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quarta-feira, maio 29, 2024

A Tragédia de Heysel foi há 39 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
          
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espetadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espetadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espetadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espetadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efetuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reações do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos atos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
      

segunda-feira, maio 29, 2023

A Tragédia de Heysel foi há 38 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
          
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
      

domingo, maio 29, 2022

A Tragédia de Heysel foi há 37 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
          
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
      

sábado, maio 29, 2021

Não esquecemos nem perdoamos - a Tragédia de Heysel foi há 36 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
          
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
      

sexta-feira, maio 29, 2020

A Tragédia de Heysel foi há 35 anos...


O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final
        
A tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.
  
História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.
    

segunda-feira, abril 15, 2019

A Tragédia de Hillsborough foi há trinta anos

A "Tragédia de Hillsborough" foi um incidente que ocorreu a 15 de abril de 1989, no Estádio Hillsborough, em Sheffield (Inglaterra) durante o jogo entre Liverpool FC e Nottingham Forest, na semifinal da Taça da Inglaterra. Durante a partida, 96 adeptos do Liverpool morreram por esmagamento e outros 766 ficaram feridos. Foi o maior desastre do futebol inglês e um dos maiores do mundo.
As investigações apontaram que a tragédia não foi causada por ação violenta por parte desses mesmos adeptos. As causas foram a sobrelotação do estádio, bem como o seu péssimo estado de conservação. Além disso, o local não cumpria as normas mínimas de segurança.
A "Tragédia de Hillsborough" aconteceu quatro anos depois da Tragédia de Heysel, que ocorreu também durante uma partida do Liverpool FC, e que fez com que o clube fosse punido por seis anos de suspensão pela UEFA.
Antecedentes
No fim dos anos 80, a Inglaterra vivia o auge do hooliganismo e muitas vezes envolvia invasões de campo e violência antes e depois do jogo. Um dos acontecimentos envolvendo os hooligans foi o desastre do estádio Heysel, que aconteceu após a final da Taça dos Campeões da Europa de 1985 entre a Juventus e o Liverpool, no estádio de Heysel, na Bélgica. Na ocasião, 39 adeptos, a grande maioria da Juventus, morreram prensados contra um muro, após um tumulto iniciado pelos adeptos dos Reds. Como punição pelo ocorrido, os clubes do país foram banidos de competições europeias durante cinco anos.
O Estadio Hillsborough era um dos poucos da Inglaterra considerados aptos a receber jogos de grande porte e era um local muito usado para jogos decisivos da Taça da Inglaterra na década de 1980, já tendo tido um total de cinco semifinais. Um acidente anterior já havia ocorrido oito anos antes, em um jogo entre Tottenham e Wolverhampton, e teve um total de 38 feridos. Isto levou o Sheffield Wednesday a alterar o projeto do setor Leppings Lane End, dividindo-a em três compartimentos separados. Esta foi novamente dividida, aumentando o número de compartimentos para cinco quando o Sheffield Wednesday subiu para a Division One em 1984. Sendo um dos maiores estádios do país, foi escolhido pela Football Association para fazer a semi final da Taça da Inglaterra de 1989. A partida foi marcada para as quinze horas do dia 15 de abril.

O desastre
Como é habitual em todos os jogos importantes, o estádio foi dividido entre os adeptos rivais. A polícia optou por colocar os adeptos do Nottingham Forest no setor Spion Kop End do estádio, o qual tinha capacidade para 21 000 pessoas. Os torcedores do Liverpool foram colocados na Leppings Lane End, com capacidade para 14 600 pessoas, apesar dos torcedores do Liverpool estarem em maior número do que os do Nottingham Forest. O começo do jogo estava marcado para as 15.00 horas, com os adeptos aconselhados a entrar com 15 minutos de antecedência. No dia do jogo, foi comunicado pelo rádio e pela televisão que os adeptos sem ingresso não deveriam comparecer. Foi relatado que alguns dos adeptos tinham sido avisados sem aviso prévio na auto-estrada M62 sobre o Pennines resultando em congestionamentos. Entre 14.30 da tarde e 14.40 da tarde, houve uma considerável acumulação de fãs na pequena área fora das entradas para a Leppings Lane End, todos ansiosos para entrar no estádio rapidamente, antes do jogo começar. Os adeptos que tinham sido impedidos de entrar não puderam deixar a área por causa da multidão atrás deles, permanecendo como um obstáculo.
Os adeptos de fora puderam ouvir os aplausos do interior do estádio quando as equipes entraram em campo dez minutos antes do jogo começar, o início não foi adiado, já que alguns dos torcedores estavam dentro. Um portão lateral foi aberto para facilitar a acumulação. Com um número estimado de 5 000 torcedores tentando passar as entradas, e aumentando as preocupações da possibilidade de um esmagamento no lado de fora dos portões, a polícia, para evitar mortes fora do estádio, abriu um conjunto de portões, originalmente uma saída, que não tinha sistema de vigilância de entrada. Isto causou uma onda de adeptos através da porta para o estádio. O resultado foi um fluxo de milhares de torcedores através de um túnel estreito na parte traseira do campo, e para as já superlotadas duas divisões centrais, causou uma queda enorme na frente do campo, onde as pessoas estavam sendo pressionadas contra as grades pelo peso da multidão atrás deles. As pessoas que entravam não estavam cientes dos problemas em cima do muro; polícia ou comissários de bordo teriam normalmente ficado na entrada do túnel se as divisões centrais tivessem alcançado a capacidade, e teriam dirigido os torcedores para as divisões ao lado, mas desta vez eles não o fizeram, por razões que nunca foram totalmente explicadas.
Durante algum tempo, o problema na parte da frente do compartimento não foi percebido por ninguém, além dos afetados; a atenção da maioria das pessoas foi absorvida pelo jogo, que já tinha começado. Já havia 03'06'' de tempo de jogo quando o árbitro, Ray Lewis, após ser avisado pela polícia, parou o jogo durante alguns minutos, depois de os adeptos começarem a subir a cerca para escapar do esmagamento. A esta altura, um pequeno portão na grade havia sido arrombado e alguns fãs escaparam por esta via, outros continuaram a subir durante o cerco, e ainda outros adeptos foram puxados para perto de outros torcedores no West Stand, diretamente acima da Leppings Lane. Finalmente, o muro quebrou sob a pressão das pessoas.

Relatório manipulado
Um ano depois foi publicado o relatório oficial do governo aos acontecimentos. Nele se podia ler que as culpas eram dos adeptos do Liverpool e dos seus alegados abusos no álcool e na violência.
Durante anos os adeptos do clube protestaram e rejeitaram em absoluto o relatório.
Em 2009, um outro, elaborado por um painel independente, refutou essas conclusões, alegando que o primeiro relatório foi «adulterado» pelo governo – então liderado por Margaret Thatcher -, para desviar as culpas para os adeptos do Liverpool.
O Daily Telegraph resumiu o que o mais recente relatório desmentiu acerca do primeiro: a polícia pesquisou os registos criminais das vítimas para «impugnar a sua reputação»; que 116 dos 164 relatórios de agentes foram alterados para remover «comentários desfavoráveis» e que nunca houve provas de que os adeptos do Liverpool estariam sob a influência de bebidas alcoólicas.
  

sexta-feira, maio 29, 2015

A Tragédia de Heysel foi há 30 anos...

O jogador da Juventus Michel Platini, autor do golo decisivo na final

tragédia do Estádio do Heysel, na Bélgica, ocorreu no dia 29 de maio de 1985, quando estava a ser disputada a final da Taça dos Campeões Europeus, que opunha o Liverpool, da Inglaterra, e a Juventus, da Itália.

História
A possibilidade de confrontos entre os adeptos de ambas as equipas foi, desde início, ponderada pelas autoridades belgas, que anunciaram uma série de medidas a tomar: proibição da venda de álcool em estabelecimentos próximos do estádio, revista a todos os espectadores à entrada para o jogo, e um total de 1500 policiais para salvaguardar a segurança. Todavia, a maior parte dos bares continuou a trabalhar normalmente e a servir os hooligans de ambas as equipas.
Os distúrbios começaram ainda fora do estádio com ingleses e italianos a trocarem provocações. Uma joalharia foi roubada e lesada em 150 mil euros (em valores atuais). Por volta das 19.00 horas, uma grande parte dos espectadores já se encontrava dentro do recinto do Heysel. Contrariamente ao previsto pela polícia, o lado norte do estádio estava partilhado por adeptos das duas formações, separados apenas por uma pequena barreira e alguns polícias.
Meia hora mais tarde, os britânicos lançaram o primeiro "ataque" e os distúrbios começaram a ganhar proporções incontroláveis. As grades que separavam as bancadas cederam à pressão humana e deram lugar à tragédia. Dezenas de espectadores italianos foram espezinhados por hooligans, que usaram barras de ferro para bater nos rivais. Com a pressão dos espectadores em pânico, o muro caiu, arrastando na queda mais algumas dezenas de pessoas.
A expectativa em relação ao jogo era grande e a UEFA decidiu pela realização do mesmo. O balanço final da tragédia apontou 39 mortos e um número indeterminado de feridos. A polícia não efectuou nenhuma detenção.
Os hooligans ingleses foram responsabilizados pelo incidente, o que resultou na proibição das equipas britânicas participarem em competições europeias por um período de cinco anos. As reacções do povo inglês foram todas no sentido da reprovação e incredulidade pelos actos violentos dos adeptos do Liverpool, o que levou a própria rainha Isabel II a condenar publicamente o comportamento dos hooligans e a apoiar a suspensão das equipas inglesas.
O jogo em si ficou em segundo plano mas acabou com a não comemorada vitória da Juventus por um a zero, com golo, de penalty, de Michel Platini, o grande astro do clube italiano.

terça-feira, abril 15, 2014

A Tragédia de Hillsborough foi há 25 anos

A "Tragédia de Hillsborough" foi um incidente que ocorreu a 15 de abril de 1989, no Estádio Hillsborough, em Sheffield (Inglaterra) durante o jogo entre Liverpool FC e Nottingham Forest, para a semifinal da Taça da Inglaterra. Durante a partida, 96 adeptos do Liverpool morreram por esmagamento e outros 766 ficaram feridos. Foi o maior desastre do futebol inglês e um dos maiores do mundo.
As investigações apontaram que a tragédia não foi causada por ação violenta por parte desses mesmos adeptos. As causas foram a sobrelotação do estádio, bem como o seu péssimo estado de conservação. Além disso, o local não cumpria as normas mínimas de segurança.
A "Tragédia de Hillsborough" aconteceu quatro anos depois da Tragédia de Heysel, que ocorreu também durante uma partida do Liverpool FC, e que fez com que o clube fosse punido por seis anos de suspensão pela UEFA.

Antecedentes
No fim dos anos 80, a Inglaterra vivia o auge do hooliganismo e muitas vezes envolvia invasões de campo e violência antes e depois do jogo. Um dos acontecimentos envolvendo os hooligans foi o desastre do estádio Heysel, que aconteceu após a final da Taça dos Campeões da Europa de 1985 entre a Juventus e o Liverpool, no estádio de Heysel, na Bélgica. Na ocasião, 39 adeptos, a grande maioria da Juventus, morreram prensados contra um muro, após um tumulto iniciado pelos adeptos dos Reds. Como punição pelo ocorrido, os clubes do país foram banidos de competições europeias durante cinco anos.
O Estadio Hillsborough era um dos poucos da Inglaterra considerados aptos a receber jogos de grande porte e era um local muito usado para jogos decisivos da Taça da Inglaterra na década de 1980, já tendo tido um total de cinco semifinais. Um acidente anterior já havia ocorrido oito anos antes, em um jogo entre Tottenham e Wolverhampton, e teve um total de 38 feridos. Isto levou o Sheffield Wednesday a alterar o projeto do setor Leppings Lane End, dividindo-a em três compartimentos separados. Esta foi novamente dividida, aumentando o número de compartimentos para cinco quando o Sheffield Wednesday subiu para a Division One em 1984. Sendo um dos maiores estádios do país, foi escolhido pela Football Association para fazer a semi final da Taça da Inglaterra de 1989. A partida foi marcada para as quinze horas do dia 15 de abril.

O desastre
Como é habitual em todos os jogos importantes, o estádio foi dividido entre os adeptos rivais. A polícia optou por colocar os adeptos do Nottingham Forest no setor Spion Kop End do estádio, o qual tinha capacidade para 21 000 pessoas. Os torcedores do Liverpool foram colocados na Leppings Lane End, com capacidade para 14 600 pessoas, apesar dos torcedores do Liverpool estarem em maior número do que os do Nottingham Forest. O começo do jogo estava marcado para as 15.00 horas, com os adeptos aconselhados a entrar com 15 minutos de antecedência. No dia do jogo, foi comunicado pelo rádio e pela televisão que os adeptos sem ingresso não deveriam comparecer. Foi relatado que alguns dos adeptos tinham sido avisados sem aviso prévio na auto-estrada M62 sobre o Pennines resultando em congestionamentos. Entre 14.30 da tarde e 14.40 da tarde, houve uma considerável acumulação de fãs na pequena área fora das entradas para a Leppings Lane End, todos ansiosos para entrar no estádio rapidamente, antes do jogo começar. Os adeptos que tinham sido impedidos de entrar não puderam deixar a área por causa da multidão atrás deles, permanecendo como um obstáculo.
Os adeptos de fora puderam ouvir os aplausos do interior do estádio quando as equipes entraram em campo dez minutos antes do jogo começar, o início não foi adiado, já que alguns dos torcedores estavam dentro. Um portão lateral foi aberto para facilitar a acumulação. Com um número estimado de 5 000 torcedores tentando passar as entradas, e aumentando as preocupações da possibilidade de um esmagamento no lado de fora dos portões, a polícia, para evitar mortes fora do estádio, abriu um conjunto de portões, originalmente uma saída, que não tinha sistema de vigilância de entrada. Isto causou uma onda de adeptos através da porta para o estádio. O resultado foi um fluxo de milhares de torcedores através de um túnel estreito na parte traseira do campo, e para as já superlotadas duas divisões centrais, causou uma queda enorme na frente do campo, onde as pessoas estavam sendo pressionadas contra as grades pelo peso da multidão atrás deles. As pessoas que entravam não estavam cientes dos problemas em cima do muro; polícia ou comissários de bordo teriam normalmente ficado na entrada do túnel se as divisões centrais tivessem alcançado a capacidade, e teriam dirigido os torcedores para as divisões ao lado, mas desta vez eles não o fizeram, por razões que nunca foram totalmente explicadas.
Durante algum tempo, o problema na parte da frente do compartimento não foi percebido por ninguém, além dos afetados; a atenção da maioria das pessoas foi absorvida pelo jogo, que já tinha começado. Já havia 03'06'' de tempo de jogo quando o árbitro, Ray Lewis, após ser avisado pela polícia, parou o jogo durante alguns minutos, depois de os adeptos começarem a subir a cerca para escapar do esmagamento. A esta altura, um pequeno portão na grade havia sido arrombado e alguns fãs escaparam por esta via, outros continuaram a subir durante o cerco, e ainda outros adeptos foram puxados para perto de outros torcedores no West Stand, diretamente acima da Leppings Lane. Finalmente, o muro quebrou sob a pressão das pessoas.

Relatório manipulado
Um ano depois foi publicado o relatório oficial do governo aos acontecimentos. Nele se leu que as culpas a dirigirem-se aos adeptos do Liverpool e aos seus alegados abusos no álcool e na violência.
Durante anos os adeptos do clube protestaram e rejeitaram em absoluto o relatório.
Em 2009, um outro, elaborado por um painel independente, refutou essas conclusões, alegando que o primeiro relatório foi «adulterado» pelo governo – então liderado por Margaret Thatcher -, para desviar as culpas para os adeptos do Liverpool.
O Daily Telegraph resumiu o que o mais recente relatório desmentiu acerca do primeiro: a polícia pesquisou os registos criminais das vítimas para «impugnar a sua reputação»; que 116 dos 164 relatórios de agentes foram alterados para remover «comentários desfavoráveis» e que nunca houve provas de que os adeptos do Liverpool estariam sob a influência de bebidas alcoólicas.