quarta-feira, janeiro 24, 2018

O rapper Sabotage foi assassinado há quinze anos

Mauro Mateus dos Santos (São Paulo, 3 de abril de 1973 - São Paulo, 24 de janeiro de 2003), mais conhecido pelo seu nome artístico de Sabotage, foi um cantor, compositor, rapper e ator brasileiro. Mauro, pai de 3 filhos, nasceu na Zona Sul de São Paulo, onde, depois de ter sido assaltante e traficante, encontrou a saída no rap, entrando na música e percebendo o seu verdadeiro dom. A origem da alcunha Sabotage deu-se por estar sempre a conseguir burlar as leis com tremendo êxito, como entrar em bailes, festas e boates sem permissão e saindo ileso de inúmeras confusões. Considerado uma lenda na Zona Sul, ele inspirou vários rappers, como Rhossi, Pavilhão 9, além de ter ensinado Paulo Miklos como ser um digno malandro, no filme "O Invasor", de Beto Brant, com quem escreveu até uma música. Sabotage fez um único disco solo, o Rap é Compromisso!, e participou em vários CD's com o RZO, SP Funk e outros. Em 2016, 13 anos após a sua morte, o álbum que leva o mesmo nome do cantor foi lançado no serviço de streaming Spotify. Nele estão diversas canções feitas na semana em que o rapper foi assassinado.
Também fez parte de dois filmes, o já citado "O Invasor", e o premiado "Carandiru", além de ter recebido vários prémios, como personalidade, revelação e outros em Hútus, o grande festival de prémios de rap do Brasil. Morreu com 4 tiros pelas costas, em 24 de janeiro de 2003. Vale ressaltar que Sabotage era o próprio compositor e cantor de suas músicas. Ele foi enterrado no Cemitério do Campo Grande no dia 25 de janeiro de 2003. Em toda a sua carreira, compôs dezenas de trabalhos e alguns deles se tornaram uma espécie de hino para jovens da periferia. Para muitos, Sabotage é uma rica expressão da constante luta que o pobre enfrenta diariamente para viver dignamente e isso fez com que vários outros artistas usassem as suas obras como samples, colagens e scratches dos seus trabalhos.
 
 

Desmond Morris faz hoje noventa anos!

Desmond Morris (Purton, Reino Unido, 24 de janeiro de 1928) é um conhecido biólogo, doutorado na área, reconhecido pelo seu trabalho como zoólogo e etólogo; é ainda um pintor surrealista e um expert em sociobiologia humana. Ele passou a ser bastante conhecido nos anos 60 como apresentador do programa Zoo Time, na ITV. Os seus estudos concentram-se no comportamento animal e humano, explicados de um ponto de vista zoológico. Morris escreveu vários livros e produziu alguns programas de televisão, muitas vezes convertendo-os em livros. As suas análises dos humanos de um ponto de vista zoológico geraram muita controvérsia mas são bastante populares nos meios académicos.

Nico Fidenco nasceu há 85 anos

Nico Fidenco, nome artístico de Domenico Colarossi, (Roma, 24 de janeiro de 1933) é um cantor e compositor italiano, um dos mais importantes nomes da canção italiana dos anos sessenta.
Uma de suas canções mais conhecidas é "A casa di Irene", que é um grande clássico, uma canção profundamente identificada internacionalmente com a imagem da Itália.
 
 

A Conferência de Casablanca terminou há setenta e cinco anos

A Conferência de Casablanca foi realizada no Hotel Anfa em Casablanca, Marrocos Francês, de 14 a 24 janeiro de 1943, para planear a estratégia dos Aliados europeus na fase seguinte da Segunda Guerra Mundial. Estiveram presentes o presidente dos Estados Unidos Franklin D. Roosevelt, o primeiro-ministro britânico Winston Churchill e representando as forças francesas livres, os generais Charles de Gaulle e Henri Giraud. O líder da URSS, Estaline, recusou-se a participar, dizendo que o conflito em curso em Estalinegrado exigia a sua presença na União Soviética. A agenda da conferência abordava detalhes do procedimento tático, alocação de recursos e as questões mais amplas de política diplomática. O debate e as negociações produziram o que ficou conhecido como a "Declaração de Casablanca", e que foi, talvez, a sua declaração de propósito mais provocante historicamente, a "rendição incondicional". A doutrina da "rendição incondicional" veio a representar a voz unificada da vontade implacável dos Aliados - a determinação de que as potências do Eixo seriam combatidas até sua derrota final e aniquilação.
 
Doutrina da "Rendição incondicional"
A declaração de Casablanca anunciou ao mundo que os aliados não aceitariam nada além da “rendição incondicional” das Potências do Eixo. O termo “rendição incondicional” foi utilizado pela primeira vez pelo General Ulysses S. Grant que comunicou essa posição ao comandante confederado no Forte Donelson durante a Guerra civil americana.
A 12 de fevereiro de 1943, Roosevelt explicou na rádio o que ele queria dizer com rendição incondicional: “Nós não falamos de magoar as pessoas comuns dos países do eixo. Mas nós realmente falamos de punir os líderes bárbaros desses países”.
Inicialmente, os Estados Unidos e a Grã-Bretanha não queriam que a guerra acabasse com a captura alemã. Algumas fontes contradizem as oficiais, reportando um acordo entre Churchill e Roosevelt, indicando que Churchill não era completamente a favor da rendição incondicional. O correspondente do New York Times, Drew Middleton, que estava na conferência, revelou no seu livro, Retreat From Victory, que Churchill tinha se "assustado com o anúncio público da rendição incondicional. Eu tentei esconder minha surpresa. Mas eu era o conselheiro de Roosevelt".
De acordo com o embaixador dos Estados Unidos em Moscovo, Charles Bohlen, “A responsabilidade pela doutrina da rendição incondicional é quase exclusiva do presidente Roosevelt". Ele achou que Roosevelt tinha feito o anúncio "para manter as forças soviéticas ocupadas com as frentes alemã e russa, acabando com as munições e com os soldados alemães" e também para "evitar que Estaline negociasse um acordo de paz com o regime nazi".

Sharon Tate nasceu há 75 anos

Sharon Marie Tate Polanski (Dallas, 24 de janeiro de 1943Los Angeles, 9 de agosto de 1969) foi uma atriz e modelo norte-americana e uma das mulheres mais bonitas do cinema da década de 60. Morreu de maneira trágica, brutalmente assassinada, aos oito meses de gravidez, pelas mãos da famigerada Família Manson, seita de jovens seguidores de Charles Manson.
Considerada uma das melhores promessas do cinema e sex symbol de Hollywood, na época de sua morte, aos 26 anos, já era conhecida mundialmente, estava casada com o diretor polaco Roman Polanski, havia participado de sete filmes, trabalhado como modelo para comerciais e revistas de moda e tinha sido nomeada para o Globo de Ouro pelo filme O Vale das Bonecas, de 1967.
Uma década após o seu assassinato, a sua mãe, Doris Tate, em resposta a um crescente status cult que envolvia os seus assassinos e temerosa de que pudessem conseguir liberdade condicional - apesar de condenados à prisão perpétua - organizou uma campanha pública contra o que considerava deficiências no sistema correcional da Califórnia. A campanha resultou em emendas criadas na lei criminal do estado, que passou a permitir às vítimas de crimes e aos seus familiares a participação com depoimentos durante o julgamento ou pedidos de liberdade condicional de criminosos condenados. Ela foi a primeira pessoa nos Estados Unidos a ter o direito de se expressar em audiência oficial após a aprovação da nova lei, o que fez durante a audiência do pedido de liberdade condicional de um dos assassinos de sua filha, Tex Watson. Ela acreditava que a mudança na lei tinha dado a Sharon Tate a dignidade que lhe havia sido retirada pelos seus assassinos e que por isso agora era capaz de transformar o legado de Sharon de vítima de assassinato em símbolo de vítimas de crimes de morte.
 

O músico Michael Kiske faz hoje cinquenta anos

Michael Kiske (Hamburgo, 24 de janeiro de 1968) é um cantor de heavy metal e hard rock, mais conhecido pela sua passagem pela banda alemã de power metal Helloween. Atualmente canta na banda Unisonic e no Helloween como vocalista convidado na Pumpkins United World Tour, juntamente com Kai Hansen, além de seguir com uma carreira a solo em paralelo.


terça-feira, janeiro 23, 2018

Stendhal nasceu há 235 anos

Henri-Marie Beyle, mais conhecido como Stendhal (Grenoble, 23 de janeiro de 1783 - Paris, 23 de março de 1842) foi um escritor francês, reconhecido pela fineza na análise dos sentimentos de seus personagens e por seu estilo deliberadamente seco.


Gustave Doré morreu há 135 anos

Paul Gustave Doré (Estrasburgo, 6 de janeiro de 1832 - Paris, 23 de janeiro de 1883) foi um pintor, desenhador e o mais produtivo e bem-sucedido ilustrador francês de livros do século XIX. O seu estilo caracteriza-se pela inclinação para a fantasia, mas também produziu trabalhos mais sóbrios, como os notáveis estudos sobre as áreas pobres de Londres, realizados entre 1869 e 1871.
 
   

O realizador russo Sergei Eisenstein nasceu há 120 anos

Sergei Mikhailovitch Eisenstein (Riga, 23 de janeiro de 1898Moscovo, 11 de fevereiro de 1948) foi um dos mais importantes cineastas soviéticos. Foi também um filmólogo.
Relacionado com o movimento de arte de vanguarda russa, participou ativamente na Revolução de 1917 e na consolidação do cinema como meio de expressão artística.
Notabilizou-se por seus filmes mudos A Greve, O Couraçado Potemkin e Outubro, assim como os épicos históricos Alexandre Nevski e Ivan, o Terrível. A sua obra influenciou fortemente os primeiros cineastas, devido ao seu uso inovador de escritos sobre montagem.

Cena de O Couraçado Potemkin
  
in Wikipédia

O Homem atingiu o ponto mais profundo do oceano há 58 anos

O Trieste foi um batiscafo de investigação oceanográfica de desenho suíço com uma tripulação de dois ocupantes.

A 23 de janeiro de 1960 o Trieste desceu na Fossa das Marianas, na costa da Filipinas, no local chamado Challenger Deep, a 10.911 metros de profundidade, recorde até hoje não superado. Nesta ocasião, eram seus tripulantes o engenheiro e oceanógrafo suíço Jacques Piccard e o tenente da Marinha americana Don Walsh.
A Challenger Deep, fica a cerca de 360 quilómetros ao sul das Ilhas Guam, no Oceano Pacífico.
O batiscafo Trieste foi desenhado por Auguste Piccard e foi posto em atividade a 26 de agosto de 1953 no Mediterrâneo, na Ilha de Capri, próximo de Nápoles, Itália. A esfera de pressão, composta de duas secções, foi construída pela empresa Acciaierie Terni, e a parte superior foi fabricada pela Cantieri Riuniti dell 'Adriatico, na cidade livre de Trieste, na fronteira entre a Itália e a Jugoslávia. A instalação da pressão foi feita na Cantiere Navale di Castellammare di Stabia, perto de Nápoles.
O projeto foi baseado em experiências anteriores com o batiscafo FNRS-2, também projetado por Piccard. Foi construído na Bélgica e operado pela Marinha Francesa, permanecendo em operação no Mediterrâneo.
Em 1958, foi comprado pela marinha dos Estados Unidos da América, por 250.000 dólares e transportado para San Diego, Califórnia.
Em outubro de 1959, depois de ser reequipado para uma pressão mais forte, o Trieste foi transportado para o meio do Pacífico para participar no Projecto "Nekton", no qual realizou uma série de mergulhos muito profundos na Fossa das Marianas.
Em 23 de janeiro de 1960, alcançou o recorde de profundidade de 35.800 pés, 10.911 metros, no Challenger Deep, o mergulho mais profundo em qualquer dos oceanos do mundo.
Em abril de 1963, foi transportado para o Atlântico, mais precisamente a New London, Connecticut, para procurar o então perdido submarino USS Thresher (SSN-593), o qual o encontrou em agosto de 1963 fora de New London a 1.400 braçadas abaixo da superfície.
O Trieste foi retirado de serviço logo após a realização dessa missão, sendo reformado, e alguns de seus componentes foram utilizados no recém-construído Trieste II. Ele está agora em exposição permanente no Museu da Marinha, no Washington Navy Yard, em Washington, DC.

A Guerra da Guiné começou há 55 anos

Soldados do PAIGC hasteando a bandeira da Guiné-Bissau em 1974
A guerra de independência na Guiné começou em 23 de janeiro de 1963, com o início das acções de guerrilha na região de Tite. Ao contrário do que aconteceu em Angola, desde o início que as forças portuguesas constataram estar diante de um adversário bem organizado e militarmente eficiente. De facto, o PAIGC dispôs sempre de equipamento de qualidade e do apoio quase total do governo da Guiné-Conacri, que lhe conferia total liberdade de movimentos para empreender acções de guerrilha na fronteira sul do território.
Nos primeiros anos de guerra, a iniciativa pertenceu às forças do PAIGC, limitando-se as forças portuguesas a defender-se dentro dos seus aquartelamentos ou a responder às acções inimigas com operações de grande envergadura, mas de dúbia eficácia operacional.
Quando a Guerra começou, em janeiro de 1963, havia já quase dois anos que as forças portuguesas combatiam, com relativo sucesso, em Angola. Este facto permitiu às autoridades portuguesas prevenirem de certa forma a possível eclosão de acções de guerrilha em Moçambique e na Guiné. Assim, quando a guerra chegou à Guiné, a guerrilha deparou-se com um dispositivo militar português que abrangia todo o território. Este dispositivo baseava-se em 7-8 batalhões do Exército Português dispostos em quadrícula. Essencialmente, cada batalhão ocupava um sector, que se subdividia em zonas de acção (ZA). Essas ZA's eram ocupadas por companhias que, apesar de integradas em batalhões, actuavam com grande autonomia logística e operacional. O objectivo destas companhias era privar o inimigo do contacto com as populações, e manter "limpa" a sua ZA. A busca e destruição do inimigo estava a cargo de forças de intervenção especializadas nessas acções (golpes de mão, acções de limpeza, etc.)- Páraquedistas, Comandos, Fuzileiros, etc.
Em 1963, o efectivo das forças do Exército Português destacadas na Guiné ascendia a 10 mil homens, que eram apoiados por meios aéreos estacionados em Bissalanca (no AB 2, depois BA 12), que incluíam 8 caças-bombardeiros F-86F.
Foi nas Colinas de Boé que foi feita a proclamação da independência da Guiné-Bissau, realizada a 24 de setembro de 1973, em Lugadjol.
Em 1974 Portugal reconheceu a independência de Guiné Bissau.

O realizador George Cukor morreu há 35 anos


Biografia
Filho de um advogado oriundo da Hungria, Cukor estreou-se no cinema como assistente técnico, em 1918. Mas foi em 1926, ao levar para o teatro o romance O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald, que conheceu o sucesso. Da Broadway migrou para Hollywood, em 1929.
Conhecido pela sensibilidade com que tratava temas relacionados com o universo feminino, era um artesão subtil da comédia e foi sempre um forte concorrente ao Óscar de melhor diretor, que levou em 1964 pela comédia musical My Fair Lady.
Além de My Fair Lady, conquistou público e crítica com filmes como A Costela de Adão, A Mulher Absoluta, Assim nasce uma Estrela (com Judy Garland), Justine, Viagens com a minha Tia e Ricas e Famosas, o seu derradeiro filme.

segunda-feira, janeiro 22, 2018

Há 210 anos a Família Real chegou ao Brasil

A transferência da corte portuguesa para o Brasil foi o episódio da história de Portugal e da história do Brasil em que a família real portuguesa, a sua corte de nobres e mais servos e demais empregados domésticos e, inclusive, uma biblioteca com mais de 60.000 livros, se radicaram no Brasil, entre 1808 e 1821. Tendo a leva inicial de 15.000 pessoas. Posteriormente, após 1821, muitos destes voltaram a Portugal.
A capital do Reino de Portugal foi estabelecida na capital do Estado do Brasil, a cidade do Rio de Janeiro, registando-se o que alguns historiadores denominam de "inversão metropolitana", ou seja, da colónia passou a ser exercida a soberania e a governação do império ultramarino português. Pela primeira e única vez na história uma colónia passava a sediar uma corte europeia.

A conjuntura de 1807
Depois das campanhas do Rossilhão e da Catalunha, a Espanha abandonara a aliança com Portugal, fazendo causa comum com o inimigo da véspera – a França de Napoleão. Resultou daí a invasão de 1801, em que a Grã-Bretanha de nada serviu a Portugal.
Enquanto o Corpo de Observação da Gironda penetrava em Portugal, sob o pretexto da protecção, o tratado de Fontainebleau entretanto assinado entre a França e a Espanha, retalhava Portugal em três principados. O plano de Napoleão era o de aprisionar a família real portuguesa, sucedendo ao Príncipe-regente D. João de Bragança (futuro Rei Dom João VI), o que veio a suceder a Fernando VII de Espanha e a Carlos IV de Espanha em Baiona – forçar uma abdicação. Teria Portugal um Bonaparte no trono e, paralelamente, a Inglaterra apossar-se-ia das colónias do império ultramarino português, sobretudo a colónia do Brasil.

(...)

O príncipe regente apenas no dia 23 de novembro recebeu a notícia da penetração de tropas francesas em território português. Convocou imediatamente o Conselho de Estado, que decidiu embarcar o quanto antes toda a família real e o governo, servindo-se da esquadra que estava pronta para o Príncipe da Beira e as infantas.
Nos três dias seguintes ainda se aprontaram outros navios, que viriam a transportar para o Brasil cerca de quinze mil pessoas. Em 26 de novembro, foi nomeada uma Junta Governativa do Reino para permanecer em Portugal, e difundidas Instruções aos governadores, nas quais se dizia que "quanto possível for", deviam procurar conservar em paz o reino, recebendo bem as tropas do imperador.

 (...)

A família real embarcara no dia 27 de novembro, tomando-se a bordo as últimas decisões. No dia 28 de novembro não foi possível levantar ferros, porque o vento soprava do Sul. Entretanto, as tropas francesas tinham já passado os campos de Santarém, pernoitando no Cartaxo. No dia 29 de novembro, o vento começou a soprar de nordeste, e bem cedo o Príncipe Regente ordenou a partida. Quatro naus da Marinha Real Britânica, sob o comando do capitão Graham Moore, reforçaram a esquadra portuguesa até o Brasil.
O general Junot entrou em Lisboa às 09.00 horas da manhã do dia 30 de novembro, liderando um exército de cerca 26 mil homens e tendo à sua frente um destacamento da cavalaria portuguesa, que se rendera e se pusera às suas ordens.

(...)
Chegada à Bahia
Após a partida, os navios da esquadra portuguesa, escoltados pelos britânicos, dispersaram-se devida a uma forte tempestade. Em 5 de dezembro conseguiram se reagrupar e logo depois, em 11 de dezembro, a frota avistou a ilha da Madeira.
As embarcações chegaram à costa da Bahia a 18 de janeiro de 1808 e, no dia 22, os habitantes de Salvador já puderam avistar os navios da esquadra. Às quatro horas da tarde do dia 22, após os navios estarem fundeados, o conde da Ponte (governador da capitania da Bahia à época) foi a bordo do navio Príncipe Real. No dia seguinte, fizeram o mesmo os membros da Câmara.
A comitiva real só desembarcou às cinco horas da tarde do dia 24, em uma grande solenidade.

Heath Ledger morreu há dez anos

Heathcliff Andrew "Heath" Ledger (Perth, 4 de abril de 1979 - Nova Iorque, 22 de janeiro de 2008) foi um ator australiano. Atuou inicialmente em filmes e na televisão australiana, no início da década de 90. Em 1998 mudou-se para os Estados Unidos, onde prosseguiu com a carreira. O primeiro filme do qual participou no país foi 10 Things I Hate About You, lançado em 1999. Nos anos seguintes atuou em dezanove filmes, incluindo The Patriot (2000), Monster's Ball (2001), A Knight's Tale (2001), Brokeback Mountain (2005) e The Dark Knight (2008), dirigiu videoclipes de artistas como Modest Mouse e Ben Harper e planeava seguir a carreira de diretor de cinema.
A sua interpretação de Ennis Del Mar em Brokeback Mountain foi bem elogiada pela crítica e rendeu-lhe premiações como as de melhor ator no New York Film Critics Circle Awards de 2005 e no Australian Film Institute Awards de 2006, além de nomeações para o Óscar, Globo de Ouro, SAG Awards e o BAFTA.
No dia 22 de janeiro de 2008 o seu corpo foi encontrado no seu apartamento, sendo a causa da sua prematura morte divulgada duas semanas depois, quando o serviço de medicina legal de Nova Iorque concluiu que havia ocorrido uma "intoxicação acidental por remédios prescritos". Ledger morreu aos 28 anos de idade, poucos meses depois de haver terminado de filmar The Dark Knight e enquanto participava das gravações de The Imaginarium of Doctor Parnassus. The Dark Knight foi o último projeto que concluiu, tendo sido lançado após a sua morte, mas, como apenas metade das cenas do seu personagem em Doctor Parnassus haviam sido filmadas, o roteiro deste foi modificado para que o ator fosse substituído parcialmente.
Ledger foi reconhecido por sua interpretação no filme The Dark Knight pelo papel de Joker em diversos prémios póstumos, como o Globo de Ouro e o Óscar, na categoria de melhor ator secundário.
  

A atriz Marília Pêra nasceu há 75 anos

Marília Soares Pêra (Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 1943Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2015) foi uma consagrada e premiada atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Pêra conquistou, ao longo da sua carreira, cerca de 80 prémios e atuou em 49 peças, 29 novelas e 24 filmes.

Byron nasceu há 230 anos

George Gordon Byron, 6º Barão Byron (Londres, 22 de janeiro de 1788 - Missolonghi, 19 de abril de 1824), melhor conhecido como Lorde Byron, foi um destacado poeta britânico e uma das figuras mais influentes do Romantismo, célebre por suas obras-primas, como Peregrinação de Child Harold e Don Juan (o último permaneceu inacabado, devido à sua morte iminente). Byron é considerado como um dos maiores poetas europeus, é muito lido até os dias de hoje.
Toda a obra de Byron, que exprime o pessimismo romântico, com a tendência a se voltar contra os outros e contra a sociedade, pode ser vista como um grande painel autobiográfico. Foram novos, em sua postura, o tom declarado de rebeldia ante as convenções morais e religiosas e o charme cínico de que seu herói demoníaco sempre se revestiu.
A fama de Byron não se deve somente aos seus escritos, mas também a sua vida - amplamente considerada extravagante - que inclui numerosas amantes, dívidas, separações e alegações de incesto.
Encontrou a morte em Missolonghi, onde estava a lutar ao lado dos gregos, na sua luta pela independência da opressão turca. Segundo consta, a causa da morte parece ter sido uremia, complicada por febre reumática. A sua filha, Ada Lovelace, colaborou com Charles Babbage para a criação do engenho analítico, um passo importante na história dos computadores, papel ímpar para uma mulher na História da Ciência do século XIX.
 
A família Byron
Ameaçado de excomunhão, pelo assassinato de Thomas Becket, o rei Henrique II prometeu ao papa fazer penitência e donativos aos mosteiros. Ordenou que árvores fossem tombadas e que se construíssem no local abadias, dedicadas à Virgem, que receberam o nome de Newstead.
Os monges que viviam em Newstead obedeciam a regras simples, tais como: não possuir nada, amar a Deus e ao próximo, vencer as tentações carnais e não fazer nada que provocasse escândalos. Além disso, distribuíam aos pobres esmolas anuais, em memória de seu fundador.
Os abades sucederam-se durante três séculos, até o reinado de Henrique VIII. Este, com a intenção de se casar com Ana Bolena, pediu ao papa para que anulasse seu casamento com Catarina de Aragão. O papa recusou.
Foi então, decretado o confisco de todos os conventos religiosos que não dispusessem de renda maior que 200 libras. A abadia de Newstead foi atingida pelo decreto e, os cónegos que ali viviam, foram expulsos, com benefícios mínimos concedidos pelo rei.
Os camponeses, frustrados, viram partir os monges. Imaginaram que eles iriam assombrar as celas vazias e que a abadia causaria desgraças a quem ousasse comprá-la. Um ano depois, o rei Henrique VIII vendeu o mosteiro ao seu fiel súbdito, Sir John Byron, conhecido como o “Pequeno Sir John da Barba Grande”.
Sir John pertencia a uma família que possuía muitas terras. Ele transformou a abadia num imenso e belo castelo e os seus descendentes apegaram-se àquela casa. Ninguém, exceto os camponeses, imaginava que a influência dos monges viesse a afetar tanto a família Byron.
 
A influência dos monges
O quarto lorde Byron, que viveu no século XVII, teve dois filhos que iriam marcar pela eternidade as influências negativas dos monges sobre a família: O mais velho, quinto lorde Byron, teve seu destino marcado pelo assassinato que cometeu. Ele estava em uma taberna, conversando sobre caça, quando iniciou uma ignóbil discussão com Chaworth, que havia falado mal do quinto Lorde por suas falhas na caça.
Ambos se enfrentaram e Chaworth foi rasgado pela espada de Byron. O quinto e desgraçado Lorde Byron foi julgado e absolvido. Porém carregou consigo o eterno peso de ser encarado como um assassino. Talvez, por isso, tenha desenvolvido um comportamento estranho durante sua vida, o mesmo comportamento que o qualificou com o apelido de “Lorde mau”.
Durante a noite, ele abria as represas dos rios para destruir as fábricas  de fiação; esvaziava os lagos dos vizinhos; mandou construir na margem de seu lago dois pequenos fortes de pedra, e mantinha uma frota de barcos de brinquedo, os quais fazia flutuar no lago; organizava sobre seu próprio corpo corridas de grilos que, segundo seus criados, lhe obedeciam.
Já o seu irmão (avô do Byron poeta) não conseguia fugir da semelhante sina. “Jack Mau-Tempo”, como era chamado, era um azarado almirante, que morreu como vice-almirante em 1786. O seu apelido não era ocasional. Diziam que toda vez que Byron preparava o barco e posicionava-se sobre ele, uma forte tempestade armava-se. “Jack Mau-Tempo” teve dois filhos: o mais velho, John, pai do Byron poeta, era soldado. O segundo, Georges Anson, marinheiro.
 
O nascimento e casamento com Catherine de Gight
John Byron era um soldado violento e que acumulava monstruosas dívidas, facto que levou a ser apelidado de “Jack o Louco”. Casou-se com a, até então, Marquesa de Carmarthen, uma linda jovem que abandonou o seu marido, Lord Carmarthen, para ficar com Byron, tornando-se assim, a baronesa Conyers.
Com Lady Conyers, Byron teve uma filha: Augusta Byron. Logo após o nascimento de Augusta, Lady Conyers morreu. Alguns dizem que ela foi vítima de maus-tratos de John Byron. Os Byron se defendem, alegando que sua morte foi ocasionada por imprudência da mesma, ao caçar a cavalo ainda de repouso do parto.
Logo depois da morte de Lady Conyers, John Byron foi “afogar suas mágoas” em Bath, um balneário em moda na época. Lá conheceu Catherine de Gight, uma órfã e herdeira escocesa. Catherine era feia: pequena, gorda, com pele corada demais e nariz comprido. Porém, possuía algo em que John Byron se interessava: era herdeira de 23 mil libras, destas, três mil liquidas e o resto representado pela propriedade de Gight, direitos de pescas de salmão e ações de um banco em Aberdeen.
Apesar de bem nascida, Catherine era herdeira de uma família que carregava em sua história trágicos acontecimentos. Os Gordon, representados pelo primeiro senhor de Gight, Sir William Gordon, eram realmente marcados por má sina: William Gordon morreu afogado, Alexandre Gordon assassinado, John Gordon enforcado, e por aí segue. Os membros da família possuíam um temperamento semelhante aos bárbaros. Bastava alguém se intrometer em seus caminhos, que de imediato eram atacados e mortos pelos mesmos.
A ira dos Gordon não foi suficiente para impedir o casamento de Catherine com John. Desse casamento, marcado pela desgraça, nasce George Gordon Byron, o poeta que mudaria as vertentes dos movimentos literários e submeteria fiéis seguidores às suas peripécias.
Não demorou muito para a rica Catherine, se submeter às perdas irreparáveis possibilitadas pelo marido. John tratou de gastar não só a fortuna liquida, como todos os bens de Catherine. Como se não bastasse, o mesmo tinha amantes por todos os cantos, maltratava Catherine, era audacioso para conquista de suas vontades e viveu muito bem! Até morrer à míngua: John suicidou-se pela miséria que o mesmo construiu. Tal miséria não era apenas uma consequência subjetiva, ela alastrou também à vida de Catherine. Foi essa a herança deixada por John Byron, até então.
 
George Gordon Byron: o poeta começa a descobrir o mundo
George Gordon Byron cresceu graças ao sacrifício custoso da sofrida mãe. Sozinha, Catherine desdobrou-se para criar o pequeno Byron. Procurou sempre as melhores referências para que Byron fosse alguém melhor que seu pai. Porém, não era apenas de virtudes que  Catherine usava: constantemente, era abordada por um sentimento de ira e infelicidade, os quais descontava em seu filho, batendo-lhe. Além da mãe, o pequeno Byron contava com a ira incógnita de sua governanta, cujo nome era May Gray.
Sob o teto de uma criação instável, Byron ainda portava uma pequena enfermidade que o marcaria com forte veemência: ele possuía um defeito em uma das pernas, era coxo. Tal defeito foi um obstáculo enorme no desenvolvimento do garoto, que se sentia envergonhado perante os outros. O tratamento, exaustivo, também o irritava muito.
Contudo, os anátemas destinados a esse Byron, não fariam tanto efeito como pensado. O rapaz possuía características peculiares que o destacavam. Apaixonou-se por literatura ao primeiro contacto - ainda bem novo - com a história de Caim e Abel contada por um professor de História de sua escola. Além de tudo, foi conquistando amigos no colégio de maneira bastante surpreendente, citemos: uma certa vez, um rapaz - primeiro amigo de Byron - apanhava de um tirano grandalhão. Byron, com a voz trémula e os olhos cheios de lágrimas, perguntou para o autor, quantos socos pretendia dar em seu amigo. Surpreendido, o garoto perguntou o motivo dessa “estúpida” pergunta. Byron, disse: “Se não se importar, gostaria de receber a metade”.
Byron conquistou, também, o diretor de seu colégio, o doutor Joseph Drury, que - de tanta afeição - ofereceu-se para ensinar latim e grego a Byron. O dr. Drury foi um grande condutor do menino Byron, porém ganhou diversos momentos de enxaquecas pela ousadia de tentar disciplinar o rapaz.
 
Polémica
Byron havia-se irritado com as audácias malignas da mãe. Com isso, resolveu deixar a cidade de Southwell e partiu para Londres. Lá, enquanto esperava alcançar a maioridade, Byron decidiu ser poeta, embalado pelos literatos que, durante toda sua adolescência, leu.
Escreveu uma série de poemas e, apoiado por uma amiga de Southwell - cujo nome era Elizabeth - publicou o seu primeiro livro: Horas Ociosas. Byron havia dedicado grande parte de seu tempo para concretizar o projeto. Deixou ao encargo de Elizabeth a organização e a impressão. Os primeiros exemplares impressos foram distribuídos a amigos e conhecidos. Logo então, os consequentes exemplares foram entregues às livrarias e propostos a consignação. Byron, ansioso, visitava o máximo possível de livrarias para conferir a vendagem, que por sinal era boa.
Logo, começaram as críticas: as pessoas de Southwell não haviam gostado do livro, faziam críticas frias ao trabalho de Byron e se sentiam ofendidas com suas manifestações de ódio ao lugar (Southwell). Já a crítica se ocupou da duplicidade de opinião de sempre: uns elogiavam, outros arrasavam.
Byron recebia elogios de seus amigos e de familiares distantes. Porém, um aviso sobre um artigo hostil e violento que seria publicado na Revista de Edimburgo - principal órgão liberal escocês, lhe chegou aos ouvidos. Ele esperava com grande ansiedade, mas não esperava tanto: “A poesia desse jovem Lord pertence àquela cuja existência nem Deus e nem os homens admitem. Para diminuir o seu crime, o nobre autor apresenta sobretudo o argumento de sua menoridade. Provavelmente pretende dizer: vejam como um menor pode escrever! Este poema foi feito por um rapaz de 18 anos... e este por um de 16!...”, e por aí prossegue, com um tom igualmente cruel. Byron ficou arrasado. Pensou em replicar, mas decidiu calar-se - por enquanto. Relevou o facto de que todos os escritores passam por isso em suas respectivas carreiras e prosseguiu com a mesma empolgação.
Lord Byron decidiu partir para uma viagem incógnita, na qual ele pretendia descobrir as belezas dos países vizinhos a Inglaterra. Visitou vários países e dividiu o seu gosto pela beleza contrastante entre as obras góticas e as produzidas pela guerra. Byron achava lindas as paisagens de uma cidade destruída e pelos corpos moribundos, caídos pelos cantos. Obteve diversas experiências e voltou renovado para Inglaterra. Foi, então, convocada a sua presença na Câmara dos Lordes para tomar posse do seu cargo. Byron agiu completamente contra as tradições que assolavam a Câmara: primeiro, foi acompanhado apenas de um amigo, enquanto a presença da família nunca deixou de existir como princípio aos Lordes. Depois, agiu como um indiferente ao receber os cumprimentos do presidente da Câmara. O seu amigo espantou-se ao presenciar tamanha arrogância: Byron ofereceu ao “presidente” apenas as pontas dos dedos como forma de, segundo ele, “não iludi-lo em relação ao seu possível apoio, pois não o daria a ninguém deste lugar”.
O tempo se passou e o poeta resolveu lançar seu mais novo trabalho: Childe Harold. O livro contava suas aventuras durante a viagem pela Europa e foi concebido pela sociedade como um novo fenómeno literário. Byron, de início, não acreditava que seu livro fosse capaz de causar tanto frisson; contudo, foi o que aconteceu. A obra explodiu como uma bomba prestes a iniciar novos tempos na vida de um homem que, por sua vez, estava prestes a viver algo bem mais explosivo que o sucesso: o incesto.
Nasce o Dom Juan e a eterna tormenta...
A nova vida se instalava com ares de idolatria. Um rei suspenso de seu posto por toda vida e que definitivamente tomava seu devido lugar. Byron era aclamado em todos os cantos da grande Inglaterra. Intelectuais, políticos, artistas e - principalmente - mulheres, proclamavam o seu nome em todas as discussões imagináveis.
O pequeno jovem coxo, antes recusado por inúmeras mulheres, era então o ideal imaginário de nove entre dez mulheres inglesas. Todas fantasiavam suas feições, imaginavam seus dotes e deslumbravam-se aos versos de uma literatura excêntrica e real.
Como não poderia deixar de ser, Byron enfeitiçou a alma de inúmeras mulheres - na sua maioria, casadas - e viveu romances pitorescos, condenados ao fim pelo desprezo e pela indiferença do poeta. Assim, diversas mulheres, cujos casamentos estavam condenados às ruínas, deixavam-se cobrir pelos braços do poeta querido.
Mas Byron, frágil e propenso à desgraça, não escaparia do peso maior que carregaria por toda sua vida: Augusta, a sua irmã, estava em condições iguais das mulheres casadas que se renderam aos encantos de Byron. O seu casamento não ia bem, e refugiou-se na casa do irmão para aliviar a tensão que a perseguia desde então. Byron recebeu-a de braços abertos e toda sua admiração transformou-se em cordialidade. Entretanto, algo bombástico alimentava a sua ânsia. Começou a enxergar a irmã com outros olhos: via-a como uma semelhança, um espelho raro petrificado por idêntica sina, como uma possibilidade de encontrar o Byron escondido pelo ser anti-social e céptico. Além, enxergava-a como uma mulher de exorbitante beleza e que precisava de algo a mais do que os braços seguros de um irmão. Não pensou lucidamente, quando esqueceu a semelhança sanguínea, a hereditariedade e as anátemas profetizadas em nome de um ato incomum e estonteante. Contudo, seguiu controlando-se, até as asas de uma vida errante produzirem névoas bruscas e não fornecerem apoio para a negação. Nada propunha a Byron um caminho contrário ao do seguido. Não obstante, Augusta voltou para casa grávida...
 
Morte
Lord Byron morreu enquanto lutava na Guerra de independência da Grécia, em 1824, de febres contraídas no campo de batalha. Encontra-se sepultado na Igreja de Santa Maria Madalena, Hucknall, Nottinghamshire na Inglaterra.
 
 
She walks in Beauty

She walks in beauty, like the night
Of cloudless climes and starry skies;
And all that's best of dark and bright
Meet in her aspect and her eyes:
Thus mellow'd to that tender light
Which heaven to gaudy day denies.

One shade the more, one ray the less,
Had half impair'd the nameless grace
Which waves in every raven tress,
Or softly lightens o'er her face;
Where thoughts serenely sweet express
How pure, how dear their dwelling-place.

And on that cheek, and o'er that brow,
So soft, so calm, yet eloquent,
The smiles that win, the tints that glow,
But tell of days in goodness spent,
A mind at peace with all below,
A heart whose love is innocent!

Há 155 começou uma revolta contra o domínio russo na Polónia

Brasão de armas da Revolta de Janeiro

A Revolta de Janeiro foi a mais longa insurreição polaca contra a Rússia czarista: começou a 22 de janeiro de 1863, e os últimos insurgentes não foram capturados até 1865. Começou com um protesto espontâneo de jovens polacos contra o alistamento no exército russo. A revolta foi logo apoiada por vários políticos e oficiais de alta patente polacos do exército do czar. Os revoltosos, logo cresceram em número e sem qualquer ajuda externa, foram forçados a recorrer à táticas de guerrilha. Os insurretos não conseguiram qualquer vitória militar importante e nem no decorrer da campanha, qualquer grande cidade ou fortificação foi recapturada na Polónia ocupada. A revolta conseguiu, contudo, sucesso em neutralizar o efeito da abolição pelo Czar da servidão na partição russa, que tinha sido planeada para convencer os camponeses polacos a não serem mais o suporte do resto da nação. As severas represálias contra os polacos devido à revolta, tais como execuções públicas ou deportações para a Sibéria, levaram muitos polacos a abandonar a luta armada e a retornar à ideia de "trabalho orgânico" - o auto-aperfeiçoamento económico e cultural.

Dona Zica morreu há quinze anos

(imagem daqui)

Dona Zica, pseudónimo de Euzébia Silva do Nascimento (Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 1913 - Rio de Janeiro, 22 de janeiro de 2003) foi uma sambista da velha guarda da Estação Primeira de Mangueira e a última esposa do sambista Cartola.

Biografia
Grande símbolo do Carnaval carioca, Dona Zica participou da novela Xica da Silva e a sua biografia foi escrita pela escritora pernambucana Odacy de Brito Silva. Ficou mais conhecida ao se casar com Cartola.
Dona Zica já tinha mais de 40 anos de idade quando se casou com Cartola, em 1954. Eles se conheciam desde jovens mas nunca haviam namorado, eram vizinhos no Morro da Mangueira, onde moravam. Não namoraram pois Zica já estava comprometida e na época a mulher era mal vista se o seu noivado fosse desfeito.
Zica casou-se aos 19 anos com seu primeiro marido, teve cinco filhos biológicos e adotou um sexto. Ficou viúva após 20 anos de casada. Cartola também se casou, porém não teve filhos, porque era estéril. Após ficar viúvo, viveu mais de 10 anos longe da Mangueira. Um dia, voltou e reencontrou sua antiga amiga, Zica, e começou a se interessar mais por ela, e passou a namorá-la. Casaram-se e viveram juntos 26 anos, até a morte dele, em 1980.
O seu talento gastronómico, foi decisivo nas finanças da vida do casal, pois, conforme um depoimento seu, registado na biografia de Cartola, op. cit., ela, na década de 1960, foi comandar um vatapá, na casa de Benjamin Eurico Cruz, e fez um contacto do qual viria a surgir embrião do Zicartola, famosa casa de samba do Rio de Janeiro e restaurante a qual se tornou um ponto de encontro dos sambistas da época.
Dona Zica, morreu aos 89 anos de problemas cardiovasculares. É figura inesquecível na história da nossa música, sendo bastante amiga de Dona Neuma, outra grande personalidade da Mangueira.
A escola de samba da Mangueira foi fundada em 1928, sendo a segunda escola da história do Rio, fusão de cinco blocos carnavalescos.
  
 

domingo, janeiro 21, 2018

Lola Flores nasceu há 95 anos

Maria de Los Dolores Flores Ruiz (Jerez de la Frontera, Espanha, 21 de janeiro de 1923 - Madrid, 16 de maio de 1995), foi atriz, bailarina de flamenco e cantora espanhola, conhecida por Lola Flores, La Faraona.
Nascida em 21 de janeiro de 1923, em San Miguel, província de Cádiz, em Jerez de la Frontera, Lola Flores (ou La Faraona, como era conhecida no meio artístico) foi uma das figuras mais queridas da Espanha no século XX, famosa cantora folclórica, bailarina e atriz. A sua mãe tinha ascendência cigana por parte do pai.
Em 1939, com 16 anos, estreou no Teatro Villamarta com o espetáculo Luces de España. Um de seus maiores êxitos foi como parceira artística de Manolo Caracol, com quem trabalhou até 1951.
Casou-se com o guitarrista Antonio González Batista (El Pescaílla), em 1958, com quem teve três filhos: Dolores Flores (conhecida como Lolita Flores), Antonio Flores e Rosário Flores, todos eles também cantores.
Faleceu aos 72 anos de cancro da mama, diagnosticado em 1972. Foi sepultada no Cemitério de la Almudena, em Madrid. Catorze dias após sua morte, seu filho Antonio, de 34 anos, foi encontrado em casa, morto supostamente por overdose de narcóticos. Foi enterrado junto à mãe.