eu, sou eu! Se alguém se aflige de te ver chorosa, Se alguém se alegra co'um sorriso teu, Se alguém suspira de te ver formosa O mar e a terra a enamorar e o céu; Se alguém definha Por amor teu, Sou eu, sou eu, sou eu! in Últimos Cantos (1851) - Gonçalves Dias
Imaginou entrevistas com Mata
Hari e Conan Doyle, enviou reportagens da "Rússia dos Sovietes" sem
nunca lá ter posto os pés, criou um dos primeiros detetives de gabinete
da literatura policial, deu forma a uma galeria interminável de heróis
de folhetim, fundou jornais, realizou filmes, previu, ao jeito de Júlio
Verne, como seriam Lisboa e o Porto no ano 2000.
Reinaldo Ferreira. R de realidade e F de ficção. Nasceu há um
século. Os 38 anos da sua breve passagem pelo mundo foram vividos à
beira do delírio, com a morfina a ajudar. Um tipógrafo distraído
inventou a alcunha que o iria consagrar: Repórter X.
Luís Miguel Queirós - Jornal PÚBLICO, 10 de agosto de 1997
Nascido no Brasil, filho de imigrantes portugueses, veio aos dois anos para Portugal. A família fixa-se em Cantanhede, mais precisamente na vila de Febres, onde o pai exercia medicina. Em 1933 muda-se para Coimbra, onde permanece durante quinze anos, a fim de prosseguir os estudos. Em 1941 ingressa na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, onde estabelece amizade com Joaquim Namorado, João Cochofel e Fernando Namora. Em 1947 licencia-se em Ciências Histórico-Filosóficas, instalando-se definitivamente em Lisboa, no ano seguinte. Periodicamente volta a Coimbra e à Gândara. Em 1949 casa-se com Ângela, jovem madeirense que conhecera nos bancos da Faculdade, sua companheira e futura colaboradora permanente.
Data de 1942
o seu primeiro livro de poemas, intitulado "Turismo", com ilustrações
de Fernando Namora e integrado na coleção poética de 10 volumes do
"Novo Cancioneiro", iniciativa coletiva que, em Coimbra, assinalava o
advento do movimento neo-realista. Porém, em 1937, já publicara em conjunto com Fernando Namora e Artur Varela, amigos de juventude, um pequeno livro de contos "Cabeças de Barro". Em 1943 publica o seu primeiro romance, "Casa na Duna", segundo volume da coleção dos Novos Prosadores (1943), editado pela Coimbra Editora. No ano de1944
surge o romance "Alcateia", que viria a ser apreendido pelo regime. No
entanto é desse mesmo ano a segunda edição de "Casa na Duna".
Em 1945
publica um novo livro de poesias, "Mãe Pobre". Os anos seguintes serão,
para Carlos de Oliveira, bem profícuos quanto à integração e afirmação
no grupo que veicula e auspera por um novo humanismo, com a
participação nas revistas Seara Nova e Vértice, além da colaboração no livro de Fernando Lopes Graça "Marchas, Danças e Canções", uma antologia de vários poetas, musicadas pelo maestro.
Em 1953 publica "Uma Abelha na Chuva", o seu quarto romance e, unanimemente reconhecido, uma das mais importantes obras da literatura portuguesa do séculoXX, tendo sido integrado no programa da disciplina de português no ensino secundário.
Em 1968 publica dois novos livros de poesia, "Sobre o Lado Esquerdo" e "Micropaisagem", e colabora com Fernando Lopes na adaptação de "Uma Abelha na Chuva". Em 1971 sai "O Aprendiz de Feiticeiro", coletânea de crónicas e artigos, e "Entre Duas Memórias", livro de poemas, que lhe vale o Prémio da Casa da Imprensa.
Em 1976
reúne toda a sua poesia em dois volumes, sob o título de "Trabalho
Poético", juntando aos seus poemas anteriores, os inéditos reunidos em
"Pastoral", publicado autonomamente no ano seguinte.
O seu último romance, "Finisterra", sai em 1978, tendo como fundo a paisagem gandaresa. A obra proporciona-lhe o Prémio Cidade de Lisboa, no ano seguinte.
Morre na sua casa em Lisboa, com 60 anos incompletos.
Foi pioneiro nos trabalhos sobre a ecologia e na disseminação da consciência social sobre os ecossistemas.
Filho do sociólogoHoward W. Odum. Uma de suas principais obras é o clássico Fundamentos da Ecologia (1953).
“
Por
muitos anos, eu tenho apontado que a Ecologia não é mais uma subdivisão
da Biologia, mas tem emergido de suas próprias raízes biológicas para
tornar-se uma disciplina separada que integra organismos, o ambiente
físico e os seres humanos.