Família e primeiros anos de vida
Reinado
Em
1952 Hussein sucedeu ao pai, que, devido aos seus problemas de
esquizofrenia,
foi declarado inapto para governar pelo parlamento da Jordânia. Hussein
foi coroado no ano seguinte, quando tinha apenas dezoito anos de idade.
Em
1957
teve que fazer frente um golpe de estado, por causa do qual decretou a
lei marcial e dissolveu todos os partidos políticos. No ano seguinte
sobreviveu a uma tentativa de assassinato, ordenada pela Síria, e, em
1959, a uma nova tentativa de golpe de estado.
Hussein manteve uma política próxima dos estados ocidentais, em particular dos
Estados Unidos e do
Reino Unido.
Procedeu a uma modernização do país e das forças armadas, tendo neste
último caso recebido uma ajuda especial dos Estados Unidos.
Em
1967 na sequência da
Guerra dos Seis Dias a Jordânia perdeu a
Cisjordânia e a parte oriental de
Jerusalém
para Israel. Outra consequência da guerra seria a chegada de mais
refugiados palestinianos à Jordânia, o que teria consequências políticas
internas.
Por volta de
1970 os vários grupos que integravam a
Organização para a Libertação da Palestina
(OLP) tinham praticamente criado na Jordânia um estado dentro do
estado, controlando áreas próximas da fronteira a partir das quais
realizavam ataques contra Israel. Em setembro de 1970, Hussein enviou
exército contra os palestinianos, que executaria milhares destes,
naquilo que ficou conhecido como o
Setembro Negro.
A subjugação dos palestinianos na Jordânia ficou concluída em meados de
1971; os guerrilheiros da OLP bem como vários refugiados palestinianos
fugiram para o
Líbano.
A partir de
1979 Hussein iniciou o processo de reconciliação com
Yasser Arafat, líder da OLP. Em
1987
abdicou das reivindações territoriais jordanas sobre a Cisjordânia;
desde então a tarefa de representação política dos palestinianos
passaria a recair inteiramente sobre a OLP.
As primeiras
eleições democráticas na Jordânia desde a
década de 50 foram autorizadas pelo rei em
1989. As mulheres da Jordânia, aos quais o rei tinha concedido o direito de voto em
1974,
tiveram nestas eleições a sua primeira participação. O resultado seria a
conquista de cerca de 40% dos votos por parte de partidos políticos
ligados ao
fundamentalismo islâmico, hostis ao rei. Em
1993 Hussein dissolveu o parlamento e convocou novas eleições, tendo desta feita saído como vencedoras as forças moderadas.
Em
1994 Hussein assinou com
Yitzhak Rabin
um tratado de paz com Israel numa aldeia fronteiriça entre os dois
países. Contudo, o tratado não foi bem recebido por uma porção
significativa da população.
Em
1998 adoeceu com
cancro; o rei já tinha sido tratado nos Estados Unidos com sucesso a esta
doença em
1992,
mas desta feita acabaria por não sobreviver. Antes de falecer, Hussein
alterou a ordem sucessória, retirando o seu irmão Hassan como seu
sucessor (este estava nomeado como sucessor desde 1965) para colocar na
posição o seu filho mais velho, Abdullah.
Vida familiar
Hussein foi casado com quatro mulheres ao longo da sua vida. O seu primeiro
casamento ocorreu em
1955 com a princesa Dina, com a qual teve uma filha, Aisha; o casamento foi dissolvido no ano seguinte.
Em
1961 casou com uma
inglesa, Antoinette Gardiner, que mudou o seu nome para Muna e com a qual teve o princípe
Abdullah II da Jordânia (actual rei), bem como Faisal, Aisha e Zein. Em
1972 divorciou-se de Muna e casou com Alia Baha Eddian, falecida num acidente de
helicóptero de 1977. Com Alia teve dois filhos, a princesa Haya e o princípe Ali.
O seu quarto casamento foi em
1978 com Lisa Najeeb Halaby, norte-americana de ascendência síria, inglesa e sueca. Ela alterou o seu nome para
Noor após a conversão ao
islão. Desta união resultaram dois filhos, Hamzah e Hashem, e duas filhas, Iman e Raiyah.