Mostrar mensagens com a etiqueta Áustria-Hungria. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Áustria-Hungria. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, outubro 22, 2024

Franz Liszt nasceu há 213 anos

      
Franz Liszt,  em húngaro Liszt Ferenc (Doborján, 22 de outubro de 1811  - Bayreuth, 31 de julho de 1886), foi um compositor húngaro do século XIX, pianista, maestro e professor e membro da ordem terceira franciscana do século XIX. O seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX, pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer ruturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
   
   

Música adequada à data...

domingo, agosto 18, 2024

O Imperador Francisco José I nasceu há 194 anos


Francisco José I
(em alemão: Franz Joseph I; Palácio de Schönbrunn, Viena, 18 de agosto de 1830 - Palácio de Schönbrunn, Viena, 21 de novembro de 1916) foi Imperador da Áustria (1848-1916), Rei da Hungria (1867-1916) e último governante influente da dinastia dos Habsburgos. Restabeleceu a ordem no Império e restaurou o domínio da Áustria na Confederação Germânica (1849-1850). O seu reinado, que durou 68 anos,  é o quarto mais longo da história europeia, depois de Luís XIV de França, de Isabel II do Reino Unido e de João II de Liechtenstein - e o sexto entre os monarcas com reinados mais longos no mundo. É um dos mais famosos monarcas europeus do século XIX, atrás apenas de Napoleão I da França.
   
(...) 

Em 24 de abril de 1854, Francisco José casou-se com a sua prima, a duquesa Isabel da Baviera (conhecida na família por Sissi), filha da sua tia Luísa Guilhermina e do duque Maximiliano José, Duque na Baviera. Sissi, por quem Francisco José foi apaixonado, apesar das constantes desavenças, e que exerceu profunda influência sobre ele, deu-lhe três filhas e um varão.
  

quarta-feira, julho 31, 2024

Liszt morreu há 138 anos

 
Franz Liszt (Doborján, 22 de outubro de 1811 - Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor húngaro, pianista, maestro e professor e membro da ordem terceira franciscana do século XIX. O seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX, pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer ruturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
     

 


quarta-feira, julho 03, 2024

Franz Kafka nasceu há cento e quarenta e um anos


   

Franz Kafka (Praga, 3 de julho de 1883 - Klosterneuburg, 3 de junho de 1924) foi um dos maiores escritores de ficção do século XX. Kafka era de origem judaica, nasceu em Praga, Áustria-Hungria capital da atual Chéquia, e escrevia em língua alemã. O conjunto de seus textos - na maioria incompletos e publicados postumamente - situa-se entre os mais influentes da literatura ocidental.
Em obras como a novela A Metamorfose (1915) e romances como O Processo (1925) e O Castelo (1926), retratam indivíduos preocupados com um pesadelo de um mundo impessoal e burocrático.
    

sexta-feira, junho 28, 2024

Franz Ferdinand foi assassinado há cento e dez anos...

Francisco Fernando e Sofia, momentos antes do atentado que os matou
    
Francisco Fernando Carlos Luís José Maria de Áustria-Este, em alemão: Franz Ferdinand Karl Ludwig Joseph Maria von Österreich-Este; em húngaro: Habsburg–Lotaringiai Ferenc Ferdinánd Károly Lajos József Mária; em italiano: Francesco Ferdinando Carlo Luigi Giuseppe Maria d'Austria-Este (Graz, 18 de dezembro de 1863 - Sarajevo, 28 de junho de 1914) foi um arquiduque da Áustria, chefe do ramo cadete de Áustria-Este e herdeiro presuntivo do trono do Império Austro-Húngaro.
Filho mais velho do arquiduque Carlos Luís (irmão dos imperadores Francisco José I da Áustria e Maximiliano do México) e da princesa Maria Anunciata de Bourbon-Duas Sicílias, ele herdou do seu primo, o duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado, quando tinha apenas 12 anos de idade. Em 1889, com a morte do arquiduque Rodolfo, único filho varão de Francisco José I, no incidente de Mayerling, o seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos, em seu favor.
A sua morte, num atentado em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, foi um dos fatores desencadeadores da Primeira Guerra Mundial.
   
Assassinato
Em 28 de junho de 1914, um domingo, por volta de 10.45 horas, Francisco Fernando e a sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, na época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que desencadearam a Primeira Guerra Mundial.
O casal já havia sido atacado um pouco antes, quando uma granada foi atirada em direção ao seu carro. Fernando desviou-se do artefacto e a granada explodiu atrás deles. Encolerizado, ele teria gritado às autoridades locais: "Então vocês recebem os convidados com bombas?" Fernando e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam sendo atendidos. Ao saírem de lá, o seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar numa rua secundária, os ocupantes foram avistados por Princip. Quando o motorista fazia uma manobra, o jovem aproximou-se e disparou contra o casal, atingindo Sofia no abdómen e Francisco Fernando na jugular. O arquiduque ainda estava vivo quando testemunhas chegaram para socorrê-lo, mas expirou pouco depois, dirigindo as suas últimas palavras à esposa: "Não morra, querida, viva para nossos filhos." Assessores ainda tentaram abrir a sua farda, mas perceberam que teriam que cortá-la com uma tesoura. Sofia morreu a caminho do hospital. Princip usou uma 7.65 x 17 mm Browning, de potência relativamente baixa, e  uma pistola FN Model 1910 para cometer os assassinatos.
Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak, no livro Sarajevo:
Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Fernando, enquanto a outra perfurou o abdómen de Sofia (...) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: "Pelo amor de Deus, o que lhe aconteceu?" e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido.
Harrach e Potoriek (...) acharam que ela havia desmaiado (...) só o marido parecia ter uma ideia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala no seu pescoço, Francisco Fernando implorou: "Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!" ("Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!"). Dito isto, ele curvou-se para a frente. O seu chapéu de plumas (...) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o chão do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: "Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?" ("Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?") "Es ist nichts..." ("Não é nada..."), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais.
Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak Bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto a sua amada esposa morreu, de hemorragia interna, antes da comitiva chegar ao Konak.
Os assassinatos, juntamente com a corrida armamentista, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Fernando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia. O assassinato do arquiduque é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial.
    
      

segunda-feira, maio 06, 2024

Freud nasceu há 168 anos

      
Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 - Londres, 23 de setembro de 1939), mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da psicanálise. Freud nasceu numa família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Atualmente a localidade é denominada Příbor e fica na República Checa.
Freud iniciou os seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. A sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano: um animal dotado de razão imperfeita influenciado por seus desejos e sentimentos que cria na mente destes um tormento pela contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade. Factos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow, por overdose do antidepressivo da época, a cocaína, levou-o ao abandono das técnicas de hipnose e drogas para utilizar uma nova metodologia: a cura pela conversa, a psicanálise, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente.
As suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. As suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.
       

terça-feira, abril 30, 2024

Franz Lehár nasceu há 154 anos

     
Franz Lehár (Komárom, Áustria-Hungria, atual Komárno, na Eslováquia; 30 de abril de 1870 - Bad Ischl, Áustria; 24 de outubro de 1948) foi um compositor austríaco de ascendência húngara, conhecido principalmente pelas suas operetas. Ele foi um dos maiores compositores da Áustria.
O seu maior sucesso foi Die lustige Witwe (A Viúva Alegre), apresentada pela primeira vez no Theater an der Wien (Viena) a 30 de dezembro de 1905.
    

 


segunda-feira, abril 01, 2024

O último Imperador Austro-Húngaro, Carlos I, morreu há cento e dois anos...


Carlos I (Persenbeug-Gottsdorf, 17 de agosto de 1887Funchal, 1 de abril de 1922) foi o último Imperador da Áustria, de 1916 até 1918, e também Rei da Hungria e Croácia como Carlos IV e Rei da Boémia como Carlos III. Era filho do arquiduque Oto Francisco da Áustria e da sua esposa, a princesa Maria Josefa da Saxónia, neta da rainha Dª Maria II de Portugal, tendo ascendido ao trono após a morte de seu tio-avô Francisco José I.

Carlos deliberadamente nunca abdicou oficialmente de seus tronos, passando o resto de sua vida tentando restaurar a monarquia até morrer, aos 34 anos, em Portugal, na Ilha da Madeira, onde foi enterrado. Ele foi beatificado pela Igreja Católica em 2004, quando o papa João Paulo II declarou que a sua morte ocorreu em odor de santidade e reconheceu o seu papel como pacificador durante a guerra, colocando sempre a sua fé antes de suas decisões políticas. A Igreja Católica designa-o como Beato Carlos da Áustria, Imperador.

 


Primogénito do arquiduque Oto Francisco da Áustria e da Maria Josefa da Saxónia, sucedeu ao seu tio avô Francisco José I. Antes de ascender ao trono prestou serviços no exército. Converteu-se em sucessor em 1914 após o assassinato de seu tio, o Arquiduque Francisco Fernando, em Sarajevo, Bósnia, motivo para o início da Primeira Guerra Mundial.
Sem suficiente capacidade de manobra, durante o ano de 1917, manteve à revelia da Alemanha uns polémicos contactos com o governo francês para tratar de alcançar a paz por separado com os aliados através de seu cunhado, o Príncipe Sixto de Bourbon-Parma, que fracassaram. Com a derrota da Áustria-Hungria na guerra e iniciada a dissolução do Império, renunciou ao cargo de chefe de Estado em 11 de novembro de 1918 mas não aos seus direitos como chefe da dinastia e ao trono. Partiu para o exílio na Suíça.
Em 1921, com escasso apoio político, participou numa conspiração para restaurar a monarquia na Hungria. Apesar desse facto, o almirante Miklós Horthy traiu-o e conseguiu retirar-lhe o trono, expulsou-o de seu país e converteu-se em regente de uma Hungria que se definia como "reino com o trono vago".
O imperador Carlos morreu de pneumonia na ilha da Madeira, Portugal, no ano de 1922. Os seus restos mortais ainda permanecem na ilha, na Igreja de Nossa Senhora do Monte, com a permissão dos seus sucessores.
O Império Austro-Húngaro compreendia em 1914, 676.616 km² e 52 milhões de habitantes, o que o convertia no segundo país mais extenso da Europa e o terceiro mais povoado. Incluía 12 milhões de alemães, 10 milhões de húngaros, 9 milhões de checos e eslovacos, 5 milhões de polacos, outros tantos sérvios e croatas, 4 milhões de ruténios e 1 milhão de italianos. Havia 34 milhões de católicos romanos, 4,5 milhões de ortodoxos, outros tantos protestantes, 2,5 milhões de judeus e 700.000 muçulmanos, cuja coexistência pacífica era garantida pelo Império.
Se a situação balcânica havia sido até então sangrenta e problemática, a dissolução da Áustria-Hungria exacerbaria os problemas ao acrescentar novas fronteiras que criaram férreas barreiras alfandegárias, responsáveis por asfixiar o comércio e conduzir à crise económica e à miséria dos novos países balcânicos. Porém, apesar de tudo, a derrota do Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra resultou na auto-determinação e independência das minorias étnicas dentro do território Habsburgo e na proclamação da República da Áustria.
Para Áustria, a consequência mais importante da dissolução do Império foi a sua degradação a um poder de terceira categoria, ao ponto de ser absorvida pela Alemanha em 1938. Nunca recuperaria seu status de grande potência. Viena, que havia sido uma das capitais do mundo, se converteu da noite para o dia a cabeça de um país diminuto. Em 2007 ainda está muito distante da população que tinha em 1916 (1,6 milhões em 2007, enquanto em 1916 era de 2,3 milhões).
A sua abdicação acabou com o poder da dinastia dos Habsburgos, família que havia dominado a Europa e o mundo inteiro desde o século XV, quando Alberto II de Habsburgo alcançou o poder do Sacro Império Romano Germânico em 1438. Desde esse momento, estenderam seus domínios por toda Europa e América, alcançando seu máximo esplendor no século XVI com Carlos I da Espanha e V da Alemanha, Imperador do Sacro Império Romano Germânico entre 1519 e 1556. Sem embargo, a decadência fez que perdessem possessões, reduzindo finalmente a um resquício de todo seu antigo poder: Áustria, Hungria e Boémia. Estes reinos formaram em princípio o Império da Áustria (1804-1867), mais tarde passaram a ser o Império Austro-Húngaro (1867-1918). O colapso do estado austro-húngaro em 1918 pôs fim ao poder da dinastia Habsburgo no mundo.
O Imperador Carlos I foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 2004.

quinta-feira, março 14, 2024

A última Imperatriz da Áustria e Hungria morreu há 35 anos...

Zita Maria da Graça Aldegunda Micaela Rafaela Gabriela Josefina Antónia Luísa Agnes de Bourbon-Parma, em italiano: Zita Maria delle Grazie Adelgonda Micaela Raffaela Gabriella Giuseppina Antonia Luisa Agnese di Borbone-Parma (Viareggio, 9 de maio de 1892 - Zizers, 14 de março de 1989) foi princesa de Parma e última Imperatriz da Áustria, Rainha da Hungria e da Boémia, como consorte do Imperador Carlos I da Áustria. Ela descendia das famílias reais de Portugal, França e Espanha.
Filha do duque Roberto I de Parma e da infanta Maria Antónia de Bragança, Zita desposou o então arquiduque Carlos da Áustria em 1911. Carlos tornou-se herdeiro presuntivo do imperador Francisco José I da Áustria em 1914, após o assassinato do seu tio Francisco Fernando da Áustria, e ascendeu ao trono em 1916.
Após o fim da Primeira Guerra Mundial em 1918, os Habsburgos foram depostos com a formação de novos países, tais como a Áustria, a Hungria e a Checoslováquia. Carlos e Zita partiram em exílio para a Suíça e, mais tarde, para Madeira, onde Carlos morreu, em 1922. Após a morte de seu marido, Zita e o seu filho Otto tornaram-se símbolos de unidade da dinastia exilada.
  
Os filhos de Zita e Carlos da Áustria, cerca de 1926
 
Uma católica devota, criou uma grande família sozinha, tendo ficado viúva aos vinte e oito anos, permanecendo fiel à memória de Carlos I no resto da sua vida.
   
    


domingo, dezembro 24, 2023

A Imperatriz Sissi (da Áustria e Hungria) nasceu há 185 anos

  
Isabel Amália Eugénia da Baviera (em alemão: Elisabeth Amalie Eugenie von Bayern; Munique, 24 de dezembro de 1837 - Genebra, 10 de setembro de 1898), apelidada de Sissi, foi a esposa do imperador Francisco José I e Imperatriz Consorte da Áustria e seus demais domínios de 1854 até à sua morte. Além disso, ela foi Rainha Consorte de Lombardo-Véneto entre 1848 e 1866. No mundo germanófono é mais conhecida como Isabel da Áustria.
Globalmente é conhecida pelo seu petit nom, originalmente Sisi, mas grafado como Sissi na trilogia de filmes do diretor Ernst Marischka, que contribuíram decisivamente para a popularização deste apodo. Alguns autores sustentam, sem embargo, que seu apelido teria sido Lisi, derivado de Isabel (Elisabeth em alemão).
Pertencia à Casa de Wittelsbach, nascida com dignidade de duquesa na Baviera e tratamento de Sua Alteza Real, era filha do duque Maximiliano na Baviera e da princesa Luísa da Baviera.

    

domingo, outubro 22, 2023

Música adequada à data...

Franz Liszt nasceu há 212 anos

      
Franz Liszt,  em húngaro Liszt Ferenc (Doborján, 22 de outubro de 1811  - Bayreuth, 31 de julho de 1886), foi um compositor húngaro do século XIX, pianista, maestro e professor e membro da ordem terceira franciscana do século XIX. O seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX, pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer ruturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
   

 


sexta-feira, agosto 18, 2023

O Imperador Francisco José I nasceu há 193 anos


Francisco José I
(em alemão: Franz Joseph I; Palácio de Schönbrunn, Viena, 18 de agosto de 1830 - Palácio de Schönbrunn, Viena, 21 de novembro de 1916) foi Imperador da Áustria (1848-1916), Rei da Hungria (1867-1916) e último governante influente da dinastia dos Habsburgos. Restabeleceu a ordem no Império e restaurou o domínio da Áustria na Confederação Germânica (1849-1850). O seu reinado, que durou 68 anos,  é o quarto mais longo da história europeia, depois de Luís XIV de França, de Isabel II do Reino Unido e de João II de Liechtenstein - e o sexto entre os monarcas com reinados mais longos no mundo. É o mais famoso monarca europeu do século XIX, atrás apenas de Napoleão I da França.
   
(...) 

Em 24 de abril de 1854, Francisco José casou-se com a sua prima, a duquesa Isabel da Baviera (conhecida na família por Sissi), filha da sua tia Luísa Guilhermina e do duque Maximiliano José, Duque na Baviera. Sissi, por quem Francisco José foi apaixonado, apesar das constantes desavenças, e que exerceu profunda influência sobre ele, deu-lhe três filhas e um varão.
  

segunda-feira, julho 31, 2023

Liszt morreu há 137 anos

 
Franz Liszt (Doborján, 22 de outubro de 1811 - Bayreuth, 31 de julho de 1886) foi um compositor húngaro, pianista, maestro e professor e membro da ordem terceira franciscana do século XIX. O seu nome em húngaro é Liszt Ferenc.
Liszt ganhou fama na Europa durante o início do século XIX, pela sua habilidade como pianista virtuoso. Foi citado por seus contemporâneos como o pianista mais avançado de sua idade, e em 1840 ele foi considerado por alguns como, talvez, o maior pianista de todos os tempos. Liszt foi também um compositor bem conhecido e influente, professor e maestro. Ele foi um benfeitor para outros compositores, incluindo Richard Wagner, Hector Berlioz, Camille Saint-Saëns, Edvard Grieg e Alexander Borodin.
Como compositor, ele foi um dos representantes proeminentes da "Neudeutsche Schule" ("Nova Escola Alemã"). Deixou para trás um corpo extenso e diversificado de trabalho em que ele influenciou seus contemporâneos sobre o futuro e antecipou algumas ideias e tendências do século XX. Algumas de suas contribuições mais notáveis ​​foram a invenção do poema sinfónico, desenvolvendo o conceito de transformação temática, como parte de suas experiências em forma musical e fazer ruturas radicais em harmonia. Ele também desempenhou um papel importante na popularização de uma grande variedade de música de transcrição para piano.
     

 


segunda-feira, julho 03, 2023

Franz Kafka nasceu há cento e quarenta anos

 

   

Franz Kafka (Praga, 3 de julho de 1883 - Klosterneuburg, 3 de junho de 1924) foi um dos maiores escritores de ficção do século XX. Kafka era de origem judaica, nasceu em Praga, Áustria-Hungria capital da atual Chéquia, e escrevia em língua alemã. O conjunto de seus textos - na maioria incompletos e publicados postumamente - situa-se entre os mais influentes da literatura ocidental.
Em obras como a novela A Metamorfose (1915) e romances como O Processo (1925) e O Castelo (1926), retratam indivíduos preocupados com um pesadelo de um mundo impessoal e burocrático.
    

quarta-feira, junho 28, 2023

Franz Ferdinand foi assassinado há 109 anos...

Francisco Fernando e Sofia, momentos antes do atentado que os matou
    
Francisco Fernando Carlos Luís José Maria de Áustria-Este, em alemão: Franz Ferdinand Karl Ludwig Joseph Maria von Österreich-Este; em húngaro: Habsburg–Lotaringiai Ferenc Ferdinánd Károly Lajos József Mária; em italiano: Francesco Ferdinando Carlo Luigi Giuseppe Maria d'Austria-Este (Graz, 18 de dezembro de 1863 - Sarajevo, 28 de junho de 1914) foi um arquiduque da Áustria, chefe do ramo cadete de Áustria-Este e herdeiro presuntivo do trono do Império Austro-Húngaro.
Filho mais velho do arquiduque Carlos Luís (irmão dos imperadores Francisco José I da Áustria e Maximiliano do México) e da princesa Maria Anunciata de Bourbon-Duas Sicílias, ele herdou do seu primo, o duque Francisco V de Módena, a chefia da Casa de Áustria-Este, tornando-se pretendente ao trono do extinto ducado, quando tinha apenas 12 anos de idade. Em 1889, com a morte do arquiduque Rodolfo, único filho varão de Francisco José I, no incidente de Mayerling, o seu pai tornou-se o primeiro na linha de sucessão ao trono austro-húngaro, mas renunciou aos seus direitos em seu favor.
A sua morte, num atentado em Sarajevo, em 28 de junho de 1914, foi um dos fatores desencadeadores da Primeira Guerra Mundial.
   
Assassinato
Em 28 de junho de 1914, um domingo, por volta de 10.45 horas, Francisco Fernando e a sua esposa foram mortos em Sarajevo, capital da província austro-húngara da Bósnia e Herzegovina, por Gavrilo Princip, na época com apenas 19 anos, membro da Jovem Bósnia e do grupo terrorista Mão Negra. O evento foi um dos fatores que desencadearam a Primeira Guerra Mundial.
O casal já havia sido atacado um pouco antes, quando uma granada foi atirada em direção ao seu carro. Fernando desviou-se do artefacto e a granada explodiu atrás deles. Encolerizado, ele teria gritado às autoridades locais: "Então vocês recebem os convidados com bombas?" Fernando e Sofia insistiram em visitar o hospital onde os feridos no atentado estavam sendo atendidos. Ao saírem de lá, o seu motorista perdeu-se no caminho para o palácio onde estavam hospedados e, ao entrar numa rua secundária, os ocupantes foram avistados por Princip. Quando o motorista fazia uma manobra, o jovem aproximou-se e disparou contra o casal, atingindo Sofia no abdómen e Francisco Fernando na jugular. O arquiduque ainda estava vivo quando testemunhas chegaram para socorrê-lo, mas expirou pouco depois, dirigindo as suas últimas palavras à esposa: "Não morra, querida, viva para nossos filhos." Assessores ainda tentaram abrir a sua farda, mas perceberam que teriam que cortá-la com uma tesoura. Sofia morreu a caminho do hospital. Princip usou uma 7.65 x 17 mm Browning, de potência relativamente baixa, e  uma pistola FN Model 1910 para cometer os assassinatos.
Um relato detalhado do atentado foi descrito por Joachim Remak, no livro Sarajevo:
Uma bala perfurou o pescoço de Francisco Fernando, enquanto a outra perfurou o abdómen de Sofia (...) Como o carro estava manobrando (para retornar à residência do governador), um filete de sangue escorreu da boca do arquiduque sobre a face direita do Conde Harrach (que estava no estribo do carro). Harrach usou um lenço para tentar conter o sangue. Vendo isso, a duquesa exclamou: "Pelo amor de Deus, o que lhe aconteceu?" e afundou-se no assento, caindo com o rosto entre os joelhos de seu marido.
Harrach e Potoriek (...) acharam que ela havia desmaiado (...) só o marido parecia ter uma ideia do que estava acontecendo. Virando-se para a esposa, apesar da bala no seu pescoço, Francisco Fernando implorou: "Sopherl! Sopherl! Sterbe nicht! Bleibe am Leben für unsere Kinder!" ("Querida Sofia! Não morra! Fique viva para os nossos filhos!!!"). Dito isto, ele curvou-se para a frente. O seu chapéu de plumas (...) caiu e muitas de suas penas verdes foram encontradas em todo o chão do carro. O conde Harrach puxou o colarinho do uniforme do arquiduque para segurá-lo. Ele perguntou: "Leiden Eure Kaiserliche Hoheit sehr?" ("Vossa Alteza Imperial está sentindo muita dor?") "Es ist nichts..." ("Não é nada..."), disse o arquiduque com voz fraca, mas audível. Ele parecia estar a perder a consciência durante seus últimos minutos mas, com voz crescente embora fraca, repetiu esta frase, talvez, seis ou sete vezes mais.
Um ronco começou a brotar de sua garganta, diminuindo quando o carro parou em frente ao Konak Bersibin (Câmara Municipal). Apesar dos esforços médicos, o arquiduque morreu pouco depois de ser levado para dentro do prédio, enquanto a sua amada esposa morreu, de hemorragia interna, antes da comitiva chegar ao Konak.
Os assassinatos, juntamente com a corrida armamentista, o imperialismo, o nacionalismo, o militarismo e o sistema de alianças contribuíram para a eclosão da Primeira Guerra Mundial, que começou menos de dois meses após a morte de Francisco Fernando, com a declaração de guerra da Áustria-Hungria à Sérvia. O assassinato do arquiduque é considerado a causa mais imediata da Primeira Guerra Mundial.
    
      

sábado, maio 06, 2023

Freud nasceu há 167 anos

      
Sigmund Schlomo Freud (Freiberg in Mähren, 6 de maio de 1856 - Londres, 23 de setembro de 1939), mais conhecido como Sigmund Freud, foi um médico neurologista e criador da psicanálise. Freud nasceu numa família judaica, em Freiberg in Mähren, na época pertencente ao Império Austríaco. Atualmente a localidade é denominada Příbor e fica na República Checa.
Freud iniciou os seus estudos pela utilização da técnica da hipnose como forma de acesso aos conteúdos mentais no tratamento de pacientes com histeria. Ao observar a melhoria de pacientes de Charcot, elaborou a hipótese de que a causa da doença era psicológica, não orgânica. Essa hipótese serviu de base para seus outros conceitos, como o do inconsciente. Freud também é conhecido por suas teorias dos mecanismos de defesa, repressão psicológica e por criar a utilização clínica da psicanálise como tratamento da psicopatologia, através do diálogo entre o paciente e o psicanalista. Freud acreditava que o desejo sexual era a energia motivacional primária da vida humana, assim como suas técnicas terapêuticas. A sua obra fez surgir uma nova compreensão do ser humano: um animal dotado de razão imperfeita influenciado por seus desejos e sentimentos que cria na mente destes um tormento pela contradição entre esses impulsos e a vida em sociedade. Factos como a descrição de pacientes curados através do diálogo por Josef Breuer e a morte do colega Ernst von Fleischl-Marxow, por overdose do antidepressivo da época, a cocaína, levou-o ao abandono das técnicas de hipnose e drogas para utilizar uma nova metodologia: a cura pela conversa, a psicanálise, em favor da interpretação de sonhos e da livre associação, como vias de acesso ao inconsciente.
As suas teorias e seu tratamento com seus pacientes foram controversos na Viena do século XIX, e continuam a ser muito debatidos hoje. As suas ideias são frequentemente discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.
       

domingo, abril 30, 2023

Franz Lehár nasceu há 153 anos

     
Franz Lehár (Komárom, Áustria-Hungria, atual Komárno, na Eslováquia; 30 de abril de 1870 - Bad Ischl, Áustria; 24 de outubro de 1948) foi um compositor austríaco de ascendência húngara, conhecido principalmente pelas suas operetas. Ele foi um dos maiores compositores da Áustria.
O seu maior sucesso foi Die lustige Witwe (A Viúva Alegre), apresentada pela primeira vez no Theater an der Wien (Viena) a 30 de dezembro de 1905.
    

 


sábado, abril 01, 2023

O último Imperador Austro-Húngaro, Carlos I, morreu há cento e um anos...


Carlos I (Persenbeug-Gottsdorf, 17 de agosto de 1887Funchal, 1 de abril de 1922) foi o último Imperador da Áustria, de 1916 até 1918, e também Rei da Hungria e Croácia como Carlos IV e Rei da Boémia como Carlos III. Era filho do arquiduque Oto Francisco da Áustria e da sua esposa, a princesa Maria Josefa da Saxónia, neta da rainha Dª Maria II de Portugal, tendo ascendido ao trono após a morte de seu tio-avô Francisco José I.

Carlos deliberadamente nunca abdicou oficialmente de seus tronos, passando o resto de sua vida tentando restaurar a monarquia até morrer, aos 34 anos, em Portugal, na Ilha da Madeira, onde foi enterrado. Ele foi beatificado pela Igreja Católica em 2004, quando o papa João Paulo II declarou que a sua morte ocorreu em odor de santidade e reconheceu o seu papel como pacificador durante a guerra, colocando sempre a sua fé antes de suas decisões políticas. A Igreja Católica designa-o como Beato Carlos da Áustria, Imperador.

 


Primogénito do arquiduque Oto Francisco da Áustria e da Maria Josefa da Saxónia, sucedeu ao seu tio avô Francisco José I. Antes de ascender ao trono prestou serviços no exército. Converteu-se em sucessor em 1914 após o assassinato de seu tio, o Arquiduque Francisco Fernando, em Sarajevo, Bósnia, motivo para o início da Primeira Guerra Mundial.
Sem suficiente capacidade de manobra, durante o ano de 1917, manteve à revelia da Alemanha uns polémicos contactos com o governo francês para tratar de alcançar a paz por separado com os aliados através de seu cunhado, o Príncipe Sixto de Bourbon-Parma, que fracassaram. Com a derrota da Áustria-Hungria na guerra e iniciada a dissolução do Império, renunciou ao cargo de chefe de Estado em 11 de novembro de 1918 mas não aos seus direitos como chefe da dinastia e ao trono. Partiu para o exílio na Suíça.
Em 1921, com escasso apoio político, participou numa conspiração para restaurar a monarquia na Hungria. Apesar desse facto, o almirante Miklós Horthy traiu-o e conseguiu retirar-lhe o trono, expulsou-o de seu país e converteu-se em regente de uma Hungria que se definia como "reino com o trono vago".
O imperador Carlos morreu de pneumonia na ilha da Madeira, Portugal, no ano de 1922. Os seus restos mortais ainda permanecem na ilha, na Igreja de Nossa Senhora do Monte, com a permissão dos seus sucessores.
O Império Austro-Húngaro compreendia em 1914, 676.616 km² e 52 milhões de habitantes, o que o convertia no segundo país mais extenso da Europa e o terceiro mais povoado. Incluía 12 milhões de alemães, 10 milhões de húngaros, 9 milhões de checos e eslovacos, 5 milhões de polacos, outros tantos sérvios e croatas, 4 milhões de ruténios e 1 milhão de italianos. Havia 34 milhões de católicos romanos, 4,5 milhões de ortodoxos, outros tantos protestantes, 2,5 milhões de judeus e 700.000 muçulmanos, cuja coexistência pacífica era garantida pelo Império.
Se a situação balcânica havia sido até então sangrenta e problemática, a dissolução da Áustria-Hungria exacerbaria os problemas ao acrescentar novas fronteiras que criaram férreas barreiras alfandegárias, responsáveis por asfixiar o comércio e conduzir à crise económica e à miséria dos novos países balcânicos. Porém, apesar de tudo, a derrota do Império Austro-Húngaro na Primeira Guerra resultou na auto-determinação e independência das minorias étnicas dentro do território Habsburgo e na proclamação da República da Áustria.
Para Áustria, a consequência mais importante da dissolução do Império foi a sua degradação a um poder de terceira categoria, ao ponto de ser absorvida pela Alemanha em 1938. Nunca recuperaria seu status de grande potência. Viena, que havia sido uma das capitais do mundo, se converteu da noite para o dia a cabeça de um país diminuto. Em 2007 ainda está muito distante da população que tinha em 1916 (1,6 milhões em 2007, enquanto em 1916 era de 2,3 milhões).
A sua abdicação acabou com o poder da dinastia dos Habsburgos, família que havia dominado a Europa e o mundo inteiro desde o século XV, quando Alberto II de Habsburgo alcançou o poder do Sacro Império Romano Germânico em 1438. Desde esse momento, estenderam seus domínios por toda Europa e América, alcançando seu máximo esplendor no século XVI com Carlos I da Espanha e V da Alemanha, Imperador do Sacro Império Romano Germânico entre 1519 e 1556. Sem embargo, a decadência fez que perdessem possessões, reduzindo finalmente a um resquício de todo seu antigo poder: Áustria, Hungria e Boémia. Estes reinos formaram em princípio o Império da Áustria (1804-1867), mais tarde passaram a ser o Império Austro-Húngaro (1867-1918). O colapso do estado austro-húngaro em 1918 pôs fim ao poder da dinastia Habsburgo no mundo.
O Imperador Carlos I foi beatificado pelo Papa João Paulo II em 3 de outubro de 2004.