quinta-feira, novembro 17, 2022

Auguste Rodin morreu há 105 anos...

     
François-Auguste-René Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 - Meudon, 17 de novembro de 1917), mais conhecido como Auguste Rodin, foi um escultor francês. Apesar de ser geralmente considerado o progenitor da escultura moderna, não se propôs rebelar-se contra o passado. Foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem ao seu trabalho e desejava o reconhecimento académico, embora nunca tenha sido aceite na principal escola de arte de Paris.
Esculturalmente, Rodin possuía uma capacidade única de modelar argila. Muitas das suas esculturas mais notáveis ​​foram duramente criticadas durante a sua vida. Elas entraram em confronto com a tradição da escultura da figura predominante, onde as obras eram decorativas, estereotipadas, ou altamente temáticas. O seu trabalho mais original partiu de temas tradicionais da mitologia e da alegoria, modelando o corpo humano com realismo, e celebrando o caráter individual e fisicalidade. Rodin era sensível à controvérsias em torno de seu trabalho, mas recusou a mudar o seu estilo. Sucessivas obras trouxeram aumentos de encomendas do governo e da comunidade artística.
Do inesperado realismo da sua primeira grande figura – inspirada pela sua viagem à Itália, em 1875 – para os memoriais não convencionais cujas encomendas mais tarde ele procurou, a sua reputação cresceu, de tal forma que se tornou o escultor francês proeminente de seu tempo. Em 1900, ele era um artista de renome mundial. Clientes particulares ricos procuraram os seus trabalhos após a sua mostra na Exposição Universal, e ele fez companhia a uma variedade de intelectuais e artistas de alto nível. Ele casou com a sua companheira ao longo da vida, Rose Beuret, no último ano de vida de ambos. As suas esculturas sofreram um declínio de popularidade após a sua morte, em 1917, mas, após algumas décadas, o seu legado solidificou. Rodin continua a ser um dos poucos escultores conhecidos fora da comunidade das artes visuais.
 
A idade do bronze, 1875/76
  
Auguste Rodin, Porta do Inferno
 
O Beijo (detalhe), Paris

O Infante D. Fernando, pai de El-Rei D.Manuel I e da Rainha Dª Leonor, nasceu há 589 anos

Infante D. Fernando, Duque de Beja e Viseu, Condestável do Reino
  
D. Fernando, Infante de Portugal (Almeirim, 17 de novembro de 1433 - Setúbal, 18 de setembro de 1470), Infante de Portugal, 2.º Duque de Viseu, 2.º Senhor da Covilhã, 1.º Duque de Beja, 1.º Senhor de Moura e 6.º Condestável de Portugal, irmão do rei D. Afonso V de Portugal, foi um exímio militar, aventureiro e navegador português, que dirigiu e apoiou várias expedições.
   
Brasão de D. Fernando, 1.º Duque de Beja e 2.º Duque de Viseu
     
Biografia
Em 1452, Fernando saiu do país sem autorização do seu irmão, o rei D. Afonso V procurando aventuras. Segundo uns, pretendia combater os mouros nas praças portuguesas do norte de África; outros diziam que o objetivo era juntar-se a seu tio materno, o rei Afonso I de Nápoles, nas campanhas no sul de Itália, uma vez que Fernando tinha a esperança de poder vir a herdar aquele reino, dado que o tio não tinha filhos legítimos.
Contudo, o seu irmão D. Afonso V, assim que soube da fuga de Fernando, deu ordens ao Conde de Odemira, que comandava a frota portuguesa que patrulhava o estreito de Gibraltar, para intercetar o infante e escoltá-lo de regresso a Portugal.
Em 1453, D. Afonso V concedeu-lhe o título de 1.º Duque de Beja e 1.º Senhor de Moura.
Finalmente foi autorizado a deslocar-se ao norte de África, participando em ações militares: primeiro, em 1458 acompanhou o seu irmão, o rei D. Afonso V, na expedição portuguesa que conquistou a cidade marroquina de Alcácer Ceguer; depois, em 1468, comandou a esquadra que conquistou e destruiu o porto de Anafé (hoje denominado de Anfa e integrado em Casablanca) que era uma base de corsários.
D. Fernando, que em 1436 fora também nomeado herdeiro do seu tio, o Infante D. Henrique, tornando-se o seu filho adotivo. E, quando em 1460, morre D. Henrique, sucedeu-lhe não só no título de Duque de Viseu como também como Mestre da Ordem de Cristo e passou a ser o responsável pelos Descobrimentos (1460-1470) para o Reino de Portugal.
Nesse último contexto, aproveitando o seu espírito aventureiro, dele próprio ter feito parte de algumas das expedições marítimas de reconhecimento não só da costa atlântica de África como da própria América, isso reconhecido ou constado na época, dentro de um pequeno circulo de navegadores, e cujo feito, na altura, chegou a constar de um pleito contra os direitos de Colombo a favor de seus companheiros de viagem.
   
Genealogia
Foi o segundo filho do rei Duarte I de Portugal e de sua esposa Leonor de Aragão.
Casou-se com a sua prima, Beatriz de Portugal, filha do seu tio João, Infante de Portugal, em 1447.
Deste casamento resultaram nove filhos, dos quais apenas cinco chegaram à idade adulta; contudo, todos eles desempenharam um papel muito importante na história portuguesa:
  1. João de Viseu (1448-1472), terceiro Duque de Viseu, segundo Duque de Beja.
  2. Diogo de Viseu (1450-1484), quarto Duque de Viseu e terceiro Duque de Beja.
  3. Duarte de Viseu.
  4. Dinis de Viseu.
  5. Simão de Viseu.
  6. Leonor de Viseu (1458-1525), casou com João II de Portugal e tornou-se Rainha de Portugal.
  7. Isabel de Viseu (1459-1521), casada com o duque de Bragança, Fernando II.
  8. Manuel, quinto duque de Viseu e quarto Duque de Beja, Rei de Portugal após a morte do seu primo e cunhado, D. João II.
  9. Catarina de Viseu.
O Infante D. Fernando encontra-se sepultado no Mosteiro das Religiosas da Conceição, em Beja, que fora fundado por sua mulher.
    

Jeffrey Buckley nasceu há 56 anos...


Jeffrey Scott Buckley (Anaheim, 17 de novembro de 1966 - Memphis, 29 de maio 1997) foi um cantor, compositor e guitarrista norte-americano. Conhecido por seus dotes vocais, Buckley foi considerado pelos críticos umas das mais promissoras revelações musicais de sua época. Entretanto, Buckley morreu afogado enquanto nadava no rio Wolf, afluente do Rio Mississipi, em 1997. O seu trabalho e seu estilo único continuam sendo admirados por fãs, artistas e músicos no mundo todo.
   

 


A cantora Kimya Dawson faz hoje cinquenta anos

   
Kimya Dawson (Bedford Hills, New York, 17 de novembro de 1972) é uma cantora e compositora norte-americana, mais conhecida como artista a solo e como parte do conjunto The Moldy Peaches. Em swahilli, "Kimya" significa "silêncio" ou "silencioso".
   

 


A Rainha D.ª Leonor morreu há 497 anos

Estátua da rainha D. Leonor em Beja, sua cidade natal
    
Leonor de Avis, Leonor de Portugal, Leonor de Lencastre ou Infanta Leonor, e, mais recentemente, no estrangeiro, "Leonor de Viseu", do nome do título secundário do seu pai, o infante Fernando de Portugal, Duque de Viseu (Beja, 2 de maio de 1458 - Paço de Xabregas, Lisboa, 17 de novembro de 1525), foi uma princesa portuguesa da Casa de Avis e Rainha de Portugal, a partir de 1481, pelo casamento com o seu primo, El-Rei D. João II de Portugal, o Príncipe Perfeito. Pela sua vida exemplar, pela prática constante da misericórdia, e mais virtudes cristãs, alcançou de alguns historiadores o epíteto de "Princesa Perfeitíssima", inspirado no cognome do Rei seu marido, a cuja altura sempre se soube manter para o juízo da história.
A rainha D.ª Leonor de Avis é também a terceira e última rainha consorte de Portugal nascida em Portugal, tendo a primeira sido Leonor Teles e a segunda a sua tia, e sogra, Isabel de Avis, mulher de Afonso V. Com o seu casamento acaba o Século de Oiro Português, caracterizado por casamentos endogâmicos continuados entre os descendentes da Ínclita Geração, entre a prole de João I e da sua rainha Filipa de Lancastre. Leonor foi sem dúvida uma das mais notáveis soberanas portuguesas de todos os tempos, pela sua vida, importância, influência, obra, e legado aos vindouros.
Foi também a primeira dos ocupantes do trono português com sangue Bragança, pela sua avó materna, a infante Isabel de Barcelos, filha do 1º duque de Bragança - logo se lhe seguindo o seu irmão, El-Rei D. Manuel I, como primeiro rei reinante, e o seu sobrinho D. Jaime I, Duque de Bragança, como primeiro Bragança herdeiro jurado do trono, na permanente relação entre a Casa Real, de origem ilegítima, e o seu ramo Bragança, igualmente ilegítimo, sempre casando entre si.
     
(...)
   
Leonor reinou no apogeu da fortuna da expansão portuguesa, quando Lisboa se transformara na capital europeia do comércio de riquezas exóticas: e foi por isso mesmo no seu tempo a mais rica princesa da Europa, conforme demonstra uma obra recente a respeito da administração da sua grande casa.
Essa grande fortuna, que cresceu exponencialmente com a chegada à Índia e com o comércio ultramarino, visto seu pai ter sido filho adotivo e herdeiro universal do Infante D. Henrique, o Navegador, e das grandes mercês que recebeu dos reis seu marido e seu irmão, empregou-a depois de viúva na prática da caridade constante, da devoção verdadeira, no patrocínio de obras religiosas, e sobretudo na assistência social aos pobres: assim, encorajou, fomentou e financiou o projeto de Frei Miguel Contreiras de estabelecimento de Misericórdias gerida por irmandades em todo o reino, notável iniciativa precursora em toda a Europa. A rede de Misericórdias portuguesa chegou até aos nossos dias, sempre ativa no papel social e caritativo a que a Rainha a destinou.
     
Armas da Rainha D. Leonor de Aviz, enquanto casada
        

O reinado de Isabel I de Inglaterra e da Irlanda começou há 464 anos

  
Isabel I
(Greenwich, 7 de setembro de 1533 - Richmond, 24 de março de 1603), também conhecida sob a variante Elisabete I ou Elizabeth I, foi Rainha da Inglaterra e da Irlanda desde 1558 até à sua morte. Também ficou conhecida pelos nomes de A Rainha Virgem, Gloriana e Boa Rainha Bess. Filha de Henrique VIII, Isabel nasceu como princesa, mas a sua mãe, Ana Bolena, foi executada dois anos e meio depois do seu nascimento e Isabel foi declarada bastarda. Mais tarde, o seu meio-irmão, Eduardo VI, deixou a coroa a Lady Jane Grey, excluindo as suas irmãs da linha de sucessão. No entanto, o seu testamento foi rejeitado, Lady Jane Grey foi executada e, em 17 de novembro de 1558, Isabel sucedeu, por morte desta, à sua meia-irmã católica, Maria I, depois de passar quase um ano presa, por suspeita de apoiar os rebeldes protestantes.
Isabel decidiu que reinaria com bons conselheiros, dependendo fortemente de um grupo de intelectuais de confiança liderado por William Cecil, barão Burghley. Uma das suas primeiras iniciativas como rainha foi apoiar o estabelecimento da igreja protestante inglesa, da qual se tornou governadora suprema. Este Acordo Religioso Isabelino manteve-se firmemente durante o seu reinado e desenvolveu-se, tornando-se naquela que é conhecida hoje como a Igreja de Inglaterra. Era esperado que Isabel se casasse, mas apesar de vários pedidos do parlamento e de numerosas cortes feitas por vários membros de casas reais por toda a Europa, ela nunca o fez. As razões para esta decisão já foram muito debatidas. À medida que envelhecia, Isabel tornou-se famosa pela sua virgindade, criando um culto à sua volta que foi celebrado nos retratos, festas e literatura da época.
Seu reinado é conhecido por Período Elisabetano (ou Isabelino) ou ainda Era Dourada. Foi um período de ascensão, marcado pelos primeiros passos na fundação daquilo que seria o Império Britânico, e pela produção artística crescente, principalmente na dramaturgia, que rendeu nomes como Christopher Marlowe e William Shakespeare. No campo da navegação, o capitão Francis Drake foi o primeiro inglês a dar a volta ao mundo, enquanto na área do pensamento Francis Bacon pregou suas ideias políticas e filosóficas. As mudanças estendiam-se à América do Norte, onde se deram as primeiras tentativas de colonização, que resultaram em geral em fracassos.
Isabel era uma monarca temperamental e muito decidida. Esta última característica, vista com impaciência por seus conselheiros, frequentemente a manteve longe de desavenças políticas. Assim como seu pai Henrique VIII, Isabel gostava de escrever, tanto prosa quanto poesia.
O seu reinado foi marcado pela prudência na concessão de honrarias e títulos. Somente oito títulos maiores: um de conde e sete de barão, no reino da Inglaterra, mais um baronato na Irlanda, foram criados durante o reinado de Isabel. Isabel também reduziu substancialmente o número de conselheiros privados, de 39 para 19. Mais tarde, passaram a ser apenas 14 conselheiros.
A colónia inglesa da Virgínia (futuro estado americano, após a independência dos Estados Unidos), recebeu esse nome em homenagem a Isabel I.
     
         

O músico Max de Castro faz hoje 45 anos

   
 

Em 2000, lançou Samba Raro, produzido, arranjado, tocado e composto por ele. O álbum teve ótima receptividade de público, crítica e amigos músicos – Ed Motta o classificou como trabalho de "génio", Nelson Motta disse que é um dos melhores discos já lançados e Lobão o convidou para produzir a faixa "Decadence avec Elegance". Max de Castro recebeu o prémio APCA - Associação Paulista de Críticos de Arte - como Revelação em 2000.

Em 2001, produziu faixas nos discos de Roberto Frejat, Paula Lima, Kid Abelha, Leandro Lehart,Tom Zé, além de remixes para Ed Motta, Fernanda Porto, Wax Poetic. Seu trabalho também teve boa repercussão internacional, principalmente nos Estados Unidos e Europa, onde passou a tocar regularmente. Em 2002, após lançar o seu segundo disco, Orchestra Klaxon, Max de Castro apareceu na capa da revista americana Time ao lado de Shakira e outros, numa reportagem especial sobre as novidades da música global.

Eleito pela APCA como o artista do ano de 2005, após o lançamento de seu terceiro álbum Max De Castro. No mesmo ano ainda colaborou com DJ Suv do aclamado grupo inglês Roni Size Reprazent, e lançou exclusivamente na Inglaterra um single com a música “Febrery". Na França lançou um EP com o DJ Kid Loco. Ao voltar mais uma vez à Europa estendeu sua turné pela primeira vez aos países do leste europeu, como Rússia e Ucrânia.

O seu último álbum, Balanço das Horas, lançado em 2006, esteve novamente em várias listas como um dos melhores lançamentos daquele ano. Música pop, samba, hip hop, jazz, post-rock, dub, soul music, funk, batidas eletrónicas, efeitos e distorções estão no arsenal de Max. Com as mais variadas referências, seu trabalho cresce a cada nova audição, requer atenção em cada detalhe, cada curva e cada acorde têm histórias acumuladas.

Em 2008, além de ter produzido o disco de seu irmão Wilson Simoninha, Melhor, dedicou-se também à direção e conceção de shows especiais, como foi o caso de As Curvas da Estrada de Santos: Uma Viagem pela Obra de Roberto Carlos, que além dos arranjos e direção de Max contou com a participação de Zé Renato, Vania Abreu, Bruno Morais e Pedro Mariano. E também Os Afrosambas, um tributo ao álbum de Baden e Vinícius, cujas canções Max reinterpreta ao lado da cantora Fabiana Cozza.

 

 


John Glascock, baixo dos Jethro Tull, morreu há quarenta e três anos

   
Começou a sua carreira musical tocando com Mick Taylor num grupo chamado Juniors. Participou em outras bandas e, em 1975, entrou para os Jethro Tull e o seu primeiro álbum com o grupo foi Too Old to Rock 'n' Roll: Too Young to Die!. Em 1977 gravou Songs from the Wood, com mais influências folk. No álbum Heavy Horses de 1978, John fez uma excelente atuação com as músicas "Journeyman" e "Heavy Horses". Nesse mesmo ano os Jethro Tull fizeram a sua turnê pela Europa e Estados Unidos, sendo que durante a última John não pode comparecer à maioria dos shows, inclusive no show histórico dos Tull no Madison Square Garden em Nova York, pois estava num tratamento em Blackpool. Nessa turnê ele foi substituído temporariamente por Tony Williams.
Os problemas cardíacos de Glascock tornaram-se evidentes quando ele foi incapaz de se apresentar na turnê de Heavy Horses. Apesar de diagnosticados danos numa válvula cardíaca, provocados por uma infeção, ele manteve o seu estilo de vida, que envolvia excesso de bebidas e festas. A sua saúde continuou a deteriorar-se. Ian Anderson tentou aconselhá-lo antes de finalmente afastá-lo, durante a produção de Stormwatch, completando a maioria das gravações de baixo por conta própria. Durante a subsequente turnê promocional do álbum, realizada com um baixista substituto, Anderson ficou sabendo da morte de Glascock e teve de dar a notícia à banda. Barriemore Barlow, amigo mais próximo do baixista no grupo, ficou devastado, deixando a banda no final da turnê.
Embora pouco conhecido hoje em dia, John Glascock é considerado um dos baixistas mais influentes dos anos 70. Foi substituído por Dave Pegg.
    

 


Kat DeLuna faz hoje 35 anos

 
Kathleen Emperatriz DeLuna (Bronx, Nova Iorque, 26 de Novembro de 1987) é uma cantora americana de R&B e pop de origem dominicana, mais conhecida como Kat DeLuna.
 

 


Mário Dionísio morreu há 29 anos...

(imagem daqui)

   

Mário Dionísio de Assis Monteiro (Lisboa, 16 de julho de 1916 - Lisboa, 17 de novembro de 1993) foi um crítico, escritor, pintor e professor português.

Personalidade multifacetada (poeta, romancista, ensaísta, crítico, pintor...) Mário Dionísio teve uma ação cívica e cultural marcante no século XX português, com particular incidência nos domínios literário e artístico.

 

O Músico, 1948

   

Biografia

Mário Dionísio de Assis Monteiro nasceu em 16 de julho de 1916, em Lisboa.

Filho de Eurico Monteiro, comerciante, oficial miliciano da Administração Militar, e Julieta Goulart Parreira Monteiro, doméstica com o curso superior de Piano. É pai de Eduarda Dionísio.

Licenciou-se em Filologia Românica, em 1940, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.

Foi professor do ensino liceal e secundário e docente na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, depois da Revolução do 25 de Abril.

Mário Dionísio foi opositor do Estado Novo, tendo estado ligado ao Partido Comunista Português, do qual se afastou na década de 50.

 

A obra literária

Foi autor de uma obra literária autónoma (poesia, conto, romance); fez crítica literária e de artes plásticas; realizou conferências, interveio em debates; colaborou em diversas publicações periódicas, entre as quais Seara Nova, Vértice, Diário de Lisboa, Mundo Literário, Ge de todas as Artes e na revista Arte Opinião (1978-1982). Prefaciou obras de autores como Manuel da Fonseca, Carlos de Oliveira, José Cardoso Pires e Alves Redol

 

As artes plásticas: pintor e crítico

Teve uma forte ligação às artes plásticas. Além da atividade como pintor (desde 1941), foi um dos principais impulsionadores das Exposições Gerais de Artes Plásticas; integrou o júri da II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian; foi autor de inúmeros textos, de diversa ordem, das simples críticas até à publicação de referência que é A Paleta e o Mundo; etc.

Enquanto artista plástico usou os pseudónimos de Leandro Gil e José Alfredo Chaves. Participou em diversas exposições coletivas, nomeadamente nas Exposições Gerais de Artes Plásticas de 1947, 48, 49, 50, 51 e 53. Realizou a sua primeira exposição individual de pintura em 1989.

 

O neorrealismo

Mário Dionísio desempenhou um papel de relevo na teorização do neo-realismo português, "movimento literário que, nos anos de 1940 e 1950, à luz do materialismo histórico, valorizou a dimensão ideológica e social do texto literário, enquanto instrumento de intervenção e de consciencialização". No contexto das tentativas de reforma cultural encetada pelos intelectuais dessa corrente, através de palestras e outras ações culturais, "participou num esforço conjunto de aproximar a arte e o público, de que resultou, por exemplo, a obra A Paleta e o Mundo, constituída por uma série de lições sobre a arte moderna. Poeta e ficcionista empenhado, fiel ao «novo humanismo», atento à verdade do indivíduo, às suas dolorosas contradições, acolheu, na sua obra, o espírito de modernidade e as revoluções linguísticas e narrativas da arte contemporânea".

Mário Dionísio morreu em 17 de novembro de 1993, em Lisboa, vítima de ataque cardíaco.

 

in Wikipédia

 

Para Ser Lido Mais Tarde

 

Um dia
quando já não vieres dizer-me Vem
jantar

quando já não tiveres dificuldade
em chegar ao puxador
da porta quando

já não vieres dizer-me Pai
vem ver os meus deveres

quando esta luz que trazes nos cabelos
já não escorrer nos papéis em que trabalho

para ti será o começo de tudo

Uma outra vida haverá talvez para os teus sonhos
um outro mundo acolherá talvez enfim a tua oferenda

Hás-de ter alguma impaciência enquanto falo
Ouvirás com encanto alguém que não conheço
nem talvez ainda exista neste instante

Mas para mim será já tão frio e já tão tarde

E nem mesmo uma lembrança amarga
ou doce ficará
desta hora redonda
em que ninguém repara 

 


Mário Dionísio

Martin Scorsese faz hoje oitenta anos...!

    

Martin Scorsese (Queens, Nova Iorque, 17 de novembro de 1942) é um cineasta, produtor de cinema, roteirista e ator norte-americano, vencedor do Óscar de melhor diretor pelo filme Os Infiltrados.

Em 2002, foi eleito o nono maior diretor de cinema de todos os tempos em uma pesquisa realizada pelo British Film Institute e a revista Sight & Sound com diversos cineastas, posto que compartilhou com David Lean e Jean Renoir e, em 2011, Foi votado o segundo maior diretor vivo pelo The Guardian, atrás apenas de David Lynch.

As suas obras mais conhecidas são: Mean Streets, Taxi Driver, The King of Comedy, Raging Bull, Goodfellas, Cape Fear, Casino, Gangs of New York, The Aviator, Shutter Island, The Departed, The Last Temptation of Christ, Hugo, The Wolf of Wall Street e The Irishman

   

   

Machado de Castro morreu há dois séculos...

     
Joaquim Machado de Castro (Coimbra, 19 de junho de 1731 - Lisboa, 17 de novembro de 1822) foi um dos maiores e mais nomeados escultores portugueses. Machado de Castro foi um dos escultores de maior influência na Europa do século XVIII e princípio do século XIX.
Para além da escultura, descrevia extensamente o seu trabalho, do qual se destaca, a extensa análise sobre a estátua de José I que se situa na Praça do Comércio em Lisboa, intitulada: Descripção analytica da execução da estátua equestre, Lisboa 1810.
A (Descripção) consiste no relato pormenorizado, feito ao estilo e à execução técnica, levada a cabo no que é considerado o seu melhor trabalho, a estátua equestre do Rei D. José I de Portugal datada de 1775, como parte da obra de reconstrução da cidade de Lisboa, seguindo os planos de Marquês de Pombal, logo após o Terramoto de 1755. As partes da construção estão detalhadas e ilustradas, incluindo variados planos e componentes utilizados para a sua execução.
Na introdução da sua obra Machado de Castro comenta outras estátuas equestres situadas em diversas praças europeias.
    
Estátua equestre do Rei D. José I na Praça do Comércio, Lisboa
    
Estátua de Neptuno - Lisboa

      
       
O Museu Nacional de Machado de Castro é um dos mais importantes museus de belas artes e arqueologia de Portugal, tanto pela quantidade como pela qualidade das suas coleções. Encontra-se instalado no antigo Paço Episcopal de Coimbra, classificado como Monumento Nacional em 1910. Está localizado na freguesia da Coimbra, na cidade e concelho de Coimbra, distrito de Coimbra, em Portugal.
      

quarta-feira, novembro 16, 2022

Hoje foi o Dia Nacional do Mar...


A celebração do Dia Nacional do Mar teve origem na "Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar", que entrou em vigor a 16 de novembro de 1994. Portugal ratificou o documento em 1997.

Esta convenção é muito importante, pois é a partir dela que são estabelecidos, entre outros, os limites marítimos inerentes à Zona Económica Exclusiva e à Plataforma Continental.

Portugal é um país fortemente ligado ao mar, ficando marcado para a posterioridade como o país dos Descobrimentos marítimos.

O Instituto Hidrográfico comemora a data com a apresentação do seu novo portal na Internet.

 

https://www.hidrografico.pt/

 

Hoje é um bom dia para ouvir a poesia de Saramago ser cantada...

 

Nenhuma estrela caiu - Mísia
Letra (adaptada) de José Saramago e música de Franklin Rodrigues 
   
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
  
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
Talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono desperte
O sonho que deixa vê-las
  
Abro as janelas...
E o frio vento se esquece
Nenhuma estrela caiu
Nem a lua me ajudou
Mas a ruiva madrugada
Por trás da ponte aparece.

  
Janelas que me separam
Do vento frio da tarde
Num recanto de silêncio
Onde os gestos do pensar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
  

  

NOTA: aqui fica a versão original do poema de Saramago, tão bem adaptado por Mísia:
    
  
A ponte
  
Vidraças que me separam
Do vento fresco da tarde
Num casulo de silêncio
Onde os segredos e o ar
São as traves duma ponte
Que não paro de lançar
    
Fica-se a ponte no espaço
À espera de quem lá passe
Que o motivo de ser ponte
Se não pára a construção
Vai muito mais a vontade
De estarem onde não estão
    
Vem a noite e o seu recado
Sua negra natureza
talvez a lua não falte
Ou venha a chuva de estrelas
Basta que o sono consinta
A confiança de vê-las
      
Amanhã o novo dia
Se o merecer e me for dado
Um outro pilar da ponte
Cravado no fundo do mar
Torna mais breve a distância
Do que falta caminhar
       
Há sempre um ponto de mira
O mais comum horizonte
Nunca as pontes lá chegaram
Porque acaba o construtor
Antes que a ponte se entronque
Onde se acaba o transpor
      
Sobre o vazio do mar
Desfere o traço da ponte
Vá na frente a construção
Não perguntem de que serve
Esta humana teimosia
Que sobre a ponte se atreve
     
Abro as vidraças por fim
E todo o vento se esquece
Nenhuma estrela caiu
Nem a lua me ajudou
Mas a ruiva madrugada
Por trás da ponte aparece.
    
 
   
in Provavelmente Alegria (1970) - José Saramago

Poesia para recordar Saramago...

(imagem daqui)

 

No Coração, Talvez

No coração, talvez, ou diga antes:
Uma ferida rasgada de navalha,
Por onde vai a vida, tão mal gasta.
Na total consciência nos retalha.
O desejar, o querer, o não bastar,
Enganada procura da razão
Que o acaso de sermos justifique,
Eis o que dói, talvez no coração.



in
Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago

Totò Riina, capo dei capi da Cosa Nostra, nasceu há 92 anos

  

Salvatore Riina, conhecido por Totò Riina (Corleone, 16 de novembro de 1930 - Parma, 17 de novembro de 2017), foi um criminoso italiano. Foi um membro da máfia siciliana Cosa Nostra.

Nascido numa família de camponeses, Totò perdeu o seu pai aos 13 anos, numa tentativa frustrada de remover pólvora de uma bomba da Segunda Guerra Mundial que não explodira.

Mais tarde, logo após completar 18 anos - e ser preso pela primeira vez por homicídio - entra para a Cosa Nostra, sob a mão de Luciano Liggio, que mais tarde viria a ser o seu chefe.

Tornou-se o membro mais poderoso da organização criminosa no início de 1980, após a prisão de Liggio. Mafiosos companheiros o apelidaram de "A Besta" (La Belva), devido à sua natureza violenta, ou às vezes o chamavam de "O Curto" (U curtu), mas nunca em sua presença, devido à sua baixa estatura, de 1,58 m. Durante a sua carreira ao longo da vida no crime acredita-se que matou pessoalmente cerca de quarenta a sessenta pessoas e ordenou a morte de centenas de outras. Dentre as principais e mais notórias vítimas estão Michele Navarra (um dos mafiosos mais celebres de todos os tempos da Cosa Nostra e ex-chefe de Luciano Liggio e de todo o clã mais tarde chamado de "Corleonesi") e os juízes anti máfia Giovanni Falcone e Paolo Borsellino, quando os italianos viam a possível primeira grande queda da máfia siciliana ir por água abaixo em 1992.

Em 1969, Riina foi condenado pela primeira vez, mas conseguiu viver na clandestinidade vinte e cinco anos. Assumiu o comando da Cosa Nostra em 1974, substituindo Liggio. No mesmo ano, casou-se com a professora Antonietta Bagarella, que pertencia a uma grande família mafiosa. Tiveram quatro filhos, dois deles também mafiosos: Giovanni, nascido em 1976, foi condenado a prisão perpétua por assassinato, e Giuseppe Salvatore, nascido em 1977, a oito anos e 10 meses de prisão por associação mafiosa. Nos anos 1980, Riina deu início a uma sangrenta disputa interna na máfia. Vencendo o confronto entre as "famílias palermitanas", em 1982 assumiu o controle de todas as atividades mais rentáveis da máfia, como tráfico de drogas e sequestros, tornando-se o chefe da "Cúpula" da Cosa Nostra.

À frente da Cosa Nostra, Totò iniciou uma caçada a funcionários do Estado, mas acabou preso, em 15 de janeiro de 1993, num subúrbio de Palermo, graças à colaboração de criminosos arrependidos e de seu motorista pessoal. Totò e todo o clã dos Corleonesi nunca falaram a respeito de qualquer atividade mafiosa, negando a sua participação na Cosa Nostra. Em 2009, porém, Riina afirmou que os Corleonesi nunca haviam mandado matar o procurador anti máfia Paolo Borsellino, e que isso teria sido um golpe do próprio Estado, assumindo assim o seu papel dentro da máfia. A justiça confiscou-lhe uma fortuna de 125 milhões de euros.

Salvatore veio a morrer, por causa de um cancro, no dia 17 de novembro de 2017, na casa prisional onde se encontrava a cumprir pena, em Parma, na Itália. Apesar de estar preso, Totò não arrependia-se dos crimes praticados. Numa mensagem intercetada pela polícia, meses antes de sua morte, disse que "Nunca poderão lidar comigo, mesmo que me condenem a 3 mil anos de prisão".

A sua carreira criminosa é relatada na televisão, com a série Il capo dei capi

  

Hubert Sumlin nasceu há noventa e um anos

   
Hubert Sumlin (Greenwood, 16 de novembro de 1931 - Wayne, 4 de dezembro de 2011) foi um guitarrista de blues conhecido como tanto artista solo e elemento central da banda de apoio de Howlin' Wolf.
Considerado o 43º melhor guitarrista do mundo pela revista norte-americana Rolling Stone, ele é citado como grande influência de vários artistas, incluindo Eric Clapton, Keith Richards, Stevie Ray Vaughan, Jimmy Page e Jimi Hendrix.
   
   

 


António Aleixo...

Roberto de Carvalho faz hoje setenta anos

(imagem daqui)
  
Roberto Zenóbio Affonso de Carvalho (Rio de Janeiro, 16 de novembro de 1952) é um multi-instrumentista e compositor brasileiro.
Roberto, nos bastidores e no palco, deu importante suporte sonoro à cantora Rita Lee, com quem vive junto desde 1976 (os dois casaram em 13 de dezembro de 1996 no civil), iniciando uma intensa e bem-sucedida parceria musical, com Rita nas letras e Roberto nos instrumentos. Ao lado de Rita foi compositor de grandes sucessos da música brasileira, como "Lança Perfume", "Saúde", "Banho de Espuma", "Mutante", "Pega Rapaz", "Cor de Rosa Choque", "Só de Você", "Barata Tonta", "Chega Mais", "Nem Luxo, Nem Lixo", "Flagra", "Desculpe o Auê", "Mania de Você", "Caso Sério", "Vírus do Amor", "Vítima", "Amor e Sexo", "Alô, Alô, Marciano", "Coisas de Casal", dentre outros. 
 
Carreira

Filho de um engenheiro e uma pianista, é neto de Euclides Zenóbio da Costa, Comandante da Infantaria da Força Expedicionária Brasileira na 2ª Guerra Mundial e Ministro da Guerra de Getúlio Vargas.

Roberto de Carvalho teve envolvimento precoce com a música. Fez o Conservatório Brasileiro de Música, na cidade do Rio de Janeiro, e tornou-se pianista de formação clássica. Deslumbrou-se com o ritmo musical da Bossa Nova, mas isso não o impediu de encantar-se com o estilo rock dos Rolling Stones e The Beatles.

Roberto de Carvalho trabalhou com nomes como Jorge Mautner, Arnaldo Antunes e Arnaldo Jabor, mas em meados do ano de 1975 se tornou guitarrista de Ney Matogrosso, que foi na mesma época das gravações de seu novo álbum de estúdio "Bandido". Tempo depois dele ser avistado por Rita Lee em um bar em uma noite, Ney Matogrosso estava gravando a canção "Bandido Corazón" de Rita Lee e ao ouvir a faixa, Rita se surpreendeu com o som da guitarra e teclado de Roberto, logo depois ela foi convidada para um jantar na casa do cantor, onde conheceu Roberto de Carvalho. Posteriormente a cantora citaria na sua autobiografia: "O gato, além de lindo, cheiroso e excelente guitarrista, também se mostrava exímio pianista. Amor à primeira tecla...". Pouco tempo depois do primeiro encontro, Rita fica grávida do primeiro filho do casal, Beto Lee. A primeira reação de Roberto ao descobrir que seria pai não foi das melhores, mas num show da banda Doces Bárbaros, o instrumentista mostrou que ficaria ao lado da amada.

Participou de uma das formações finais da banda Tutti Frutti. Embora sejam a maioria de suas composições parcerias com Rita Lee, após doze anos de incontáveis sucessos ao lado de Rita Lee, a dupla se separou profissionalmente no início de 1991. Enquanto ela iniciava a turnê-solo Bossa 'n' Roll, Roberto gravou um CD e um álbum solo em 1992, com a faixa "O Que Você Quer" que seria tema na novela Despedida de Solteiro na Rede Globo e posteriormente regravada por Rita.

Rita decidiu retirar-se dos palcos em 2012. Desde então, o casal vive isolado, num sítio em São Paulo.

 
Vida pessoal 
Tem três filhos, com Rita Lee: Beto Lee, João Lee e Antônio Lee, nascidos em 1977, 1979 e 1981, respetivamente. Também são avôs de duas crianças. 
 

 

 

Mania de Você - Rita Lee

  

Meu bem, você me dá água na bocaVestindo fantasias, tirando a roupaMolhada de suor de tanto a gente se beijarDe tanto imaginar (imaginar) loucuras
 
A gente faz o amor por telepatiaNo chão, no mar, na lua, na melodiaMania de você, de tanto a gente se beijarDe tanto imaginar, imaginar loucuras
 
Nada melhor do que não fazer nadaSó pra deitar e rolar com vocêNada melhor do que não fazer nadaSó pra deitar e rolar com você
 
Meu bem, você me dá água na boca, água na bocaVestindo fantasia, tirando a roupaMolhada de suor de tanto a gente se beijarDe tanto imaginar, imaginar loucuras
 
A gente faz amor por telepatia (telepatia)No chão, no mar, na lua, na melodiaMania de você, de tanto a gente se beijarDe tanto imaginar (imaginar) loucuras (imaginar)
 
Nada melhor do que não fazer nadaSó pra deitar e rolar com vocêNada melhor do que nada na cucaSó pra deitar e rolar com Bituca, com Bituca
 
Meu bem, você me dáÁgua na boca
 
Meu bem, Bituca

Clark Gable morreu há sessenta e dois anos

 
William Clark Gable (Cadiz, Ohio, 1 de fevereiro de 1901 - Los Angeles, Califórnia, 16 de novembro de 1960) foi um ator norte-americano. Em 1999 o prestigioso Instituto Americano do Cinema nomeou-o a sétima maior estrela masculina do cinema de todos os tempos.