terça-feira, julho 25, 2023
A Batalha de Ourique foi há 884 anos
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Marcadores: Batalha de Ourique, D. Afonso Henriques, D. Afonso I, dinastia de Borgonha, El-Rei
Mota Pinto nasceu há 87 anos
(...)
Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, onde se licenciou e doutorou (1970) em Ciências Jurídicas, com uma tese sobre Cessão da Posição Contratual.
Foi um teórico influente no campo do Direito Civil, lecionando naquela Faculdade as disciplinas de Teoria Geral do Direito Civil, Direito das Obrigações, Direitos Reais e Direito Público da Economia.
(...)
Depois do 25 de Abril de 1974, Mota Pinto ajudou a fundar o Partido Popular Democrático (PPD), atual Partido Social Democrata (PPD/PSD), aderindo assim ao projeto de Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão e Joaquim Magalhães Mota de criar um partido político social-democrata em Portugal.
Pelo mesmo partido, Mota Pinto foi eleito deputado à Assembleia Constituinte e, novamente eleito à Assembleia da República, cuja designação se deve, aliás, a uma proposta legislativa por si apresentada, durante os próprios trabalhos da Constituinte.
Foi presidente do Grupo Parlamentar do PSD.
Ao PSD deu também o slogan «Hoje somos muitos, amanhã seremos milhões», incluído no seu discurso no primeiro comício do partido, realizado no Pavilhão dos Desportos, em Lisboa, em 1974.
Entrou em rutura com Sá Carneiro no Congresso de Aveiro, em dezembro de 1975, tendo-se posteriormente reconciliado com ele e com o partido. À data da morte de Sá Carneiro era mandatário nacional da candidatura presidencial do candidato da AD, general Soares Carneiro.
Foi igualmente ministro do Comércio e Turismo no I Governo Constitucional (Mário Soares, 1976–1977), 152.º primeiro-ministro do IV Governo Constitucional (1978-1979), nomeado por iniciativa presidencial de Ramalho Eanes, e ainda vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa Nacional do IX Governo Constitucional (Mário Soares, 1983–1985).
Liderou a Comissão Política Nacional do PSD, entre 1984 e 1985, depois de, entre 1983 e 1984, ter liderado o partido, juntamente com Nascimento Rodrigues e Eurico de Melo, na chamada "troika".
Dado como provável vencedor das eleições que se disputariam no final de maio de 1985 no congresso da Figueira da Foz, em que tinha como adversário João Salgueiro, Mota Pinto faleceu subitamente dias antes da realização desse congresso, o qual resultaria na chefia do PSD por Aníbal Cavaco Silva.
Casou com Maria Fernanda Cardoso Correia, provedora da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa de janeiro de 1992 a 1 de janeiro de 1996, da qual teve três filhos: Paulo, Nuno e Alexandre.
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Eduardo Souto de Moura faz hoje setenta e um anos
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Leonardo, o cantor sertanejo, nasceu há sessenta anos
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A Batalha da Salga foi há 442 anos
Monumento em memória à batalha, na baía da Salga, Terceira
A Batalha da Salga foi um recontro travado a 25 de julho de 1581 na baía da Salga, em São Sebastião, na jurisdição do extinto concelho da vila de São Sebastião, Terceira, Açores, entre uma força de desembarque espanhola e as forças portuguesas que, em nome de D. António I, defendiam a ilha em oposição à união pessoal com Espanha, no contexto da crise de sucessão de 1580.
(...)
Escapariam a nado pouco mais de 50 soldados, e o mar desde a costa até a bordo da armada estava tinto de sangue, oferecendo uma horrorosa perspetiva a toda a gente nobre e de entendimento que se puderam dar vida a todos depois de vencidos o fizeram; mas não podiam com a muita gente do povo.
Morreram de terra somente 17 homens; houve muitos feridos e queimados. Alguns elevam o número dos mortos a pouco menos de 30 (Antonio de Herrera é desta opinião). E suposto Herrera dizer que dos castelhanos morreram 400 somente, este número não é exato, pelo que temos visto em diferentes relações, que, dando o desembarque de mil homens para cima, dizem que só destes escapariam a nado 50, ou pouco mais.
Por meio desta vitória, não só os portugueses recobraram a artilharia que os castelhanos lhes tinham tomado ao entrar da ilha, mas também a que trouxeram, riquíssimas armas com que vinham, bandeiras e caixas, e em fim tudo o que tinham roubado na terra.
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Peter Green morreu há três anos...
Foi uma figura importante na "segunda grande época" do movimento blues britânico. B.B. King comentou: "Ele tem o tom mais doce que eu já ouvi; foi o único que me fez suar frio". Eric Clapton elogiou o seu estilo como guitarrista. Ficou conhecido pelo uso de flexões de cordas, vibrato e economia de estilo.
A revista Rolling Stone colocou Green no número 58 na sua lista dos "100 Maiores Guitarristas de Todos os Tempos" e foi classificado como um dos 50 maiores de todos os tempos pela Guitar Player. Em junho de 1996, foi eleito o terceiro melhor guitarrista de todos os tempos pela revista Mojo.
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Otelo Saraiva de Carvalho morreu há dois anos
Na biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.
Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC, todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON) nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças Populares 25 de Abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros, Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução portuguesa.
Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe, talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia, agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura (Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é, afinal, uma história de amor.
Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família. Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher, nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo passa-os na outra."
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.
Cronologia das FP-25
20 de abril de 1980 - apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”;
Maio de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos no Cacém que resulta na morte do soldado da GNR Henrique Hipólito durante a confrontação com elementos da organização;
Maio de 1980 - morte do militar da GNR Agostinho Francisco Ferreira durante a detenção de elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve;
Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança;
Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP;
Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia para roubo de impressos para bilhetes de identidade;
Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile respetivamente no Porto e em Lisboa;
Outubro de 1980 - rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo;
Outubro de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos dois elementos da população local;
Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido;
Março de 1981 - ferimentos ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação em Outubro do ano anterior;
Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa;
Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa;
Abril de 1981 - ação de solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways no Porto;
Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês;
Julho de 1981 - disparos sobre o diretor-delegado da empresa Standard Elétrica em Cascais causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa;
Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra;
Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira;
Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio;
Outubro de 1981 - disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de Famalicão; a acção é justificada como uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efetuados na empresa;
Outubro de 1981 - morte de dois militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a acção inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto a um banco desta localidade;
Outubro de 1981 - morte de um elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos elementos da organização;
Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal;
Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores;
Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC;
Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”;
Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua;
Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia;
Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola;
Dezembro de 1982 - atentado mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa;
Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado;
Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal;
Junho de 1983 - assalto a uma empresa;
Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos;
Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna;
Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal;
Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha;
Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal;
Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças;
Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool;
Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande;
Janeiro de 1984 - assalto a uma viatura de transporte de valores na Marinha Grande que resulta em ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes;
Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos visando empresários na Covilhã e Castelo Branco;
Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa;
Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora;
Abril de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade (Nuno Dionísio);
Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via;
Maio de 1984 - atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções;
Junho de 1984 - atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa;
Junho de 1984 - operação policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular;
Agosto de 1984 - atentado frustrado com explosivos numa serração de Proença-a-Nova resultando em ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os colocar;
Setembro de 1984 - disparos sobre o posto da GNR de Barcelos na sequência de uma carga desta força policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra;
Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa;
Março de 1985 - atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a ação como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal;
Abril de 1985 - na sequência de uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro;
Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada;
Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização;
Fevereiro de 1986 - atentado mortal sobre o Diretor-Geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-Geral;
Abril de 1986 - disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção; desta ação resulta um ferido ligeiro;
Setembro de 1986 - atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada) um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril;
Agosto de 1987 - morte do agente da PJ Álvaro Militão durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa;
Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos;
1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".
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Matt LeBlanc nasceu há 56 anos
O primeiro bebé-proveta celebra hoje 45 anos...!
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Os AC/DC lançaram o álbum Back in Black há quarenta e três anos
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A paz entre Israel e a Jordânia começou há vinte e nove anos
Em 1987, o ministro israelita das Relações Exteriores, Shimon Peres, e o rei Hussein tentaram secretamente arranjar um acordo de paz no qual Israel concederia a Cisjordânia à Jordânia. Os dois assinaram um acordo que define uma estrutura para uma conferência de paz no Oriente Médio. A proposta não foi consumada devido à objeção do primeiro-ministro israelita Yitzhak Shamir. No ano seguinte, a Jordânia abandonou a sua reivindicação à Cisjordânia em favor de uma resolução pacífica entre Israel e a OLP.
As discussões começaram em 1994. O primeiro-ministro israelita Yitzhak Rabin e o ministro das Relações Exteriores Shimon Peres informaram ao rei Hussein que, após os acordos de Oslo com a OLP, a Jordânia poderia ser "deixada de fora do grande jogo". Hussein consultou o presidente egípcio Hosni Mubarak e o presidente sírio Hafez al-Assad. Mubarak o encorajou, mas Assad disse-lhe apenas para "falar" e não assinar nenhum acordo. O presidente dos EUA Bill Clinton pressionou Hussein para iniciar negociações de paz e assinar um tratado de paz com Israel e prometeu-lhe que as dívidas da Jordânia seriam perdoadas. Os esforços tiveram sucesso e a Jordânia assinou um acordo de não beligerância com Israel. Rabin, Hussein e Clinton assinaram a Declaração de Washington em Washington, D.C., em 25 de julho de 1994. A Declaração diz que Israel e Jordânia acabaram com o estado oficial de inimizade e iniciariam negociações para alcançar o "fim do derramamento de sangue e tristeza "e uma paz justa e duradoura.Um acidente acabou com os voos do Concorde há vinte e três anos
O Voo Air France 4590 correspondia a um voo regular da companhia Air France, de Paris a Nova Iorque, feito com uma aeronave modelo Concorde.
O dia 25 de julho de 2000 ficou marcado na história aeronáutica pela ocorrência de um acidente envolvendo essa rota. Uma fuga de combustível, devido à rutura do tanque n.º 5, provocou um grande incêndio sob a asa esquerda da aeronave. Depois de uma sequência de falhas, a aeronave não conseguiu ganhar altitude e caiu, instantes depois da descolagem.
Após o acidente, o Concorde sofreu algumas modificações e 15 meses depois do acidente ele voltou ao serviço de passageiros. Porém, em 10 de abril de 2003, Air France e British Airways decidiram, juntas, encerrar os voos comerciais do Concorde. A Air France encerrou os voos do Concorde em 31 de maio de 2003 enquanto que a British Airways encerrou os voos em 24 de outubro de 2003.
(...)
Apurou-se nas investigações que a rutura do tanque ocorreu durante a
descolagem, tendo sido causada pelo violento choque de um pedaço do pneu
nº 2 (localizado no trem de aterragem principal esquerdo) que estoirou
devido a uma peça de um DC-10 da companhia Continental,
caída na pista do aeroporto Charles de Gaulle. Logo em seguida houve
perda de potência no motor nº 2 e em seguida no motor nº 1. O DC-10
havia descolado cinco minutos antes do Concorde. Após 18 meses de
investigações, foi apresentado o relatório final sobre o acidente.
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Fernanda Baptista morreu há quinze anos...
Fernanda Baptista (Lisboa, 7 de maio de 1919 - Cascais, 25 de julho de 2008), foi uma fadista e atriz portuguesa, presença assídua no Teatro de Revista.
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E viva a Galiza!
Que din os rumorosos
na costa verdecente,
ao raio transparente
do prácido luar?
Que din as altas copas
de escuro arume arpado
co seu ben compasado
monótono fungar?
Do teu verdor cinguido
e de benignos astros,
confín dos verdes castros
e valeroso chan,
non des a esquecemento
da inxuria o rudo encono;
desperta do teu sono
Fogar de Breogán.
Os bos e xenerosos
a nosa voz entenden
e con arroubo atenden
o noso ronco son,
mais só os iñorantes
e féridos e duros,
imbéciles e escuros
non nos entenden, non.
Os tempos son chegados
dos bardos das idades
que as vosas vaguedades
cumprido fin terán;
pois, onde quer, xigante
a nosa voz pregoa
a redenzón da boa
Nazón de Breogán.
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segunda-feira, julho 24, 2023
O poeta Alphonsus Guimaraens nasceu há 153 anos
O leito
Ontem, à meia-noite, estando junto
A uma igreja, lembrei-me de ter visto
Um velho que levava às costas isto:
Um caixão de defunto.
O caso nada tem de extraordinário.
Quem um velho a levar um caixão tal
Inda não viu? É um fato quase diário
Em qualquer bairro de uma capital.
Mas é que ia de modo tal curvado
Para o chão, e afalar tão baixo e tanto,
Que, manso e manso, e trêmulo de espanto,
Fui seguindo a seu lado.
Disse-lhe assim: “Talvez seja demência
Quem guie os passos todos que tu dês;
Ou és então, na mísera existência,
Um miserável bêbedo, talvez.”
O olhar fito no chão, como desfeito
Em sangue, o velho, sem me olhar, seguia.
E ouvi-lhe a única frase que dizia:
— “Vou levando o meu leito.”
Alphonsus Guimaraens
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Volta, Lamarck - estás perdoado...
Os peixes evoluíram para caminhar. Num caso, até se tornaram humanos

Quando pensa sobre a evolução humana, há uma boa probabilidade de imaginar chimpanzés a explorar florestas antigas ou os primeiros humanos a pintar mamutes lanosos nas paredes das cavernas.
Mas nós, humanos, junto com ursos, lagartos, beija-flores e tiranossauros rex, somos na verdade peixes com barbatanas lobadas.
Pode parecer bizarro, mas a evidência está nos nossos genes, anatomia e fósseis. Pertencemos a um grupo de animais chamados sarcopterígios terrestres, mas uma grande quantidade de mudanças evolutivas obscureceu a nossa aparência.
Pensamos nos peixes como nadadores experientes, mas na verdade eles desenvolveram a capacidade de “andar” pelo menos cinco vezes. Algumas espécies puxam-se para a frente usando barbatanas dianteiras bem desenvolvidas, enquanto outras “caminham” ao longo do fundo do oceano.
Os nossos antepassados sarcopterígios desenvolveram pulmões e outros mecanismos de respiração aérea, membros ossudos e uma coluna vertebral mais forte antes de se aventurarem na terra. Estas adaptações foram úteis não apenas em ambientes aquáticos, mas permitiram que nossos antepassados explorassem a terra – eram “pré-adaptações” para a vida na terra.
A transição da água para a terra foi um dos eventos mais significativos na evolução dos vertebrados. Pode ter começado como uma forma de escapar de predadores, mas a paisagem que os nossos antepassados descobriram já era rica em plantas como musgos, cavalinhas e samambaias, além de artrópodes (milípedes) que tinham colonizado a terra milhões de anos antes.
Não estamos sozinhos
Andar independentemente evoluiu várias vezes em peixes, tornando-se um exemplo de convergência evolutiva (características semelhantes que evoluem independentemente, como asas em morcegos e pássaros). A evolução de caminhar em peixes é rara. Existem mais de 30 000 espécies de peixes como os conhecemos hoje (não no sentido evolutivo), das quais apenas um punhado pode “andar”.
Os sarcopterígios diferem de outros tipos de peixes de várias maneiras importantes. Por exemplo, as nossas barbatanas (membros) têm suportes ósseos e lóbulos musculares que nos permitem mover em terra.
Acredita-se que esta adaptação tenha sido crucial para a evolução dos tetrápodes (anfíbios, mamíferos, répteis e aves) durante a nossa transição da água para a terra no período Devónico Superior, há cerca de 375 milhões de anos. Muitos dos genes envolvidos na formação de membros e dedos em tetrápodes também são encontrados em sarcopterígios aquáticos, como peixes pulmonados, o que indica que essas características evoluíram no nosso antigo antepassado comum.
Não sabemos de que espécie era esse antepassado, mas provavelmente se parecia com o celacanto, que tem um rico registo fóssil e é um “fóssil vivo” que hoje habita o Oceano Índico Ocidental e a Indonésia.
Os peixes sarcopterígios ambulantes estão extintos, como o Tiktaalik, ou tão altamente evoluídos que não os reconhecemos mais como peixes (tetrápodes).
Um exemplo de peixe vivo que anda é o saltador-do-lodo (da família Oxudercidae). Estes peixes vivem em manguezais e planícies de maré e usam as suas barbatanas peitorais para caminhar em terra. Essas barbatanas ajudam-nos a escapar de predadores aquáticos, procurar comida (eles consomem material orgânico na lama) e até interagir uns com os outros em terra, encontrando parceiros.
Outro exemplo é o bagre ambulante (Clarias batrachus), que usa as suas barbatanas peitorais para se deslocar em terra, ajudando-o a escapar de lagoas secas e encontrar novos habitats.
Como é que os genes relacionados com a caminhada evoluíram pela primeira vez?
A raia-de-verão (Leucoraja erinacea) é um peixe cartilaginoso parente das raias e tubarões (ao contrário dos peixes ósseos, incluindo os sarcopterígios). É outro peixe que “anda” debaixo de água sobre barbatanas como pernas, imitando os movimentos de animais terrestres.
A raia-de-verão é de grande interesse para os cientistas que pesquisam a evolução da locomoção porque evoluiu andando com barbatanas independentemente dos sarcopterígios. No entanto, até agora, a genética por trás do andar da raia era difícil de estudar devido à falta de dados de qualidade.
Isso mudou recentemente, quando investigadores de Seul e Nova York usaram tecnologia de ponta para construir uma montagem de alta qualidade do genoma da raia-de-verão. Os cientistas descobriram que ela usa apenas dez músculos para andar com barbatanas, enquanto os tetrápodes geralmente usam 50 músculos para mover seus membros.
Uma grande questão sobre a evolução dos vertebrados é: quais genes são importantes para desenvolver os músculos que permitem a caminhada? Para descobrir, a equipa analisou quais genes estavam ativos nos nervos que controlam os músculos dos membros (nervos motores) num rato, numa galinha e numa raia-de-verão.
Eles descobriram padrões de expressão genética semelhantes nos nervos motores que ajudam esses músculos a funcionar. Assim, os peixes ambulantes podem ter seguido vários caminhos evolutivos diferentes, mas este estudo recente sugere um mecanismo genético comum.
Os humanos evoluíram para serem os melhores caminhantes
No final do período Triássico, há cerca de 201 milhões de anos, tanto os dinossauros quanto os mamíferos desenvolveram excelentes habilidades de corrida. Os humanos refinaram estes poderes locomotores, desenvolvendo inúmeras adaptações que nos tornam uma das espécies de corrida mais eficientes e capazes do planeta.
Essas adaptações incluem um tendão de Aquiles semelhante a uma mola que ajuda a armazenar energia, uma passada longa e centro de gravidade equilibrado e suor para arrefecer. Estas adaptações permitem-nos percorrer longas distâncias com grande resistência, embora em velocidades lentas.
Os nossos antepassados costumavam correr para caçar, escapar de predadores e forragear. Isto moldou a nossa anatomia, fisiologia e cultura. E muitos estudos mostram que caminhar e correr são cruciais para o nosso bem-estar e saúde física.
Foi um longo caminho desde a origem da caminhada nos nossos antepassados semelhantes a peixes que primeiro colonizaram a terra. Mas caminhar e correr continuam a ser uma parte central de nossas vidas e do nosso sucesso evolutivo.
in ZAP
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Fernando Martins
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Marcadores: evolução, Lamarck, lamarquismo
Poesia para recordar o regresso da Apollo XI...
Satélite
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.Muito cosmograficamente
Satélite.Desmetaforizada,
Desmitificada,Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.
Manuel Bandeira
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Pedro Luna
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05:40
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