terça-feira, novembro 17, 2015

Rodin morreu há 98 anos

François-Auguste-René Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 - Meudon, 17 de novembro de 1917), mais conhecido como Auguste Rodin, foi um escultor francês. Apesar de ser geralmente considerado o progenitor da escultura moderna, ele não se propôs rebelar-se contra o passado. Foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem ao seu trabalho e desejava o reconhecimento académico, embora ele nunca tenha sido aceite pela principal escola de arte de Paris.

Balzac, Paris

Rock Hudson nasceu há 90 anos

Roy Harold Scherer Jr., conhecido profissionalmente como Rock Hudson (Winnetka, 17 de Novembro de 1925 - Los Angeles, 2 de outubro de 1985), foi um ator norte-americano, famoso pelos dramas que fez com o diretor Douglas Sirk e pelas comédias românticas que fez ao lado de Doris Day.
Rock Hudson teve uma vida conturbada. Aos quatro anos foi abandonado pelo pai, Roy Harold Scherer, passando a ser educado com muita dificuldade pela mãe, Katherine Wood, uma empregada doméstica, na cama de quem dormiu até os quinze anos, no alojamento dos criados.
Estudou na New Trier High School, de Illinois. Ganhava algum dinheiro entregando jornais. Aos dezoito anos, alistou-se na Marinha dos Estados Unidos, servindo na lavandaria. Foi quando a sua sexualidade despertou. No meio de tantos rapazes, sentia-se inteiramente à vontade. Tentou até manter um comportamento viril, para se mostrar um deles. Entrou para a universidade e, orientado por um professor, tirou várias fotos e enviou-as para vários agentes de artistas de Hollywood.
Em 1946, após sair da Marinha, Roy foi para Los Angeles, onde trabalhou como camionista durante dois anos para se sustentar, até que um encontro fortuito com o observador de talentos Henry Wilson em 1948 o tirou do anonimato. Wilson apresentou Roy a Ken Hodge, um produtor musical. Os dois tornaram-se amantes. E foi numa festa, no apartamento de Ken, que Roy Sherer se tornou Rock Hudson. Os convidados decidiram que, se ele queria se tornar ator, deveria "renascer" com um outro nome. Ken pronunciou aleatoriamente "Rock", por causa do som duro; "Hudson" foi escolhido na lista telefónica.
Hudson estreou no cinema como ator secundário no filme Sangue, Suor e Lágrimas (Fighter Squadron, 1948), de Raoul Walsh e assinou um contrato com os Estúdios Universal que lhe garantia a realização de vinte e dois filmes em quatro anos. O seu primeiro grande papel a chamar atenção da crítica e do público foi no drama Sublime Obsessão (Magnificent Obsession, 1954), de Douglas Sirk, com quem faria alguns de seus melhores filmes.
Bem apessoado e com 1,93 m, a sua carreira começou como galã em vários westerns, dramas de guerra e comédias principalmente, mas não só, ao lado de Doris Day. Recebeu uma nomeação para o Óscar de Melhor Ator pelo clássico O Gigante (Giant, 1956), mas perdeu o prémio para Yul Brynner. O clássico, dirigido por George Stevens, também tinha James Dean e Elizabeth Taylor, que se transformaria numa de suas melhores amigas fora das telas.
Liz Taylor admitiu que, durante as filmagens de O Gigante, sentiu-se atraída por Hudson. Tudo inútil, pois havia para o ator alguém bem mais atraente que ela - James Dean. Este era um bissexual assumido e extrovertido. Porém, de acordo com a última biografia autorizada por Rock Hudson (Rock Hudson - História de Sua Vida), escrita pelo próprio Rock Hudson e Sara Davinson,  este diz: "Eu não simpatizava com ele (James Dean) pessoalmente", confessa Rock, "mas isso não tem importância". Rock não se dava bem com James Dean porque, na sua opinião, Dean não era "profissional". Durante as filmagens de "O Gigante", Rock Hudson e Elizabeth Taylor tiveram que passar o dia inteiro maquilhados e vestidos, esperando James Dean, que não chegava, pois assistia a uma corrida de carros noutra cidade.
Nas décadas de 50 e 60, figurou entre os dez astros de maior sucesso de bilheteira do cinema norte-americano. Quando os rumores começaram a circular em Hollywood que, ao contrário dos amantes românticos que ele interpretava no cinema, a sua orientação sexual era outra, o seu agente cinematográfico arranjou um pseudo-casamento de Hudson com Phyllis Gates, a sua secretária. Eles passaram a lua-de-mel na Jamaica e em Manhattan; o divórcio deu-se em 1958.
Na década de 70, a carreira de Hudson no cinema parecia estar no fim. Assinou então contrato para uma longa série televisiva. Para um astro de sua grandeza, era uma queda enorme. E o pior é que teria de participar de cenas na cama com a atriz Susan St. James. Eles inclusive teriam um filho na série. Para ele, era demais. Começou a beber e descuidou a sua aparência, sendo visto nos meios homossexuais de Los Angeles, São Francisco e Nova Iorque. A sua imagem ficou seriamente abalada quando se espalharam boatos de que teria se "casado" com o apresentador de um show da televisão, o ator Jim Nabors. Este acabou por perder o seu contrato quando o falatório chegou à CBS. Os dois não ousavam aparecer juntos e jamais se falaram novamente. Rock inclusive tinha medo de ir ao Havaí, pois sabia que Nabors tinha uma casa lá. Em 1982, uma revista anunciou o seu "divórcio".
A sua última aparição no cinema foi em O Embaixador (The Ambassador, 1984), de J. Lee Thompson, coestrelado por Robert Mitchum. Desde o início da década de 80, já com os primeiros indícios de que havia contraído SIDA, o ator passou a fazer mais séries para a TV, como O Casal McMillan (McMillan & Wife, 1971-1977). Os seus últimos trabalhos foram a participação em vários capítulos da série Dinastia (Dinasty).
Rock Hudson só assumiu a doença três meses antes de morrer, ao anunciar que doaria 250 mil dólares para uma fundação recém-aberta para cuidar de pesquisas sobre o vírus da SIDA. Também estava escrevendo uma biografia, cujo título provisório era A Minha História, e cujos lucros seriam para essa fundação. Faleceu a 2 de outubro de 1985, em Los Angeles, nos Estados Unidos; o seu corpo foi cremado e as cinzas atiradas ao mar.
Ganhou quatro vezes o Golden Globe.


Kat DeLuna faz hoje 28 anos

Kathleen Emperatriz DeLuna (Bronx, Nova Iorque, 26 de Novembro de 1987) é uma cantora americana de R&B e pop de origem dominicana, mais conhecida como Kat DeLuna. Ela assinou um contrato com a gravadora Universal Motown, sendo bastante conhecida pelo sua voz de soprano e por ter ganho um Billboard Latin Music Awards com o seu primeiro single "Whine Up". 


Heitor Villa-Lobos morreu há 56 anos

Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 5 de março de 1887 - Rio de Janeiro, 17 de novembro de 1959) foi um maestro e compositor brasileiro.
Destaca-se por ter sido o principal responsável pela descoberta de uma linguagem peculiarmente brasileira em música, sendo considerado o maior expoente da música do modernismo no Brasil, compondo obras que contém nuances das culturas regionais brasileiras, com elementos das canções populares e indígenas. No Brasil, a sua data de nascimento é celebrada como Dia Nacional da Música Clássica.


A Rainha D.ª Leonor morreu há 490 anos

A Rainha, trajando de viúva, rezando no seu magnífico Livro de Horas, por sobre a pintura flamenga Panorama de Jerusalém, oferecida por seu primo, o Imperador Maximiliano I
Leonor de Avis, Leonor de Portugal, Leonor de Lencastre ou Infanta Leonor, e, mais recentemente, no estrangeiro, "Leonor de Viseu", do nome do título secundário de seu pai, o infante Fernando de Portugal, Duque de Viseu (Beja, 2 de maio de 1458 - Paço de Xabregas, Lisboa, 17 de novembro de 1525), foi uma princesa portuguesa da Casa de Avis, e Rainha de Portugal a partir de 1481, pelo casamento com seu primo João II de Portugal, o Príncipe Perfeito. Pela sua vida exemplar, pela prática constante da misericórdia, e mais virtudes cristãs, alcançou de alguns historiadores o epíteto de "Princesa Perfeitíssima", inspirado no cognome do Rei seu marido, a cuja altura sempre se soube manter para o juízo da história.
A rainha D.ª Leonor de Avis é também a terceira e última rainha consorte de Portugal nascida em Portugal, tendo a primeira sido Leonor Teles e a segunda a sua tia, e sogra, Isabel de Avis, mulher de Afonso V. Com o seu casamento acaba o Século de Oiro Português, caracterizado por casamentos endogâmicos continuados entre os descendentes da Ínclita Geração, entre a prole de João I e da sua rainha Filipa de Lancastre. Leonor foi sem dúvida uma das mais notáveis soberanas portuguesas de todos os tempos, pela sua vida, importância, influência, obra, e legado aos vindouros.
Foi também a primeira dos ocupantes do trono português com sangue Bragança, pela sua avó materna, a infante Isabel de Barcelos, filha do 1º duque de Bragança - logo se lhe seguindo seu irmão Manuel I, como primeiro rei reinante, e seu sobrinho Jaime I, Duque de Bragança, como primeiro Bragança herdeiro jurado do trono, na permanente relação entre a Casa Real, de origem ilegítima, e o seu ramo Bragança, igualmente ilegítimo, sempre casando entre si.
(...)
 
Estátua da rainha D. Leonor em Beja, sua cidade natal
Leonor reinou no apogeu da fortuna da expansão portuguesa, quando Lisboa se transformara na capital europeia do comércio de riquezas exóticas: e foi por isso mesmo no seu tempo a mais rica princesa da Europa, conforme demonstra uma obra recente a respeito da administração da sua grande casa.
Essa grande fortuna, que cresceu exponencialmente com a chegada à Índia e com o comércio ultramarino, visto seu pai ter sido filho adoptivo e herdeiro universal do Infante D. Henrique, o Navegador, e das grandes mercês que recebeu dos reis seu marido e seu irmão, empregou-a depois de viúva na prática da caridade constante, da devoção verdadeira, no patrocínio de obras religiosas, e sobretudo na assistência social aos pobres: assim, encorajou, fomentou e financiou o projecto de Frei Miguel Contreiras de estabelecimento de Misericórdias gerida por irmandades em todo o reino, notável iniciativa precursora em toda a Europa. A rede de Misericórdias portuguesa chegou até aos nossos dias, sempre activa no papel social e caritativo a que a Rainha a destinou.
Armas da Rainha D. Leonor de Aviz, enquanto casada

segunda-feira, novembro 16, 2015

Notícia sobre um desastre ambiental (e não só...) no Brasil

O Brasil não tem as cores da bandeira francesa por causa da lama de Minas Gerais
Kathleen Gomes (no Rio de Janeiro)
16.11.2015

A povoação de Bento Rodrigues depois da ruptura da barragem

Dilma e a imprensa demoraram a chegar a um dos maiores desastres ambientais da História do Brasil. Começou há 11 dias, pode durar décadas.

Quando o Cristo Redentor e o Palácio do Planalto se acendem à noite com as cores da bandeira francesa e Paris domina os noticiários, muitos brasileiros perguntam: e Mariana? A ruptura de duas barragens no estado de Minas Gerais há 11 dias provocou um dos maiores desastres ambientais da História do Brasil, mas quem olhasse ontem para as bancas de jornais ou assistisse ao telejornal da Globonews no domingo à noite não iria encontrar nada sobre o assunto. Uma frase tornou-se popular no Facebook brasileiro: “Minha foto do perfil não tem cores da bandeira de França devido a lama de Minas Gerais”.
Tratada inicialmente como uma tragédia de impacto meramente local, que soterrou uma comunidade rural de 600 habitantes, Bento Rodrigues, a enxurrada de lama, resíduos de minério e químicos – com um volume equivalente a 25 mil piscinas olímpicas – segue o seu percurso lento, mas imparável, no Rio Doce. A quinta maior bacia hidrográfica do Brasil já foi declarada oficialmente morta por ambientalistas e biólogos.
Poucos prestaram real atenção ao que estava a acontecer, antes da mancha de lama alastrar a centenas de quilómetros e antes dos vídeos de peixes a morrer numa sopa de lama e detritos circularem nas redes sociais. Boa parte da imprensa demorou em reagir e enviar repórteres para a região. A empresa mineira que administrava as duas barragens de Mariana, utilizadas para depositar os resíduos produzidos no tratamento e limpeza do minério de ferro, não ofereceu muitas explicações sobre as rupturas, apesar dos indícios de negligência, como a inexistência de um sistema de alerta das populações próximas das barragens, divulgadas na imprensa. Os políticos locais e regionais relativizaram inicialmente o sucedido, escudando-se de apontar responsabilidades à empresa mineira Samarco, que chegou a ser classificada como uma “vítima” do acidente por um representante do governo de Minas Gerais.
A Presidente Dilma Rousseff limitou-se a fazer algumas declarações de solidariedade e apoio no Twitter um dia depois da ruptura das barragens e foi cumprindo a sua agenda habitual em Brasília. Depois das críticas se avolumarem, Dilma visitou a região afectada na quinta-feira, uma semana depois da ruptura das barragens, mas apenas sobrevoou de helicóptero. Não se encontrou com as vítimas mais directamente atingidas pelo desastre.
“Foi muito ruim ela não ter descido”, diz ao PÚBLICO Alexandra Sandra Maranho, moradora de Mariana e coordenadora do Movimento dos Atingidos Por Barragens (MAB) em Minas Gerais, uma organização histórica de génese popular destinada a representar e defender os direitos das populações adjacentes a barragens. “Ela deveria ter visitado as famílias” desalojadas pela inundação de lama, “deveria ter mostrado esse lado humano”, diz por telefone.
O MAB opera como porta-voz e negociador popular junto do poder político e das empresas mineiras. “Esses processos são muito delicados, porque deixam uma comunidade pobre diante de uma empresa muito grande, muito poderosa. A empresa procura sempre negociar com as famílias separadamente. O que a gente cobra do governo federal e estadual é que cuidem para que esses processos sejam feitos colectivamente, com a participação das famílias, e que não apliquem uma receita pronta”, explica Alexandra Maranho. “A empresa tem muita pressa em fazer as coisas. Quer logo resolver tudo para dizer que fez."
Alexandra Sandra Maranho encontrou-se com Dilma em Belo Horizonte na quinta-feira de manhã para apresentar as preocupações e necessidades das 183 famílias – num total de 631 pessoas – que estão realojadas em hotéis e pousadas de Mariana. Elas querem que a Samarco garanta o seu realojamento provisório, uma renda mensal e apresente um plano para reconstruir e manter a comunidade agregada. A Samarco tem feito propostas individuais de realojamento, “mas não tem uma metodologia de agrupamento”, no sentido de manter a comunidade unida. “Não tem como reconstruir a comunidade de Bento Rodrigues naquele lugar”, diz.
Na manhã da sua visita a Minas Gerais, Dilma Rousseff disse ter presenciado “talvez o maior desastre ambiental que afectou grandes regiões no país" e anunciou a aplicação de uma multa à Samarco no valor de 250 milhões de reais (60,8 milhões de euros).
Apesar de a Samarco anunciar desde o primeiro dia que a lama não é tóxica, análises laboratoriais das águas do Rio Doce detectaram a presença de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre e mercúrio. “O Rio Doce acabou. Parece que atiraram a tabela periódica inteira” para dentro do rio, disse Luciano Magalhães, director do Serviço Autónomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guandu, município no estado de Espírito Santo que declarou o estado de calamidade pública e que, como tantas outras localidades dependentes do Rio Doce, teve de suspender a distribuição de água potável à população.
O impacto ambiental do desastre ainda é incalculável, alertam biólogos, e pode demorar décadas até a biodiversidade e a fertilidade dos solos atingidos ser reposta. Alguns cientistas têm notado que, independentemente de ser tóxica ou não, a lama altera a profundidade e a largura do rio e reduz os níveis de oxigénio na água, afectando a reprodução e alimentação dos peixes. O último balanço oficial do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, fornecido ao PÚBLICO, é de sete mortos confirmados e 15 pessoas desaparecidas – nove são trabalhadores ligados à Samarco, seis são moradores de Bento Rodrigues, incluindo uma menina de quatro anos. Foram encontrados quatro corpos, mais aguardam identificação.
As causas da ruptura das barragens ainda estão por apurar. Segundo a revista Época, há já três anos que as barragens não eram inspeccionadas pela entidade pública responsável pela fiscalização das empresas e equipamentos mineiros, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). O DNPM não exige que as empresas emitam relatórios anuais sobre a segurança das suas barragens. E no estado de Minas Gerais existem apenas oito inspectores para 735 barragens.
“A fiscalização fica a cargo da empresa, que por sua vez contrata consultores externos. Isso tem uma vantagem e uma desvantagem. Vantagem: contrata-se um especialista que percebe do assunto. Desvantagem: a informação sobre a barragem perde-se ao longo do tempo, de cada vez que vai um especialista externo diferente”, diz ao PÚBLICO Anderson Pires Duarte, professor de engenharia de segurança no trabalho em Belo Horizonte. “Uma barragem não rompe de um dia para o outro. Ela apresenta sinais. Se você monitorizar constantemente, você vai conhecer essa barragem e perceber se há mudanças – de inclinação, fendas, infiltração, crescimento de vegetação, etc.”
Entre 2006 e 2008, Anderson analisou 123 barragens de Minas Gerais para uma investigação de mestrado e calculou que 30% tinham um potencial elevado de ruptura. Contudo, nenhuma delas estava classificada como tal pelo órgão ambiental de Minas Gerais. Apesar de não poder confirmar se as barragens de Mariana que se romperam estavam incluídas nesses 30% por ter assinado um acordo de confidencialidade em que se comprometeu a não identificar as barragens analisadas, o engenheiro diz que “pelo porte, volume e altura, e pelo facto de terem população a jusante, automaticamente se classificam nesse grupo de alto risco”.

José Saramago nasceu há 93 anos

Foi galardoado com o Nobel de Literatura de 1998. Também ganhou, em 1995, o Prémio Camões, o mais importante prémio literário da língua portuguesa. Saramago foi considerado o responsável pelo efectivo reconhecimento internacional da prosa em língua portuguesa. A 24 de agosto de 1985 foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada e a 3 de dezembro de 1998 foi elevado a Grande-Colar da mesma Ordem, uma honra reservada apenas a Chefes de Estado.
O seu livro Ensaio sobre a Cegueira foi adaptado para o cinema e lançado em 2008, produzido no Japão, Brasil, Uruguai e Canadá, dirigido por Fernando Meirelles (realizador de O Fiel Jardineiro e Cidade de Deus). Em 2010 o realizador português António Ferreira adapta um conto retirado do livro Objecto Quase, conto esse que viria dar nome ao filme Embargo, uma produção portuguesa em co-produção com o Brasil e Espanha.
Nasceu no distrito de Santarém, na província geográfica do Ribatejo, no dia 16 de novembro, embora o registo oficial apresente o dia 18 como o do seu nascimento. Saramago, conhecido pelo seu ateísmo e iberismo, foi membro do Partido Comunista Português e foi director-adjunto do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado, em segundas núpcias, com a espanhola Pilar del Río, Saramago viveu na ilha espanhola de Lanzarote, nas Ilhas Canárias.
A 29 de junho de 2007 constitui a Fundação José Saramago para a defesa e difusão da Declaração Universal dos Direitos Humanos e dos problemas do meio ambiente. Em 2012 a Fundação José Saramago abre as suas portas ao público na Casa dos Bicos em Lisboa, presidida pela sua mulher Pilar del Río.


Passado, Presente, Futuro

Eu fui. Mas o que fui já me não lembra:
Mil camadas de pó disfarçam, véus,
Estes quarenta rostos desiguais.
Tão marcados de tempo e macaréus.

Eu sou. Mas o que sou tão pouco é:
Rã fugida do charco, que saltou,
E no salto que deu, quanto podia,
O ar dum outro mundo a rebentou.

Falta ver, se é que falta, o que serei:
Um rosto recomposto antes do fim,
Um canto de batráquio, mesmo rouco,
Uma vida que corra assim-assim.

 

in Os Poemas Possíveis (1966) - José Saramago

António Aleixo morreu há 66 anos

António Fernandes Aleixo (Vila Real de Santo António, 18 de fevereiro de 1899 - Loulé, 16 de novembro de 1949) foi um poeta popular português.

Poeta possuidor de uma rara espontaneidade, de um apurado sentido filosófico e notável pela «capacidade de expressão sintética de conceitos com conteúdo de pensamento moral», António Aleixo tinha por motivos de inspiração desde as brincadeiras dirigidas aos amigos até à crítica sofrida das injustiças da vida. É notável em sua poesia a expressão concisa e original de uma "amarga filosofia, aprendida na escola impiedosa da vida".
A sua conhecida obra poética é uma parte mínima de um vasto repertório literário. O poeta, que escrevia sempre usando a métrica mais comum na língua portuguesa (heptassílabos, em pequenas composições de quatro versos, conhecidas como "quadras" ou "trovas"), nunca teve a preocupação de registar as suas composições. Foi o trabalho de Joaquim de Magalhães, que se dedicou a compilar os versos que eram ditados pelo poeta, no intuito de compor o primeiro volume das suas poesias (Quando Começo a Cantar), com o posterior registo do próprio poeta, tendo o incentivo daquele mesmo professor, a obra de António Aleixo adquiriu algum trabalho documentado. Antes de Magalhães, contudo, alguns amigos do poeta lançaram folhetos avulsos com quadras por ele compostas, mais no intuito, à época, de angariar algum dinheiro que ajudasse o poeta na sua situação de miséria que com a intenção maior de permanência da obra na forma escrita.
Estudiosos de António Aleixo ainda conjugam esforços no sentido de reunir o seu espólio, que ainda se encontra fragmentado por vários pontos do Algarve, algum dele já localizado. Sabe-se também que vários cadernos seus de poesia, foram queimados, como meio de defesa contra o vírus infeccioso da doença que o vitimou, sem dúvida, um «sacrifício» impensado, levado a cabo pelo desconhecimento de seus vizinhos. Foi esta uma perda irreparável de um património insubstituível no vasto mundo da literatura portuguesa.

Que Feliz Destino o Meu

MOTE

«Que feliz destino o meu
Desde a hora em que te vi;
Julgo até que estou no céu
Quando estou ao pé de ti.»



GLOSAS

Se Deus te deu, com certeza,
Tanta luz, tanta pureza,
P'rò meu destino ser teu,
Deu-me tudo quanto eu queria
E nem tanto eu merecia...
Que feliz destino o meu!

Às vezes até suponho
Que vejo através dum sonho
Um mundo onde não vivi.
Porque não vivi outrora
A vida que vivo agora
Desde a hora em que te vi.

Sofro enquanto não te veja
Ao meu lado na igreja,
Envolta num lindo véu.
Ver então que te pertenço,
Oh! Meu Deus, quando assim penso,
Julgo até que 'stou no céu.

É no teu olhar tão puro
Que vou lendo o meu futuro,
Pois o passado esqueci;
E fico recompensado
Da perda desse passado
Quando estou ao pé de ti.

in
Este Livro que Vos Deixo (1969) - António Aleixo

Paul Hindemith nasceu há 120 anos

Paul Hindemith (Hanau, Hesse, 16 de novembro de 1895Frankfurt am Main, 28 de dezembro de 1963), foi um compositor, violinista, violista, maestro e professor alemão.


domingo, novembro 15, 2015

Estamos todos de luto...


A Rainha D.ª Maria II morreu há 162 anos


Maria II de Portugal, de nome completo: Maria da Glória Joana Carlota Leopoldina da Cruz Francisca Xavier de Paula Isidora Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1819 - Lisboa, 15 de novembro de 1853) foi rainha de Portugal de 1834 a 1853. Era filha do rei D. Pedro IV de Portugal (Imperador do Brasil como D. Pedro I) e da arquiduquesa Dona Leopoldina de Áustria e irmã mais velha de D. Pedro II, imperador brasileiro, também filho de Pedro IV com Leopoldina. Foi cognominada de A Educadora ou A Boa Mãe, em virtude da aprimorada educação que dispensou ao seus muitos filhos. Maria da Glória era loira, de pele muito fina, olhos azuis como a mãe austríaca. Foi a 31.ª Rainha de Portugal e dos Algarves aquando da abdicação do pai, de 1826 a 1828, e de 1834 a 1853.


O último Rei português nasceu há 126 anos

D. Manuel II de Portugal, de nome completo: Manuel Maria Filipe Carlos Amélio Luís Miguel Rafael Gabriel Gonzaga Xavier Francisco de Assis Eugénio de Bragança Orleães Sabóia e Saxe-Coburgo-Gotha (Lisboa, Santa Maria de Belém, 15 de novembro de 1889Londres, 2 de Julho de 1932) foi o trigésimo-quarto e último Rei de Portugal. D. Manuel II sucedeu ao seu pai, o rei D. Carlos I, depois do assassinato deste e do seu irmão mais velho, o príncipe real D. Luís Filipe, a 1 de fevereiro de 1908. Antes da sua ascensão ao trono, D. Manuel foi Duque de Beja e Infante de Portugal.

A Frida dos ABBA faz hoje 70 anos!

Anni-Frid Synni Lyngstad, também conhecida como Frida, (Ballangen, 15 de novembro de 1945) é uma cantora sueca nascida na Noruega, ex-integrante do grupo sueco ABBA. Formalmente, e pelo seu casamento com o príncipe soberano da Casa Real de Reuss (morto em 1999), tornou-se em Sua Alteza Sereníssima a Princesa Anni-Frid Synni Reuss, Condessa de Plauen.

Anni-Frid nasceu fruto do relacionamento da norueguesa Synni Lyngstad com o sargento alemão Alfred Haase, casado, em serviço na Noruega durante a ocupação alemã desse país na Segunda Guerra Mundial. Para evitar os preconceitos vigentes no país à época em relação às mulheres que tiveram relacionamentos com militares alemães, a sua mãe e avó mudaram-se para a Suécia, tendo ido residir na cidade de Torshälla, perto de Eskilstuna. Synni faleceu antes de Anni completar dois anos e Anni-Frid foi criada por sua avó materna Arntine. Frida só conheceria o pai em 1977 quando já era muito famosa pelo sucesso do grupo ABBA. Na então Alemanha Ocidental, a família do ex-combatente Alfred Haase ficou sabendo da história de Frida e a acharam muito semelhante ao pai. Através de pesquisas e telefonemas as suspeitas foram confirmadas e um encontro entre os dois ocorreu.
A sua avó estimulou-a muito a cantar, e aos nove anos de idade fez a sua primeira apresentação diante de um público. Aos treze, já cantava com diferentes bandas. Com 14 anos de idade, começou a cantar em restaurantes em Malmö, no sul da Suécia, o que conseguiu apesar de pouca idade porque, fisicamente, aparentava mais. Em seguida começou a cantar numa grande banda, que tocava músicas de estilo jazzístico. Juntamente com Ragnar Fredriksson criou sua própria banda, a Anni Frid Four.
Casou-se com apenas dezasseis anos com Ragnar Fredriksson. Desse relacionamento teve dois filhos: Hans (1963) e Lise-Lotte (1967-1998), mas divorciou-se aos 23 anos. E de início, os dois filhos ficaram sob a guarda de Ragnar. Frida somente obteve a guarda dos filhos quando estava bem estabelecida no ABBA.

Em 1967 lançou seu primeiro disco single, que obteve pouco êxito. Em 1969 conheceu Benny Andersson, os dois apaixonam-se e vão morar juntos. Em 1970, ele produz o seu primeiro álbum, sem muito sucesso. Em 1973 entrou para o grupo ABBA, juntamente com o seu marido Benny e com o casal Björn e Agnetha. Este é o começo dos ABBA e todo o seu sucesso, com hit's como Dancing Queen e Fernando (na segunda Frida na voz principal),o grupo conquista o mundo, com sucesso em diversos países. Os ABBA resistem até 1982, quando, depois do divórcio de Agnetha e Björn, Frida e Benny também acabam por se separar. Depois da dissolução dos ABBA, gravou alguns disco as solo, porém, como Agnetha, nunca mais atingiu o sucesso que tinha durante a existência dos ABBA.
Frida casou-se em 1992 com o príncipe soberano Heinrich Ruzzo Reuss de Plauen, que morreu de cancro em 1999. Ao casar com este príncipe passou a ser titulada como Sua Alteza Sereníssima a Princesa Anni-Frid Synni Reuss de Plauen. Antes da morte de seu marido outro trágico acontecimento ocorreu em 1998: a sua filha Lise-Lotte morre num acidente automobilístico nos Estados Unidos. Atualmente, mora na Suíça, e em 2004 gravou com Jon Lord (ex-Deep Purple) o single The Sun Will Shine Again, incluído no álbum de Lord intitulado Beyond the Notes.
Recentemente, ao completar os sessenta anos, foi editado um DVD no qual, além de uma agradável conversa sobre todas as épocas de sua vida profissional, podemos ver também a maior parte dos seus vídeos, atuações e entrevistas.
Depois de em 2008 ter aparecido e até dançado com Agnetha e Meryl Streep na primeira sessão do "Mamma Mia" em Estocolmo, Frida aparece novamente no RockBjörnen com Agnetha, para delírio dos seus fãs.



Kepler morreu há 385 anos

Johannes Kepler (Weil der Stadt, 27 de dezembro de 1571 - Ratisbona, 15 de novembro de 1630) foi um astrónomo e matemático alemão. Considerado figura-chave da revolução científica do século XVII. É mais conhecido por ter formulado as três leis fundamentais da mecânica celeste, conhecidas como Leis de Kepler, codificadas por astrónomos posteriores com base em suas obras Astronomia Nova, Harmonices Mundi, e Epítome da Astronomia de Copérnico. Essas obras também forneceram uma das bases para a teoria da gravitação universal de Isaac Newton.

Christoph Willibald Gluck morreu há 228 anos

Christoph Willibald Gluck (Berching, 2 de julho de 1714Viena, 15 de novembro de 1787) foi um compositor musical alemão. Juntamente com o seu principal libretista, Ranieri de' Calzabigi (1714–1795), Gluck foi responsável pela “segunda reforma da ópera”. O impacto dessa reforma ecoou durante muito tempo na história da música. Por conta disso, durante mais de um século a obra de Gluck representou uma fronteira intransponível. Nenhuma ópera séria anterior à sua reforma era representada de forma regular.


Chad Kroeger - 41 anos

Chad Robert Turton-Kroeger (Hanna,15 de novembro de 1974) é o vocalista e guitarrista da banda canadiana Nickelback, iniciou a sua carreira durante a adolescência quando, aos 13 anos começou a aprender a tocar guitarra sozinho. Mais tarde criou uma banda, a Village Idiots, que tocavam covers. Em 1995 cria os Nickelback com o seu irmão Mike, um amigo, Ryan Peake, e o primo Brandon Kroeger. No dia 21 de agosto de 2012, revelou um noivado, até então secreto, com a cantora canadiana Avril Lavigne, a qual o ajudou compondo algumas músicas em estúdio. Chad casou com Avril no dia 1 de julho deste ano (2013) em França, no Chateau de la Napoule, no sul do país. A festa durou três dias, de acordo com o site PopSugar. “Quando você olha para essa aliança no seu dedo, olha para o outro todos os dias e chama aquela pessoa de marido ou mulher, é um sentimento muito especial”, confessou o vocalista dos Nickelback.
A  sua banda, Nickelback, já vendeu mais de 60 milhões de discos por todo mundo, sendo uma das bandas mais bem sucedidas do rock.

sábado, novembro 14, 2015

O saudoso rei Hussein da Jordânia nasceu há 80 anos

Hussein ibn Talal (Amã, 14 de novembro de 1935 - Amã, 7 de fevereiro de 1999) foi rei da Jordânia entre 1953 e 1999.

Família e primeiros anos de vida
Hussein pertence à dinastia dos hachemitas, cujos membros se consideram descendentes de Maomé. Era filho do rei Talal e de Zein al-Sharaf bint Jamil, bisneto de Hussein ibn Ali e primo do rei Faiçal II do Iraque.
Fez os seus estudos em Amã, no Victoria College de Alexandria e na Harrow School em Inglaterra. Neste país frequentou também a Royal Military Academy Sandhurst.

Reinado
Em 1952 Hussein sucedeu ao pai, que devido aos seus problemas de esquizofrenia foi declarado inapto para governar pelo parlamento da Jordânia. Hussein foi coroado no ano seguinte, quando tinha apenas dezoito anos de idade.
Em 1957 teve que fazer frente um golpe de estado, por causa do qual decretou a lei marcial e dissolveu todos os partidos políticos. No ano seguinte sobreviveu a uma tentativa de assassinato, ordenada pela Síria, e, em 1959, a uma nova tentativa de golpe de estado.
Hussein manteve uma política próxima dos estados ocidentais, em particular dos Estados Unidos e do Reino Unido. Procedeu a uma modernização do país e das forças armadas, tendo neste último caso recebido uma ajuda especial dos Estados Unidos.
Em 1967 na sequência da Guerra dos Seis Dias a Jordânia perdeu a Cisjordânia e a parte oriental de Jerusalém para Israel. Outra consequência da guerra seria a chegada de mais refugiados palestinianos à Jordânia, o que teria consequências políticas internas.
Por volta de 1970 os vários grupos que integravam a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) tinham praticamente criado na Jordânia um estado dentro do estado, controlando áreas próximas da fronteira a partir das quais realizavam ataques contra Israel. Em setembro de 1970, Hussein enviou exército contra os palestinianos, que executaria milhares destes, naquilo que ficou conhecido como o Setembro Negro. A subjugação dos palestinianos na Jordânia ficou concluída em meados de 1971; os guerrilheiros da OLP bem como vários refugiados palestinianos fugiram para o Líbano.
A partir de 1979 Hussein iniciou o processo de reconciliação com Yasser Arafat, líder da OLP. Em 1987 abdicou das reivindações territoriais jordanas sobre a Cisjordânia; desde então a tarefa de representação política dos palestinianos passaria a recair inteiramente sobre a OLP.
As primeiras eleições democráticas na Jordânia desde a década de 1950 foram autorizadas pelo rei em 1989. As mulheres da Jordânia, aos quais o rei tinha concedido o direito de voto em 1974, tiveram nestas eleições a sua primeira participação. O resultado seria a conquista de cerca de 40% dos votos por parte de partidos políticos ligados ao fundamentalismo islâmico hostis ao rei. Em 1993 Hussein dissolveu o parlamento e convocou novas eleições, tendo desta feita saído como vencedoras as forças moderadas.
Em 1994 Hussein assinou com Yitzhak Rabin um tratado de paz com Israel numa aldeia fronteiriça entre os dois países. Contudo, o tratado não foi bem recebido por uma porção significativa da população.
Em 1998 adoeceu com cancro; o rei já tinha sido tratado nos Estados Unidos com sucesso a esta doença em 1992, mas desta feita acabaria por não sobreviver. Antes de falecer, Hussein alterou a ordem sucessória, retirando o seu irmão Hassan como seu sucessor (este estava nomeado como sucessor desde 1965) para colocar na posição o seu filho mais velho, Abdullah.

Vida familiar
Hussein foi casado com quatro mulheres ao longo da sua vida. O seu primeiro casamento ocorreu em 1955 com a princesa Dina, com a qual teve uma filha, Aisha; o casamento foi dissolvido no ano seguinte.
Em 1961 casou com uma inglesa, Antoinette Gardiner, que mudou o seu nome para Muna e com a qual teve o princípe Abdullah II da Jordânia (actual rei), bem como Faisal, Aisha e Zein. Em 1972 divorciou-se de Muna e casou com Alia Baha Eddian, falecida num acidente de helicóptero de 1977. Com Alia teve dois filhos, a princesa Haya e o princípe Ali.
O seu quarto casamento foi em 1978 com Lisa Najeeb Halaby, norte-americana de ascendência síria, inglesa e sueca. Ela alterou o seu nome para Noor após a conversão ao islão. Desta união resultaram dois filhos, Hamzah e Hashem, e duas filhas, Iman e Raiyah.

Monet nasceu há 175 anos!

Oscar-Claude Monet (Paris, 14 de novembro de 1840 - Giverny, 5 de dezembro de 1926) foi um pintor francês e o mais célebre entre os pintores impressionistas.
O termo impressionismo surgiu devido a um dos primeiros quadros de Monet, "Impressão, nascer do sol", quando de uma crítica feita ao quadro pelo pintor e escritor Louis Leroy: "Impressão, nascer do Sol” – eu bem o sabia! Pensava eu, justamente, se estou impressionado é porque há lá uma impressão. E que liberdade, que suavidade de pincel! Um papel de parede é mais elaborado que esta cena marinha. A expressão foi usada originalmente de forma pejorativa, mas Monet e seus colegas adotaram o título, sabendo da revolução que estavam iniciando na pintura.
Tulipes des Pays-Bas, 1872

O músico grego Yanni faz hoje 61 anos

Yanni, (nascido Yiannis Chrysomallis, Kalamata, Grécia, 14 de novembro de 1954) é um músico, teclista e compositor.


Os pais de Yanni Chrysomallis eram artistas e fãs de música clássica. Filho de uma cantora e de um violonista, Yanni cresceu ouvindo Beethoven, Mozart, Chopin, Stravinsky e outros grandes nomes da música erudita. Estas acabaram se tornando as maiores influências de sua carreira como teclista e compositor de um estilo que ele prefere chamar de instrumental contemporânea.
Apesar de sempre ter sido um amante de música, Yanni passou a infância e adolescência dedicando-se à natação e, aos 14 anos, já havia batido recordes na Grécia como nadador.
Aos 18 anos, mudou-se para os Estados Unidos, onde estudou psicologia na Universidade de Minnesota por três anos e meio. No entanto, ao terminar a faculdade, decidiu abandonar a carreira de psicólogo antes mesmo de iniciá-la, resolvendo dedicar-se apenas à música. Aos 21 anos, Yanni aprendeu a tocar teclado sozinho e passou a fazer parte de uma banda de rock local, intitulada Chameleon.
Alguns anos depois, decidiu mudar-se para Los Angeles com o baterista Charlie Adams, que conhecera na época dos Chameleon, e começou a gravar as suas próprias composições pelo selo Private Music. Em 1986 lançou o seu segundo álbum, Keys to Imagination.
A partir daí, não demorou muito para que o teclista se afirmasse como um conceituado músico de estúdio, compositor de jingles e produtor. Pouco tempo depois tornou-se um dos artistas com mais vendas do selo Private Music.
Considerado um dos nomes de maior destaque na música instrumental, a fama de Yanni aumentou a partir de seu relacionamento com a atriz americana Linda Evans, no início da década de 90. Por ser muito popular nos Estados Unidos na época, Evans foi a maior responsável pelo grande interesse dos media pelo teclista. Eles tiveram um relacionamento amoroso de nove anos.
Por ser autodidata, Yanni não sabe ler ou escrever músicas do modo tradicional. Ao invés disso, inventou uma maneira própria de compor, ainda na infância, e continua criando as suas músicas usando a mesma técnica até hoje, depois de quase vinte anos de carreira e mais de vinte e dois discos. As composições de Yanni também ficaram famosas nos Estados Unidos após terem sido usadas em programas de televisão e na abertura dos Jogos Olímpicos.
   
    

Amadeo de Souza-Cardoso nasceu há 128 anos

Pertencente à primeira geração de pintores modernistas portugueses, Amadeo de Souza-Cardoso destaca-se entre todos eles pela qualidade excecional da sua obra e pelo diálogo que estabeleceu com as vanguardas históricas do início do século XX. "O artista desenvolveu, entre Paris e Manhufe, a mais séria possibilidade de arte moderna em Portugal num diálogo internacional, intenso mas pouco conhecido, com os artistas do seu tempo". A sua pintura articula-se de modo aberto com movimentos como o cubismo o futurismo ou o expressionismo, atingindo em muitos momentos – e de modo sustentado na produção dos últimos anos –, um nível em tudo equiparável à produção de topo da arte internacional sua contemporânea.
A morte aos 30 anos de idade irá ditar o fim abrupto de uma obra pictórica em plena maturidade e de uma carreira internacional promissora mas ainda em fase de afirmação. Amadeo ficaria longamente esquecido, dentro e, sobretudo, fora de Portugal: "O silêncio que durante longos anos cobriu com um espesso manto a visibilidade interpretativa da sua obra [...], e que foi também o silêncio de Portugal como país, não permitiu a atualização histórica internacional do artista"; e "só muito recentemente Amadeo de Souza-Cardoso começou o seu caminho de reconhecimento historiográfico".
Avant la Corrida, 1912