terça-feira, março 14, 2023

O papa Pio XI escreveu uma histórica carta ao povo alemão há 86 anos

   

Mit brennender Sorge (Com profunda preocupação - 14 de março de 1937), é uma Carta Encíclica de Pio XI que condena o nacional-socialismo alemão e sua ideologia racista. Foi a primeira crítica oficial aos nazis feita por um chefe de Estado e contém um ataque velado a Adolf Hitler, referindo-se a ele como "um profeta louco de arrogância repulsiva". É também notável por ser um dos dois únicos documentos oficiais da Santa Sé escritos numa língua diferente do latim e do grego, juntamente com a encíclica Non Abbiamo Bisogno, de 1931, que por sua vez critica o fascismo italiano.
Devido ao caráter urgente da mensagem destinada especificamente ao povo germânico, Pio XI optou por redigir a Encíclica diretamente em alemão. Quando pronta, foi enviada clandestinamente para a Alemanha por meio do serviço eclesiástico de correspondência, para que não fosse apreendida pela Gestapo, e então reproduzida por oficiais da Igreja Católica. As cópias foram distribuídas aos bispos, padres e capelães para serem lidas em todas as paróquias alemãs no dia 21 de março de 1937, durante a homilia da missa de Domingo de Ramos, quando a presença de fiéis costuma ser a máxima de todo o ano litúrgico. A encíclica faz uma condenação extremamente dura do racismo e ataca o Führer com uma agressividade raramente vista em documentos papais, motivando uma reação violenta de Hitler por meio da Gestapo, que recrudesceu fortemente a perseguição de católicos e ocasionou a prisão de mais 1100 clérigos. Numa época em que Adolf Hitler ainda gozava de grande prestígio na opinião pública internacional, a encíclica surpreendeu pelo tom decisivo e foi alvo de críticas inclusive de setores da esquerda católica, que ainda acreditavam em uma convivência pacífica com a Alemanha.
Juntamente com os Cardeais alemães Adolf Bertram, Michael von Faulhaber e Karl Joseph Schulte e os dois bispos alemães mais contrários ao regime, Clemens von Gallen e Konrad von Preysing e com a intervenção decidida do Cardeal Pacelli - futuro Papa Pio XII - e dos seus auxiliares alemães Mons. Ludwig Kaas e dos jesuítas Robert Leiber e Augustin Bea é que se chegou à encíclica Mit brennender Sorge que, ainda em 1937, condenou os erros da ideologia nazi e os seus ideais racistas e pagãos.

    

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Como era de se esperar, no mesmo dia o órgão oficial nazi, Völkischer Beobachter, publicou uma primeira réplica à encíclica, mas foi também a última. O ministro alemão da propaganda, Joseph Goebbels, foi suficientemente inteligente e perspicaz para perceber a força que havia tido a declaração, e com o controle total da imprensa e do rádio que já tinha por essa ocasião, entendeu que o mais conveniente era ignorá-la completamente e censurar tanto o seu conteúdo como quaisquer referências a ele.
Após a leitura e publicação da encíclica, as perseguições anti-católicas tiveram lugar, e as relações diplomáticas Berlim-Vaticano ficaram severamente afetadas. Em maio de 1937, 1.100 padres e religiosos são lançados nas prisões do Reich. 304 sacerdotes católicos são deportados para Dachau em 1938. As organizações católicas são dissolvidas e as escolas confessionais interditas.
Até a queda do regime nazi, cerca de onze mil sacerdotes católicos (quase metade do clero alemão dessa época) "foram atingidos por medidas punitivas, política ou religiosamente motivadas, pelo regime nazi", terminando muitas vezes nos campos de concentração.

Billy Crystal faz hoje 75 anos

   
William "Billy" Edward Crystal (Nova Iorque, 14 de março de 1948) é um ator, escritor, produtor e diretor norte-americano.
Os seus pais são judeus-americanos e chamam-se Jack e Helen. Jack Crystal, o seu pai, trabalhava no Commodore Music Shop.
Crystal entrou na Universidade de Marshall em Huntington, Virgínia Ocidental com uma bolsa de estudos como atleta de baseball, jogo que aprendeu com o seu pai. Contudo, ele nunca jogou em Marshall e a bolsa foi suspensa no seu primeiro ano. Crystal, então, retornou para Nova Iorque com a sua futura esposa, Janice Goldfinger, com quem teve duas filhas. Estudou direção de cinema e televisão na Universidade de Nova Iorque.
Billy Crystal apresentou nove vezes a entrega dos Óscares e possui uma estrela na Calçada da Fama, localizada em 6925 Hollywood Boulevard.
  

Alberto II do Mónaco faz hoje 65 anos


Alberto II
(Monaco-Ville, 14 de março de 1958), é o chefe da Casa de Grimaldi e, desde 2005, o príncipe soberano do principado do Mónaco.
É o único filho varão do príncipe Rainier III de Mónaco (1923-2005), a quem sucedeu, e da sua esposa, a atriz norte-americana Grace Kelly (1929-1982). Tem duas irmãs, a princesa Carolina do Mónaco e a princesa Stéphanie do Mónaco. Alberto II possui o tratamento de Sua Alteza Sereníssima.
Em 10 de dezembro de 2014 nasceram os seus dois filhos legítimos, frutos do seu casamento com Charlene do Mónaco: uma menina, Gabriela, e um menino, Jaime. O bebé do sexo masculino foi nomeado herdeiro do trono monegasco, com o título de Sua Alteza Sereníssima, o Príncipe Herdeiro do Mónaco, Marquês de Baux, enquanto Gabriella tem o título de Condessa de Carladès.
     

  

 

O astronauta espanhol Pedro Duque faz hoje sessenta anos...!

   
Pedro Francisco Duque Duque (Madrid, 14 de março de 1963) é um astronauta espanhol  veterano, com duas missões espaciais.
     
Formação
Duque formou-se em engenharia aeronáutica pela Universidade Politécnica de Madrid, em 1986. Trabalhou para a Agência Espacial Europeia durante seis anos, antes de ser selecionado como candidato a astronauta em 1992. Duque submeteu-se depois a treino, tanto na Rússia quanto nos Estados Unidos.
     
    
Experiência em voo espacial
O seu primeiro voo espacial foi em 1998, como especialista da missão STS-95 a bordo do Vaivém Espacial, durante a qual Duque supervisionou os módulos experimentais da ESA. Em outubro de 2003, voltou ao espaço a bordo da Soyuz TMA-3 e visitou a Estação Espacial Internacional durante nove dias, durante uma troca de tripulação.
Ele está agora a lecionar na Escuela Técnica Superior de Ingenieros Aeronaúticos, em Madrid.
    
   

Stephen Hawking morreu há cinco anos...

  

Stephen William Hawking (Oxford, 8 de janeiro de 1942 - Cambridge, 14 de março de 2018) foi um físico teórico e cosmólogo britânico, reconhecido internacionalmente por sua contribuição à ciência, sendo um dos cientistas de mais renome do século. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano emérito na Universidade de Cambridge, um posto que foi ocupado por Isaac Newton, Paul Dirac e Charles Babbage. Foi, pouco antes de falecer, diretor de pesquisa do Departamento de Matemática Aplicada e Física Teórica (DAMTP) e fundador do Centro de Cosmologia Teórica (CTC) da Universidade de Cambridge.

 

George Philipp Telemann nasceu há 342 anos

      
George Philipp Telemann (Magdeburgo, 14 de março de 1681 - Hamburgo, 25 de junho de 1767) foi um compositor e músico alemão.
     

 


Johann Strauss I nasceu há 219 anos

   
Johann Strauss, dito I (nascido Johann Baptist Strauß ou Johann Baptist Strauss) (Viena, 14 de março de 1804 - Viena, 25 de setembro de 1849) foi um compositor romântico, kapellmeister austríaco, pai de Johann Strauss II, Josef Strauss, Eduard Strauss, avô de Johann Strauss III, nascido em 1866.
        
Vida e obra
Neto de um judeu convertido ao catolicismo, a sua mãe morreu de "febre" quando ele tinha sete anos e, quando tinha doze anos, morreu-lhe o pai, afogado no rio Danúbio, tendo, então, a sua madrasta colocado-o como aprendiz de encadernador.
Johann Lichtscheidl deu-lhe aulas de violino e viola também estudou música com Johann Polischansky, conseguindo durante a sua aprendizagem assegurar um lugar numa orquestra local, de Michael Pamer. Em 1825, ele decidiu formar a sua própria banda e começou a escrever música (principalmente, música de dança) fez digressões pela Alemanha, os Países Baixos, Bélgica, Inglaterra e Escócia. A condução e gestão desta "Strauss Orchestra" acabaria por passar para as mãos dos seus filhos diversas vezes até à dissolução, por Eduard Strauss, em 1901.
Casou com Maria Anna Streim, em 1825, na igreja paroquial de Liechtenthal, em Viena. O seu casamento foi instável com as suas ausências prolongadas, levando a um afastamento gradual entre o casal e, mais tarde, teve uma amante, Emilie Trampusch, em 1834, com quem teve seis filhos. Anna Maria processa-o por divórcio, em 1844, e isso permitiu ao filho homónimo, Johann Strauss, prosseguir ativamente uma carreira musical, pois o pai era um disciplinador rigoroso e impôs a sua vontade aos seus filhos para seguirem carreiras não relacionadas com música.
Strauss morreu em Viena em 1849 de "escarlatina" que contraiu por causa de um dos seus filhos ilegítimos. Foi enterrado no cemitério, ao lado do seu amigo Döblinger Josef Lanner. Em 1904, os seus restos mortais foram transferidos para o túmulo no Cemitério Central de Viena. Hector Berlioz prestou-se a homenagear o "Pai da Valsa' ao comentar que Viena sem Strauss é como a Áustria sem o Danúbio.
  

 


Vítor Emanuel I, o primeiro Rei da Itália unificada, nasceu há 203 anos

   
Vítor Emanuel II
(Turim, 14 de março de 1820Roma, 9 de janeiro de 1878), também chamado pelos italianos de "Pai da Pátria", foi o Rei da Sardenha, de 23 de março de 1849 até 17 de março de 1861, quando unificou a Península Itálica numa único estado, continuando a partir de então a reinar como Rei da Itália até à sua morte. Era filho do rei Carlos Alberto da Sardenha e da sua esposa, a arquiduquesa Maria Teresa da Áustria.
  
Nascimento
Vítor Emanuel II, da Casa de Saboia, nasceu em Turim, no Piemonte. Primogénito de Carlos Alberto de Savoia-Carignano e de Maria Teresa de Hasburgo-Lorena (em italiano, Maria Teresa d'Asburgo-Lorena), casou-se, aos 22 anos, com a sua prima Maria Adelaide, filha do arquiduque Rainier de Áustria.
  
Rei da Sardenha
Quando rebentou a primeira guerra de independência comandou uma divisão da reserva do exército. Na batalha de Goito (30 de maio de 1848) conduziu pessoalmente a companhia "Guardia" ao ataque e foi ferido. Depois da batalha de Novara e da abdicação de Carlos Alberto (23 de março de 1849), sucedeu ao seu pai como rei da Sardenha num momento difícil para o país.
Não tendo condições de continuar a guerra, Vítor Emanuel II teve que assinar o armistício de Vignale (24 de março de 1849) com o marechal austríaco Radetzky. Se o exército foi posto a dura prova pela derrota, a situação interna do reino não era melhor, estremecido também por uma revolta republicana em Génova (abril de 1849). A maior dificuldade política encontrava-se na hostilidade da Câmara dos Deputados (de maioria democrática) para ratificar o tratado de paz com a Áustria.
Para superar a oposição da câmara, Vítor Emanuel II chegou ao limite extremo da honestidade constitucional anunciando o decreto de Moncalieri (20 de novembro de 1849) com que dissolvia o parlamento e convocava novas eleições. A convocação real conseguiu o seu efeito no Piemonte. Assinada a paz com a Áustria pode dedicar-se a solução dos grandes problemas internos, primeiro entre todos o da consolidação do regime constitucional.
Vítor Emanuel II era propenso a exercer a autoridade régia além dos limites do estatuto, mas provou a sua lealdade constitucional proclamando as leis "Siccardi" contra os privilégios do clero. Todavia o monarca também foi induzido a recorrer a estes instrumentos pela firme postura do governo presidido por Massimo D'Azeglio.
No mês de novembro de 1852, Camillo Benso, Conde de Cavour sucedeu a D'Azeglio. O relacionamento de Vítor Emanuel II com Cavour nem sempre foi cordial e fácil, porque o "grande ministro" não hesitava em expor ao rei os seus pontos de vista que nem sempre estavam de acordo com aqueles do soberano. Mas geralmente, o monarca seguiu as linhas gerais da política de Cavour, com o desejo de restaurar a fama do seu exército, como no caso da intervenção na Crimeia. Para aumentar o prestígio e o domínio da sua casa aprovou a aliança com Napoleão III, com quem ele compartilhava um certo gosto pela política secreta.
  
Rei de Itália
Os anos de 1858 até 1861 foram os mais favoráveis ao reino de Vítor Emanuel II. No mês de abril de 1859 partiu para a guerra contra a Áustria, e menos de dois anos depois era proclamado o Reino de Itália, com Vítor Emanuel como soberano. Certamente, para a rápida ascensão do monarca, contribuiu em muito a obra do Conde de Cavour e de Giuseppe Garibaldi que, com a Expedição dos Mil, deu a Vítor Emanuel II o Reino das Duas Sicílias. Mas deve-se reconhecer que naqueles anos decisivos ele esteve decididamente solidário com a causa da unidade nacional.
A terceira guerra de independência (1866) trouxe o Veneto para a coroa, mas sem aquela vitória militar que o rei desejava. Para completar a unidade da Itália faltava ainda Roma. Quando, no verão de 1870, rebentou a guerra franco-prussiana, Vitor Emanuel II era mais propenso a correr em socorro do imperador francês Napoleão III, o antigo companheiro de armas e de intrigas, mas cedeu à vontade dos seus ministros que quiseram aproveitar da ocasião favorável para tomar Roma, então sob domínio do Papa, com apoio de tropas francesas. O rei tomou Roma, que se tornou então capital do Reino de Itália. Porém do mesmo modo que não se adaptou a Florença, que tinha sido escolhida para ser capital depois da Convenção de setembro (1864), não se adaptou também em Roma. Nunca morou no Palacio Quirinal, preferindo o retiro numa residência mais modesta, juntamente com a esposa morganática Rosa Vercellana, posteriormente condessa de Mirafiori.
Concluído o período heróico do Risorgimento, o rei era, num certo sentido, um sobrevivente, como muitos outros protagonistas do pátrio resgate. Em 1876, viu sair do governo, por voto contrário do parlamento, a direita histórica de onde vieram os seus ministros mais hábeis e os seus mais confiáveis conselheiros. Respeitoso das indicações do parlamento, chamou ao governo a esquerda. Isto aconteceu no ano da sua morte.
   
Descendência
Com a morte de Vítor Emanuel II em 9 de janeiro de 1878, subiu ao trono do Reino de Itália o seu filho Humberto I. Era ainda pai da princesa Maria Clotilde de Saboia,  do rei de Espanha Amadeu I, do príncipe  Otão, Duque de Montferrat e da Rainha de Portugal,  Maria Pia de Saboia.
 



(imagem daqui)
     
Após a Itália ser unificada, em 1861, muitas das óperas de Verdi foram reinterpretadas como Risorgimento. Começando em Nápoles, em 1859, e espalhando-se por toda a Itália, o slogan "Viva VERDI" foi usado como um acróstico de Viva Vittorio Emanuele Re D'Italia (Viva Vitor Emanuel, Rei da Itália), referindo-se a Vítor Emanuel II da Itália, então rei da Sardenha.
  

A última Imperatriz do Brasil nasceu há 201 anos

  
Dª Teresa Cristina de Bourbon-Duas Sicílias, cujo nome completo em italiano era Teresa Cristina Maria Giuseppa Gasparre Baltassarre Melchiore Gennara Rosalia Lucia Francesca d'Assisi Elisabetta Francesca di Padova Donata Bonosa Andrea d'Avelino Rita Liutgarda Geltruda Venancia Taddea Spiridione Rocca Matilde di Borbone-Due Sicilie (Nápoles, 14 de março de 1822 - Porto, 28 de dezembro de 1889), foi uma princesa do reino das Duas Sicílias, do ramo italiano da Casa de Bourbon, e a quarta e última imperatriz-consorte do Brasil, esposa do imperador Dom Pedro II. Foi a mãe das princesas Isabel e Leopoldina.
  
  

Feliz Dia do Pi...!

  
O Dia do Pi é comemorado em 14 de março (3/14 na notação norte-americana), por 3,14 ser a aproximação mais conhecida de π. O auge das comemorações acontece à 1:59 da tarde (porque 3,14159 = π arredondado até a 5ª casa decimal).
  
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Se arredondarmos π para a sétima casa decimal, teremos 3,1415926, fazendo da 1:59:26 do dia 14 de março o Segundo do Pi.
14 de março também é o dia do nascimento de Albert Einstein, o que agrega mais fãs das ciências exatas às comemorações.
A primeira comemoração do Dia do Pi aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas; no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do Pi.
   
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Em inglês, o nome da constante (pi) e a palavra torta (pie) têm pronúncia idêntica. Por isso a tradição de comer tortas nesse dia. Mas como a constante tem íntima relação com as medidas do círculo, são aceites quaisquer pratos preparados em forma redonda.
  

O geólogo Alexander du Toit nasceu há 145 anos

 


Alexander Logue Du Toit, (Rondebosch, 14 de março de 1878 - Cidade do Cabo, 25 de fevereiro de 1948), foi um famoso geólogo sul africano, cujo trabalho contribuiu para a maior aceitação da teoria da deriva dos continentes.

Biografia
Du Toit nasceu em Rondebosch, perto da Cidade do Cabo, na África do Sul. Estudou Geologia na Universidade da Cidade do Cabo e no Royal Technical College, em Glasgow, na Escócia. Foi também professor no Royal College of Science, em Londres, Inglaterra. Entre 1903 e 1920, ao serviço da Geological Commission of the Cape of Good Hope (Comissão de Geologia do Cabo da Boa Esperança), realizou um extenso trabalho de cartografia do seu próprio país. Algum tempo depois, em 1923, Du Toit viajou para a América do Sul onde efetuou um meticuloso trabalho que o levou a concluir que as rochas naquele continente eram muito similares às encontradas em África.
Este estudo veio dar maior consistência à teoria expressa em dois artigos publicados em 1912 pelo meteorologista alemão Alfred Lothar Wegener, então com 32 anos de idade. Baseado em evidências geológicas, paleontológicas e geométricas, Wegener defendia que, até há 200 milhões de anos, os continentes estavam reunidos num único supercontinente, designado Pangeia (do grego: toda a Terra), e que, nessa ocasião, se teria iniciado um processo de fragmentação e deriva.
Alexander Du Toit, tornou-se um dos mais ativos defensores das ideias de Wegener e, depois de anos de estudo, propôs que a Pangeia se teria fraturado em duas grandes massas continentais. Inicialmente descreveu as suas descobertas num livro publicado em 1927, intitulado "A Geological Comparison of South America and Africa" (Comparação Geológica da América do Sul e de África), onde sugeria que os dois continentes haviam estado unidos. Du Toit aprofundou a ideia num novo livro intitulado "Our Wandering Continents: An Hypothesis of Continental Drift" (Os Nossos Continentes Errantes: Uma Hipótese de Deriva Continental), em 1937. Nesta obra, propôs que, após uma fragmentação inicial de Pangeia, se formaram dois blocos continentais distintos. Os atuais continentes do hemisfério sul haviam outrora estado juntos num único super-continente, a que chamou Gondwana, e os continentes do hemisfério norte também haviam estado unidos num outro supercontinente que designou de Laurásia. Esta teoria é hoje amplamente aceite entre os geólogos.
Du Toit faleceu em 25 de fevereiro de 1948, na Cidade do Cabo, no seu país natal.
Uma cratera de 75 quilómetros de diâmetro, no planeta Marte, foi designada Du Toit, em homenagem ao trabalho deste geólogo e cientista de renome mundial.

 

 

Einstein nasceu há 144 anos

Albert Einstein, em 1921
   
Albert Einstein (Ulm, 14 de março de 1879 - Princeton, 18 de abril de 1955) foi um físico teórico alemão, posteriormente radicado nos Estados Unidos, que desenvolveu a teoria da relatividade geral, um dos dois pilares da física moderna (ao lado da mecânica quântica). Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência massa-energia, E = mc2 (que foi apelidada de "a equação mais famosa do mundo"), foi laureado com o Prémio Nobel de Física de 1921 "por seus serviços à física teórica e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico". O efeito fotoelétrico foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.
No início de sua carreira, Einstein acreditava que a mecânica newtoniana não era mais suficiente para reconciliar as leis da mecânica clássica com as leis do campo eletromagnético. Isto o levou ao desenvolvimento da teoria da relatividade especial. Einstein percebeu, no entanto, que o princípio da relatividade também poderia ser estendido para campos gravitacionais, e com a sua posterior teoria da gravitação, de 1916, publicou um artigo sobre a teoria da relatividade geral. Ele continuou a lidar com problemas da mecânica estatística e teoria quântica, o que levou às suas explicações sobre a teoria das partículas e o movimento browniano. Também investigou as propriedades térmicas da luz, o que lançou as bases da teoria dos fotões de luz. Em 1917, aplicou a teoria da relatividade geral para modelar a estrutura do universo como um todo.
Einstein estava nos Estados Unidos quando Adolf Hitler chegou ao poder na Alemanha, em 1933, e não voltou para a Alemanha, onde tinha sido professor da Academia de Ciências de Berlim. Estabeleceu-se então nos Estados Unidos, tendo obtido a cidadania em 1940. Na véspera da Segunda Guerra Mundial, ajudou a alertar o presidente Franklin D. Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo uma arma atómica, recomendando aos Estados Unidos começar uma pesquisa semelhante, o que levou ao que se tornaria o Projeto Manhattan. Einstein apoiou as forças aliadas, denunciando no entanto a utilização da fissão nuclear como uma arma. Mais tarde, com o filósofo britânico Bertrand Russell, assinou o Manifesto Russell-Einstein, que destacou o perigo das armas nucleares. Einstein esteve ligado ao Instituto de Estudos Avançados de Princeton até à sua morte, em 1955.
Einstein publicou mais de 300 trabalhos científicos, juntamente com mais de 150 obras não científicas. As suas grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram do nome "Einstein" sinónimo de génio. Cem físicos de renome elegeram-no, em 1999, o mais memorável físico de todos os tempos.
  

Karl Marx morreu há cento e quarenta anos

  
As teorias de Marx sobre a sociedade, a economia e a política - conhecidas coletivamente como marxismo - afirmam que as sociedades humanas progridem através da luta de classes: um conflito entre a classe burguesa que controla a produção e um proletariado que fornece a mão de obra para a produção. Ele chamou o capitalismo de "a ditadura da burguesia", acreditando que seja executada pelas classes ricas para seu próprio benefício, Marx previu que, assim como os sistemas socioeconómicos anteriores, o capitalismo produziria tensões internas que conduziriam à sua auto-destruição e substituição por um novo sistema: o socialismo. Ele argumentou que uma sociedade socialista seria governada pela classe trabalhadora a qual ele chamou de "ditadura do proletariado", o "estado dos trabalhadores" ou "democracia dos trabalhadores". Marx acreditava que o socialismo viria a dar origem a uma apátrida, uma sociedade sem classes chamada de comunismo. Junto com a crença na inevitabilidade do socialismo e do comunismo, Marx lutou ativamente para a implementação do primeiro, argumentando que os teóricos sociais e pessoas economicamente carentes devem realizar uma ação revolucionária organizada para derrubar o capitalismo e trazer a mudança sócio-económica.
Numa pesquisa realizada pela Radio 4, da BBC, em 2005, foi eleito o maior filósofo de todos os tempos. Além disso, Marx é normalmente citado, juntamente com Émile Durkheim e Max Weber, como um dos três principais arquitetos da sociologia moderna. Ainda em outro campo, a obra de Marx sobre economia lançou as bases para a compreensão atual do trabalho e de sua relação com o capital, muito influenciando o pensamento económico subsequente.
    
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Em 1954, o Partido Comunista Britânico construiu uma lápide com o busto de Marx sobre seu túmulo, até então de decoração muito simples. Na lápide encontram-se inscritos o parágrafo final do Manifesto Comunista ("Proletários de todos os países, uni-vos!") e um trecho extraído das Teses sobre Feuerbach: "Os filósofos apenas interpretaram o mundo de várias maneiras, enquanto que o objetivo é mudá-lo.
     

Robert Kildea, dos Belle & Sebastian, faz hoje 51 anos

  

Bobby Kildea is a musician from Northern Ireland. He currently plays bass and guitar in the Scottish indie pop band Belle & Sebastian, after joining in 2001 to replace departing bassist Stuart David, and had previously been in V-Twin. He is the band's only Northern Irish member and is notable for his laidback demeanor and long hair.

He goes by the nickname "Belfast" in the band, despite being born in nearby Bangor, Northern Ireland.

In December 2008, he toured with The Vaselines during Belle & Sebastian's hiatus, during which Stuart Murdoch was heading his God Help the Girl project.

Bobby features alongside Belle and Sebastian co-star Stevie Jackson on the 2011 album 'Fuerteventura' by Spanish artist Russian Red.

 

 


Marcelo Caetano demitiu Spínola e Costa Gomes há 49 anos

 
 ..o governo português demite os generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes dos cargos de Vice-Chefe e Chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, respetivamente, pelo facto do primeiro ter escrito, com a cobertura do segundo, um livro, "Portugal e o Futuro", no qual, pela primeira vez uma alta patente advogava a necessidade de uma solução política para as revoltas separatistas nas colónias e não uma solução militar.



 
Portugal e o Futuro foi um livro publicado pela Editora Arcádia no dia 22 de fevereiro de 1974 pelo general António de Spínola.
Nesse livro, o ex-governador da Guiné-Bissau advogava, após 13 anos de Guerra do Ultramar, uma solução política e não militar como sendo a única saída para o conflito.
As ações do governo marcelista, a demissão generais António de Spínola e Francisco da Costa Gomes dos cargos que ocupavam no Estado-Maior General das Forças Armadas, e a organização de cerimónia de apoio ao regime, a Brigada do Reumático, dado ser maioritariamente constituída por idosos oficiais-generais dos três ramos das Forças Armadas, vieram ainda mais mostrar quanto o regime se sentia ameaçado pelas ideias contidas no livro.
No rescaldo da publicação Marcelo Caetano pede a demissão ao Presidente da República, que não a aceita.
  

Israel invadiu o Líbano há 45 anos

  
A Operação Litani foi o nome da primeira ofensiva de grande envergadura efetuadas pelas Forças de Defesa de Israel durante a Guerra Civil Libanesa. As tropas israelitas invadiram o sul do Líbano em 14 de março de 1978 e chegaram até o rio Litani, com o objetivo de liquidar as bases da Organização de Libertação da Palestina no país. A partir do sul libanês, a guerrilha palestiniana costumava contra-atacar o norte de Israel, como reação à ocupação israelita da Cisjordânia e Faixa de Gaza e à dura repressão militar de Israel contra os palestinianos destas duas regiões, destinadas pela O.N.U. a um futuro estado palestiniano.
A operação teve êxito relativo do ponto de vista militar, pois as forças israelitas conseguiram expulsar a OLP do sul do Líbano momentaneamente. A ofensiva israelita matou milhares de libaneses em poucos dias de combates. Os combatentes palestinianos foram obrigados a abrigar-se ao norte do rio Litani provisoriamente, alguns meses depois, a resistência palestiniana voltaria a contra-atacar o norte de Israel.
Com os protestos do governo libanês, o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotou as resoluções 425 e 426 que exigiram uma retirada "imediata" das tropas de Israel e criavam a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Finul). Contudo, a Finul não conseguiu desmobilizar o exército de Israel do sul do Líbano. As forças israelitas ocuparam a região 22 anos e só se retiraram em maio de 2000. Antes do recuo tático em 15 de junho de 1978, os israelitas puseram no seu lugar uma milícia libanesa aliada, o Exército do Líbano Livre, futuro Exército do Sul do Líbano, o ESL
  
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A Operação Litani também marcou a reaproximação entre a Síria e a OLP, estremecida pela intervenção síria em favor da extrema-direita libanesa, na primavera de 1976. Mas esta aliança, como todas as forjadas no Líbano, não duraria muito. Síria e Israel mantinham um acordo tácito no Líbano desde o início da Guerra Civil Libanesa, chamada de Linhas Vermelhas, segundo as quais, as forças sírias só poderiam atuar em território libanês ao norte do rio Litani, sendo vedada a presença da aviação síria sob o céu do Líbano. O sul do rio Litani ficaria, desta forma, sob o controle israelita.
  
   

A última Imperatriz da Áustria e Hungria morreu há 34 anos

       
Zita Maria da Graça Aldegunda Micaela Rafaela Gabriela Josefina Antónia Luísa Agnes de Bourbon-Parma, em italiano: Zita Maria delle Grazie Adelgonda Micaela Raffaela Gabriella Giuseppina Antonia Luisa Agnese di Borbone-Parma (Viareggio, 9 de maio de 1892 - Zizers, 14 de março de 1989) foi princesa de Parma e última Imperatriz da Áustria, Rainha da Hungria e da Boémia, como consorte do Imperador Carlos I da Áustria. Ela descendia das famílias reais de Portugal, França e Espanha.
Filha do duque Roberto I de Parma e da infanta Maria Antónia de Bragança, Zita desposou o então arquiduque Carlos da Áustria em 1911. Carlos tornou-se herdeiro presuntivo do imperador Francisco José I da Áustria em 1914, após o assassinato do seu tio Francisco Fernando da Áustria, e ascendeu ao trono em 1916.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Habsburgos foram depostos com a formação de novos países, tais como a Áustria, a Hungria e a Checoslováquia. Carlos e Zita partiram em exílio para a Suíça e, mais tarde, para Madeira, onde Carlos morreu, em 1922. Após a morte de seu marido, Zita e o seu filho Otto tornaram-se símbolos de unidade da dinastia exilada.
  
Os filhos de Zita e Carlos da Áustria, cerca de 1926
 
Uma católica devota, criou uma grande família sozinha, tendo ficado viúva aos vinte e oito anos, permanecendo fiel à memória de Carlos I no resto da sua vida.
   
    

Ferdinand Hodler nasceu há cento e setenta anos

Self-portrait, 1916
     
Ferdinand Hodler (Bern, March 14, 1853 – Geneva, May 19, 1918) was one of the best-known Swiss painters of the nineteenth century. His early works were portraits, landscapes, and genre paintings in a realistic style. Later, he adopted a personal form of symbolism he called "parallelism".
 
Ferdinand hodler.jpg
Self-portrait, 1912
 
  

Hodler was born in Bern, the eldest of six children. His father, Jean Hodler, made a meager living as a carpenter; his mother, Marguerite (née Neukomm), was from a peasant family. By the time Hodler was eight years old, he had lost his father and two younger brothers to tuberculosis. His mother remarried, to a decorative painter named Gottlieb Schüpach who had five children from a previous marriage. The birth of additional children brought the size of Hodler's family to thirteen.

The family's finances were poor, and the nine-year-old Hodler was put to work assisting his stepfather in painting signs and other commercial projects. After the death of his mother from tuberculosis in 1867, Hodler was sent to Thun to apprentice with a local painter, Ferdinand Sommer. From Sommer, Hodler learned the craft of painting conventional Alpine landscapes, typically copied from prints, which he sold in shops and to tourists.
 
 Woodcutter, 1910
   

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segunda-feira, março 13, 2023

O astrónomo Percival Lowell nasceu há 168 anos

Percival a observar Marte no Observatório Lowell

  

Percival Lowell (Boston, 13 de março de 1855 - Flagstaff, 13 de novembro de 1916) foi um matemático, autor, empresário e astrónomo amador dos Estados Unidos que alimentou especulações de que existiam canais artificiais em Marte. Fundou o Observatório Lowell em Flagstaff, Arizona, e deu início ao esforço que levou à descoberta de Plutão, 14 anos após a sua morte. A escolha do nome Plutão e do seu símbolo foram parcialmente influenciados pelas suas iniciais, PL.

  

Biografia
Percival Lowell nasceu no seio da distinta família Lowell de Boston. O seu irmão mais novo Abbott Lawrence Lowell foi presidente da Universidade de Harvard, e a sua irmã Amy Lowell era uma bem conhecida poeta e crítica.
Percival Lowell graduou-se na Universidade Harvard em 1876 com distinção em matemática, e viajou intensivamente através do Este americano antes de decidir estudar Marte e astronomia. Estava particularmente interessado nos supostos canais de Marte, como desenhados por Giovanni Schiaparelli, diretor do Observatório de Milão.
Em 1894 mudou-se para Flagstaff, no estado do Arizona. A uma altitude superior a 7.000 pés (mais de 2.000 metros de altitude), e com noites com pouca nebulosidade, era o sítio ideal para observações astronómicas. Nos 15 anos seguintes estudou intensivamente o planeta Marte, fazendo o desenho intricado das marcas da superfície enquanto as tentava perceber. Lowell publicou as suas observações em três livros: Mars (1895), Mars and its Canals (1906) e Mars as the Abode of Life (1908). Desse modo apresentava a opinião de que Marte teria tido formas de vida inteligente.
A maior contribuição de Lowell para estudos planetários surgiu durante os últimos oito anos da sua vida, os quais dedicou ao então chamado Planeta X, que era a designação para o planeta depois de Neptuno. A investigação prosseguiu durante alguns anos após a sua morte em Flagstaff, ocorrida em 1916; o novo planeta, chamado Plutão, foi descoberto por Clyde Tombaugh em 1930. O símbolo astronómico do planeta é "PL" (♇), escolhido em parte para homenagear Lowell. Plutão é agora considerado um planeta anão.