quarta-feira, dezembro 11, 2019
Brenda Lee (Little Miss Dynamite) faz hoje 75 anos
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Ravi Shankar morreu há sete anos
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Berlioz nasceu há 216 anos
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Felix Nussbaum nasceu há 115 anos
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terça-feira, dezembro 10, 2019
César Franck nasceu há 197 anos
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Otis Redding morreu há 52 anos...
- Pain in My Heart (1964)
- The Great Otis Redding Sings Soul Ballads (1965)
- Otis Blue: Otis Redding Sings Soul (1965)
- The Soul Album (1966)
- Complete & Unbelievable: The Otis Redding Dictionary of Soul (1966)
- King & Queen (1967)
- The Dock of the Bay (1968)
- The Immortal Otis Redding (1968)
- Love Man (1969)
- Tell the Truth (1970)
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Olivier Messiaen nasceu há 111 anos
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Brian Molko - 47 anos
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segunda-feira, dezembro 09, 2019
La Pasionaria nasceu há 124 anos!
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A soprano alemã Elisabeth Schwarzkopf nasceu há 104 anos
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Tré Cool, o baterista dos Green Day, faz hoje 47 anos
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El-Rei D. Pedro II morreu há 313 anos
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António Pedro nasceu há 110 anos
António Pedro da Costa (Cidade da Praia, 9 de dezembro de 1909 - Caminha, Moledo, 17 de agosto de 1966) foi um encenador, escritor e artista plástico português.
Nota: para recordar este grande artista, um dos meus poemas favoritos do século XX, de sua autoria:
Sonhei ou bem alguém me contou
Que um dia
Em San Lourenço da Montaria
Uma rã pediu a Deus para ser grande como um boi
A rã foi
Deus é que rebentou
E ficaram pedras e pedras nos montes à conta da fábula
Ficou aquele ar de coisa sossegada nas ruínas sensíveis
Ficou o desejo que se pega de deixar os dedos pelas arestas das fragas
Ficou a respiração ligeira do alívio do peso de cima
Ficou um admirável vazio azul para crescerem castanheiros
E ficou a capela como um inútil côncavo de virgem
Para dançar à roda o estrapassado e o vira
Na volta do San João d’Arga
Não sei se é bem assim em San Lourenço da Montaria
Sei que isto é mesmo assim em San Lourenço da Montaria
O resto não tem importância
O resto é que tem importância em San Lourenço da Montaria
O resto é a Deolinda
Dança os amores que não teve
Tem o fôlego do hálito alheio que lhe faltou a amolecer a carne
Seca como a da penedia
O resto é o verde que sangra nos beiços grossos de apetecerem ortigas
O resto são os machos as fêmeas e a paisagem é claro
Como não podia deixar de ser
As raízes das árvores à procura de merda na terra ressequida
Os bichos à procura dos bichos para fazerem mais bichos
Ou para comerem outros bichos
Os tira-olhos as moscas as ovelhas de não pintar
E o milho nos intervalos
Todas estas informações são muito mais poema do que parecem
Porque a poesia não está naquilo que se diz
Mas naquilo que fica depois de se dizer
Ora a poesia da Serra d’Arga não tem nada com as palavras
Nem com os montes nem com o lirismo fácil
De toda a poesia que por lá há
A poesia da Serra d’Arga está no desejo de poesia
Que fica depois da gente lá ter ido
Ver dançar a Deolinda
Depois da gente lá ter caçado rãs no rio
Depois da gente ter sacudido as varejeiras dos mendigos
Que também foram à romaria
As varejeiras põem as larvas nos buracos da pele dos mendigos
E da fermentação
Nascem odores azedos padre-nossos e membros mutilados
É assim na Serra d’Arga
Quando canta Deolinda
E vem gente de longe só para a ouvir cantar
Nesses dias
as larvas vêem-se menos
Pois o trabalho que têm é andar por debaixo das peles
A prepararem-se para voar
Quanto aos mendigos é diferente
A sua maneira de aparecer
Uns nascem já mendigos com aleijões e com as rezas sabidas
Do ventre mendigo materno
Outros é quando chupam o seio sujo das mães
Que apanham aquela voz rouca e as feridas
Outros então é em consequência das moscas e das chagas
Que vão à mendicidade
Não mo contou a Deolinda
Que só conta de amores
E só dança de cores
E só fala de flores
A Deolinda
Mas sabe-se na serra que há uma tribo especial de mendigos
Que para os criar bem
Lhes põem desde pequenos os pés na lama dos pauis
Regando-os com o esterco dos outros
Enquanto ali estão a criar as membranas que valem a pena
Vão os mais velhos ensinando-lhes as orações do agradecimento
Eles aprendem
Ao saberem tudo
Nasce de propósito um enxame de moscas para cada um
Todas as moscas que há no Minho
Se geraram nos mendigos ou para eles
E é por isso que têm as patinhas frias e peganhosas
Quando pousam em nós
E é por isso que aquele zumbido de vai-vem
Das moscas da Serra d’Arga
Ainda lembra a mastigação de lamúrias pelas alminhas do Purgatório
Em San Lourenço da Montaria
Este poema não tem nada que ver com os outros poemas
Nem eu quero tirar conclusões com os poetas nos artigos de fundo
Nem eu quero dizer que sofri muito ou gozei
Ou simplesmente achei uma maçada
Ou sim mas não talvez quem dera
Viva Deus-Nosso-Senhor
Este poema é como as moscas e a Deolinda
De San Lourenço da Montaria
E nem sequer lá foi escrito
Foi escrito conscienciosamente na minha secretária
Antes de eu o passar à máquina
Etc. que não tenho tempo para mais explicações
É que eu estava a falar dos mendigos e das moscas
E não disse
Contagiado pelo ar fino de San Lourenço da Montaria
Que tudo é assim em todos os dias do ano
Mas aos sábados e nos dias de romaria
Os mendigos e as moscas deles repartem-se melhor
São sempre mais
E creio de propósito
Ser na sexta-feira à noite
Que as mendigas parem aquela quantidade de mendigozinhos
Com que se apresentam sempre no dia da caridade
Elas parem-nos pelo corpo todo
Pois a carne
De tão amolecida pelos vermes
Não tem exigências especiais
E porque assim acontece
Todos os meninos nascidos deste modo têm aquele ar de coisa mole
Que nunca foi apertada
Os mendigos fazem parte de todas as paisagens verdadeiras
Em San Lourenço da Montaria
Além deles há a bosta dos bois
Os padres
O ar que é lindo
Os pássaros que comem as formigas
Algumas casas às vezes
Os homens e as mulheres
Por isso tudo ali parece ter sido feito de propósito
Exactamente de propósito
Exactamente para estar ali
E é por isso que se tiram as fotografias
Por isso tudo ali é naturalmente
Duma grande crueldade natural
Os meninos apertam os olhos das trutas
Que vêm da água do rio
Para elas estrebucharem com as dores e mostrarem que ainda estão vivas
Os homens beliscam o cu das mulheres para que elas se doam
E percebam assim que lhes agradam
Os animais comem-se uns aos outros
As pessoas comem muito devagar os animais e o pão
E as árvores essas
Sorvem monstruosamente pelas raízes tudo o que podem apanhar
Assim acaba este poema da Serra d’Arga
Onde ontem vi rachar uma árvore e me deu um certo gozo aquilo
Parecia a queda dum regímen
Tudo muito assim mesmo lá em cima
E cá em baixo dois suados à machadada
Ao cair o barulho parecia o duma coisa muito dolorosa
Mas no buraco do sítio da árvore
Na mata de pinheiral
O azul do céu emoldurado ainda era mais bonito
Em San Lourenço da Montaria
Moledo, agosto de 1948
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Almeida Garrett morreu há 165 anos
Não És Tu
Era assim, tinha esse olhar,
A mesma graça, o mesmo ar,
Corava da mesma cor,
Aquela visão que eu vi
Quando eu sonhava de amor,
Quando em sonhos me perdi.
Toda assim; o porte altivo,
O semblante pensativo,
E uma suave tristeza
Que por toda ela descia
Como um véu que lhe envolvia,
Que lhe adoçava a beleza.
Era assim; o seu falar,
Ingénuo e quase vulgar,
Tinha o poder da razão
Que penetra, não seduz;
Não era fogo, era luz
Que mandava ao coração.
Nos olhos tinha esse lume,
No seio o mesmo perfume ,
Um cheiro a rosas celestes,
Rosas brancas, puras, finas,
Viçosas como boninas,
Singelas sem ser agrestes.
Mas não és tu... ai!, não és:
Toda a ilusão se desfez.
Não és aquela que eu vi,
Não és a mesma visão,
Que essa tinha coração,
Tinha, que eu bem lho senti.
in Folhas Caídas (1953) - Almeida Garrett
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domingo, dezembro 08, 2019
Jim Morrison nasceu há 76 anos
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O salva-vidas Mona naufragou há sessenta anos
RNLB Mona (ON 775) was a Watson Class lifeboat based at Broughty Ferry in Scotland, that capsized during a rescue attempt, with the loss of her entire crew of eight men. The Mona was built in 1935, and, in her time, saved 118 lives.
Names of crewmen
- Ronald Grant
- George Smith
- Alexander Gall
- John Grieve
- George Watson
- James Ferrier
- John T Grieve
- David Anderson
The Lifeboat Mona - The Dubliners
Remember December fifty-nine
The howling wind and the driving rain
Remember the gallant men who drowned
On the lifeboat Mona was her name
The wind it blows and the sea roar's up
Beats the land with mighty waves
At St.Andrew's bay the lightship fought
The sea until her moorings gave
Three hours went by and the mona called
the wind blows hard and the sea runs high
in the morning of Carnusty beach
the Mona and her crew did lie
The captain signalled to the shore
We must have help or we'll go down
From Broughty Ferry at two a.m
They sent the lifeboat Mona
Eight men formed that gallant crew
They set their boats against the main
The wind's so hard and the sea's so rough
We'll never sea land or sea again
Five lay drowned in the cabin there,
two were washed up on the shore
Eight men died when the boat capsized
and the eight is lost forever more.
Remember December fifty-nine
the howling wind and the driving rain
The men who leave the land behind
and the men who never see their homes again.
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