Autor de vasta produção, que se estende pela música para órgão, piano, de câmara, vocal (com ou sem instrumentos), concertante, sinfónica, coral-sinfónica e uma ópera - Sétimo Quadro do São Francisco de Assis.
Vida e obra
Olivier Eugène Prosper Charles Messiaen nasceu em Avinhão, França, numa família com tendência para a literatura. A mãe de Messiaen publicou uma sequência de poemas, L'âme bourgeon en ("A Alma de brotamento"), em que o último capítulo, Tandis que la terre tourne ("À medida que a Terra roda"), trata do nascimento do seu filho. Messiaen disse, mais tarde, que essa sequência de poemas o influenciou profundamente e citou-o como profético sobre a sua futura carreira artística.
Foi designado organista na Igreja da Trinité de
Paris em 1931, posto que ocupou até à sua morte. Durante a
Batalha de França, Messiaen foi feito prisioneiro de guerra, e enquanto estava aprisionado compôs o
Quatuor pour la fin du temps ("Quarteto pelo fim do tempo") para os únicos quatro instrumentos disponíveis na prisão:
piano,
violino,
violoncelo e
clarinete. A obra foi estreada por Messiaen e os seus amigos prisioneiros, perante uma audiência de reclusos e guardas prisionais. Ao sair da prisão, em 1941, Messiaen foi nomeado professor de
harmonia, e, em 1966, professor de
composição no Conservatório de Paris, até à sua reforma, em
1978. Compôs ainda uma sinfonia (
Turangalîla-Symphonie) que utiliza o instrumento denominado
Ondas Martenot. Na sua obra, de inspiração mística, a linguagem musical caracteriza-se por um ritmo novo e elementos exóticos. Outras obras são
As cores da cidade celeste,
Vinte olhares sobre o menino Jesus,
Cronocromia,
Et expectro ressurrection em mortuorum,
Cantéyodjayâ.