Fernando Tordo começou a cantar aos 16 anos, passou pelos Deltons e pelos
Sheiks, em 1968, na sua parte final, onde substituiu
Carlos Mendes.
Participou no
Festival RTP da Canção de 1969 onde interpretou o tema "Cantiga". Nesse mesmo festival conheceu o poeta Ary dos Santos. Foi um dos vencedores do
Prémio Casa da Imprensa como cançonetista e compositor ("pela riqueza harmónica, melódica e rítmica dos trabalhos gravados em disco").
Regressa ao
Festival RTP da Canção, em 1972, com "Dentro da Manhã" da autoria de
Yvette Centeno e
José Luis Tinoco. Nesse ano é editado o seu primeiro álbum, "Tocata", com arranjos e direcção de Orquestra de Dennis Farnon. Inclui os temas "Tocata", "Dentro da Manhã", "Canto No Deserto", "Virgens Que Passais", "Canto Franciscano", "Cavalo À Solta", "Amor Vivo", "Aconteceu Na Primavera", "Vou Inventar Uma Flor", "Sangue Das Palavras" e "Tocata".
Passa a gravar para a editora
Tecla. Lança o single "Eu Não Vou Nisso"/"Invenção do Amor". Em 1973 vence o
Festival RTP da Canção com a canção "Tourada".
"Portugal Ressuscitado", de
Ary dos Santos e Fernando Tordo, (o célebre "Agora/ o povo unido/ nunca mais será vencido") é gravado logo a seguir ao 25 de Abril.
Vence o Prémio Casa da Imprensa de 1974 por "O Emprego"/"A Língua Portuguesa", com música e interpretação de Fernando Tordo, textos de
José Carlos Ary dos Santos, orquestração de Pedro Osório e José Calvário: «O Melhor Disco Simples», pela popularidade e «as canções oriundas de um contexto especificamente português - o teatro de revista ("Uma No Cravo Outra Na Ditadura" de
Sérgio de Azevedo)
Em 1975 é um dos fundadores, juntamente com outros autores, entre os quais Paulo de Carvalho e Carlos Mendes, a primeira editora discográfica independente, "
Toma Lá Disco". O primeiro disco é o álbum "Feito Cá Para Nós".
Em 1980 lança o disco "Cantigas Cruzadas", o último disco com
Ary dos Santos. O afastamento de
Ary dos Santos, marca uma nova etapa na sua carreira, passando também a ser autor dos poemas.
Em 1983 editou o disco "
Adeus Tristeza". É distinguido com o prémio para o melhor LP de música ligeira.
Reside nos
Açores entre os anos 1982 e 1986. Em 1984 lança o disco "Anticiclone" com orquestrações de
François Rauber (antigo colaborador de Jacques Brel) que volta a colaborar no disco "A Ilha do Canto" de 1986.
Em 1988 foi um dos vencedores do Prémio
Figueira da Foz, instituídos no âmbito do
Prémio Nacional da Música, destinado a financiar diversos projectos discográficos. O prémio permitiu pagar a edição de "Menino Ary dos Santos", um disco com 9 dos 27 poemas do livro "Asas" escrito por
José Carlos Ary dos Santos com 15 anos de idade, numa pequena edição de 1000 exemplares, e que Fernando Tordo só conheceu, já no
Faial, em 1984.
Fernando Tordo,
Carlos Mendes e
Paulo de Carvalho, sob a direcção de
Pedro Osório, prepararam uma série de quatro espectáculos para serem apresentados no
Casino do Estoril. O espectáculo apresentava uma mistura de meia centena de sucessos antigos, temas mais recentes e algumas canções inéditas. O espectáculo foi gravado num duplo álbum que, em 1990, chegou a disco de platina.
Cria, escreve e apresenta em 1993 na SIC o programa “Falas tu ou falo eu”. No ano seguinte grava o CD “Só Ficou o Amor Por Ti”, nos famosos estúdios de Abbey Road (Londres).
Em 1995 lança o disco "Lisboa de Feira", também gravado em
Londres.
Entre maio e junho de 1997 grava, em Barcelona, o disco "Peninsular" com direcção e arranjos do pianista Josep Mas "Kitflus".
Produz e apresenta durante 27 dias consecutivos, no Teatro Nacional D. Maria II, o espectáculo "O calendário". O disco "Calendário" é distribuído com o
Diário de Notícias. Cada mês do calendário é acompanhado por pinturas de
José Manuel Castanheira. Venceu o Prémio Casa da Imprensa em 1997.
Em 1999 apresenta o programa "Clube Tordo" na CNL. Desloca-se a Timor-Leste em novembro de 1999 com
Jorge Palma e
Rui Pinto de Almeida. Desta parceria, resultou uma série documental de três episódios, intitulada "Timor-Leste, a Paz e a Língua Portuguesa". Foi exibida no CNL e posteriormente na RTPi.
A convite do Instituto Camões, o artista apresentou este trabalho em Timor, em 2002, acompanhado pelo maestro João Balula Cid e seus músicos, com quem trabalha desde 2000.
Em março de 2002 é editado "E No Entanto Ela Move-se", gravado em Barcelona, que inclui temas dedicados aos filmes "Cinema Paraíso" e "O carteiro de Pablo Neruda" e ainda homenagens a
George Harrison ("Preciso De Ti") e ao povo de
Timor-Leste ("O Timorense"). O disco teve distribuição da editora Universal. As letras datam quase todas do ano 2000 (com excepção de «O Timorense», escrita em Timor em dezembro de 1999). As músicas foram todas compostas em 2001, entre Janeiro e Novembro.
O seu livro "Fantásticas, Fingidas e Mentirosas", cujo título é retirado de uma estrofe d’
Os Lusíadas, é editado em novembro de 2003. O seu primeiro romance foi editado pela editora
Sporpress.
"Tributo a los laureados Nobel", um disco em que música alguns dos poemas dos escritores laureados com o máximo galardão das artes e ciências, é editado em 2006 pela Factoria Autor.
Em 2008 lança o livro "Se Não Souberes Copia" e realiza uma digressão nacional com a Stardust Orchestra.