Monumento em memória à batalha, na baía da Salga, Terceira
A Batalha da Salga foi um recontro travado a 25 de julho de 1581 na baía da Salga, em São Sebastião, na jurisdição do extinto concelho da vila de São Sebastião, Terceira, Açores, entre uma força de desembarque espanhola e as forças portuguesas que, em nome de D. António I, defendiam a ilha, em oposição à união pessoal com Espanha, no contexto da crise de sucessão de 1580.
(...)
Escapariam a nado pouco mais de 50 soldados, e o mar desde a costa
até a bordo da armada estava tinto de sangue, oferecendo uma horrorosa
perspetiva a toda a gente nobre e de entendimento que se puderam dar
vida a todos depois de vencidos o fizeram; mas não podiam com a muita
gente do povo.
Morreram de terra somente 17 homens; houve muitos feridos e queimados. Alguns elevam o número dos mortos a pouco menos de 30 (Antonio de Herrera
é desta opinião). E suposto Herrera dizer que dos castelhanos morreram
400 somente, este número não é exato, pelo que temos visto em
diferentes relações, que, dando o desembarque de mil homens para cima,
dizem que só destes escapariam a nado 50, ou pouco mais.
Por meio desta vitória, não só os portugueses recobraram a
artilharia que os castelhanos lhes tinham tomado ao entrar da ilha, mas
também a que trouxeram, riquíssimas armas com que vinham, bandeiras e
caixas, e em fim tudo o que tinham roubado na terra.