sexta-feira, novembro 25, 2011

Eça de Queirós nasceu há 166 anos

José Maria de Eça de Queirós (Póvoa de Varzim, 25 de novembro de 1845 - Paris, 16 de agosto de 1900) é um dos mais importantes escritores lusos. Foi autor, entre outros romances de reconhecida importância, de Os Maias e O crime do Padre Amaro; este último é considerado por muitos o melhor romance realista português do século XIX.

quinta-feira, novembro 24, 2011

We Will Rock You


Goodbye Freddie...


Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (III)

Dia Nacional da Cultura Científica


Artigo sobre Rómulo de Carvalho saído no "Diário de Aveiro" de uma professora do secundário que está a fazer doutoramento sobre a obra de divulgação de Rómulo:

Hoje é dia 24 de Novembro, Dia Nacional da Cultura Científica, em homenagem a Rómulo de Carvalho: professor, metodólogo, investigador, e autor de manuais escolares, de livros de divulgação científica e de poesia, estes últimos sob o pseudónimo de António Gedeão.

Em 1996, Mariano Gago, o então Ministro da Ciência e da Tecnologia e admirador da obra de Rómulo de Carvalho que completava 90 anos, propôs uma homenagem nacional ao talentoso professor. Mariano Gago já havia prefaciado, em 1992, o livro “A Física no dia-a-dia”, onde dá conta do valor de Rómulo de Carvalho, mas considerou que era oportuna a iniciativa de uma homenagem maior. Na notícia do jornal “Público” de 24 de Novembro de 1996, propôs que aquele dia do ano se tornasse Dia da Cultura Científica. Esse dia devia ser «momento privilegiado, todos os anos, de balanço, de reflexão e de acção sobre o papel do conhecimento no nosso futuro».

Rómulo de Carvalho publicou cerca de cem obras, desde livros sobre a história da ciência aos seus cadernos de divulgação científica, não esquecendo os manuais escolares, ainda na memória de muitos como os “cadernos do Pedrito” (modo carinhoso de referir os seus livros de Ciências da Natureza) ou os compêndios de Física do ensino secundário.

Publicou dois livros de divulgação de ciência em três números da colecção “Biblioteca Cosmos”, dirigida por Bento de Jesus Caraça, que foi um marco da divulgação de ciência nos anos 40. Foi mentor e autor da coleção “Ciência para Gente Nova”, onde publicou oito dos nove livros dessa coleção. Tratam de histórias de ciência ou de desenvolvimentos tecnológicos: o do telefone, da fotografia, dos balões, da eletricidade estática, do átomo, da radioatividade, dos isótopos e da energia nuclear. Alguns desses títulos chegaram à terceira edição. A “História dos Balões”, conheceu mesmo uma quarta edição nos anos 90.

Rómulo de Carvalho procurou dirigir-se em «Física para o Povo», não a uma elite instruída ou interessada em ciência mas a toda a gente. Publicou esse livro «com a intenção de promover a cultura popular», como ele próprio escreve nas suas «Memórias». A reedição, em 1995, saiu com o novo título de “A Física no dia-a-dia” por decisão de Rómulo de Carvalho que escreve «…não me pareceu bem aquela referência ao povo depois do 25 de Abril.».

Um dos vários trabalhos, com o objetivo de promover a ciência e o conhecimento científico e tecnológico, que Rómulo de Carvalho abraçou após a sua aposentação foram os 18 "Cadernos de Iniciação Científica", onde recorreu a uma linguagem atraente no discurso e na imagem. O valor destes cadernos justifica que eles tenham sido reunidos num só volume, em 2004, com a chancela da Relógio D’Água. Nesse volume encontra-se uma abordagem científica de temas basilares da ciência como os constituintes da matéria, a energia, ondas e corpúsculos, magnetismo e eletromagnetismo.

Helena Aires Rodrigues, Professora de Física e Química na Escola Secundária de D. Duarte – Coimbra e Doutoranda em Ensino das Ciências – ramo de Física.
via Blog De Rerum Natura

A 1ª edição d'A Origem das Espécies foi publicada por Darwin há 152 anos

A Origem das Espécies (em inglês: On the Origin of Species), do naturalista britânico Charles Darwin, é um dos livros mais importantes da história da ciência, apresentando a Teoria da Evolução, base de toda biologia moderna. O nome completo da primeira edição (1859) é On the Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por Meio da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta pela Vida). Somente na sexta edição (1872), o título foi abreviado para The Origin of Species (A Origem das Espécies), como é popularmente conhecido.
Nesse livro, Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das espécies, mostrando que a diversidade biológica é o resultado de um processo de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam gradualmente através da selecção natural e as espécies se ramificam sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande árvore: a árvore da vida.
A primeira edição, publicada pela editora de John Murray em Londres no dia 24 de novembro de 1859 com tiragem de 1.250 exemplares, esgotou-se no mesmo dia, criando uma controvérsia que ultrapassou o âmbito académico. Um exemplar da primeira edição atinge hoje mais de 50 mil dólares em leilão.
A proposta de Darwin, que as espécies se originam por processos inteiramente naturais, contradiz a crença religiosa na criação divina tal como é apresentada na Bíblia, no livro de Génesis. As discussões que o livro desencadeou se disseminaram rapidamente entre o público, criando o primeiro debate científico internacional da história.

O poeta brasileiro Cruz e Sousa nasceu há 150 anos

Alcunhado Dante Negro e Cisne Negro. Foi um dos precursores do simbolismo no Brasil.
Filho dos negros alforriados Guilherme da Cruz, mestre-pedreiro, e Carolina Eva da Conceição, João da Cruz desde pequeno recebeu a tutela e uma educação refinada de seu ex-senhor, o Marechal Guilherme Xavier de Sousa - de quem adotou o nome de família, Sousa. A esposa de Guilherme Xavier de Sousa, Dona Clarinda Fagundes Xavier de Sousa, não tinha filhos, e passou a proteger e cuidar da educação de João. Aprendeu francês, latim e grego, além de ter sido discípulo do alemão Fritz Müller, com quem aprendeu Matemática e Ciências Naturais.
Em 1881, dirigiu o jornal Tribuna Popular, no qual combateu a escravidão e o preconceito racial. Em 1883, foi recusado como promotor de Laguna por ser negro. Em 1885 lançou o primeiro livro, Tropos e Fantasias em parceria com Virgílio Várzea. Cinco anos depois foi para o Rio de Janeiro, onde trabalhou como arquivista na Estrada de Ferro Central do Brasil, colaborando também com o jornal Folha Popular. Em fevereiro de 1893, publica Missal (prosa poética baudelairiana) e em agosto, Broquéis (poesia), dando início ao Simbolismo no Brasil que se estende até 1922. Em novembro desse mesmo ano casou-se com Gavita Gonçalves, também negra, com quem teve quatro filhos, todos mortos prematuramente por tuberculose, levando-a à loucura.
Faleceu a 19 de março de 1898 no município mineiro de Antônio Carlos, num povoado chamado Estação do Sítio, para onde fora transportado às pressas vencido pela tuberculose. Teve o seu corpo transportado para o Rio de Janeiro em um vagão destinado ao transporte de cavalos. Ao chegar, foi sepultado no Cemitério de São Francisco Xavier por seus amigos, dentre eles José do Patrocínio, onde permaneceu até 2007, quando seus restos mortais foram então acolhidos no Museu Histórico de Santa Catarina - Palácio Cruz e Sousa, no centro de Florianópolis.
Cruz e Sousa é um dos patronos da Academia Catarinense de Letras, representando a cadeira número 15.


Velhas Tristezas

Diluências de luz, velhas tristezas
das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
hoje mais frias do que a pedra bruta.

Murmúrios incógnitos de gruta
onde o Mar canta os salmos e as rudezas
de obscuras religiões – voz impoluta
de todas as titânicas grandezas.

Passai, lembrando as sensações antigas,
paixões que foram já dóceis amigas,
na luz de eternos sóis glorificadas.

Alegrias de há tempos! E hoje, e agora,
velhas tristezas que se vão embora
no poente da Saudade amortalhadas!…


Cruz e Sousa

Toulouse-Lautrec nasceu há 147 anos

Toulouse-Lautrec em 1892, então com 28 anos

Henri Marie Raymond de Toulouse-Lautrec Monfa (Albi, 24 de novembro de 1864Saint-André-du-Bois, 9 de setembro de 1901) foi um pintor pós-impressionista e litógrafo francês, conhecido por pintar a vida boémia de Paris do final do século XIX. Sendo ele mesmo um boémio, faleceu precocemente aos 36 anos de sífilis e alcoolismo. Trabalhou por menos de vinte anos mas deixou um legado artístico importantíssimo, tanto no que se refere à qualidade e quantidade de suas obras, como também no que se refere à popularização e comercialização da arte. Toulouse-Lautrec revolucionou o design gráfico dos cartazes publicitários, ajudando a definir o estilo que seria posteriormente conhecido como Art Nouveau.


Condessa Adèle de Toulouse-Lautrec, no desjejum

O autor dos Cantos de Maldoror morreu há 141 anos

Isidore Lucien Ducasse, mais conhecido pelo pseudónimo literário de Conde de Lautréamont (Montevidéu, 4 de abril de 1846 - Paris, 24 de novembro de 1870) foi um poeta uruguaio que viveu na França. É considerado um precursor do Surrealismo.

O seu poema Les Chants de Maldoror ("Os Cantos de Maldoror", em português), constituído de sessenta estrofes, é considerado uma obra seminal no campo da literatura fantástica, ainda que hoje escape a qualquer classificação.
Os críticos e o público, em geral, dividem-se quanto à classificação desta obra. Para alguns, foi um génio da literatura universal – André Breton considerava-o uma "revelação total que parece exceder as possibilidades humanas" e o considerou um precursor do Surrealismo; Léon Bloy, por seu lado, dava-o por louco, "uma ruína humana completa". Contudo, o autor foi-se transformando numa referência principalmente para intelectuais apreciadores do género mais subversivo da literatura, tornando-se um autor de culto.


Rómulo de Carvalho nasceu há 105 anos

(imagem daqui)

Rómulo Vasco da Gama de Carvalho (Lisboa, 24 de novembro de 1906 - Lisboa, 19 de fevereiro de 1997), português, foi um químico, professor de Físico-Química do ensino secundário no Liceu Pedro Nunes, pedagogo, investigador de História da ciência em Portugal, divulgador da ciência e poeta, sob o pseudónimo de António Gedeão. Pedra Filosofal e Lágrima de Preta são dois dos seus mais célebres poemas.
Académico efectivo da Academia das Ciências de Lisboa e Director do Museu Maynense da Academia das Ciências de Lisboa. O dia do seu nascimento foi, em 1997, adoptado em Portugal como Dia Nacional da Cultura Científica.
 


Espinoza, um dos fundadores da Filosofia moderna, nasceu há 379 anos

Bento de Espinoza (também Benedito Espinoza ou Baruch Spinoza) (24 de novembro de 1632, Amsterdão21 de fevereiro de 1677, Haia) foi um dos grandes racionalistas do século XVII dentro da chamada Filosofia Moderna, juntamente com René Descartes e Gottfried Leibniz. Nasceu em Amsterdão, nos Países Baixos, no seio de uma família judaica portuguesa e é considerado o fundador do criticismo bíblico moderno.

A Tasmânia foi descoberta há 369 anos

A Tasmânia (em inglês: Tasmania) é uma ilha e um estado da Austrália, que se localiza a 240 km da costa sudeste da Austrália continental.
Com uma área total de 65 022 km², o estado contava, em 2002, com uma população de 474 000 habitantes, sendo seu crescimento 1,1%.
Hobart é a capital e a maior cidade da Tasmânia. Os outros grandes centros populacionais são Launceston, Devonport e Burnie.



O primeiro europeu a avistar a Tasmânia de maneira comprovada foi o explorador neerlandês Abel Tasman em 24 de novembro de 1642, o qual chamou a ilha de Anthoonij van Diemenslandt em homenagem a seu patrocinador, o Governador-geral das Índias Orientais Neerlandesas. O nome foi mais tarde encurtado para Terra de Van Diemen (Van Diemens Land) pelos britânicos. O Capitão Marc-Joseph Marion du Fresne também avistou a ilha em 1772, James Cook em 1777, Antoine Raymond Joseph de Bruni d'Entrecasteaux em 1792 e 1793, Nicolas Baudin em 1802 e diversos outros navegadores europeus acostaram na ilha.


Michel Giacometti morreu há 21 anos...


Freddie Mercury partiu há 20 anos

Freddie Mercury, nome artístico de Farokh Bulsara (Stone Town, 5 de Setembro de 1946Londres, 24 de Novembro de 1991), foi o vocalista da banda de rock britânica Queen. É considerado pelos críticos e por diversas votações populares um dos melhores cantores de todos os tempos e uma das vozes mais conhecidas do mundo.

quarta-feira, novembro 23, 2011

Semana da Ciência e da Tecnologia 2011 - Tertúlia on-line (II)

Do álbum Cantaremos, de Adriano Correia Oliveira, publicado em 1970, pomos aqui a versão musicada do célebre poema "Lágrima de Preta:"



Lágrima de Preta

Encontrei uma preta
que estava a chorar,
pedi-lhe uma lágrima
para a analisar.

Recolhi a lágrima
com todo o cuidado
num tubo de ensaio
bem esterilizado.

Olhei-a de um lado,
do outro e de frente:
tinha um ar de gota
muito transparente.

Mandei vir os ácidos,
as bases e os sais,
as drogas usadas
em casos que tais.

Ensaiei a frio,
experimentei ao lume,
de todas as vezes
deu-me o que é costume:

Nem sinais de negro,
nem vestígios de ódio.
Água (quase tudo)
e cloreto de sódio.

in
Máquina de fogo (1961) - António Gedeão

Hoje é dia de ler poesia surrealista


Herberto Helder Luís Bernardes de Oliveira nasceu a 23 de novembro de 1930 no Funchal, ilha da Madeira, no seio de uma família de origem judaica. Em 1946, com 16 anos, viaja para Lisboa para frequentar o 6º e o 7º ano do curso liceal. Em 1948, matricula-se na Faculdade de Direito de Coimbra e, em 1949, muda para a Faculdade de Letras onde frequenta, durante três anos, o curso de Filologia Romântica, não tendo terminado o curso. Três anos mais tarde regressa a Lisboa, começando por trabalhar durante algum tempo na Caixa Geral de Depósitos e depois como angariador de publicidade, sendo que durante este tempo vive, por razões de ordem vária e pessoal, numa «casa de passe».

Em 1954, data da publicação do seu primeiro poema em Coimbra, regressa à Madeira onde trabalha como meteorologista, seguindo depois para a ilha de Porto Santo. Quando em 1955 regressa a Lisboa, frequenta o grupo do Café Gelo, de que fazem parte nomes como Mário Cesariny, Luiz Pacheco, António José Forte, João Vieira e Hélder Macedo. Durante esse período trabalha como propagandista de produtos farmacêuticos e redactor de publicidade, vivendo com rendimentos baixos. Três anos mais tarde, em 1958, publica o seu primeiro livro, O Amor em Visita. Durante os anos que se seguiram vive em França, Holanda e Bélgica, países nos quais exerce profissões pobres e marginais, tais como: operário no arrefecimento de lingotes de ferro numa forja, criado numa cervejaria, cortador de legumes numa casa de sopas, empacotador de aparas de papéis e policopista. Em Antuérpia, viveu na clandestinidade e foi guia dos marinheiros no sub mundo da prostituição.

Repatriado em 1960, torna-se encarregado das bibliotecas itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, percorrendo as vilas e aldeias do Baixo Alentejo, Beira Alta e Ribatejo. Nos dois anos seguintes publica os livros A Colher na Boca, Poemacto e Lugar. Em 1963 começa a trabalhar para a Emissora Nacional com redactor de noticiário internacional, período durante o qual vive em Lisboa. Ainda nesse mesmo ano publica Os Passos em Volta e produz A máquina de emaranhar paisagens. Em 1964 trabalha nos serviços mecanográficos de uma fábrica de louça, datando desse ano a sua participação na organização da revista Poesia Experimental. Nesse ano reedita ainda Os Passos em Volta, escreve «Comunicação Académica» e publica Electronicolírica. Em 1966 participa na co-organização do segundo número da revista Poesia Experimental e no ano seguinte publica Húmus, Retrato em Movimento e Ofício Cantante. Data de 1968 a sua participação na publicação de um livro sobre o Marquês de Sade, o que o leva a ser envolvido num processo judicial no qual foi condenado. Porém, devido às repercussões deste episódio consegue obter suspensão de pena, facto este que não conseguiu evitar que fosse despedido da Rádio e da Televisão portuguesas. Refugia-se na publicidade e, posteriormente, numa editora onde desempenha o cargo de co-gerente e director literário. Ainda nesse ano publica os livros Apresentação do Rosto, que foi suspenso pela censura, O Bebedor Nocturno e ainda Kodak e Cinco Canções Lacunares.

Em 1970 viaja por Espanha, França, Bélgica, Holanda e Dinamarca, publicando nesse ano a terceira edição de Os Passos em Volta e escreve Os Brancos Arquipélagos. Em 1971 desloca-se para Angola onde trabalha como redactor numa revista. Enquanto repórter de guerra é vítima de um grave desastre tendo que ser hospitalizado durante três meses. Data ainda desse ano a publicação de Vocação Animal e a produção de Antropofagias. Regressa a Lisboa e parte de novo, desta vez para os E.U.A., em 1973, ano durante o qual publica Poesia Toda, obra que contém toda a sua produção poética, e faz uma tentativa frustrada de publicar Prosa Toda. Em 1975 passa alguns meses na França e Inglaterra, regressando posteriormente a Lisboa onde trabalha na rádio e em revistas, meios restritos de sobrevivência económica. Em 1976, Herberto Helder participa na edição e organização da revista Nova que, sendo posterior à revolução de 25 de Abril de 1974, reconhecia na Literatura portuguesa características que a aproximaram às Literaturas latino-americana, africana e espanhola, declinando uma direcção literária revolucionária cuja actividade não ultrapassou o plano teórico devido à instabilidade política portuguesa que se fazia sentir na altura. Nos anos que se seguiram publicou as obras Cobra, O Corpo, O Luxo, A Obra e Photomaton e Vox. A última referência encontrada da instabilidade biográfica de Herberto Helder referia-se ao facto de o poeta ter abandonado todas as suas anteriores actividades e de viver no mais cioso dos anonimatos.

in CITI

Há cidades cor de pérola onde as mulheres

V



Há cidades cor de pérola onde as mulheres
existem velozmente. Onde
às vezes param, e são morosas
por dentro. Há cidades absolutas,
trabalhadas interiormente pelo pensamento
das mulheres.
Lugares límpidos e depois nocturnos,
vistos ao alto como um fogo antigo,
ou como um fogo juvenil.
Vistos fixamente abaixados nas águas
celestes.
Há lugares de um esplendor virgem,
com mulheres puras cujas mãos
estremecem. Mulheres que imaginam
num supremo silêncio, elevando-se
sobre as pancadas da minha arte interior.

Há cidades esquecidas pelas semanas fora.
Emoções onde vivo sem orelhas
nem dedos. Onde consumo
uma amizade bárbara. Um amor
levitante. Zona
que se refere aos meus dons desconhecidos.
Há fervorosas e leves cidades sob os arcos
pensadores. Para que algumas mulheres
sejam cândidas. Para que alguém
bata em mim no alto da noite e me diga
o terror de semanas desaparecidas.
Eu durmo no ar dessas cidades femininas
cujos espinhos e sangues me inspiram
o fundo da vida.
Nelas queimo o mês que me pertence.
o minha loucura, escada
sobre escada.

Mulheres que eu amo com um des-
espero .fulminante, a quem beijo os pés
supostos entre pensamento e movimento.
Cujo nome belo e sufocante digo com terror,
com alegria. Em que toco levemente
Imente a boca brutal.
Há mulheres que colocam cidades doces
e formidáveis no espaço, dentro
de ténues pérolas.
Que racham a luz de alto a baixo
e criam uma insondável ilusão.

Dentro de minha idade, desde
a treva, de crime em crime - espero
a felicidade de loucas delicadas
mulheres.
Uma cidade voltada para dentro
do génio, aberta como uma boca
em cima do som.
Com estrelas secas.
Parada.

Subo as mulheres aos degraus.
Seus pedregulhos perante Deus.
É a vida futura tocando o sangue
de um amargo delírio.
Olho de cima a beleza genial
de sua cabeça
ardente: - E as altas cidades desenvolvem-se
no meu pensamento quente.

in
Lugar (1962) - Herberto Helder

Uma Cantiga de Santa Maria de Afonso X de Castela e Leão




Rosa das rosas

Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Rosa de beldad' e de parecer
e Fror d'alegria e de prazer,
Dona en mui piadosa ser
Sennor en toller coitas e doores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Atal Sennor dev' ome muit' amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-ll' os peccados perdõar,
que faz no mundo per maos sabores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Devemo-la muit' amar e servir,
ca punna de nos guardar de falir;
des i dos erros nos faz repentir,
que nos fazemos come pecadores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.
Esta dona que tenno por Sennore
de que quero seer trobador,
se eu per ren poss' aver seu amor,
dou ao demo os outros amores.
Rosa das rosas e Fror das frores,
Dona das donas, Sennor das sennores.

in
Cantigas de Santa Maria - Alfonso X

NOTA: tradução do galaico-português original para português moderno, de minha autoria:

Rosa das rosas

Rosa das rosas e Flor das flores
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Rosa de beldade e de parecer
e Flor de alegria e de prazer,
Dona em muito piedoso ser
Senhora a atalhar tristezas e dores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
A tal Senhora deve o homem muito amar,
que de todo mal o pode guardar;
e pode-lhe os pecados perdoar,
que faz no mundo por maus dissabores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Devemo-la muito amar e servir,
porque nos guarda de falhar;
e dos erros nos faz arrepender,
que nós fazemos como pecadores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.
Esta dona que tenho por Senhora
de que quero ser trovador,
se eu porém posso ter seu amor,
dou ao diabo os outros amores.
Rosa das rosas e Flor das flores,
Dona das donas, Senhora das senhoras.

in
Cantigas de Santa Maria - Afonso X

Canção de ninar popular espanhola (trabalhada por Manuel de Falla)


Nikol Konstante (cantora) & Ulf Krupka (piano) - Nana
"Siete Canciones populares Españolas" - Manuel de Falla

Nana

Duérmete, niño, duerme,
Duerme, mi alma,
Duérmete, lucerito
De la mañana.
Naninta, nana,
Naninta, nana.
Duérmete, lucerito
De la mañana.

Música popular espanhola

Herberto Helder - 81 anos

(imagem daqui)

Herberto Hélder Luís Bernardes de Oliveira (Funchal, São Pedro, 23 de novembro de 1930) é um poeta português de ascendência judaica.
Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, tendo trabalhado em Lisboa como jornalista, bibliotecário, tradutor e apresentador de programas de rádio. Viajou por diversos países da Europa realizando trabalhos corriqueiros, sem nenhuma relação com a literatura e foi redator da revista Notícia em Luanda, Angola, onde sofreu um acidente grave em 1971.
É considerado um dos mais originais poetas vivos de língua portuguesa. É uma figura misantropa, e em torno de si paira uma atmosfera algo misteriosa uma vez que recusa prémios e se nega a dar entrevistas. Em 1994 foi o vencedor do Prémio Pessoa, que recusou.
Casou duas vezes e é pai do jornalista Daniel Oliveira.
A sua escrita começou por se situar no âmbito de um surrealismo tardio. Escreveu "Os Passos em Volta", um livro que através de vários contos, sugere as viagens deambulatórias de uma personagem por entre cidades e quotidianos, colocando ao mesmo tempo incertezas acerca da identidade própria de cada ser humano (ficção); "Photomaton e Vox", é uma coletânea de ensaios e textos e também de vários poemas. "Poesia Toda" é o título de uma antologia pessoal dos seus livros de poesia que tem sido depurada ao longo dos anos.
in Wikipédia (adaptado)

(simília similibus)

Quem deita sal na carne crua deixa
a lua entrar pela oficina e encher o barro forte:
vasos redondos, os quadris
das fêmeas - e logo o meu dedo se poe a luzir
ao fôlego da boca: onde
o gargalo se estrangula e entre as coxas a fenda
é uma queimadura
vizinha
do coração - toda a minha mão se assusta,
transmuda,
se torna transparente e viva, por essa força que a traga
até dentro,
onde o sangue mulheril queimado
a arrasta pelos rins e aloja, brilhando
como um coração,
na garganta - o sal que se deita cresce sempre
ao enredo dos planetas: com unhas
frias e nuas
retrato as lunações, talho a carne límpida
- porque eu sou o teu nome quando
te chamas a toda a altura
dos espelhos e até ao fundo, se teus dedos abertos tocam
a estrela
como uma pedra fechada no seu jardim selvagem
entre a água: tu tocas
onde te toco, e os remoinhos da luz e do sal se tocam
na carne profunda: como em toda a olaria o movimento
toca a argila e a torna
atenta
à translação da casa pela paisagem rodando sobre si
mesma - a teia sensível,
que se fabrica no mundo entre a mão no sal
e a potência
múltipla de que esta escrita é a simetria,
une
tudo boca a boca: o verbo que estás a ser cada
tua morte
ao que ouço, quando a luz se empina e a noite inteira
se despenha
para dentro do dia: ou a mão que lanço sobre
esse cabelo animal
que respira no sono, que transpira
como barro ou madeira ou carne salgada
exposta
a toda a largura da lua: o que é grave, amargo, sangrento.

in
PHOTOMATON & VOX (1995) - Herberto Helder

Manuel de Falla: Romanza del pescador


Manuel de Falla - Serenata Andaluza



Manuel de Falla nasceu há 135 anos

Manuel de Falla y Matheu (Cádis, 23 de novembro de 1876 - Alta Gracia, 14 de novembro de 1946) foi um compositor espanhol.
Filho dum comerciante e duma pianista, recebeu suas primeiras aulas de sua mãe, María Jesús Matheu. A partir dos fins da década de 1890, estudou piano em Madrid, com José Trago, e composição, com Felipe Pedrell. Em 1899, por votação unânime, foi-lhe conferido o primeiro prémio na competição de piano do seu conservatório e, por volta dessa mesma época, começou a usar o "de" com seu primeiro sobrenome, fazendo "de Falla" ser o nome com o qual se tornaria famoso.
Foi por influência de Pedrell que de Falla tornou-se interessado na música espanhola, particularmente no flamenco andaluz (em especial o cante jonde), que se mostraria marcante em muitas de suas composições. Dentre as obras iniciais há algumas zarzuelas, mas a primeira grande composição foi a ópera em um ato La Vida Breve, escrita em 1905, embora revisada antes da estréia em 1913.
De Falla tentou em vão impedir o assassinato de seu amigo Frederico García Lorca em 1936. Após a vitória de Franco na Guerra Civil Espanhola, de Falla emigrou para Argentina, onde viria a morrer. Em 1947, seus restos mortais foram levados para a Espanha e depositados na catedral de Cádis. Uma das homenagens à sua memória é a Cátedra de Música Manuel de Falla na Faculdade de Filosofia e Letras na Universidade Complutense de Madrid.


Soneto de homenaje a Manuel de Falla ofreciéndole unas flores


Lira cordial de plata refulgente
de duro acento y nervio desatado,
voces y frondas de la España ardiente
con tus manos de amor has dibujado.


En nuestra propia sangre está la fuente
que tu razón y sueños ha brotado.
Álgebra limpia de serena frente.
Disciplina y pasión de lo soñado.


Ocho provincias de la Andalucía,
olivo al aire y a la mar los remos,
cantan, Manuel de Falla, tu alegría.


Con el laurel y flores que ponemos,
amigos de tu casa, en este día,
pura amistad sencilla te ofrecemos.


in Sonetos del amor oscuro - Federico García Lorca

Boris Karloff nasceu há 124 anos

Boris Karloff como Frankenstein

Boris Karloff, nome artístico de William Henry Pratt (Dulwich, Londres, 23 de novembro de 1887 - Sussex, 2 de fevereiro de 1969) foi um ator britânico nascido na Inglaterra. Atuava principalmente em filmes de terror.
Projetou-se interpretando o monstro de Frankenstein em 1931, com isso se especializando em papéis de filmes de terror. Seu último trabalho foi em Targets (1968).
Morreu devido a graves problemas respiratórios em 2 de fevereiro de 1969, na Inglaterra, aos 81 anos de idade.

Alfonso X nasceu há 790 anos

O Rei Afonso X, o Sábio, trajado com as armas de Leão e Castela, rodeado pelos seus cortesãos (iluminura do manuscrito das Cantigas de Santa Maria)

Afonso X, o Sábio ou o Astrólogo (Toledo, 23 de novembro de 1221 - Sevilha, 4 de abril de 1284), foi rei de Castela e Leão de 1252 a 1284, e ainda imperador eleito do trono do Sacro Império Romano-Germânico (1257-1273), ainda que nunca tenha exercido o cargo de facto.

Como D. Dinis de Portugal seu neto, Afonso X fomentou a actividade cultural a diversos níveis. Realizou a primeira reforma ortográfica do castelhano, idioma que adoptou como oficial em detrimento do latim. O objectivo seria desenvolver o vernáculo do seu reino, segundo o historiador Juan de Mariana.
A famosa escola de tradutores de Toledo juntou um grupo de estudiosos cristãos, judeus e muçulmanos. Foi principalmente nesta que se realizou o importantíssimo trabalho de traduzir para as línguas ocidentais os textos da antiguidade clássica, entretanto desenvolvidos pelos cientistas islâmicos. Estas obras foram as principais responsáveis pelo renascimento científico de toda a Europa medieval, que forneceria inclusivamente os conhecimentos necessários para o subsequente período dos descobrimentos. A verdadeira revolução cultural que impulsionou foi qualificada de renascimento do século XIII. Mas a obra que mais foi divulgada e traduzida no reinado deste intelectual foi a Bíblia.
No entanto, através de académicos judeus, também patrocinou uma tradução do Talmud. Mas depois da revolta liderada por D. Sancho, perseguiu a comunidade judaica de Toledo, aprisionando-os nas suas sinagogas e demolindo as suas casas.
Afonso foi também mecenas generoso do movimento trovadoresco, e ele próprio um dos maiores trovadores e poetas de língua galaico-portuguesa (a língua mais usada na lírica ibérica do século XIII), tendo chegado até nós 44 cantigas suas, de amor e principalmente de escárnio e maldizer. A sua obra mais reconhecida é as Cantigas de Santa Maria, cancioneiro sacro sobre os prodígios da Virgem Santíssima, num total de 430 composições, musicadas.
Também colaborou no El Libro del Saber de Astronomia, obra baseada no sistema ptolomaico. Esta obra teve a participação de vários cientistas que o rei congregara, e aos quais proporcionava meios de estudo e investigação, tendo mesmo mandado instalar um observatório astronómico em Toledo. Compõs as tabelas afonsinas sobre as posições astronómicas dos planetas, baseadas nos cálculos de cientistas árabes. Como tributo à sua influência para o conhecimento da astronomia, o seu nome foi atribuído à cratera lunar Alfonsus.
Outras obras com o seu contributo são o Lapidario, um tratado sobre as propriedades das pedras em relação com a astronomia e o Libro de los juegos, sobre temas lúdicos (xadrez, dados e tabelas - uma família de jogos a que pertence o gamão), praticados pela nobreza da época.



Bem sabia eu, mia senhor 
(Cantiga de Amor)

Bem sabia eu, mia senhor,
que pois m'eu de vós partisse
que nunca veria sabor
de rem, pois vos eu nom visse,
porque vós sodes a melhor
dona de que nunca oísse
homem falar;
ca o vosso bom semelhar
sei que par
nunca lh'homem pod'achar.

E pois que o Deus assi quis,
que eu som tam alongado
de vós, mui bem seede fiz
que nunca eu sem cuidado
en viverei, ca já Paris
d'amor nom foi tam coitado
[e] nem Tristam;
nunca sofrerom tal afã,
nen'[o] ham
quantos som, nem seeram.

Que farei eu, pois que nom vir
o mui bom parecer vosso?
Ca o mal que vos foi ferir
aquel é [meu] x'est o vosso;
e por ende per rem partir
de vos muit'amar nom posso;
nen'[o] farei,
ante bem sei ca morrerei,
se nom hei
vós que sempre i amei.


Afonso X

A série de ficção científica Doctor Who começou há 48 anos


Doctor Who é uma série premiada de ficção científica britânica, produzida e transmitida pela BBC. Nela acompanhamos as aventuras de um misterioso viajante do tempo conhecido apenas como "O Doutor" ("the Doctor") que viaja na sua máquina do tempo, conhecida como TARDIS, cuja aparência exterior se assemelha a uma cabine da polícia londrina dos anos 60. Juntamente com os seus companheiros, ele explora o espaço e o tempo, por vezes corrigindo os males e resolvendo problemas que encontra.
A série está referenciada no Guiness como "a mais longa série de ficção científica do mundo". É reconhecida pelas histórias imaginativas, pelos seus criativos e baratos efeitos especiais (no período 1963-1989) e pelo uso pioneiro de música electrónica.
A série foi exibida durante o período de 1963 até 1989, suspensa até 1996, e relançada com grande sucesso em 2005, desta vez produzida na Inglaterra pela BBC. Doctor Who tem também múltiplos spin-offs (Torchwood e The Sarah Jane Adventures) e presença noutros formatos que não o televisivo (livros, áudio, etc).

Doctor Who originalmente foi exibido por 26 temporadas no canal BBC One, de 23 de Novembro de 1963 até 6 de Dezembro de 1989. Durante a transmissão original, cada episódio semanal era formada por uma estória (ou "serial)- usualmente de quatro à seis partes nos anos iniciais e de três à quatro nos seguintes anos. Notáveis exceções são o épico The Daleks' Master Plan, que foi ao ar em doze episódios (mais um um episódio teaser, "Mission to Unknown", com nenhum dos personagens regulares), o serial "The War Games" com 10 episódios e o "The Trial of a Time Lord", com 14 episódios.

A doença de Freddie Mercury foi anunciada ao mundo há 20 anos

mercury

Faz hoje precisamente vinte anos que soubemos que o vocalista dos Queen, Freddie Mercury, tinha SIDA.

Recordemos a triste data, que no dia seguinte foi acompanhada pelo desenlace esperado da doença, com música:


terça-feira, novembro 22, 2011

Música atual para geopedrados


Festa da Astronomia das Escolas de Leiria


Semana da Ciência e da Tecnologia

OBSERVAÇÃO ASTRONÓMICA

Agrupamento de Escolas Correia Mateus


22 de novembro de 2011 (3ª-feira)


18.00 - 22.00 horas


(clicar para aumentar)


Convidam-se todas as pessoas para um olhar diferente sobre o Universo:
  • Observação da Lua e Júpiter;
  • Observação astronómica, com telescópio, da LUA, outros astros e constelações sob orientação de astrónomos amadores;
  • Divulgação de livros O Mistério da Estrelinha Curiosa, de Leonor Lourenço, O Homem que via passar as estrelas, de Luís Mourão e Paulo Simões, e A História de DiabloCity, de Maria João Capitão;
  • Jantar partilhado pelos participantes.

ORGANIZAÇÃO:



  • Grupo de Recrutamento 520 (Biologia e Geologia) do Agrupamento de Escolas Dr. Correia Mateus (AEDCM);
  • Carlos Reis, Fernando Martins, João Clérigo e João Cruz (astrónomos amadores);
  • Blog AstroLeiria: http://astroleiria.blogspot.com/
  • Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores): http://www.ad-astra.pt/


Não esquecer de trazer (quem puder...):

  • Comida/bebidas para partilhar;
  • Mapas celestes ou livros;
  • Telescópio ou binóculos;
  • Amigos ou familiares;
  • Vontade de aprender e dúvidas.


Local da observação (mapa interativo):

Charles de Gaulle nasceu há 121 anos

Charles André Joseph Marie de Gaulle (Lille, 22 de novembro de 1890Colombey-les-Deux-Églises, 9 de novembro de 1970) foi um general , político e estadista francês que liderou as Forças Francesas Livres durante a Segunda Guerra Mundial. Mais tarde fundou a Quinta República Francesa em 1958 e foi seu primeiro Presidente, de 1959 a 1969.

O compositor Joaquín Rodrigo nasceu há 110 anos

Busto de Joaquín Rodrigo, Argentina

Joaquín Rodrigo Vidre, Marquês dos Jardins de Aranjuez, (22 de novembro de 19016 de julho de 1999) foi um compositor e um pianista virtuoso espanhol. Apesar de ser cego desde a mais tenra idade, ele atingiu grande sucesso. Rodrigo é considerado como um dos compositores que mais popularizou a guitarra na música clássica do século XX, e seu Concerto de Aranjuez é um dos pináculos da música espanhola.