sexta-feira, outubro 03, 2025
Saudades de Sérgio Mestre...
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Pedro Luna
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Marcadores: Brigada Victor Jara, calendário, Canção de Embalar, flauta, Lua Extravagante, música, Natal dos Simples, Sérgio Mestre
Sérgio Mestre morreu há 22 anos...

Sérgio Martinho Mestre nasce em Moçambique a 24 de agosto de 1953. Vem para Tavira, com os seus pais, no ano de 1956, tornando-se o que ele próprio chamava “um filho da terra” e assumindo-se como algarvio de gema sem que com isso fizesse qualquer defesa bairrista ou regional não saudável. Aos 14 anos o pai oferece-lhe a primeira guitarra e de uma forma autodidata vai aprendendo música até encontrar Telmo Palma. É com este músico que aprende, estuda e se torna profissional.
Desde sempre defensor do pacifismo, parte para a Holanda, em 1973, autoexilando-se para não tomar parte da guerra colonial portuguesa. A partir desse centro conhece os países circundantes tendo contacto e aprendendo com variados músicos de diversos quadrantes, desde o Clássico ao Jazz, tornando-se ele próprio um músico polivalente, de bases sólidas e multi-instrumentista (guitarras várias, saxofone e flauta transversa).
Regressa a Portugal em 1974, pouco tempo antes da Revolução. Nos tempos seguintes, na altura denominada “PREC” (Período Revolucionário em Curso) corre o país no projeto cultural que um grande grupo de artistas de todas as áreas culturais promoveu não só nos centros urbanos mas também no chamado “Portugal profundo”. Nesse projeto foi músico fixo das bandas de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso até aos seus desaparecimentos. Com eles, para além do território nacional, apresenta a música portuguesa destes autores e outros por algumas ex-colónias como Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Macau e Goa. Alemanha e Brasil fazem também parte deste percurso. Pontualmente colabora, nessa altura, com outros músicos- Vitorino, Pedro Barroso, Fausto ou Janita Salomé. Mais tarde há-de integrar os projetos destes autores, ou de raiz, como foi o caso da “Lua Extravagante”. Durante alguns anos faz parte dos projetos da Brigada Vitor Jara e Vitorino. As tournées com todas estas bandas fazem-no viajar por todos os continentes à exceção da Oceania.
Seria fastidioso enumerar todos os autores e músicos com quem Sérgio Martinho Mestre colaborou ao longo da sua vida ou as paragens por onde andou. No entanto, destacamos ainda a sua colaboração, nos Açores, com Miguel e Vera Quintanilha, onde faz parte integrante das bandas Rosa-dos-ventos,e com José Medeiros, contactando com um grande número de músicos deste arquipélago. Com os grupos açorianos leva a nossa música a países como Estados Unidos, Canadá ou Brasil.
Merece ainda destaque, na sua vida profissional, a ajuda efetiva na montagem ou apoio que deu a autores ou grupos no início das suas carreiras públicas, estruturando projetos, passando conhecimento técnico, procurando formas, dando apoio. Mare Nostrum, Entre Aspas, Filipa Pais ou João Afonso são nomes que estiveram indubitavelmente ligados a Sérgio Martinho Mestre.
Nos últimos anos da sua vida integra a banda Coro dos Tribunais onde interpreta o repertório que melhor sabia e que mais lhe dizia, o de José Afonso. Nesta banda tem ocasião de convidar outros artistas e amigos que há tanto tempo o acompanhavam.
Paralelamente começa a desenvolver algum trabalho a nível de promoção de espetáculos na sua cidade de Tavira.
No dia 3 de outubro de 2003 Sérgio Martinho Mestre quase conseguiu aquilo que tantas vezes disse: “eu quero morrer em palco”. Sente-se mal a meio de um espetáculo em Coimbra, termina-o e acaba por falecer de madrugada no hospital com um acidente cardíaco.
in o Serginho - Festival Sérgio Mestre
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terça-feira, setembro 16, 2025
Hoje é da de recordar o patrono da melhor banda de música tradicional portuguesa...
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domingo, agosto 24, 2025
Sérgio Mestre nasceu há 72 anos...

Sérgio Martinho Mestre nasce em Moçambique a 24 de agosto de 1953. Vem para Tavira, com os seus pais, no ano de 1956, tornando-se o que ele próprio chamava “um filho da terra” e assumindo-se como algarvio de gema sem que com isso fizesse qualquer defesa bairrista ou regional não saudável. Aos 14 anos o pai oferece-lhe a primeira guitarra e de uma forma autodidata vai aprendendo música até encontrar Telmo Palma. É com este músico que aprende, estuda e se torna profissional.
Desde sempre defensor do pacifismo, parte para a Holanda, em 1973, autoexilando-se para não tomar parte da guerra colonial portuguesa. A partir desse centro conhece os países circundantes tendo contacto e aprendendo com variados músicos de diversos quadrantes, desde o Clássico ao Jazz, tornando-se ele próprio um músico polivalente, de bases sólidas e multi-instrumentista (guitarras várias, saxofone e flauta transversa).
Regressa a Portugal em 1974, pouco tempo antes da Revolução. Nos tempos seguintes, na altura denominada “PREC” (Período Revolucionário em Curso) corre o país no projeto cultural que um grande grupo de artistas de todas as áreas culturais promoveu não só nos centros urbanos mas também no chamado “Portugal profundo”. Nesse projeto foi músico fixo das bandas de Adriano Correia de Oliveira e José Afonso até aos seus desaparecimentos. Com eles, para além do território nacional, apresenta a música portuguesa destes autores e outros por algumas ex-colónias como Angola, Moçambique, Cabo-Verde, Macau e Goa. Alemanha e Brasil fazem também parte deste percurso. Pontualmente colabora, nessa altura, com outros músicos- Vitorino, Pedro Barroso, Fausto ou Janita Salomé. Mais tarde há-de integrar os projetos destes autores, ou de raiz, como foi o caso da “Lua Extravagante”. Durante alguns anos faz parte dos projetos da Brigada Vitor Jara e Vitorino. As tournées com todas estas bandas fazem-no viajar por todos os continentes à exceção da Oceania.
Seria fastidioso enumerar todos os autores e músicos com quem Sérgio Martinho Mestre colaborou ao longo da sua vida ou as paragens por onde andou. No entanto, destacamos ainda a sua colaboração, nos Açores, com Miguel e Vera Quintanilha, onde faz parte integrante das bandas Rosa-dos-ventos,e com José Medeiros, contactando com um grande número de músicos deste arquipélago. Com os grupos açorianos leva a nossa música a países como Estados Unidos, Canadá ou Brasil.
Merece ainda destaque, na sua vida profissional, a ajuda efetiva na montagem ou apoio que deu a autores ou grupos no início das suas carreiras públicas, estruturando projetos, passando conhecimento técnico, procurando formas, dando apoio. Mare Nostrum, Entre Aspas, Filipa Pais ou João Afonso são nomes que estiveram indubitavelmente ligados a Sérgio Martinho Mestre.
Nos últimos anos da sua vida integra a banda Coro dos Tribunais onde interpreta o repertório que melhor sabia e que mais lhe dizia, o de José Afonso. Nesta banda tem ocasião de convidar outros artistas e amigos que há tanto tempo o acompanhavam.
Paralelamente começa a desenvolver algum trabalho a nível de promoção de espetáculos na sua cidade de Tavira.
No dia 3 de outubro de 2003 Sérgio Martinho Mestre quase conseguiu aquilo que tantas vezes disse: “eu quero morrer em palco”. Sente-se mal a meio de um espetáculo em Coimbra, termina-o e acaba por falecer de madrugada no hospital com um acidente cardíaco.
in o Serginho - Festival Sérgio Mestre
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domingo, agosto 10, 2025
Né Ladeiras - 66 anos
Né Ladeiras, é o nome artístico da cantora portuguesa Maria de Nazaré de Azevedo Sobral Ladeiras (Porto, 10 de agosto de 1959).
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Música adequada à data...
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segunda-feira, junho 09, 2025
Música adequada à data - vivam os Açores...!
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segunda-feira, março 31, 2025
Os Reis Católicos expulsaram, de Espanha, os Judeus há 533 anos...
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sexta-feira, janeiro 10, 2025
Hoje é de recordar São Gonçalinho...
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segunda-feira, setembro 16, 2024
Porque hoje é preciso recordar o patrono da melhor banda de música tradicional portuguesa...
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sábado, agosto 10, 2024
Marião...!
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Música de aniversariante de hoje...!
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Música de aniversariante de hoje...
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Né Ladeiras nasceu há 65 anos
Né Ladeiras, é o nome artístico da cantora portuguesa Maria de Nazaré de Azevedo Sobral Ladeiras (Porto, 10 de agosto de 1959).
Nasceu numa família com grandes afinidades com a música. A mãe cantava em programas de rádio, o pai tocava viola e o avô materno tocava guitarra portuguesa, braguesa, cavaquinho e instrumentos de percussão. Com 6 anos participa no Festival dos Pequenos Cantores da Figueira da Foz. Durante a sua adolescência integra vários projetos musicais, entre os quais um duo acústico formado com uma amiga da escola.
A discografia de Né Ladeiras é composta por álbuns a solo, álbuns de bandas de que fez parte, participações especiais em discos de outros artistas e compilações, entre eles:
Álbuns
- 1977 - Eito Fora, com a Brigada Victor Jara, álbum editado pela Mundo Novo
- 1978 - Tamborileiro, com a Brigada Victor Jara, álbum editado pela Mundo Novo
- 1979 - Tocar a Reunir, single gravado com os Trovante 1981 - No Jardim da Celeste, com a Banda do Casaco, álbum editado pela Valentim de Carvalho 1982 - Também Eu, com a Banda do Casaco, álbum editado pela Valentim de Carvalho 1982 - Alhur, EP a solo, editado pela Valentim de Carvalho[
- 1983 - Sonho Azul, álbum a solo, editado pela Valentim de Carvalho
- 1988 - Corsária, álbum a solo, editado por Schiu! / Transmédia
- 1988 - Nono Andar, single gravado com Ana & Suas Irmãs, editado pela Transmédia
- 1994 - Traz-os-Montes , álbum a solo, editado pela Valentim de Carvalho
- 1997 - Todo Este Céu, álbum a solo, editado pela Sony
- 2001 - Da Minha Voz, álbum a solo, editado pela Zona Música
- 2002 - Anamar, Né Ladeiras, Pilar: Ao Vivo
- 2016 - Outras Vidas, álbum a solo
- 1995 - Espanta Espíritos, com o tema "A Lenda da Estrela", CD editado pela Dínamo
- 1996 -A Cantar Con Xabarin, com o tema "Viva a música!" , CD editado pela BOA
- 1997 - A Voz & Guitarra, com os temas "La Molinera" e "As Asas", editado pela Farol Música
- 1999 - Canções de Amigo, CD, editado pela Sony
- 1985 - José Afonso - Tema Benditos do disco Galinhas do Mato
- 1981 - Heróis do Mar - Amor (EP)
- 1999 - Sétima Legião - A Volta ao Mundo (CD, Sexto Sentido)
- 1996 - UHF - Amor Perdi (no álbum 69 Stereo, 1996)
- 2000 - Mawaca - Reis; Alvíssaras, CD astrolabio . tucupira . com . brasil
- 2010 - Corvos, com os temas No Canto do Olho e Depois do Mar Sem Fim, no CD Medo
- 2010 - Tema Malhão do Vento, do CD Dentro da Matriz dos OMIRI
- Tema Ayask ou Os Guerreiros da Utopia, do CD do grupo Nação Vira Lata
- Ganhou o Prémio José Afonso em 1995 com o álbum Traz os Montes
- Foi nomeada para vários Prémios BLITZ:
- Em 2020, a rubrica 101 canções que marcaram Portugal da Revista Blitz colocou a canção Sonho Azul em 22º lugar
- Os Melhores Discos da Música Portuguesa
- Jornal PÚBLICO: Alhur e Traz-os-Montes
- Jornal DIÁRIO DE NOTÍCIAS: 10º melhor disco de 1997: Todo este Céu; 60ª melhor canção do século: Sonho Azul; 18º melhor álbum de sempre: Traz-os-Montes; 4º Álbum do Ano (2001) – Escolha da redação e escolha dos leitores
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terça-feira, julho 09, 2024
Poema de aniversariante de hoje, cantado...
Ronda das Mafarricas
Letra de António Quadros (pintor) e música de de Zeca Afonso
Estavam todas juntas
Quatrocentas bruxas
À espera À espera
À espera da lua cheia
Estavam todas juntas
Veio um chibo velho
Dançar no adro
Alguém morreu
Arlindo coveiro
Com a tua marreca
Leva-me primeiro
Para a cova aberta
Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada
Arlindo coveiro
Cava-me a morada
Fecha-me o jazigo
Quero campa rasa
Arlindo Arlindo
Bailador das fadas
Vai ao pé coxinho
Cava-me a morada
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segunda-feira, maio 20, 2024
Música adequada à data...!
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domingo, março 31, 2024
Os Reis Católicos expulsaram de Espanha, vergonhosamente, os Judeus há 532 anos...
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quarta-feira, janeiro 10, 2024
Hoje foi Dia de São Gonçalo de Amarante...!
Gonçalo de Amarante (Arriconha, 1187 - Amarante, 10 de janeiro de 1262), membro da Ordem dos Pregadores ou Dominicanos, foi um eclesiástico português. Gozando de grande devoção popular que irradiou a partir do norte do país, é popularmente conhecido como São Gonçalo de Amarante, mas, na realidade, é considerado beato pela Igreja Católica, pelo que a forma correta de o denominar é Beato Gonçalo de Amarante.
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quinta-feira, dezembro 07, 2023
Quarenta (mais um...) anos do Grupo de Cordas da SF da AAC - o espetáculo...!
Adenda: o filme do evento, gravado para a posterioridade, pela tvAAC:
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Fernando Martins
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sábado, setembro 16, 2023
Porque hoje é preciso recordar Victor Jara, que dá nome à melhor banda de música tradicional portuguesa...
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Fernando Martins
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Marcadores: Brigada Victor Jara, MTP, música, Victor Jara, Vira de Coimbra

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