O Curso de Geologia de 85/90 da Universidade de Coimbra escolheu o nome de Geopedrados quando participou na Queima das Fitas.
Ficou a designação, ficaram muitas pessoas com e sobre a capa intemporal deste nome, agora com oportunidade de partilhar as suas ideias, informações e materiais sobre Geologia, Paleontologia, Mineralogia, Vulcanologia/Sismologia, Ambiente, Energia, Biologia, Astronomia, Ensino, Fotografia, Humor, Música, Cultura, Coimbra e AAC, para fins de ensino e educação.
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles
(então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de
enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Pára-me de repente o Pensamento ... - Como que de repente refreado Na Douda Correria em que levado ... - Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento Como pára... um Cavalo Alucinado Ante um Abismo... ante seus pés rasgado... Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria Um olhar d'Aço que na Noute explora...
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles
(então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de
enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Pára-me de repente o Pensamento ... - Como que de repente refreado Na Douda Correria em que levado ... - Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento Como pára... um Cavalo Alucinado Ante um Abismo... ante seus pés rasgado... Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria Um olhar d'Aço que na Noute explora...
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50.
Biografia
Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito na Universidade do Brasil, em 1933, tendo-se nesta época tornado marxista. A opção pelas ideais comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Torcedor do Fluminense,
chegou a declarar, na época do 1º descido de divisão do clube, que a
virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude
vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele
afirmava veementemente, que a equipa deveria ter voltado à divisão de
elite do Campeonato Brasileiro no campo.
Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns
meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e
atuando. A sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina,
eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
As suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular
que "Amélia" tornou-se sinónimo de mulher submissa, resignada e
dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator de Rádio, ele atuou na radionovela, especial da Semana Santa, a 27 de março de 1959: A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscovo, para participar da reestruturação do programa Conversando com o Brasil,
do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os
programas radiofónicos produzidos no Brasil, que Mário mostrou aos
soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses"
e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética
também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural
sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da deceção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política.
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cessados pelo regime militar, e perdeu as suas funções na Rádio Nacional.
Autor dos livros Chico Nunes das Alagoas (1975), Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: Mário Lago: boêmia e política.
Em janeiro de 2002,
o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para
lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última
entrevista ao Jornal do Brasil,
Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava
certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o
tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morte
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, na sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano
onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator. Até o fim de
sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a
trabalhar na campanha presidencial, apoiando o então candidato Luís
Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II
da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro
do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações
culturais de todas as unidades do colégio desde teatro até
apresentações dos corais das unidades. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Il retrouve l'année suivante, en 1996, une partie des Chihuahuas pour l'album Frères Misère. Les rythmes sont parfois proches du punk
et les textes abordent des thèmes plus engagés que pour les
précédents albums solos. Peu médiatisé, cet album ne rencontrera pas
de succès immédiat.
En plus de sa carrière de chanteur, Mano Solo développe d'autres
talents. Il dessine et peint, notamment les pochettes de ses albums. Il
écrit aussi et, avec l'argent gagné grâce à la musique, il monte sa
propre société d'édition (La Marmaille nue) et publie deux ouvrages. En
1995, un recueil de poèmes, Je suis là, et en 1996, un roman, Joseph sous la pluie (épuisé). Ces deux ouvrages sont rassemblés dans un livre, Joseph sous la pluie, roman, poèmes et dessins, publié par Le Seuil en janvier 2012 et augmenté de textes et de dessins inédits. Enfin, il jouera le rôle du roi dans Sodomites, un court métrage de Gaspar Noé sorti en 1998.
En 1997 sort un nouvel album solo: Je sais pas trop (disque d'or) enregistré en live, aux mélodies et aux sonorités une nouvelle fois originales.
Deux ans plus tard, Mano Solo enregistre le double album Internationale Shalala
en live au Tourtour, un petit théâtre où il se produit régulièrement
depuis ses débuts. Il joue seul à la guitare, accompagné (à la guitare
également) par Jean-Louis Solans. Les morceaux sont extraits des
précédents albums solos, à l'exception du Shalala, un hymne de
«révolution intérieure» que l'artiste chante avec son public à la fin
de chaque concert. Son message est positif et dynamique.
Son deuxième album live, intitulé La Marche, sort en 2002, il reprend en grande partie des morceaux de l'album Dehors, sorti entre-temps (en août 2000). Le concert est enregistré à la Coopérative de Mai à Clermont-Ferrand et à La Halle aux Grains à Toulouse.
L'album est accompagné d'un DVD où l'artiste fait figurer, aux côtés
de photos et d'extraits de concerts, des animations en images de
synthèses sorties de sa propre imagination. Depuis 2001, Mano Solo s'intéresse de près à Internet,
il crée et développe son propre site autour de ses centres d'intérêts
politiques, sociaux et artistiques, encourageant ses visiteurs à être
eux-mêmes créatifs.
En 2004 sort Les Animals.
Comme dans chaque album, le son est nouveau et les textes dégagent
toujours la même énergie servie par un langage maîtrisé d'une grande
poésie. Certains titres sont de nouveaux enregistrements d'anciennes
chansons. Y figure également le titre Botzaris, enregistré avec Les Têtes Raides.
En 2004 il fait également deux apparitions sur l'album Dans le caillou de Karpatt dans les chansons Jeux Olympiques et Léon.
En 2006, Mano Solo ne renouvelle pas son contrat avec Warner, sa maison de disques. Il s'autoproduit avec un nouvel album, In The Garden,
sorti en mars 2007. Il propose aux internautes de l'aider dans son
autoproduction par une souscription destinée à payer les frais de
promotion une fois l'album réalisé. Ce que personne ne voudra comprendre
et la presse relayera partout qu'il compte sur son public pour
financer l'album, alors qu'il a emprunté à sa banque, mettant sa maison
en garantie, 130 000 euros avec lesquels il payera la production et
la fabrication du disque. La souscription sera lancée le 18 septembre.
Tous les mois, le souscripteur a accès à de nouveaux contenus
(chansons ou films) et à la sortie, il reçoit l'album. L'argent
récolté sera utilisé pour la promotion de l'album. Par cette démarche,
l'artiste souhaite se démarquer de l'industrie classique tout en
montrant que la production artistique a un coût.
Par cette expérience et le peu de souscripteurs Internet (2 800),
Mano Solo essaye de démontrer que s'il peut s'autoproduire
aujourd'hui c'est uniquement sur un nom et une carrière déjà établie.
Ce n'est pas à un artiste débutant qu'une banque prêterait une somme
pareille. Les 35 000 exemplaires d'In The Garden vendus dans les bacs rembourseront la banque, sans offrir à l'artiste le moyen de produire l'album suivant.
Dans une interview au quotidien belge Le Soir en avril 2008, Mano Solo explique:
«L'autoproduction, ça ne peut pas marcher. J'en ai vendu 2 800 par
souscription et le distributeur du CD n'a pas fait son boulot. Je suis
la preuve vivante qu'on ne peut pas se passer des majors. J'en ai marre
de ces médias qui n'arrêtent pas de cracher sur elles. Sans Warner,
Mano Solo n'existerait pas. Ces firmes, ce ne sont pas des mécènes,
elles sont là pour se faire du blé. C'est normal que ces gens te
jettent si tu n'es plus compétent à leurs yeux. Pourquoi devraient-ils
garder ceux qui ne vendent plus ? Ceux qui ne rencontrent pas leur
public doivent dégager, c'est tout. Il y en a marre de ces
considérations. La presse est complice de ça. Il faut arrêter de se
leurrer : oui, le piratage nuit à la diversité et Myspace, c'est
pathétique, ça fait peur, ce n'est pas là qu'on trouve l'avant-garde.
Et personne en France n'a été révélé grâce à ça. Le MP3, ce n'est pas
faire la révolution, c'est fabriquer des chômeurs.»
Mano Solo reste avant tout un artiste très engagé. En mars 2006, il organise avec le « Collectif Je Suis Là » un concert au Bataclan dont les fonds ont été reversés à l'association Fazasoma qui vient en aide à la population malgache. Il anime également, depuis janvier 2007, une émission de radio sur Aligre FM (93.1), Le Clou de la Soirée,
tous les derniers samedis du mois, de minuit à pas d'heure, où il
donne la parole à ceux qui ne l'ont pas. Sans parler de ses nombreuses
apparitions dans des rassemblements visant à rétablir l'égalité.
Il a remporté trois disques d'or.
À partir du 1eroctobre2007, Mano Solo anime une autre émission radio, Smoke City, au détriment du Clou de la Soirée,
toujours sur Aligre FM, les lundis de 18h30 à 19h30. Il y accueille
le monde associatif et militant, des lanceurs d'alerte, dans une
émission partisane et débridée. Beaucoup d'artistes vinrent aussi
jouer en direct. L'émission du 7 juin 2008 a fait l'objet d'une
captation vidéo dont les images constituent le documentaire De babord à tri. Smoke City s'arrête en janvier 2009.
Un nouvel album est sorti le 28 septembre2009, Rentrer au port, en licence chez Wagram.
Mano Solo est mort le 10janvier2010 à l'âge de 46 ans, des suites de plusieurs anévrismes. Il avait été hospitalisé après son dernier concert à Paris le 12novembre2009.
Il repose désormais au cimetière parisien du Père-Lachaise (10e division).
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles
(então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de
enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Pára-me de repente o Pensamento ... - Como que de repente refreado Na Douda Correria em que levado ... - Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento Como pára... um Cavalo Alucinado Ante um Abismo... ante seus pés rasgado... Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria Um olhar d'Aço que na Noute explora...
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles
(então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de
enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Pára-me de repente o Pensamento ... - Como que de repente refreado Na Douda Correria em que levado ... - Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento Como pára... um Cavalo Alucinado Ante um Abismo... ante seus pés rasgado... Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria Um olhar d'Aço que na Noute explora...
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50.
Biografia
Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito na Universidade do Brasil, em 1933, tendo-se nesta época tornado marxista. A opção pelas ideais comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Torcedor do Fluminense,
chegou a declarar, na época do 1º descido de divisão do clube, que a
virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude
vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele
afirmava veementemente, que a equipa deveria ter voltado à divisão de
elite do Campeonato Brasileiro no campo.
Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns
meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e
atuando. A sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina,
eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
As suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular
que "Amélia" tornou-se sinónimo de mulher submissa, resignada e
dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator de Rádio, ele atuou na radionovela, especial da Semana Santa, a 27 de março de 1959: A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscovo, para participar da reestruturação do programa Conversando com o Brasil,
do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os
programas radiofónicos produzidos no Brasil, que Mário mostrou aos
soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses"
e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética
também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural
sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da deceção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política.
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cessados pelo regime militar, e perdeu as suas funções na Rádio Nacional.
Autor dos livros Chico Nunes das Alagoas (1975), Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: Mário Lago: boêmia e política.
Em janeiro de 2002,
o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para
lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última
entrevista ao Jornal do Brasil,
Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava
certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o
tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morte
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, na sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano
onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator. Até o fim de
sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a
trabalhar na campanha presidencial, apoiando o então candidato Luís
Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II
da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro
do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações
culturais de todas as unidades do colégio desde teatro até
apresentações dos corais das unidades. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.
Il retrouve l'année suivante, en 1996, une partie des Chihuahuas pour l'album Frères Misère. Les rythmes sont parfois proches du punk
et les textes abordent des thèmes plus engagés que pour les
précédents albums solos. Peu médiatisé, cet album ne rencontrera pas
de succès immédiat.
En plus de sa carrière de chanteur, Mano Solo développe d'autres
talents. Il dessine et peint, notamment les pochettes de ses albums. Il
écrit aussi et, avec l'argent gagné grâce à la musique, il monte sa
propre société d'édition (La Marmaille nue) et publie deux ouvrages. En
1995, un recueil de poèmes, Je suis là, et en 1996, un roman, Joseph sous la pluie (épuisé). Ces deux ouvrages sont rassemblés dans un livre, Joseph sous la pluie, roman, poèmes et dessins, publié par Le Seuil en janvier 2012 et augmenté de textes et de dessins inédits. Enfin, il jouera le rôle du roi dans Sodomites, un court métrage de Gaspar Noé sorti en 1998.
En 1997 sort un nouvel album solo: Je sais pas trop (disque d'or) enregistré en live, aux mélodies et aux sonorités une nouvelle fois originales.
Deux ans plus tard, Mano Solo enregistre le double album Internationale Shalala
en live au Tourtour, un petit théâtre où il se produit régulièrement
depuis ses débuts. Il joue seul à la guitare, accompagné (à la guitare
également) par Jean-Louis Solans. Les morceaux sont extraits des
précédents albums solos, à l'exception du Shalala, un hymne de
«révolution intérieure» que l'artiste chante avec son public à la fin
de chaque concert. Son message est positif et dynamique.
Son deuxième album live, intitulé La Marche, sort en 2002, il reprend en grande partie des morceaux de l'album Dehors, sorti entre-temps (en août 2000). Le concert est enregistré à la Coopérative de Mai à Clermont-Ferrand et à La Halle aux Grains à Toulouse.
L'album est accompagné d'un DVD où l'artiste fait figurer, aux côtés
de photos et d'extraits de concerts, des animations en images de
synthèses sorties de sa propre imagination. Depuis 2001, Mano Solo s'intéresse de près à Internet,
il crée et développe son propre site autour de ses centres d'intérêts
politiques, sociaux et artistiques, encourageant ses visiteurs à être
eux-mêmes créatifs.
En 2004 sort Les Animals.
Comme dans chaque album, le son est nouveau et les textes dégagent
toujours la même énergie servie par un langage maîtrisé d'une grande
poésie. Certains titres sont de nouveaux enregistrements d'anciennes
chansons. Y figure également le titre Botzaris, enregistré avec Les Têtes Raides.
En 2004 il fait également deux apparitions sur l'album Dans le caillou de Karpatt dans les chansons Jeux Olympiques et Léon.
En 2006, Mano Solo ne renouvelle pas son contrat avec Warner, sa maison de disques. Il s'autoproduit avec un nouvel album, In The Garden,
sorti en mars 2007. Il propose aux internautes de l'aider dans son
autoproduction par une souscription destinée à payer les frais de
promotion une fois l'album réalisé. Ce que personne ne voudra comprendre
et la presse relayera partout qu'il compte sur son public pour
financer l'album, alors qu'il a emprunté à sa banque, mettant sa maison
en garantie, 130 000 euros avec lesquels il payera la production et
la fabrication du disque. La souscription sera lancée le 18 septembre.
Tous les mois, le souscripteur a accès à de nouveaux contenus
(chansons ou films) et à la sortie, il reçoit l'album. L'argent
récolté sera utilisé pour la promotion de l'album. Par cette démarche,
l'artiste souhaite se démarquer de l'industrie classique tout en
montrant que la production artistique a un coût.
Par cette expérience et le peu de souscripteurs Internet (2 800),
Mano Solo essaye de démontrer que s'il peut s'autoproduire
aujourd'hui c'est uniquement sur un nom et une carrière déjà établie.
Ce n'est pas à un artiste débutant qu'une banque prêterait une somme
pareille. Les 35 000 exemplaires d'In The Garden vendus dans les bacs rembourseront la banque, sans offrir à l'artiste le moyen de produire l'album suivant.
Dans une interview au quotidien belge Le Soir en avril 2008, Mano Solo explique:
«L'autoproduction, ça ne peut pas marcher. J'en ai vendu 2 800 par
souscription et le distributeur du CD n'a pas fait son boulot. Je suis
la preuve vivante qu'on ne peut pas se passer des majors. J'en ai marre
de ces médias qui n'arrêtent pas de cracher sur elles. Sans Warner,
Mano Solo n'existerait pas. Ces firmes, ce ne sont pas des mécènes,
elles sont là pour se faire du blé. C'est normal que ces gens te
jettent si tu n'es plus compétent à leurs yeux. Pourquoi devraient-ils
garder ceux qui ne vendent plus ? Ceux qui ne rencontrent pas leur
public doivent dégager, c'est tout. Il y en a marre de ces
considérations. La presse est complice de ça. Il faut arrêter de se
leurrer : oui, le piratage nuit à la diversité et Myspace, c'est
pathétique, ça fait peur, ce n'est pas là qu'on trouve l'avant-garde.
Et personne en France n'a été révélé grâce à ça. Le MP3, ce n'est pas
faire la révolution, c'est fabriquer des chômeurs.»
Mano Solo reste avant tout un artiste très engagé. En mars 2006, il organise avec le « Collectif Je Suis Là » un concert au Bataclan dont les fonds ont été reversés à l'association Fazasoma qui vient en aide à la population malgache. Il anime également, depuis janvier 2007, une émission de radio sur Aligre FM (93.1), Le Clou de la Soirée,
tous les derniers samedis du mois, de minuit à pas d'heure, où il
donne la parole à ceux qui ne l'ont pas. Sans parler de ses nombreuses
apparitions dans des rassemblements visant à rétablir l'égalité.
Il a remporté trois disques d'or.
À partir du 1eroctobre2007, Mano Solo anime une autre émission radio, Smoke City, au détriment du Clou de la Soirée,
toujours sur Aligre FM, les lundis de 18h30 à 19h30. Il y accueille
le monde associatif et militant, des lanceurs d'alerte, dans une
émission partisane et débridée. Beaucoup d'artistes vinrent aussi
jouer en direct. L'émission du 7 juin 2008 a fait l'objet d'une
captation vidéo dont les images constituent le documentaire De babord à tri. Smoke City s'arrête en janvier 2009.
Un nouvel album est sorti le 28 septembre2009, Rentrer au port, en licence chez Wagram.
Mano Solo est mort le 10janvier2010 à l'âge de 46 ans, des suites de plusieurs anévrismes. Il avait été hospitalisé après son dernier concert à Paris le 12novembre2009.
Il repose désormais au cimetière parisien du Père-Lachaise (10e division).
(...) os poemas de Ângelo de Lima, alguns com laivos simbolistas, mas outros com características marcadamente delirantes e surreais, repletos de neologismos, versos de sentido incompreensível, despertaram a admiração dos Modernistas. Em junho de 1915, numa atitude provocadora para espantar o burguês lisboeta, Fernando Pessoa e Mário de Sá-Carneiro, diretores do n.º 2 da revista Orpheu, publicam alguns "Poemas Inéditos" de Ângelo de Lima, que abrem este número da Revista Trimestral de Literatura.
Ângelo de Lima permaneceria internado no Hospital de Rilhafoles
(então já Hospital Miguel Bombarda) até ao final da sua vida. Morreu de
enterite e está sepultado no Cemitério dos Prazeres.
Pára-me de repente o Pensamento ... - Como que de repente refreado Na Douda Correria em que levado ... - Anda em busca da paz, do esquecimento...
Pára Surpreso... Escrutador... Atento Como pára... um Cavalo Alucinado Ante um Abismo... ante seus pés rasgado... Pára... e Fica... e Demora-se um Momento...
Vem trazido na Douda Correria Pára à beira do Abismo e se demora
E Mergulha na Noite, Escura e Fria Um olhar d'Aço que na Noute explora...
Autor de sambas populares como "Ai, que saudades da Amélia" e "Atire a primeira pedra", ambos em parceria com Ataulfo Alves, fez-se popular entre as décadas de 40 e 50.
Biografia
Filho do maestro Antônio Lago e de Francisca Maria Vicencia Croccia Lago, e neto do anarquista e flautista italiano Giuseppe Croccia, formou-se em Direito na Universidade do Brasil, em 1933, tendo nesta época se tornado marxista. A opção pelas ideais comunistas fizeram com que fosse preso em sete ocasiões - 1932, 1941, 1946, 1949, 1952, 1964 e 1969.
Foi casado com Zeli, filha do militante comunista Henrique Cordeiro, que conhecera numa manifestação política, até a morte dela em 1997. O casal teve cinco filhos: Antônio Henrique, Graça Maria, Mário Lago Filho, Luiz Carlos (em homenagem ao líder comunista Luís Carlos Prestes) e Vanda.
Torcedor do Fluminense,
chegou a declarar, na época do 1º descido de divisão do clube, que a
virada de mesa em favor do tricolor carioca havia sido uma atitude
vergonhosa de todos os responsáveis, envolvidos no esquema. Ele
afirmava veementemente, que a equipa deveria ter voltado à divisão de
elite do Campeonato Brasileiro no campo.
Depois de formado, exerceu a profissão de advogado por apenas alguns
meses. Envolveu-se com o teatro de revista, escrevendo, compondo e
atuando. A sua estreia como letrista de música popular foi com "Menina,
eu sei de uma coisa", parceria com Custódio Mesquita, gravada em 1935 por Mário Reis. Três anos depois, Orlando Silva realizou a famosa gravação de "Nada além", da mesma dupla de autores.
As suas composições mais famosas são "Ai que saudades da Amélia", "Atire a primeira pedra", ambas em parceria com Ataulfo Alves; "É tão gostoso, seu moço", com Chocolate, "Número um", com Benedito Lacerda, o samba "Fracasso" e a marcha carnavalesca "Aurora", em parceria com Roberto Roberti, que ficou consagrada na interpretação de Carmen Miranda.
Em "Amélia", a descrição daquela mulher idealizada, ficou tão popular
que "Amélia" tornou-se sinónimo de mulher submissa, resignada e
dedicada aos trabalhos domésticos.
Na Rádio Nacional, Mário Lago foi ator de Rádio, ele atuou na radionovela, especial da Semana Santa, a 27 de março de 1959: A Vida de Nosso Senhor Jesus Cristo, interpretando Herodes, e também roteirista, escrevendo a radionovela "Presídio de Mulheres". Mas só ficou conhecido do grande público mais tarde, pela televisão, quando passou a atuar em novelas da Rede Globo, como "Selva de Pedra", "O Casarão", "Nina", "Elas por Elas" e "Barriga de Aluguel", entre outras. Também atuou em peças de teatro e filmes, como "Terra em Transe", de Glauber Rocha.
Mário esteve na União Soviética, em 1957, a convite da Radio Moscovo, para participar da reestruturação do programa Conversando com o Brasil,
do qual participavam artistas e intelectuais brasileiros. Mas os
programas radiofónicos produzidos no Brasil, que Mário mostrou aos
soviéticos, foram por eles qualificados de "burgueses"
e "decadentes". A avaliação que Mário Lago fez da União Soviética
também não foi das melhores. Ali, segundo ele, a produção cultural
sofria pelo excesso de gravidade e autoritarismo. Apesar da deceção com a experiência soviética, Mário Lago jamais abandonou a militância política.
Em 1964, foi um dos nomes a encabeçar a lista dos que tiveram seus direitos políticos cessados pelo regime militar, e perdeu as suas funções na Rádio Nacional.
Autor dos livros Chico Nunes das Alagoas (1975), Na Rolança do Tempo (1976), Bagaço de Beira-Estrada (1977) e Meia Porção de Sarapatel (1986), foi biografado em 1998 por Mônica Velloso na obra: Mário Lago: boêmia e política.
Em janeiro de 2002,
o presidente da Câmara, Aécio Neves, foi à sua residência no Rio para
lhe entregar, solenemente, a Ordem do Mérito Parlamentar. Na sua última
entrevista ao Jornal do Brasil,
Mário revelou que estava escrevendo sua própria biografia. Estava
certo de que chegaria aos 100 anos, dizia Mário, "Fiz um acordo com o
tempo. Nem ele me persegue, nem eu fujo dele".
Morte
Morreu no dia 30 de maio de 2002, aos noventa anos de idade, na sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro, de enfisema pulmonar. Para o velório foi aberto o palco do Teatro João Caetano
onde vivera importantes momentos de sua carreira de ator. Até o fim de
sua vida manteve intensa atividade política e mesmo doente chegou a
trabalhar na campanha presidencial, apoiando o então candidato Luís
Inácio Lula da Silva. Por ter sido estudante do Colégio Pedro II
da Unidade São Cristóvão, hoje em dia existe, em sua homenagem, dentro
do colégio o Teatro Mário Lago, onde ali se faz apresentações
culturais de todas as unidades do colégio desde teatro até
apresentações dos corais das unidades. Encontra-se sepultado no Cemitério de São João Batista no Rio de Janeiro.