sábado, junho 18, 2022

Paul McCartney - oitenta anos...!

    
James Paul McCartney (Liverpool, 18 de junho de 1942) é um cantor, compositor, baixista, guitarrista, pianista, multi-instrumentista, empresário, produtor musical, cinematográfico e ativista dos direitos dos animais britânico. McCartney alcançou fama mundial como membro da banda de rock britânica The Beatles, com John Lennon, George Harrison e Ringo Starr. Lennon e McCartney foram uma das mais influentes e bem sucedidas parcerias musicais de todos os tempos, "escrevendo as canções mais populares da história do rock". Após a dissolução dos Beatles, em 1970, McCartney lançou-se numa carreira a solo de sucessos, formou uma banda com a sua primeira mulher, Linda McCartney, os Wings. Ele também trabalhou com música clássica, eletrónica e bandas sonoras.
Em 1979, o Livro Guinness dos Recordes declarou-o como o compositor musical de maior sucesso da história da música pop mundial de todos os tempos. McCartney teve 29 composições de sua autoria no primeiro lugar das paradas de sucesso dos EUA, vinte das quais com os Beatles e as restantes na sua carreira a solo ou com o seu grupo Wings.
Paul McCartney é o canhoto e baixista mais famoso da história do rock, embora também toque outros instrumentos, como bateria, piano, guitarra, teclados, etc. É considerado como um dos mais ricos músicos de todos os tempos. Foi eleito, em 2008, o 11º melhor cantor de todos os tempos pela revista Rolling Stone. Fora seu trabalho musical, McCartney advoga em favor dos direitos dos animais, contra o uso de minas terrestres, a favor da comida vegetariana e a favor da educação musical. Em 1997 foi publicada a biografia intitulada Many Years From Now, autorizada pelo músico e escrita pelo britânico Barry Miles. A sua empresa MPL Communications detém os direitos autorais de mais de três mil canções, incluindo todas as canções escritas por Buddy Holly.
Como os outros três membros da banda, McCartney foi agraciado, em 1966, com o título de Membro do Império Britânico. Porém, é o único membro dos Beatles a ostentar o título de "Sir", honraria que lhe foi concedida pela Rainha em 1997. 
     

 


Alison Moyet faz hoje sessenta e um anos


Geneviève Alison Jane Moyet (Billericay, 18 de junho de 1961) é uma cantora britânica, bastante conhecida pelo seu trabalho na dupla de synthpop Yazoo, formada no início da década de 80.

 

  

 


Fê Lemos, baterista dos Capital Inicial, faz hoje sessenta anos!

Capital Inicial e banda de apoio em 2009 - da esquerda: Robledo Silva, Yves Passarell, Dinho Ouro Preto, Flávio Lemos, Fabiano Carelli e Fê Lemos

Antônio Felipe Villar de Lemos, mais conhecido pela alcunha Fê Lemos (Rio de Janeiro, 18 de junho de 1962), é o baterista da banda Capital Inicial.

 


sexta-feira, junho 17, 2022

A primeira travessia aérea do Atlântico Sul terminou há um século...!

  

A primeira travessia aérea do Atlântico Sul foi concluída com sucesso pelos aviadores portugueses Gago Coutinho e Sacadura Cabral, em 1922, no contexto das comemorações do Primeiro Centenário da Independência do Brasil

   

 

A épica viagem iniciou-se em Lisboa, às 7h00 (hora GMT) de 30 de março de 1922, empregando um hidroavião monomotor Fairey F III-D MkII, especialmente concebido para a viagem, equipado com motor Rolls-Royce e batizado Lusitânia. Sacadura Cabral exercia as funções de piloto e Gago Coutinho as de navegador. Este último havia criado, e empregaria durante a viagem, um horizonte artificial adaptado a um sextante, a fim de medir a altura dos astros, invenção que revolucionou a navegação aérea à época.

A primeira etapa da viagem foi concluída, no mesmo dia, sem incidentes em Las Palmas, nas Ilhas Canárias, embora tenha sido notado, por ambos, um excessivo consumo de combustível.

No dia 5 de abril, partiram rumo à Ilha de São Vicente, no Arquipélago de Cabo Verde, cobrindo 850 milhas. Lá se demoraram até 17 de abril para reparações no hidroavião, que metia água nos flutuadores, tendo partido das águas do porto da Praia, na Ilha de Santiago, rumo ao Arquipélago de São Pedro e São Paulo, em águas brasileiras, onde amararam, sem o auxílio do vento, no dia 18. O mar revolto naquele ponto, entretanto, causou danos ao Lusitânia, que perdeu um dos flutuadores. Os aeronautas foram recolhidos por um Cruzador da Marinha Portuguesa, que os conduziu a Fernando de Noronha. Apesar de exaustos pelo voo de 1.700 quilómetros e pelo pouso acidentado, comemoraram a chegada, com precisão, àqueles rochedos em pleno Atlântico Sul, apenas com o recurso do método de navegação astronómica criado por Gago Coutinho.

Com a opinião pública portuguesa e brasileira envolvida no feito, o Governo Português enviou outro hidroavião Fairey, batizado como Pátria, a partir de Fernando de Noronha, pelo navio brasileiro Bagé, que chegou no dia 6 de maio. Tendo o hidroavião sido desembarcado, montado e revisado, a 11 de maio descolaram de Noronha. Entretanto, nova fatalidade acometeu os aviadores, quando, tendo retornado e sobrevoando o arquipélago de São Pedro e São Paulo para reiniciar o trecho interrompido, uma avaria no motor obrigou-os a amarar de emergência, tendo permanecido nove horas como náufragos, até serem resgatados por um cargueiro inglês - o Paris City, em trânsito na região.

Reconduzidos a Fernando de Noronha, aguardaram até 5 de junho, quando lhes foi enviado um novo Fairey F III-D (o n.° 17), batizado pela esposa do então Presidente do Brasil, Epitácio Pessoa (1919-1922), como Santa Cruz. Transportado de Portugal pelo navio Carvalho Araújo foi posto na água do Arquipélago de São Pedro e São Paulo, tendo levantado voo rumo a Recife, fazendo escalas em Salvador, Porto Seguro, Vitória e dali para o Rio de Janeiro, então Capital Federal, onde, a 17 de junho de 1922, amarou em frente à Ilha das Enxadas, nas águas da baía de Guanabara.

Aclamados entusiasticamente como heróis em todas as cidades brasileiras onde desceram, os aviadores haviam concluído com êxito não apenas a primeira travessia do Atlântico Sul, mas pela primeira vez na História da Aviação, tinha-se viajado sobre o Oceano Atlântico apenas com o auxílio da navegação astronómica a partir do avião.

Embora a viagem tenha consumido setenta e nove dias, o tempo de voo foi de apenas sessenta e duas horas e vinte e seis minutos, tendo percorrido um total de 8.383 quilómetros. A viagem serviu de inspiração para os raides posteriores de Sarmento de Beires, João Ribeiro de Barros e de Charles Lindbergh, todas em 1927.


 

in Wikipédia

A vergonhosa última execução pública na guilhotina foi há 83 anos

(imagem daqui)

Eugen Weidmann, em francês Eugène Weidmann (Frankfurt, Alemanha, 5 de fevereiro de 1908 - Versalhes, França, 17 de junho de 1939), foi um criminoso alemão, célebre por ter sido a última pessoa a ser guilhotinada em público na França.
Ele foi julgado e considerado culpado do assassinato de seis pessoas, todas mortas com um tiro na nuca:
Ele foi guilhotinado em Versalhes, na via pública, no exterior da prisão de Saint-Pierre, como era comum até então. Tendo sido julgado «histérico» o comportamento dos espetadores durante a execução, o presidente da República Albert Lebrun convenceu o governo da época a proceder às execuções no interior da prisão onde se encontra o condenado à morte, longe das possíveis «emoções populares».
A utilização da guilhotina para execuções «privadas» continuou, mas cada vez mais raras, até o 10 de setembro de 1977, quando foi executado Hamida Djandoubi. Finalmente a pena de morte foi abolida na França, a 30 de setembro de 1981, através de decreto do presidente François Mitterrand.
  
(imagem daqui)

Barry Manilow nasceu há 79 anos

      
Barry Alan Pincus, mais conhecido como Barry Manilow, (Brooklyn, 17 de junho de 1943) é um cantor e compositor americano, muito conhecido pelos seus hits dos anos 70 I Write the Songs, Mandy e Copacabana.
A carreira sem igual de Barry Manilow está fundada numa sólida reputação como cantor, compositor, arranjador e produtor. Ele enche casas de espetáculos, bate recordes de audiência na televisão, compõe bandas sonoras de cinema e para a Broadway e já vendeu 60 milhões de discos no mundo todo. O seu sucesso está devidamente ilustrado por uma coleção de prémios Grammy, Emmy e Tony Awards, além de uma nomeação para o Óscar. Portanto, não é à toa que a bíblia da indústria fonográfica Radio & Records o considera imbatível na categoria de Música Adulta Contemporânea de Todos os Tempos.
   

 

Poesia adequada à data...

  
  

Os tempos não

   
   
Os tempos não vão bons para nós, os mortos.
Fala-se de mais nestes tempos (inclusive cala-se).
As palavras esmagam-se entre o silêncio
que as cerca e o silêncio que transportam.

É pelo hálito que te conheço....no entanto
o mesmo escultor modelou os teus ouvidos
e a minha voz, agora silenciosa porque nestes tempos
fala-se de mais são tempos de poucas palavras.

Falo contigo de mais assim me calo e porque
te pertence esta gramática assim te falta
e eis por que não temos nada a perder e por que é
cada vez mais pesada a paz dos cemitérios.

  
  
 

in Todas as palavras - Poesia reunida (2012) - Manuel António Pina

Charles Gounod nasceu há 204 anos

  
Charles Gounod (Paris, 17 de junho de 1818Saint-Cloud, 18 de outubro de 1893) foi um compositor francês famoso sobretudo por suas óperas e música religiosa.
  
Gounod era filho de um pintor e uma pianista. Muito jovem, entrou para o Conservatório de Paris, onde foi aluno de Jacques Fromental Halévy e Lesueur. Em 1839, compôs uma cantata (Ferdinand) e ganhou o Prix de Rome, um prémio famoso para jovens compositores, que dava direito a uma bolsa de estudos na Itália. Naquele país, ele entrou em contacto com a música polifónica do século XVI, que o fascinou. Tomado por ideias místicas (que nunca o abandonaram completamente), ele pensou em entrar para o sacerdócio, e começou a compor música religiosa. Terminados os seus estudos em Itália, ele regressou a França, mas não sem antes passar por Viena, e assumiu o cargo de organista na Igreja das Missões Estrangeiras, em Paris, que ocupou durante três anos. Nessa época, ficou a conhecer duas mulheres que tiveram grande influência na sua vida: uma foi a cantora Pauline Viardot, que o introduziu no mundo da ópera, e a outra foi Fanny Hensel, que apresentou a Gounod o seu irmão, o célebre compositor Felix Mendelssohn. Através de Mendelssohn, Gounod entrou em contacto com a música de Bach, então pouco conhecida.
A primeira ópera de Gounod, Sapho, estreou em 1851. Várias óperas se seguiram, mas as mais importantes são Fausto (1859), Mireille (1864), Roméo et Juliette (1867) - todas as três estão entre as mais populares do repertório de ópera francês.
Ao rebentar a Guerra Franco-Prussiana (1870), Gounod refugiou-se na Inglaterra, onde permaneceu até 1875. Lá, ele teve uma amante inglesa, Georgina Weldon, e a sua música teve grande sucesso na Inglaterra vitoriana.
Nos últimos anos de vida, Gounod só compôs música religiosa.

 


Heinz Guderian, um dos pais da Blitzkrieg, nasceu há 134 anos

  
Heinz Wilhelm Guderian (Kulm, 17 de junho de 1888 - Schwangau, 14 de maio de 1954) foi um general alemão durante a Segunda Guerra Mundial que, após o conflito, se tornou um autor bem sucedido ao escrever as suas memórias. Um pioneiro na defesa da tática da "blitzkrieg", ele desempenhou um papel central no desenvolvimento do conceito das divisões panzer (uma das táticas de vanguarda da ideia da guerra mecanizada). Em 1936, ele tornou-se Inspetor de Tropas Motorizadas.

No começo da Segunda Grande Guerra, Guderian liderou um corpo de blindados na invasão da Polónia, em 1939. No ano seguinte, durante a invasão da França, ele comandou as unidades blindadas que atacaram os franceses pela floresta das Ardenas e sobrepujaram as forças Aliadas na Batalha de Sedan. Ele liderou o 2º Exército Panzer durante a Operação Barbarossa, a invasão alemã da União Soviética. A operação terminou em fracasso na Batalha de Moscovo e Guderian foi dispensado do serviço ativo.

No começo de 1943, Adolf Hitler apontou Guderian para a nova posição de Inspetor-Geral de Tropas Motorizadas. Neste papel, ele tinha a responsabilidade de reconstruir e treinar novas Divisões Panzer mas teve pouco sucesso devido ao declínio e deterioração da economia de guerra alemã. Em 1944, Guderian foi apontado então como Chefe Interino do Estado-Maior do Alto Comando do Exército, imediatamente após o atentado de 20 de julho contra Hitler. Ele negou envolvimento com movimentos antinazis dentro do exército, embora houvesse evidências circunstanciais de que ele de facto os apoiasse. Contudo, Guderian foi um nazi fervoroso, tendo afirmado, no fim da guerra, que os princípios básicos da teoria nazi tinham sido "ótimos".

Em 1944, Guderian foi colocado no comando da "Corte de Honra" de Hitler, que, após a tentativa de assassinato de Hitler, foi usada para demitir oficiais das forças armadas para que pudessem ser julgados no "Tribunal do Povo" e executados. Segundo vários historiadores, ele teria tido conhecimento da conjura contra Hitler, e convidado a integrá-la, recusou, seguindo o método de "esperar para ver". Ele passou então a ser o conselheiro pessoal de Hitler para a Frente Oriental e ficou, à vista popular, extremamente associado ao regime nazi. As tropas de Guderian executaram com cruel precisão a chamada "Ordem dos Comissários" durante a Operação Barbarossa, e ele foi implicado na comissão de represálias após a Revolta de Varsóvia de 1944.

Heinz Guderian rendeu-se às forças dos Estados Unidos, em 10 de maio de 1945, e permaneceu sob custódia até 1948. Ele foi solto sem ser indiciado por qualquer crime e aposentou-se do serviço ativo e começou a escrever as suas memórias. Intitulada Erinnerungen eines Soldaten (traduzido literalmente como "Memórias de um Soldado", mas em inglês foi lançado como Panzer Leader, ou "Líder de Tanque"), sua autobiografia tornou-se um bestseller, que é um sucesso de vendas até os dias atuais. Os livros de Guderian perpetuaram vários mitos do pós-guerra, incluindo o da teoria da "Wehrmacht limpa". No seu livro, Guderian apresenta-se como o único originador das doutrinas de blindados das forças panzer alemãs, enquanto omite qualquer menção da sua relação com Hitler e o regime nazi, ou de seu envolvimento com crimes de guerra. Guderian faleceu em 1954 e foi enterrado na cidade de Goslar.
   

Mário Saa nasceu há 129 anos

(imagem daqui)
     
Mário Paes da Cunha e Sá (Caldas da Rainha, 18 de junho de 1893 - Ervedal, 23 de janeiro de 1971) foi um escritor português.
    
Biografia
Mário Paes da Cunha e Sá, que adoptou Mário Saa como nome literário, descendia de uma família de grandes proprietários da elite económica e social do concelho alentejano de de Avis. Aquando do seu nascimento, o seu pai era notário e sub-delegado no julgado de Óbidos, vivendo nas Caldas da Rainha. Em 1895, a sua família volta para Avis e o seu pai constrói o Monte de Pero Viegas, onde Mário Saa residiu quase toda a vida. Recebeu formação no Colégio de S. Fiel, em Louriçal do Campo (Beira Baixa), no Liceu de Évora e, em 1913, era aluno do Instituto Superior Técnico. Através da revista Presença (n.º 19, 1929), sabe-se que em 1917 continuaria a frequentar o IST. No ano seguinte inscreveu-se no curso de Ciências Matemáticas na Universidade de Lisboa e, em 1930, no curso de Medicina da mesma Universidade, não tendo, no entanto, concluído qualquer das licenciaturas. A vida de Mário Saa repartiu-se entre a administração agrícola das suas propriedades e a investigação e produção literária. Em consonância com o perfil dos intelectuais do seu tempo dedicou-se e interessou-se por temáticas distintas publicando várias obras e numerosos artigos em periódicos. Dedicou-se à filosofia, à genealogia, à geografia antiga, à poesia, à problemática camoniana, às investigações arqueológicas, e mesmo à astrologia e à grafologia. O seu interesse pela arqueologia e a investigação que realizou sobre vias romanas deram origem à sua obra de maior importância, «As Grandes Vias da Lusitânia», em seis volumes, o produto de mais de 20 anos de investigações e prospecções arqueológicas que é, ainda hoje, uma obra de referência. A par com a arqueologia, Mário Saa destacou-se, também, no panorama da poesia portuguesa das décadas de 20 e 30 do século XX, publicando com assiduidade na revista Presença e privando com os grandes poetas e intelectuais da época no âmbito da boémia literária da Brasileira do Chiado. Em 1959 colaboraria ainda no primeiro número da revista «Tempo Presente».
   
Obras publicadas:
  • Evangelho de S.Vito (1917)
  • Portugal Cristão-Novo ou os Judeus na República (1921)
  • Poemas Heróicos / Simão Vaz de Camões; Pref. de Mário Saa (1921)
  • Camões no Maranhão (1922)
  • Táboa Genealógica da Varonia Vaz de Camões (1924)
  • A Invasão Dos Judeus (1925)
  • A Explicação do Homem: Através de uma auto explicação em 207 táboas filosóficas (1928)
  • Origens do Bairro-Alto de Lisboa: Verdadeira notícia (1929)
  • Nós, Os Hespanhóis (1930)
  • Proclamações à Pátria: Uma Aliança Luso-Catalã (?)
  • Proclamações à Pátria: Até ao Mar Cantábrico (1931)
  • Erridânia: A Geografia Mais Antiga do Ocidente (1936)
  • As Memórias Astrológicas de Camões e o Nascimento do Poeta em 23 de Janeiro de 1524 (1940)
  • As Grandes Vias da Lusitânia: O Itinerário de Antonino Pio (6 T.; 1957-1967)
  • Poesia e alguma prosa - Organização, introdução e notas de João Rui de Sousa, INCM, (2006)
       
     
    
Xácara das Mulheres Amadas
  
Quem muitas mulheres tiver,
em vez de uma amada esposa,
mais se afirma e se repousa
pera amar sua mulher;
Quem isto não entender...
em cousas d'amor não ousa,
em cousas d'amor não quer!
   
Quantas mais, mais se descansa,
mais a gente serve a todas;
quantas mais forem as bodas,
quantos mais os pares da dança,
menos a dança nos cansa
O gosto d'andar nas rodas.
  
Que quantas mais, mais detido
a cada uma per si;
nem cansa tanto o que vi,
nem fica o gosto partido;
ao contrário, é acrescido
a cada uma per si!
   
No paladar de mudar
mais se sente o gosto agudo:
que amar nada ou amar tudo
é estar pronto a muito amar;
o enjoo vem de não estar
a par do nada e do tudo.
  
Mais facilmente se chega
pera muitas que pera uma;
e a razão é porque, em suma,
se esta razão me não cega,
quem quer que muitas adrega
é como tendo...nenhuma!
  
Com muitas, descanso vem,
faz o desejo acrescido:
que é o mais apetecido
aquilo que se não tem;
e o apetite é o bem;
e em saciá-lo é perdido.
Também a mulher que tem
seu marido repartido
é mais gostosa do bem
que advém de seu marido!
  
Tão gostosa e recolhida,
tão pronta e tão conformada,
quanto o gosto é não ter nada;
porque o gosto é ser servida
e não o estar contentada.
O gosto é coisa corrente,
e quem o tem já não sente
o gosto dessa corrida,
que tê-lo, é cousa ... jazente...
que tê-lo , é cousa... perdida!
  
Ora, pois, nesta jornada
não vi nada mais de amar
que ter muito por chegar
e cousa alguma chegada;
não vi nada mais de ter...
que ter muito que perder...
e cousa alguma ganhada!

M. C. Escher nasceu há 124 anos


Maurits Cornelis Escher
(Leeuwarden, 17 de junho de 1898 - Hilversum, 27 de março de 1972) foi um artista gráfico holandês conhecido pelas suas xilogravuras, litografias e meios-tons (mezzotints), que tendem a representar construções impossíveis, preenchimento regular do plano, explorações do infinito e as metamorfoses - padrões geométricos entrecruzados que se transformam gradualmente para formas completamente diferentes.
Queda de água - Escher (1961)
   
Uma das principais contribuições da obra deste artista está em sua capacidade de gerar imagens com efeitos de ilusões de óptica. Foi numa visita à Alhambra, na Espanha, que o artista conheceu e se encantou pelos mosaicos que havia neste palácio de construção árabe. Escher achou muito interessante as formas como cada figura se entrelaçava a outra e se repetia, formando belos padrões geométricos. Este foi o ponto de partida para os seus trabalhos mais famosos, que consistiam no preenchimento regular do plano, normalmente utilizando imagens geométricas e não figurativas, como os árabes faziam por causa da sua religião muçulmana, que proíbe tais representações.
A partir de uma malha de polígonos, regulares ou não, Escher fazia mudanças, mas sem alterar a área do polígono original. Assim surgiam figuras de homens, peixes, aves, lagartos, todos envolvidos de tal forma que nenhum poderia mais se mexer. Tudo representado num plano bidimensional. Destacam-se também os trabalhos do artista que exploram o espaço. Escher brincava com o facto de ter que representar o espaço, que é tridimensional, num plano bidimensional, como a folha de papel. Com isto ele criava figuras impossíveis, representações distorcidas, paradoxos. Mais tarde ele foi considerado como um grande matemático geométrico.
   
Referências na cultura
  • Matt Groening, criador de Os Simpsons, utilizou uma referência à Escher na sua tira Life in Hell. Na sua paródia à obra Relativity, coelhos desenhados caem de escadas em ângulos impossíveis. Groening posteriormente usou a mesma situação cómica num episódio de Futurama. Quando jovem, o autor costumava colecionar posteres de Escher.
  • Um episódio de Os Padrinhos Mágicos mostra no seu título um design similar à obra Drawing Hands.
  • Num episódio de Family Guy, Stewie e Brian compartilham um quarto no qual Stewie coloca na parede uma gravura de Relativity, o qual ele chama escadas loucas. Ele quebra-a enquanto joga frisbee.
  • A fase bónus do jogo Sonic, do Sega Mega Drive, contém uma animação de pássaros se transformando em peixes, uma clara referência à Sky and Water.
  • O jogo Lemmings, da produtora Psygnosis, possui um nível chamado Tributo a M.C. Escher, ainda que ele não apresente um cenário ao estilo do autor.
  • A figura de um grande olho com uma caveira na sua íris aparece na parede do quarto de Donnie Darko.
  • O videoclipe da canção Around the World, do grupo Daft Punk, dirigido por Michel Gondry, é baseado na obra Encounter.
  • O videoclipe da música Drive, do grupo Incubus, é baseado em Drawing Hands, começando com uma mão animada desenhando um pedaço de papel e uma segunda mão, para então formar a própria obra de Escher. Também mostra a mão desenhando o vocalista da banda Brandon Boyd.
  • No filme "Labirinth" (Labirinto - A Magia do Tempo), com David Bowie no papel principal (Jareth), há uma cena nitidamente inspirada em "Relativity", de 1953.
  • A abertura da novela brasileira Top Model, é inspirada da obra "Relativity", que mostra várias escadas, de diversos ângulos, em um mesmo lugar.
  • O filme A Origem (Inception) utiliza repetidamente a ideia de paradoxos geométricos, inclusive com escadas retorcidas como em Relativity.
  • O videoclipe da música "Laughing with", da cantora Regina Spektor, utiliza na sua cena inicial as escadas retorcidas de "Relativity". Assim como o videoclipe "Samson", também da cantora, tem uma abertura inspirada nos pássaros de "Sky and Water".
      

Greg Kinnear faz hoje 59 anos

   
Gregory Buck "Greg" Kinnear (Logansport, Indiana, June 17, 1963) is an American actor and television personality. He was nominated for an Academy Award for his role in As Good as It Gets.

O assalto que deu origem ao caso Watergate foi há cinquenta anos

 

O caso Watergate foi o escândalo político ocorrido em meados de 1972 nos Estados Unidos cujas investigações posteriores culminaram com a renúncia, em agosto de 1974, do presidente Richard Nixon, do Partido Republicano. "Watergate", de certo modo, tornou-se um caso paradigmático de corrupção. No total, cerca de 69 pessoas foram indiciadas, com 48 delas - a maioria membros do governo Nixon - condenadas pela justiça.

 

O caso

Richard Nixon fora eleito presidente dos Estados Unidos em 1968, pelo partido Republicano, sucedendo a Lyndon Johnson, tornando-se o terceiro presidente dos Estados Unidos a ter de lidar com a Guerra do Vietnã. Nixon voltou a candidatar-se em 1972, tendo como opositor o senador democrata George McGovern, e obteve uma vitória esmagadora, ganhando em 49 dos 50 estados. McGovern venceu apenas em Massachusetts, além do Distrito de Columbia.

O caso Watergate teve origem durante esta campanha eleitoral de 1972. Em 17 de junho daquele ano, ocorreu uma intrusão na sede do Comité Nacional Democrata, no Complexo Watergate, na capital dos Estados Unidos. Cinco pessoas - quatro das quais haviam participado da fracassada Invasão a Baía dos Porcos em 1961 - foram detidas quando tentavam fotografar documentos e instalar aparelhos de escuta no escritório do Partido Democrata.

Bob Woodward e Carl Bernstein, dois jovens repórteres do jornal The Washington Post, começaram a investigar o já chamado caso Watergate. Durante muitos meses, os dois repórteres estabeleceram as ligações entre a Casa Branca e a invasão ao escritório do Partido Democrata. Muitas das informações obtidas por eles eram passadas pelo agente do FBI Mark Felt, que era mencionado pela alcunha de Garganta Profunda (Deep Throat), com intuito de preservar o anonimato de Felt.

Durante a investigação oficial que se seguiu, foram apreendidas fitas gravadas que demonstravam que o presidente Nixon tinha conhecimento das operações ilegais contra a oposição, porém as fitas haviam sido editadas, com trechos removidos. Seu advogado argumentou que o presidente tinha prerrogativas de cargo e não estaria obrigado a apresentar informações confidenciais. Em 24 de julho de 1974, Nixon foi julgado pela Supremo Tribunal dos Estados Unidos e obrigado, por veredicto unânime, a apresentar as gravações originais, que comprovariam, de forma inequívoca, o seu envolvimento na ação criminosa contra a sede do Comité Nacional Democrata e consequentemente a abertura de um processo de impeachment. Dezasseis dias depois, em 9 de Agosto, Nixon renunciou à presidência. Foi substituído pelo vice Gerald Ford, que assinou uma amnistia, retirando-lhe as devidas responsabilidades legais perante qualquer infração que tivesse cometido.

Por muitos anos a identidade de "Garganta Profunda" permaneceu desconhecida, até que em 31 de Maio de 2005 o ex-diretor-assistente do FBI, W. Mark Felt, foi revelado como sendo o informador. Bob Woodward e Carl Bernstein confirmaram tal facto.

 

Stravinski nasceu há cento e quarenta anos...

    
Ígor Fiódorovitch Stravinsky (Oranienbaum, atual Lomonosov, 17 de junho de 1882Nova Iorque, 6 de abril de 1971) foi um compositor, pianista e maestro russo, considerado por muitos um dos compositores mais importantes e influentes do século XX. Foi o arquétipo do russo cosmopolita, escolhido pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do século. Além do reconhecimento que obteve pelas suas composições, ficou ainda famoso como pianista e maestro, estando nessa condição muitas vezes na estreias das suas obras.
A carreira de compositor de Stravinski foi notável pela sua diversidade estilística. Inicialmente adquiriu fama internacional com três ballets encomendados pelo empresário Sergei Diaghilev e executados pelos Ballets Russes de Diaghilev: L'Oiseau de feu ("O Pássaro de Fogo") (1910), Petrushka (1911/1947), e Le Sacre du printemps ("A Sagração da Primavera") (1913). A Sagração, cuja estreia provocou um motim, transformou o modo de pensamento dos compositores posteriores acerca da estrutura rítmica, e foi largamente responsável pela reputação duradoura de Stravinski enquanto revolucionário musical, forçando as fronteiras do design musical.
Após esta fase inicial russa, Stravinski virou-se para o neoclassicismo na década de 1920. As obras deste período tendem a utilizar as formas musicais tradicionais (concerto grosso, fuga, sinfonia), frequentemente disfarçadas com um veio de emoção intensa sob uma aparência superficial de distanciamento ou austeridade, muitas vezes prestando tributo à música de mestres anteriores, como J. S. Bach e Tchaikovsky.
Nos anos 1950 adoptou os procedimentos do serialismo, utilizando as novas técnicas ao longo dos seus últimos vinte anos. As composições de Stravinski deste período têm pontos em comum com toda a sua produção anterior: energia rítmica, a construção de ideias melódicas desenvolvidas a partir de algumas células de duas ou três notas, e clareza de forma, instrumentação e expressão vocal.
Também publicou vários livros ao longo de sua carreira, quase sempre com a ajuda de um colaborador, por vezes não nomeado. Na sua autobiografia de 1936, Chronicles of My Life, escrita com a ajuda de Walter Nouvel, Stravinski incluiu a sua famosa declaração de que a "música é, pela sua própria natureza, essencialmente impotente para expressar seja o que for." Com Alexis Roland-Manuel e Pierre Souvtchinsky escreveu as suas Charles Eliot Norton Lectures (Harvard University,1939–40 ), que foram feitas em francês e mais tarde coligidas sob o título Poétique musicale em 1942 (traduzidas para o inglês em 1947 como Poetics of Music). Muitas entrevistas nas quais o compositor conversou com Robert Craft foram publicadas como Conversations with Igor Stravinsky. Colaboraram ainda em mais cinco volumes adicionais durante a década seguinte.
    
Ígor Stravinsky - 1929
 

 


José Calvário morreu há treze anos

(imagem daqui)

José Carlos Calvário (Porto, 1951 - Oeiras, 17 de junho de 2009) foi um maestro português. É considerado um dos melhores orquestradores e arranjadores de Portugal. Foi ainda compositor, destacando-se na autoria da pauta de clássicos da música portuguesa como "E Depois do Adeus" e "Flor Sem Tempo".

 


Tigran Petrosian, o georgiano Campeão do Mundo de Xadrez, nasceu há 93 anos

   
Tigran Vartanovich Petrosian (Tíflis, Geórgia, 17 de junho de 1929 - Moscovo, 13 de agosto de 1984) foi um jogador de xadrez e Campeão do Mundo da modalidade.
Os seus resultados no torneio trienal, que determina o jogador que se bate com o campeão do mundo pelo título da modalidade, demonstram uma sólida evolução: 5º em Zurique em 1953; 3º lugar partilhado em Amesterdão em 1956; 3º na Jugoslávia em 1959; 1º em Curaçao em 1962. Em 1963 derrotou Mikhail Botvinnik com o resultado 12,5 – 9,5 tornando-se campeão do mundo de xadrez.
Petrosian defendeu o seu título em 1966, derrotando Boris Spassky por 12,5 – 11,5. Contudo, em 1969, o mesmo Spassky derrotou-o por 12,5 – 10,5. Em 1968, a Universidade de Yerevan concedeu-lhe um mestrado, tendo Tigran apresentado a tese "Lógica no Xadrez".
Tigran Vartanovich Petrosian foi o único jogador a ganhar um jogo a Bobby Fischer durante os últimos jogos do Torneio de Candidatos de 1971, acabando com a sequência impressionante de Fischer de dezanove vitórias consecutivas (6 ainda nos jogos do agrupamento Interzonal, 6 frente a Mark Taimanov, 6 frente a Larsen e ainda o primeiro jogo do seu match).
O seu nome batiza duas importantes aberturas: a variante de Petrosian da Defesa Índia do Rei e uma jogada na Defesa Índia da Dama.
  

O inferno em Pedrógão Grande começou faz hoje cinco anos...

  
O incêndio florestal de Pedrógão Grande, deflagrou a 17 de junho de 2017 no concelho de Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, em Portugal, tendo alastrado aos concelhos vizinhos de Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Ansião (distrito de Leiria); ao concelho da Sertã (distrito de Castelo Branco); ao concelho de Pampilhosa da Serra (distrito de Coimbra). No mesmo dia deflagrou outro incêndio de grandes proporções no concelho de Góis, distrito de Coimbra, que acabou posteriormente por alastrar aos concelhos de Pampilhosa da Serra e de Arganil. No dia 20 de junho de 2017 uma das frentes de fogo do incêndio de Pedrógão Grande juntou-se ao incêndio de Góis, formando uma área ardida contígua. O desastre é o maior incêndio florestal de sempre em Portugal, o mais mortífero da história do país e o 11.º mais mortífero a nível mundial desde 1900.
O balanço oficial contabilizou 66 mortos (65 civis e 1 bombeiro voluntário de Castanheira de Pera) e 254 feridos (241 civis, 12 bombeiros e 1 militar da Guarda Nacional Republicana), dos quais 7 em estado grave (4 bombeiros, 2 civis e 1 criança). Entre as vítimas mortais, 47 foram encontradas nas estradas do concelho de Pedrógão Grande, tendo 30 morrido nos automóveis e 17 nas suas imediações durante a fuga ao incêndio. Uma outra vítima, morreu na sequência de um atropelamento ao fugir do incêndio. O incêndio também arrasou dezenas de lugares. Curiosamente o número oficial é de 64 mortos. Em termos de prejuízos materiais, foram contabilizadas mais de 500 casas de habitação parcial ou totalmente destruídas pelo fogo. Foram também afetadas 48 empresas com 372 postos de trabalho. A estimativa provisória do montante total de prejuízos ascende a 500 milhões de euros.
No rescaldo do incêndio, a causa apontada pelas autoridades foi trovoada seca que, conjugada com temperaturas muito elevadas (superiores a 40 graus Celsius) e vento muito intenso e variável, fez deflagrar e propagar rapidamente o fogo. No entanto, o presidente da Liga dos Bombeiros, Jaime Marta Soares, acredita que este incêndio não teve origem em causas naturais já que, segundo a perceção de alguns habitantes de Pedrógão Grande, o fogo já estaria ativo duas horas antes da altura em que ocorreu a trovoada seca nesta zona. A Procuradoria-Geral da República confirmou que o Ministério Público estava a investigar as causas do incêndio. Um relatório técnico independente publicado em outubro aponta como causa da ignição o contacto entre a vegetação e uma linha elétrica de média tensão da empresa Energias de Portugal, resultado da falta de limpeza da zona de proteção.
Como resposta à catástrofe, o governo de Portugal decretou três dias de luto nacional, de 18 a 20 de junho de 2017, enquanto várias autoridades internacionais enviaram mensagens de solidariedade.
  

quinta-feira, junho 16, 2022

Say Geronimo...!

 

Geronimo - Sheppard

Can you feel it?
Now it's coming back we can steal it
If we bridge this gap,
I can see you
Through the curtains of the waterfall

When I lost it,
Yeah you held my hand,
But I tossed it,
Didn't understand,
You were waiting,
As I dove into the waterfall

So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!

Can you feel my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away
Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away,
Say Geronimo!

Well we rushed it,
Moving away too fast
That we crushed it,
But it's in the past
We can make this leap,
Through the curtains of the waterfall

So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!

Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away,
Can you feel (my love, my love, my love, my love, my love) my love?
Bombs away,
Bombs away,
Bombs away

Well I'm just a boy,
With a broken toy,
All lost and coy,
(At the curtains of the waterfall)
So it's here I stand,
As a broken man,
But I've found my friend,
At the curtains of the waterfall

Now I'm falling down,
Through the crashing sound
And you've come around,
At the curtains of the waterfall

And you rushed to me,
And it sets us free
So I fall to my knees,
(At the curtains of the waterfall)

So say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!

Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!
Say Geronimo!

Bombs away,
Bombs away,
Bombs away (Say Geronimo!)

Say Geronimo!

Make this leap
Make this leap
Make this leap
Make this leap
Can you feel my love?

Hoje é dia de recordar Gerónimo...

 


Gerónimo (Goyaałé (traduzindo da língua apache, "O Que Boceja"); frequentemente soletrado Goyathlay em inglês), (Bedonkohe, 16 de junho de 1829Fort Sill, 17 de fevereiro de 1909) foi um importante líder indígena da América do Norte, comandando os apaches chiricahua que, durante muitos anos, guerrearam contra a imposição pelos brancos de reservas tribais aos povos indígenas dos Estados Unidos da América .
Gerónimo era guerreiro de Cochise e depois opôs-se-lhe aquando dos acordos com os norte-americanos. Tornou-se o mais famoso dos chamados "índios renegados". Resistiu heroicamente, mas se rendeu ao ter uma visão de um trem passando em suas terras. Foi preso e passou 22 anos prisioneiro, até a data de sua morte.

(...)

Goyaałé (Geronimo) nasceu em Bedonkohe, próximo de Turkey Creek, atual Novo México (EUA), mas na época parte do México.
O pai de Gerónimo era chamado de Tablishim, Juana era o nome da mãe. Ele foi educado de acordo com a tradição apache. Casou com uma mulher Chiricauhua e teve três filhos. Em 5 de março de 1851, uma companhia de 400 soldados de Sonora, liderados pelo Coronel José Maria Carrasco atacou o acampamento de Gerónimo. No ataque foram mortos a esposa de Gerónimo, Alope, os seus filhos e a mãe. O chefe da tribo, Mangas Coloradas, juntou-se à tribo de Cochise, que estava em guerra contra os mexicanos. Foi nessa época que se acredita ter Gerónimo ganho o seu nome, que seria uma referência dos mexicanos a São Jerónimo, depois de ele matar vários soldados com faca numa batalha.
Antes dos mexicanos, os apaches da região de Sonora lutaram contra os espanhóis em defesa de suas terras. Em 1835, o México estabeleceu recompensas pelos escalpes dos apaches. Mangas Coloradas começou a liderar os ataques aos mexicanos, dois anos depois. Na sua luta com ele, Gerónimo agia como um líder militar, sem ser chefe da tribo. Ele casou novamente, com Chee-hash-kish e teve mais dois filhos, Chappo e Dohn-say. Teve uma segunda esposa, Nana-tha-thtith, e teve outro filho. Depois teria mais esposas: Zi-yeh,She-gha, Shtsha-she e Ih-tedda. Algumas foram capturadas, como Ih-tedda, que estava com Gerónimo quando ele se rendeu.
Durante 1858 e 1886 Gerónimo atacou tropas mexicanas e norte-americanos e escapou diversas vezes de ser capturado. No final da sua carreira guerreira, o seu bando contava com apenas 38 homens, mulheres e crianças. O seu bando tinha sido uma das maiores forças de índios renegados, ou seja, aqueles que recusaram os acordos com o Governo Americano. Gerónimo rendeu-se a 4 de setembro de 1886 às tropas do General Nelson A. Miles, em Skeleton Canyon, Arizona, colocando um fim no episódio chamado de Guerras Apache.
Gerónimo e outros guerreiros foram prisioneiros em Fort Pickens, Flórida, e suas famílias enviadas para o Fort Marion. Reuniram-se em 1887, quando foram transferidos para Mount Vernon Barracks, Alabama. Em 1894, mudaram para Fort Sill, Oklahoma. No fim da vida, Gerónimo havia se tornado uma celebridade, aparecendo em eventos populares tais como a Feira Mundial de 1904 em St. Louis, vendendo souvenirs e fotografias dele mesmo. Em 1905 Gerónimo contou a sua história a S. M. Barrett, Superintendente de Educação de Lawton, Oklahoma. Barrett apelou ao Presidente Roosevelt para publicar o livro.
Gerónimo nunca retornou à terra onde nasceu; morreu de pneumonia em Fort Sill, em 1909, e foi enterrado como prisioneiro de guerra.
Nos Estados Unidos os paraquedistas gritam "Gerónimo!" antes de saltar dos aviões.