segunda-feira, maio 30, 2022

Mário Lago morreu há vinte anos...

   
Mário Lago (Rio de Janeiro, 26 de novembro de 1911 - Rio de Janeiro, 30 de maio de 2002) foi um advogado, poeta, radialista, compositor e ator brasileiro.
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50.
  
Biografia
Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito na Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas ideais comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Torcedor do Fluminense, chegou a declarar, na época do 1º descido de divisão do clube, que a virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele afirmava veementemente, que a equipa deveria ter voltado à divisão de elite do Campeonato Brasileiro no campo.

Carreira artística
Começou pela poesia, e teve o seu primeiro poema publicado aos 15 anos. Formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais na década de 30, na então Faculdade de Direito da Universidade do Rio de Janeiro, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), onde iniciou a sua militância política no Centro Acadêmico Cândido de Oliveira, então fortemente influenciado pelo Partido Comunista do Brasil, à época PCB, atual PCdoB. Durante a década de 1930, a então principal Faculdade de Direito da capital da República era um celeiro de arte aliada à política, onde estudaram Lago e seus contemporâneos Carlos Lacerda, Jorge Amado, Lamartine Babo entre outros.
Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e atuando. A sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina, eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
As suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular que "Amélia" tornou-se sinónimo de mulher submissa, resignada e dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator de Rádio, ele atuou na radionovela, especial da Semana Santa, a 27 de março de 1959: A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscovo, para participar da reestruturação do programa Conversando com o Brasil, do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os programas radiofónicos produzidos no Brasil, que Mário mostrou aos soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses" e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da deceção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política.
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cessados pelo regime militar, e perdeu as suas funções na Rádio Nacional.
Em 1989, ligou-se ao Partido dos Trabalhadores e atuou como âncora dos programas eleitorais do então candidato do partido, Luís Inácio Lula da Silva, à presidência da República, em 1998.
Autor dos livros Chico Nunes das Alagoas (1975), Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: Mário Lago: boêmia e política.
No carnaval de 2001, Mário Lago foi tema do desfile da escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz.
Em dezembro de 2001, recebeu uma homenagem especial por sua carreira durante a entrega do Melhores do Ano do Domingão do Faustão, que, no ano seguinte, ganharia o nome de Troféu Mário Lago, sendo anualmente concedido aos grandes nomes da teledramaturgia.
Em janeiro de 2002, o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última entrevista ao Jornal do Brasil, Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".

Morte
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, na sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator. Até o fim de sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a trabalhar na campanha presidencial, apoiando o então candidato Luís Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações culturais de todas as unidades do colégio desde teatro até apresentações dos corais das unidades. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.

 


domingo, maio 29, 2022

Isaac Albéniz nasceu há 162 anos

 

Isaac Albéniz (Camprodón, 29 de maio de 1860 - Cambo-les-Bains, 18 de maio de 1909) foi um compositor, pianista e dramaturgo espanhol.

   


(...)

   

Em março de 1909, quase incapacitado por doença, ele mudou-se, com a sua família, de Nice (onde tinham vivido desde 1903), para Cambo-les-Bains, nos Pirenéus franceses. Lá morreu, no dia 18 de maio de 1909. O seu corpo foi levado para o Barcelona e sepultado no Cemitério de Montjuïc, em Barcelona. Isaac Albéniz é sempre descrito como tendo sido um homem bom e generoso, com senso de humor, um extrovertido que era amado e respeitado por todos.
   

 


Poema para celebrar uma vitória nesta data...

(imagem daqui)
  
    
Sermão da montanha

...................1.


...................Cho Oyo
...................Dhaulagiri
...................Evereste
...................Gasherbrum II
...................Gasherbrum I
...................Lhotse
...................Kangchenjunga
...................Sishma Pangma
...................K 2
...................Makalu
...................Broad Peak
...................Manaslu
...................Nanga Parbat
...................Annapurna
......................
   
2.


Quando chegares ao cimo da montanha
continua a subir
   
  
  
in
O Novíssimo Testamento e outros poemas (2012) - Jorge Sousa Braga

Gary Brooker, vocalista dos Procol Harum, nasceu há 77 anos

     
Gary Brooker (Hackney, East London, 29 May 1945) is an English singer, songwriter,pianist and founder and lead singer of the rock band Procol Harum. He was appointed Member of the Order of the British Empire in the Queen's Birthday Honours on 14 June 2003, in recognition of his charitable services.
        
   

 


Yazalde nasceu há 76 anos

 

Héctor Casimiro Yazalde (Buenos Aires, 29 de maio de 1946 - Buenos Aires, 18 de junho de 1997) foi um jogador de futebol argentino.Vestiu a camisola do Sporting Clube de Portugal onde se sagrou bota de ouro, com 46 golos em 30 jogos.

Yazalde nasceu em 29 de maio de 1946, num bairro pobre de Buenos Aires.
Devido à sua condição social desfavorecida, quando entrou para a escola aos sete anos, não tinha livros. Horácio Aguirre, um bom amigo, era quem lhe emprestava os livros para que pudesse estudar.
Aos 13 anos começou a trabalhar para ajudar no sustento da família. Começou por vender jornais, depois bananas e por último a partir gelo.
Em 1965, quando Yazalde foi assistir ao treino do seu amigo Horácio Aguirre, no Piraña, clube de Buenos Aires, pediu que alguém lhe emprestasse um equipamento para treinar. Na mesma tarde assinou o contrato e recebeu 2.000 pesos argentinos, que era o equivalente ao que recebia num mês, como vendedor ambulante de bananas.
Dois anos passados e transferiu-se para o Independiente de Buenos Aires. Aos 20 anos, sagrou-se pela primeira vez campeão e recebeu o troféu de melhor marcador. Não foi preciso muito tempo para que fosse chamado à selecção Argentina.
Em 1967/1968 revalidou o título de Campeão Nacional da Argentina e com o dinheiro que recebeu comprou um apartamento no centro de Buenos Aires.
Em 1970, surgiram convites do Santos, do Palmeiras, do Valência, do Lyon, do Nacional de Montevidéu e do Boca Juniors, mas quem o convenceu foi o dirigente do Sporting, Abraão Sorin.
Com o dinheiro que recebeu construiu uma vivenda em zona chique, para os pais viverem à sua volta. Na primeira temporada que jogou pelo Sporting, Yazalde não mostrou o seu potencial, mas na temporada de 1973/1974, o popular "Chirola" marcou 46 golos em 30 jogos do campeonato e conquistou a Bota de Ouro europeia.
Yazalde estabeleceu um novo recorde europeu de golos em 19 de maio de 1974, batendo o recorde do húngaro Skoblar. Como prémio recebeu um carro, que vendeu e dividiu o dinheiro com os companheiros de equipa.
Em 1975, transferiu-se para o Marselha, mas não foi feliz. Voltou para a Argentina, onde se tornou empresário de futebol.
Faleceu com 51 anos, em Buenos Aires, vítima de uma cirrose hepática e paragem cardíaca.

Juan Ramón Jiménez morreu há 64 anos...

  
Juan Ramón Jiménez Mantecón (Moguer, 23 de dezembro de 1881 - San Juan, 29 de maio de 1958) foi um poeta espanhol. Pela sua oposição ao regime franquista foi obrigado a exilar-se nos Estados Unidos, no ano de 1936 . Recebeu o Nobel de Literatura de 1956.
A sua obra teria grande influência sobre a poesia de vanguarda espanhola, a chamada geração de 1927, a qual incluía Federico Garcia Lorca e Rafael Alberti.
 

Ainda que mais velho que os poetas de 1927 e pertencente a uma geração anterior de poetas, Jiménez uniu-se aos autores da dita vanguarda espanhola, sendo considerado um mestre de muitos deles, como Jorge Guillén.

Sua obra começa oficialmente em 1908 com influências de Gustavo Adolfo Bécquer, do Simbolismo francês, do Decadentismo de Walter Pater e do Modernismo castelhano de Rubén Darío; sua obra mais popular desta fase, na Espanha, no entanto, é "Platero y yo", de 1914, um livro de poesia em prosa.

A partir de 1916, Jiménez passa por uma mudança na sua produção poética, sofrendo influência de poetas de língua inglesa, como William Blake, Emily Dickinson, Yeats e Shelley, se unindo a um grupo de pensadores e artistas espanhóis que é classificado como "Novecentismo", uma geração pré-vanguardista. Desta fase, o livro mais importante e inovador é "Diario de un poeta recién-casado", de 1916, aquele que na sua obra o aproximaria da vanguarda de língua espanhola. A partir de 1919, com "Piedra y cielo" o poeta passa a explorar o tema da criação poética como atividade, o poema como uma obra de arte e o poeta como um deus-criador de um universo novo, ideias centrais do criacionismo de Vicente Huidobro.

A partir de 1937, o poeta entra em uma nova fase, com seu exílio, na qual se torna místico e passa a buscar por Deus, um período que culmina com a morte de sua esposa, depressão profunda do autor e sua morte, três anos após a morte da esposa.

Encontra-se sepultado no Cemitério de Jesus, Moguer, Andaluzia na Espanha.
     

 
El amor en el mar

El hombre,
con el hombre,
en cuanto que hombre.
Con dedos de mujer, digo:
Teresa, Juan, mostradme el camino.
Porque soy un hombre,
entre hombres,
con más hombres,
y más y más hombres.

Silvia me acompaña.
Y me sigue allá a donde voy.
Porque es un hombre.
Y el hombre, con el hombre,
y con muchos más hombres,
llega a ser hombre.

El hombre.

 

   

Juan Ramón Jiménez

A Batalha de Trancoso foi há 637 anos

 

(imagem daqui)

A Batalha de Trancoso ocorreu provavelmente no dia 29 de maio de 1385, entre forças portuguesas e castelhanas.
No contexto da crise de 1383-1385, ao final da Primavera de 1385, ao mesmo tempo em que D. João I de Castela invadia o país ao Sul, pela fronteira de Elvas, forças castelhanas invadiam a Beira por Almeida, passavam por Trancoso, cujos arrabaldes saquearam, até atingir Viseu, cidade aberta, também na ocasião saqueada e incendiada.
Ao retornarem da incursão com o esbulho, saiu-lhes ao encontro o Alcaide do Castelo de Trancoso, Gonçalo Vasques Coutinho, com as forças do Alcaide do Castelo de Linhares, Martim Vasques da Cunha e as do Alcaide do Castelo de Celorico, João Fernandes Pacheco. Estando os dois primeiros fidalgos desavindos à época, o terceiro promoveu a reconciliação de ambos, e assim concertados, com os respetivos homens de armas e as forças que conseguiram arregimentar, fizeram os arranjos para o combate.
De acordo com estudos que levaram a fixar o feriado municipal em 29 de maio, ocorreu o encontro entre as forças de Castela e as de Portugal, no alto da Capela de São Marcos, em Trancoso. A sorte das armas sorriu aos nacionais, que desse modo recuperaram as posses, alcançando a liberdade dos cativos.
No mês seguinte, uma nova invasão de tropas castelhanas, sob o comando de D. João I de Castela em pessoa, voltou a cruzar a fronteira por Almeida e, de passagem, pelo alto de São Marcos, incendiaram-lhe a Capela em represália. Passando por Celorico, a caminho de Lisboa, essas tropas foram derrotadas na batalha de Aljubarrota.
Reza a lenda local, registada pela historiografia portuguesa seiscentista, que o próprio São Marcos apareceu por milagre como um cavaleiro na batalha, incitando os combatentes portugueses. Como testemunho do feito, teria ficado gravada, na rocha, uma das ferraduras da sua montaria.
  

Danny Elfman - 69 anos

 
Daniel (Danny) Robert Elfman (Los Angeles, California, 29 de maio de 1953) é um cantor e compositor norte-americano de origem alemã, um dos maiores músicos da história dos Estados Unidos. Responsável por diversas bandas musicais do cinema em Hollywood e foi vocalista e líder do grupo pop new wave Oingo Boingo que vendeu milhões no mundo inteiro nos anos 80 e 90.
É casado atualmente com a atriz Bridget Fonda, com quem tem um filho chamado Oliver, nascido em janeiro de 2005. Ele também é pai de duas filhas de um casamento anterior.

 


O Everest foi vencido há 69 anos...

  
O monte Everest (ou Evereste) é a mais alta montanha da Terra. Está localizado na cordilheira do Himalaia, na fronteira entre a República Popular da China (Tibete) e o Nepal. Em nepalês, o pico é chamado de Sagarmatha (rosto do céu), e em tibetano Chomolangma ou Qomolangma (mãe do universo).

Nome e altitude
O Everest foi assim chamado por Sir Andrew Scott Waugh, o governador-geral da Índia colonial britânica, em homenagem a seu predecessor, Sir George Everest.
Radhanath Sikdar, um matemático e topógrafo indiano de Bengala, foi o primeiro a identificar o Everest como a montanha mais alta do globo, de acordo com seus cálculos trigonométricos em 1852. Alguns indianos pensam que o pico deveria ser chamado Sikdar e não Everest.
  
Rotas de escalada
O monte Everest tem duas rotas principais de ascensão, pelo cume sudeste no Nepal e pelo cume nordeste no Tibete, além de mais 13 outras rotas menos utilizadas. Das duas rotas principais a de sudeste é a tecnicamente mais fácil e a mais frequentemente utilizada. Esta foi a rota utilizada por Edmund Hillary e Tenzing Norgay em 1953. Contudo, a escolha por esta rota foi mais por questões políticas do que por planeamento de percurso, quando a fronteira do Tibete foi fechada aos estrangeiros em 1949.
A maioria das tentativas é feita entre abril e maio antes do período das monções porque uma mudança na jet stream nesta época do ano reduz a velocidade média das rajadas de vento. Ainda que algumas vezes sejam feitas tentativas após o período da monções em setembro e outubro, o acumular de neve causado pelas monções torna a escalada ainda mais difícil.
  
A primeira ascensão
Desde 1921, diversas tentativas de escalada foram feitas. Em 8 de junho de 1924, George Mallory e Andrew Irvine, ambos britânicos, fizeram uma tentativa de ascensão da qual jamais retornaram. Não se sabe se atingiram o pico e morreram na descida, ou se não chegaram até ele, já que o corpo de Mallory, encontrado em 1999, estava com objetos pessoais, mas sem a foto da esposa, que ele prometera deixar no pico. A primeira ascensão até o topo foi feita pela expedição anglo-neozelandesa em 1953, dirigida por John Hunt. O pico foi alcançado em 29 de maio desse ano por Edmund Hillary e Tenzing Norgay.
   
  

Música de aniversariante de hoje...!

Bartolomeu Dias morreu há 522 anos

Estátua de Bartolomeu Dias na Cidade do Cabo
    
Bartolomeu Dias (circa 1450 - 29 de maio de 1500) foi um navegador português que ficou célebre por ter sido o primeiro europeu a navegar para além do extremo sul da África, "dobrando" o Cabo da Boa Esperança e chegando ao oceano Índico a partir do Atlântico.
Dele não se conhecem os antepassados, mas mercês e armas a ele outorgadas passaram aos seus descendentes. Seu irmão foi Diogo Dias, também experiente navegador. Há quem o diga descendente de Dinis Dias, escudeiro de D. João I e, que, como navegador, descobrira Cabo Verde em 1445. Ignora-se onde e quando nasceu, no entanto alguns historiadores sustentam ter ele nascido em  Mirandela, em Trás-os-Montes e Alto Douro. Sobre a sua família sabe-se apenas que um parente, Dinis Dias, na década de 1440 terá comandado expedições marítimas ao longo da costa do Norte de África, tendo visitado as ilhas de Cabo Verde.
   
(...)
    
Em 1486, o rei D. João II passou o comando de uma expedição marítima a Bartolomeu Dias. A missão era procurar e estabelecer relações pacíficas com um legendário rei cristão africano, conhecido como Prestes João. Ele tinha ordens também de explorar o litoral africano e encontrar uma rota para as Índias. As duas caravelas de 50 toneladas e uma naveta auxiliar passaram primeiro pela angra dos Ilhéus (atual baía de Spencer) e o cabo das Tormentas. Entraram em seguida num violento temporal. Ficaram treze dias sem controle, enfrentando o vento e as ondas. Quando o mar acalmou, navegaram para leste em busca da costa, mas só encontraram mar.
Decidiram, então, ir para o norte, onde acharam diversos portos. Ao encontrar a foz de um rio, que batizaram de rio do Infante, a tripulação obrigou o capitão a voltar. Era o final de janeiro e início de fevereiro de 1488.
Bartolomeu Dias deu-se conta então que passara pelo extremo sul da África, o cabo que, por conta da tempestade, ele havia chamado de cabo das Tormentas. O rei D. João II viu a novidade com outros olhos e mandou mudar o nome para Boa Esperança. Afinal, uma expedição portuguesa provara que havia um caminho alternativo para o comércio com o Oriente.
A primeira representação cartográfica das zonas exploradas por Bartolomeu Dias é o planisfério de Henricus Martellus. Em 1652, o mercador holandês Jan van Riebeeck fundaria um posto comercial na região que, mais tarde, se tornaria a Cidade do Cabo.
Bartolomeu Dias voltou ao mar em 1500, ao comando de um dos navios da frota de Pedro Álvares Cabral. Depois de passar pelas costas brasileiras, a caminho da Índia, Bartolomeu Dias morreu quando a sua caravela naufragou, ironicamente, no cabo da Boa Esperança. 
  
  
Lado este do Padrão dos Descobrimentos – detalhe mostrando Estêvão da Gama (extrema esquerda) e António de Abreu (extrema direita), Bartolomeu Dias (centro esquerda) e Diogo Cão (centro direita) levantando um padrão
  
  
Bartolomeu Dias

Eu não cheguei ao fim.
Dobrei o Cabo, mas havia em mim
Um herói sem remate.
Quando os loiros da fama me sorriam,
Aceitei o debate
Do meu destino de predestinado
Com singelos destinos que teriam
Um futuro apagado,
Fosse qual fosse a glória prometida.
E sempre que uma nau enfrenta o mar e o teme,
E regressa vencida,
Sou eu que venho ao leme
Com a Índia perdida.
 
   
in
Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Zé Diogo Quintela - 45 anos

   
Zé Diogo Quintela (José Diogo de Carvalho Quintela, Lisboa, 29 de maio de 1977) é um humorista e argumentista português, membro do coletivo humorístico Gato Fedorento.
  
Carreira
José Diogo Quintela estudou nos Salesianos e no Liceu Pedro Nunes em Lisboa, tendo sempre sido um excelente aluno. O último ano do secundário fê-lo nos Estados Unidos através de um programa de intercâmbio de estudantes. Frequentou o curso de Comunicação Social no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) da Universidade Técnica de Lisboa, não concluindo a licenciatura.
Quintela participou como argumentista e ator dando vida a vários personagens em todos os DVD e sketches lançados pela equipa do Gato Fedorento.
Ainda na sua colaboração com as Produções Fictícias desde 2000, onde foi autor, escreveu entre outros textos para o Programa da Maria (SIC), Herman Difusão Portuguesa (na RDP) e Três é uma Multidão (peça de teatro). Co-autor também de diversos textos do programa Herman SIC (SIC) e das Crónicas da D. Bitória.
Em 2006, Quintela emprestou a sua imagem à conhecida bebida portuguesa Licor Beirão, recriando a personagem "Fernando" (dos Gato Fedorento), conhecida por "educar" quem padece de desvios comportamentais.
A política e o futebol são dois dos pontos que diferenciam Quintela (que é de direita liberal e adepto do Sporting Clube de Portugal) dos restantes três elementos do Gato Fedorento (de tendência política mais à esquerda e adeptos de um clube de um bairro de Lisboa), contudo estas diferenças não chegam para lhes eliminar a cumplicidade existente.
Em março de 2010 publicou o seu primeiro livro, "Falar é Fácil", constituído por crónicas feitas para o Jornal Público.
  

Saudades de Max...

Melanie B - 47 anos

   
Melanie Brown, também conhecida como Melanie B, (Leeds, 29 de maio de 1975) é uma cantora, compositora e atriz britânica, mais conhecida por ter sido parte das Spice Girls.
          

 


A Tragédia de Heysel foi há 37 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
          
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
      

Música adequada à data...

 

Alfonsina y el mar - Zizi Possi e Ivan Lins

(Félix Luna - Ariel Ramírez)
   
  

Por la blanda arena que lame el mar
su pequeña huella no vuelve más,
un sendero solo de pena y silencio llegó
hasta el agua profunda.
Un sendero solo de penas mudas llegó
hasta la espuma.

Sabe Dios qué angustia te acompañó
qué dolores viejos, calló tu voz
para recostarte arrullada en el canto
de las caracolas marinas.
La canción que canta en el fondo oscuro del mar
la caracola.

Te vas Alfonsina con tu soledad,
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
y te vas hacia allá como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

Cinco sirenitas te llevarán
por caminos de algas y de coral
y fosforescentes caballos marinos harán
una ronda a tu lado.
Y los habitantes del agua van a jugar
pronto a tu lado.

Bájame la lámpara un poco más,
déjame que duerma nodriza en paz
y si llama él no le digas que estoy
dile que Alfonsina no vuelve.
Y si llama él no le digas nunca que estoy,
di que me he ido.

Te vas Alfonsina con tu soledad,
¿qué poemas nuevos fuiste a buscar?
Una voz antigua de viento y de sal
te requiebra el alma y la está llevando
y te vas hacia allá como en sueños,
dormida, Alfonsina, vestida de mar.

Bob Hope nasceu há 119 anos

     
Bob Hope, nome artístico de Leslie Townes Hope (Londres, 29 de maio de 1903 - Los Angeles, 27 de julho de 2003), foi um comediante norte-americano, nascido na Inglaterra. Criado nos Estados Unidos, formou na década de 40, ao lado do cantor e ator Bing Crosby, uma das mais famosas e influentes duplas cómicas do cinema.
Embora nunca tenha ganho um Óscar pelas uma das suas representações no cinema, o comediante recebeu dois Óscares honorários pelas suas contribuições para o cinema. Foi durante vários anos o apresentador da festa de entrega desse prémio.
Faleceu aos 100 anos de idade, de pneumonia. Foi sepultado no Bob Hope Memorial Garden, San Fernando Mission Cemetery, Los Angeles, nos Estados Unidos.
 

Mily Balakirev morreu há 112 anos

       
Mily Alexeyevich Balakirev (Nizhny Novgorod, 2 de janeiro de 1837São Petersburgo, 29 de maio de 1910 - ou 21 de dezembro de 1836 e 16 de maio de 1910, respetivamente, no calendário juliano, então em vigor na Rússia) foi um compositor russo, atualmente mais conhecido por fazer parte e liderar o Grupo dos Cinco, um grupo nacionalista de músicos russos, do qual faziam parte, além de Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky, Aleksandr Borodin e Nikolai Rimsky-Korsakov.
A maior parte de sua obra é composta por canções, tanto eruditas quanto populares. Balakirev escreveu também duas sinfonias, dois poemas sinfónicos, quatro aberturas e diversas peças para piano, entre as quais figura Islamey: Fantasia oriental, a sua obra mais conhecida, principalmente entre pianistas, devido a sua complexidade e imensa dificuldade.
    

 


John Fitzgerald Kennedy nasceu há 105 anos

John F. Kennedy com a esposa e filhos, John Jr. e Caroline (1962)
   
John Fitzgerald Kennedy (Brookline, 29 de maio de 1917 - Dallas, 22 de novembro de 1963) foi um político dos Estados Unidos da América que foi  seu 35° presidente (1961–1963) e é considerado uma das grandes personalidades do século XX. Ele era conhecido como John F. Kennedy ou Jack Kennedy pelos seus amigos e popularmente como JFK.
Eleito em 1960, Kennedy tornou-se o segundo mais jovem presidente do seu país, depois de Theodore Roosevelt. Ele foi Presidente de 1961 até ao seu assassinato, em 1963. Durante o seu governo ocorreu a Invasão da Baía dos Porcos, a Crise dos mísseis de Cuba, a construção do Muro de Berlim, o início da corrida espacial, a consolidação do Movimento dos Direitos Civis nos Estados Unidos e os primeiros eventos da Guerra do Vietname.
Durante a Segunda Guerra Mundial ficou conhecido pela sua liderança como o comandante do barco PT-109 no Pacífico Sul. Ao realizar um reconhecimento, o seu barco foi atingido por um destróier japonês, que partiu o barco em dois e causou uma explosão. A sua tripulação conseguiu nadar até uma ilha e sobreviver até serem resgatados. Essa façanha proporcionou-lhe popularidade e começou assim a sua carreira política. Kennedy representou o Estado de Massachusetts como um membro da Câmara dos Deputados, a partir de 1947 e até 1953, e depois, como Senador, de 1953 até que se tornou presidente em 1961. Com 43 anos de idade, foi o candidato presidencial do Partido Democrata nas eleições de 1960, derrotando o republicano Richard Nixon numa das eleições mais disputadas da história presidencial do país. Kennedy foi a última pessoa a ser eleita Presidente enquanto ainda exercia um mandato como Senador, até à eleição de Barack Obama em 2008. Também foi o único católico a ser eleito presidente dos Estados Unidos até ao atual Presidente. Até àquela data, era o único nascido durante a Primeira Guerra Mundial e também o primeiro nascido no século XX.
   
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Assassinato
Durante uma visita política à cidade de Dallas, no estado americano do Texas, para iniciar a sua campanha para a reeleição, o Presidente Kennedy, enquanto desfilava pelas ruas da cidade num carro aberto, foi atingido por dois disparos, às 12.30 horas do dia 22 de novembro de 1963. Ele foi declarado morto meia hora depois.
Lee Harvey Oswald, o suposto assassino, foi preso num teatro, cerca de 80 minutos após o tiroteio. Oswald foi inicialmente acusado do assassinato de um polícia de Dallas, JD Tippit, antes de ser acusado do assassinato do presidente. Oswald disse que não tinha matado ninguém, alegando que ele era um chamariz. Mais tarde, ele também seria assassinado.
Em 29 de novembro, o novo Presidente, Lyndon B. Johnson, criou a Comissão Warren que foi presidida pelo Chefe de Justiça Earl Warren para investigar o assassinato. A comissão concluiu que Oswald agiu sozinho, mas as suas conclusões ainda estão em debate, tanto a nível académico quanto à nível popular, com boa parte do povo americano acreditando que a morte do Presidente envolveu uma grande conspiração.
O presidente Kennedy morreu assassinado em 22 de novembro de 1963, em Dallas, Texas. O ex-fuzileiro naval Lee Harvey Oswald foi preso e acusado do assassinato, mas foi morto dois dias depois, por Jack Ruby e por isso não foi julgado. A Comissão Warren concluiu que Oswald agiu sozinho no assassinato. No entanto, o Comitê da Câmara sobre Assassinatos descobriu em 1979 que talvez tenha havido uma conspiração em torno do acontecido. Este tópico foi debatido e há muitas teorias sobre o assassinato, visto que o crime foi um momento importante na história dos Estados Unidos devido ao seu impacto traumático na psique coletiva da nação americana.
Muitos viram em Kennedy um ícone das esperanças e aspirações americanas, e em algumas pesquisas no país ele ainda é valorizado como um dos melhores presidentes da história da nação.

John F. Kennedy, Jr. faz continência ao caixão do pai, enquanto Jacqueline Kennedy dá a mão à filha Caroline Kennedy
   
Após o assassinato de Kennedy, o seu corpo foi transferido para Washington, D.C., especificamente para a Ala Leste da Casa Branca, onde permaneceu até ao domingo seguinte. Nesse dia, 24 de novembro, o caixão foi levado, numa carruagem puxada por cavalos, da Casa Branca ao Capitólio e foi velado em público. Na segunda-feira, 25 de novembro, foi realizado o funeral de Estado, com a participação de mais de 90 representantes de vários países. Um dia após o assassinato, o novo Presidente Johnson declarou segunda-feira como um dia nacional de luto. Na parte da manhã houve uma missa na Catedral de St. Matthew, em Washington, e depois o corpo foi enterrado no Cemitério Nacional de Arlington com todas as honras. 
  
  

O eclipse que comprovou a Teoria da Relatividade foi há 103 anos

Foto do relatório de Arthur Stanley Eddington sobre a expedição à Ilha do Príncipe
      
Um eclipse solar total de relevância histórica ocorreu em 29 de maio de 1919. Com uma duração máxima de 6 minutos e 51 segundos, foi um dos mais longos eclipses solares do Século XX. Foi visível na maior parte da América do Sul e África na forma de um eclipse parcial. Foi o eclipse número 32 da Série 136 e teve magnitude de 1.0719.
Em princípio mais um mero eclipse que em pouco iria diferir de outros, o Eclipse solar de 29 de maio de 1919 acabou por se tornar um dos mais famosos, não por sua duração acima da média, mas sim em virtude dos resultados científicos obtidos a partir da observação desse fenómeno. Graças a fotografias tiradas durante o evento, foi possível estabelecer uma das primeiras constatações experimentais da veracidade da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein.
Em virtude do contexto histórico, o evento foi observado com muita expectativa e precisão por várias equipas ligadas à Royal Astronomical Society. Uma delas, sob a direção de Andrew Crommelin, observou-o de Sobral, no Ceará; outra, chefiada por Arthur Eddington, dirigiu-se para a Ilha do Príncipe, localizada na costa atlântica da África. Esses locais foram escolhidos pelas equipas pois em princípio iriam oferecer as melhores condições para a observação do fenómeno.
A equipe que se dirigiu à Ilha do Príncipe teve os seus trabalhos prejudicados devido ao mau tempo. No momento do eclipse o céu estava nublado, e com isso, apenas uma das várias fotografias tiradas apresentou imagem de estrelas com valor científico. A equipe liderada por Crommelin em Sobral contou com sorte bem maior, e as suas imagens do fenómeno foram fundamentais para corroborar os resultados já satisfatórios previamente oriundos da fotografia tirada por Eddington. Em Sobral, a tempestade lavara a atmosfera e esta dissipara-se por completo a tempo, permitindo excelentes fotografias do eclipse.
As equipas fotografaram estrelas cujos raios luminosos que atingiam a Terra passaram bem próximos do Sol, e confirmaram a predição feita por Albert Einstein: analisados os negativos das fotografias, foi possível concluir que as estrelas não ocupavam as suas posições habituais então esperadas no firmamento, encontrando-se nas fotografias ligeiramente deslocadas, em valores que, frente à precisão experimental, eram em muito compatíveis com os previstos pelos cálculos baseados na teoria da relatividade. A partir desses resultados, os pesquisadores deduziram que os raios luminosos oriundos dessas estrelas realmente sofreram desvios das esperadas trajetórias retilíneas; sendo por tal a luz realmente influenciada pela presença de um campo gravitacional, o do Sol no caso.
O sucesso oriundo dessas observações causou a aceitação da teoria da relatividade geral pela comunidade científica internacional e fez de Albert Einstein definitivamente uma celebridade mundial. Igualmente, inseriu o referido eclipse e as respetivas localidades de forma espera-se que definitiva nos anais da história da ciência.