quarta-feira, abril 27, 2011

Sismo em Portugal continental

Recebido via e-mail do IM:

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 27-04-2011 pelas 01:06 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.5 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 4 km a Norte-Noroeste de Vendas Novas.

Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III (escala de Mercalli modificada) na região de Vendas Novas.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).
ADENDA: Fernão de Magalhães morreu há 490 anos - recordemos a data com um poema:

Fernão de Magalhães

Fernão de Magalhães da Ibéria toda,
Alma de tojo arnal sobre uma fraga
A namorar a terra em corpo inteiro,
Consciência do fim no fim da boda,
Fernão de Magalhães que andaste à roda
De quanto Portugal sonhou primeiro:

Ter um destino é não caber no berço
Onde o corpo nasceu.
É transpor as fronteiras uma a uma
E morrer sem nenhuma,
Às lançadas à bruma,
A cuidar que a ilusão é que venceu.

in Poemas Ibéricos - Miguel Torga

terça-feira, abril 26, 2011

Fim (quando eu morrer)

O Outro

Mário de Sá-Carneiro suicidou-se há 95 anos


Mário de Sá-Carneiro (Lisboa, 19 de Maio de 1890Paris, 26 de Abril de 1916) foi um poeta, contista e ficcionista português, um dos grandes expoentes do modernismo em Portugal e um dos mais reputados membros da Geração d’Orpheu.

(...)
Nasceu, no seio de uma abastada família alto-burguesa, sendo filho e neto de militares. Órfão de mãe com apenas dois anos (1892), ficou entregue ao cuidado dos avós, indo viver para a Quinta da Vitória, na freguesia de Camarate, às portas de Lisboa, aí passando grande parte da infância.
Inicia-se na poesia com doze anos, sendo que aos quinze já traduzia Victor Hugo, e com dezasseis, Goethe e Schiller. No liceu teve ainda algumas experiências episódicas como actor, e começa a escrever.
Em 1911, com dezenove anos, vai para Coimbra, onde se matricula na Faculdade de Direito, mas não conclui sequer o ano. Em 1912 veio a conhecer aquele que foi, sem dúvida, o seu melhor amigo – Fernando Pessoa.
Desiludido com a «cidade dos estudantes», segue para Paris a fim de prosseguir os estudos superiores, com o auxílio financeiro do pai. Cedo, porém, deixou de frequentar as aulas na Sorbonne, dedicando-se a uma vida boémia, deambulando pelos cafés e salas de espectáculo, chegando a passar fome e debatendo-se com os seus desesperos, situação que culminou na ligação emocional a uma prostituta, a fim de combater as suas frustrações e desesperos.
Na capital francesa viria a conhecer Guilherme de Santa-Rita (Santa-Rita Pintor). Inadaptado socialmente e psicologicamente instável, foi neste ambiente que compôs grande parte da sua obra poética e a correspondência com o seu confidente Pessoa; é, pois, entre 1912 e 1916 (o ano da sua morte), que se inscreve a sua fugaz – e no entanto assaz profícua – carreira literária.
Entre 1913 e 1914 vem a Lisboa com certa regularidade, regressando à capital devido à deflagração do conflito entre a Sérvia e a Áustria-Hungria, o qual a breve trecho se tornou uma conflagração à escala europeia – a I Guerra Mundial. Com Pessoa e ainda Almada-Negreiros integrou o primeiro grupo modernista português (o qual, influenciado pelo cosmopolitismo e pelas vanguardas culturais europeias, pretendia escandalizar a sociedade burguesa e urbana da época), sendo responsável pela edição da revista literária Orpheu (e que por isso mesmo ficou sendo conhecido como a Geração d’Orpheu ou Grupo d’Orpheu), um verdadeiro escândalo literário à época, motivo pelo qual apenas saíram dois números (Março e Junho de 1915; o terceiro, embora impresso, não foi publicado, tendo os seus autores sido alvo da chacota social) – ainda que hoje seja, reconhecidamente, um dos marcos da história da literatura portuguesa, responsável pela agitação do meio cultural português, bem como pela introdução do modernismo em Portugal.
Em Julho de 1915 regressa a Paris, escrevendo a Pessoa cartas de uma crescente angústia, das quais ressalta não apenas a imagem lancinante de um homem perdido no «labirinto de si próprio», mas também a evolução e maturidade do processo de escrita de Sá-Carneiro.
Uma vez que a vida que trazia não lhe agradava, e aquela que idealizava tardava em se concretizar, Sá-Carneiro entrou numa cada vez maior angústia, que viria a conduzi-lo ao seu suicídio prematuro, perpetrado no Hotel de Nice, no bairro de Montmartre em Paris, com o recurso a cinco frascos de arseniato de estricnina.
Contava tão-só vinte e cinco anos. Extravagante tanto na morte como em vida (de que o poema Fim é um dos mais belos exemplos), convidou para presenciar a sua agonia o seu amigo José de Araújo. E apesar de o grupo modernista português ter perdido um dos seus mais significativos colaboradores, nem por isso o entusiasmo dos restantes membros esmoreceu – no segundo número da revista Athena, Pessoa dedicou-lhe um belo texto, apelidando-o de «génio não só da arte como da inovação dela», e dizendo dele, retomando um aforismo das Báquides (IV, 7, 18), de Plauto, que «Morre jovem o que os Deuses amam» (tradução literal de Quem di diligunt adulescens moritur).
Verdadeiro insatisfeito e inconformista (nunca se conseguiu entender com a maior parte dos que o rodeavam, nem tão pouco ajustar-se à vida prática, devido às suas dificuldades emocionais), mas também incompreendido (pelo modo com os contemporâneos olhavam o seu jeito poético), profetizou acertadamente que no futuro se faria jus à sua obra, no que não falhou.
Com efeito, reconhecido no seu tempo apenas por uma fina élite, à medida que a sua obra e correspondência foi publicada, ao longo dos anos, tornou-se acessível ao grande público, sendo atualmente considerado um dos maiores expoentes da literatura moderna em língua portuguesa. Embora não tenha a mesma repercussão de Fernando Pessoa, a sua genialidade é tão grande (senão mesmo maior) que a de Pessoa, mas porém muito mais próxima da loucura que a do seu amigo.
A terra que o acolheu na infância – Camarate –, e a quem ele dedicou também algumas das suas poesias, homenageou-o, conferindo o seu nome a uma escola local. O seu poema Fim foi musicado por um grupo português no final dos anos 1980, os Trovante. Mais tarde, o seu poema O Outro foi também musicado pela cantora brasileira Adriana Calcanhotto.
As suas influências literárias são de Edgar Allan Poe, Oscar Wilde, Charles Baudelaire, Stéphane Mallarmé, Fiódor Dostoievski, Cesário Verde e António Nobre. Este escritor influenciou vários escritores, entre eles Eugénio de Andrade.

O Richter da famosa escala de magnitude de sismos nasceu há 111 anos


Charles Francis Richter (Hamilton, 26 de Abril de 1900Pasadena, 20 de Abril de 1985) foi um sismólogo norte-americano.
Richter ficou famoso ao criar, em colaboração com Beno Gutenberg, uma escala que quantifica a grandeza dos terremotos, que ele usou pela primeira vez em 1935. Richter e Gutenberg trabalhavam então no Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech).

As aves de Audubon no Google Doodle do dia


John James Audubon (26 de Abril de 178527 de Janeiro de 1851) foi um naturalista norte-americano de origem francesa, especializado na ilustração científica de aves. O seu trabalho mais conhecido The Birds of America (As Aves da América em língua portuguesa) alcançou, durante a sua vida, sucesso comercial e trouxe-lhe enorme popularidade junto do público. O prestígio científico alcançado pela obra valeu-lhe elogios rasgados dos seus pares e permitiu-lhe tornar-se no segundo americano (depois de Benjamin Franklin) a incluir a selecta Royal Society britânica para as ciências.

Há 25 anos a Central Nuclear de Chernobil explodiu


O acidente nuclear de Chernobil ocorreu dia 26 de Abril de 1986, na Central Nuclear de Chernobil (originalmente chamada Vladimir Lenin) na Ucrânia (então parte da União Soviética). É considerado o pior acidente nuclear da história da energia nuclear, produzindo uma nuvem de radioactividade que atingiu a União Soviética, Europa Oriental, Escandinávia e Reino Unido, com a libertação de 400 vezes mais contaminação que a bomba que foi lançada sobre Hiroshima. Grandes áreas da Ucrânia, Bielorrússia e Rússia foram muito contaminadas, resultando na evacuação e realojamento de aproximadamente 200 mil pessoas.
Cerca de 60% de radioactividade caiu em território bielorrusso.
O acidente fez crescer preocupações sobre a segurança da indústria nuclear soviética, diminuindo sua expansão por muitos anos, e forçando o governo soviético a ser menos secreto. Os agora separados países de Rússia, Ucrânia e Bielorrússia têm suportado um contínuo e substancial custo de descontaminação e cuidados de saúde devidos ao acidente de Chernobil. É difícil dizer com precisão o número de mortos causados pelos eventos de Chernobil, devido às mortes esperadas por cancro, que ainda não ocorreram e são difíceis de atribuir especificamente ao acidente. Um relatório da Organização das Nações Unidas de 2005 atribuiu 56 mortes até aquela data – 47 trabalhadores acidentados e nove crianças com cancro da tiróide – e estimou que cerca de 4000 pessoas morrerão de doenças relacionadas com o acidente. O Greenpeace, entre outros, contesta as conclusões do estudo.
O governo soviético procurou esconder o ocorrido da comunidade mundial, até que a radiação em altos níveis foi detectada em outros países.

segunda-feira, abril 25, 2011

Ella Fitzgerald nasceu há 94 anos


Ella Jane Fitzgerald (Newport News, 25 de Abril de 1917 - Beverly Hills, 15 de Junho de 1996) também conhecida como a "Primeira Dama da Canção" (em inglês: First Lady of Song) e "Lady Ella", foi uma popular cantora de jazz norte-americana. Com uma extensão vocal que abrangia três oitavas, era notória pela pureza de sua tonalidade, sua dicção, fraseado e entoação impecáveis, bem como uma habilidade de improviso "semelhante a um instrumento de sopro", particularmente no scat.

A ópera Turandot, de Giacomo Puccini, estreou há 85 anos


Turandot, última ópera de Giacomo Puccini, com libreto de Giuseppe Adami e Renato Simoni, composta em três atos, baseado numa peça de Carlo Gozzi com a adaptação de Friedrich von Schiller. Estreou no Teatro Alla Scala em Milão a 25 de Abril de 1926, sob a regência de Arturo Toscanini. Esta ópera ficou inacaba por causa da morte do autor, a 29 de Novembro de 1924, sendo completada por Franco Alfano. Arturo Toscanini não gostou do final que Franco Alfano deu à ópera de Puccini, por isso, na cena de morte de Liù, virou-se para a plateia e disse: "Senhoras e Senhores, aqui parou Giacomo Puccini".
Em Turandot, Puccini mostra a veia sado-masoquista que havia manifestado em Suor Angelica, Madama Butterfly e Tosca ("meus instintos neuróticos", dizia ele). O triunfo final de duas personagens que se comportam de forma censurável (Turandot e o príncipe Calaf) chocou algumas pessoas, apesar da partitura de um melodismo fluido, extremamente quente, melancólico e sensual, típico de Puccini. Esta ópera, na qual Puccini importa temas musicais de origem chinesa, assim como a Aida de Giuseppe Verdi, é um verdadeiro deleite para os cenógrafos, pois permite a criação de cenários monumentais.

Cantar Abril de 74


Roubado daqui

Abril 74 - Josep Carreras i Lluís Llach junts

Companys, si sabeu on dorm la lluna blanca,
digueu-li que la vull
però no puc anar a estimar-la,
que encara hi ha combat.


Companys, si coneixeu el cau de la sirena,
allà enmig de la mar,
jo l'aniria a veure,
però encara hi ha combat.


I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
si guanyem el combat.


Companys, si enyoreu les primaveres lliures,
amb vosaltres vull anar,
que per poder-les viure
jo me n'he fet soldat.


I si un trist atzar m'atura i caic a terra,
porteu tots els meus cants
i un ram de flors vermelles
a qui tant he estimat,
quan guanyem el combat.

NOTA: para os que não sabem catalão, uma tradução daqui:

Companheiros, se sabeis onde dorme a nuvem branca
Dizei-lhe que a quero
Mas não posso ir amá-la
Porque aqui ainda há combate.

Companheiros, se conheceis o canto da sereia,
Lá, no meio do mar
Eu iria vê-la
Mas aqui ainda há combate.

E se um triste azar me barra e caio por terra
Levai todos os meus cantos
E um ramo de flores vermelhas
A quem tanto amei,
Se ganharmos o combate.

Companheiros, se desejais as primaveras livres
Quero ir convosco
Que para poder vivê-las
Me fiz soldado.

E se um triste azar me barra e caio por terra
Levai todos os meus cantos
E um ramo de flores vermelhas
A quem tanto amei,
Quando ganharmos o combate.

Mentir, aldrabrar, enganar, dissimular

(imagem daqui)

Impostos
Fisco aumenta IVA às escondidas

Os serviços de Finanças estão a reclassificar vários bens, mudando as taxas de IVA a aplicar

Primeiro foram os tapetes de relva, agora chegou a vez de a água oxigenada deixar a taxa reduzida para passar a pagar a taxa normal de 23%.

in CM - ler texto

Daqui, posto de comando do Movimento das Forças Armadas...

O pai de Sandokan morreu há 100 anos

(imagem daqui)
Emilio Salgari (Verona, 21 de Agosto de 1862 - Torino, 25 de Abril de 1911) foi um escritor italiano. Desde muito cedo se interessou pelas viagens marítimas e decidiu ser capitão. Ingressou na Academia Naval de Veneza, alistou-se num barco mercantil e percorreu a costa Adriática. Regressou a Itália onde começou a ganhar sustento com as suas obras que começaram por serem publicadas e jornais. Mais tarde, casou-se com Ida Peruzzi, com quem teve quatro filhos. Mesmo com os êxitos dos seus livros aos problemas económicos não deixaram de os seguir. E, mais tarde, com a morte da sua esposa, Emilio Salgari decidiu acabar com a sua vida, no alto do Vale de San Martino, cometendo harakiri.


Hoje é preciso celebrar o pouco que restou do 25 de Abril

(imagem daqui)

Somos um país que viveu 16 anos de anarquia na I República, 48 anos de ditadura na II República e muita esperança no início da III República. Hoje somos um arremedo de país, atafulhados em dívidas, governados por gente sem escrúpulos, um bando de mentirosos que insiste em levar um país com quase nove séculos ao fundo.

Celebremos a esperança, que o 25 de Abril de 1974 deu à poetisa Sophia de Mello Breyner Andresen, com três dos seus poemas...

25 de Abril

Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo


Revolução

Como casa limpa
Como chão varrido
Como porta aberta

Como puro ínicio
Como tempo novo
Sem mancha nem vício

Como a voz do mar
Interior de um povo

Como página em branco
Onde o poema emerge

Como arquitectura
Do homem que ergue
Sua habitação

27 de Abril de 1974


Nesta hora

Nesta hora limpa da verdade é preciso dizer a verdade toda
Mesmo aquela que é impopular neste dia em que se invoca o povo
Pois é preciso que o povo regresse do seu longo exilio
E lhe seja proposta uma verdade inteira e não meia verdade

Meia verdade é como habitar meio quarto
Ganhar meio salário
Como só ter direito
A metade da vida

O demagogo diz da verdade a metade
E o resto joga com habilidade
Porque pensa que o povo só pensa metade
Porque pensa que o povo não percebe nem sabe

A verdade não é uma especialidade
Para especializados clérigos letrados

Não basta gritar povo
É preciso expor
Partir do olhar da mão e da razão
Partir da limpidez do elementar

Como quem parte do sol do mar do ar
Como quem parte da terra onde os homens estão

Para construir o canto do terrestre
- Sob o ausente olhar silente de atenção -

Para construir a festa do terrestre
Na nudez de alegria que nos veste.

20 de Maio de 1974

in O nome das coisas (1977) - Sophia de Mello Breyner Andresen

Hoje os vampiros são outros...

... mas quem dá o sangue são ainda os mesmos. Queríamos dedicar esta música a José Sócrates e toda a sua horda, que, em seis anos, conseguiram o impensável: uma bancarrota, um recorde de desempregados , a fome que já grassa pelo povo e um desgoverno total. Usemos a música do Zeca para lembrar a situação a que chegámos:


Os Vampiros - Zeca Afonso

No céu cinzento
Sob o astro mudo
Batendo as asas
Pela noite calada
Vem em bandos
Com pés veludo
Chupar o sangue
Fresco da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhes franqueia
As portas á chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

A toda a parte
Chegam os vampiros
Poisam nos prédios
Poisam nas calçadas
Trazem no ventre
Despojos antigos
Mas nada os prende
Às vidas acabadas

São os mordomos
Do universo todo
Senhores á força
Mandadores sem lei
Enchem as tulhas

Bebem vinho novo
Dançam a ronda
No pinhal do rei

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

No chão do medo
Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos
Na noite abafada
Jazem nos fossos
Vítimas dum credo
E não se esgota
O sangue da manada

Se alguém se engana
Com seu ar sisudo
E lhe franqueia
As portas á chegada
Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

Eles comem tudo
Eles comem tudo
Eles comem tudo
E não deixam nada

domingo, abril 24, 2011

Sobre ladrões, mentirosos, corruptos, troca-tintas, vendedores de computadores, big brothers e afins numa lista partidária


O "cabeça de lista" do PS nos Açores é Ricardo Rodrigues, cidadão que subtraiu dois gravadores a jornalistas da Sábado quando estes o questionaram sobre um caso de pedofilia em que foi mencionado e um caso de fraude em que foi arguido.
O "cabeça de lista" do PS na Guarda é Paulo Campos, o secretário de Estado que encomendou os chips das Scut à empresa gerida por um seu ex-assessor, que permitiu a dois assessores acumularem ilegalmente funções na administração da Fundação para as Comunicações Móveis e que nomeou para a administração dos CTT um amigalhaço acusado de falsificar a licenciatura (uma trivialidade, admito).
O "cabeça de lista"" do PS em Leiria é Basílio Horta, histórico (no sentido museológico) do velho CDS, "homem às direitas" das presidenciais de 1991 e dilecto funcionário do actual Governo numa influentíssima Agência para o Investimento e Comércio Externo.
O "cabeça de lista" do PS em Évora é Carlos Zorrinho, o ex-coordenador do Plano Tecnológico ouvido em Comissão de Inquérito pelos concursos de atribuição do poderoso computador Magalhães, o génio que o vento levou para as ventoinhas "renováveis" e o profeta que, em Janeiro último, garantia um futuro risonho para as nossas trocas comerciais com os países árabes.
E por aí fora, de Helena André (Aveiro) a Pedro Silva Pereira (Vila Real), sobre os quais a decência recomenda discrição absoluta.
À custa de figuras duvidosas, tristes serviçais e puro refugo, eis um retrato do descaramento. Mas se os comentadores próximos do PSD acertam ao alertar para a rematada baixeza dos primeiros candidatos socialistas (as segundas linhas incluem um ex-concorrente ao Big Brother), erram ao usá-la para, comparando-a, "justificar" por exemplo a escolha de Fernando Nobre, um desastre que nada justifica e quase nada permitia antecipar. Nem a miséria alheia legitima a própria nem ninguém prefere a miséria desconhecida à conhecida.
O eleitorado percebe que o PS é um prodígio de incompetência (e não só). O eleitorado gostaria de perceber que o PSD é outra coisa. Não se vê como. Em vez de, nas "listas" e no resto, se mostrar uma alternativa capaz à toleima dos últimos seis anos, tarefa ao alcance de uma couve-galega ou do Pato Donald, o PSD decidiu empenhar-se numa série de acções suicidas destinadas a provar que talvez não valha a pena arriscar a mudança. Não se trata de saltar da frigideira para o fogo: trata-se de saltar da frigideira para uma frigideira diferente, exercício cansativo e escusado.
Pelo menos é o que afirmam as sondagens, que súbita e previsivelmente colocaram PS e PSD no chamado empate técnico. Um sujeito que caísse hoje em Portugal, sobretudo se vindo de Plutão, julgaria que as "legislativas" prometem entusiástica disputa. Os sujeitos que cá vivem estão literalmente cansados de saber que a promessa é a inversa: salvo para os fanáticos, as eleições de Junho serão um acto de resignação colectiva, uma penosa corrida entre o bando responsável pela ruína pátria e o bando empenhado em tornar esse pormenor irrelevante. Ganhe quem ganhar, nós perdemos. Em larga medida, merecidamente.


A bancarrota Sócrates, o deficit e os esqueletos que vão sendo descobertos nos armários





Pequeno sismo no Algarve

 Recebido via e-mail:

O Instituto de Meteorologia informa que no dia 24.04.2011 pelas 11.05 (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 2.6 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 12 km a Sul de Alcoutim.

Até à elaboração deste comunicado não foi recebida nenhuma informação confirmando que este sismo tenha sido sentido.

Se a situação o justificar serão emitidos novos comunicados.

Sugere-se o acompanhamento da evolução da situação através da página do IM na Internet (www.meteo.pt) e a obtenção de eventuais recomendações junto da Autoridade Nacional de Protecção Civil (www.prociv.pt).

sábado, abril 23, 2011

Roy Orbison - 75 anos

(imagem daqui)


Roy Kelton Orbison (Vernon, 23 de Abril de 1936Hendersonville, 6 de Dezembro de 1988), apelidado de "The Big O", foi um influente cantor e compositor norte-americano e um dos pioneiros do rock and roll, e cuja carreira estendeu-se por mais de quatro décadas. Orbison foi internacionalmente reconhecido por suas baladas sobre amores perdidos, por suas melodias ritmicamente avançadas, seu timbre vocal de três oitavas, seus característicos óculos escuras e um ocasional uso de falsete, tipificado nas canções como "Only The Lonely", "Oh, Pretty Woman" e "Crying". Em 1988 foi incluído postumamente na galeria da Fama de compositores de música.


sexta-feira, abril 22, 2011

Homenagem ao cantor João Maria Tudela que hoje nos deixou

Hoje é o Dia da Terra

 Google Doodle de 2011

O Dia da Terra foi criado pelo senador norte-americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

A rainha Isabel I de Castela nasceu há 460 anos


Posteriormente apelidada A Católica. Seus ancestrais na nobreza europeia incluíam Henrique IV da Inglaterra. Pensou a mãe em casá-la com D. Afonso V e com D. Pedro Girón, mestre de Calatrava. Em 1469, celebrou-se o seu matrimónio com Fernando, rei da Sicília e herdeiro de Aragão, primo afastado, filho de Joana Enriquez, senhora de Casarrubios e de João II de Aragão.
Por morte de seu meio-irmão, o rei Henrique IV de Castela, foi proclamada rainha de Castela (1474-1504), depois da derrota de D. Joana, a Beltraneja, filha de D. Joana de Portugal e de Henrique IV de Castela. D. Afonso V, tio e marido de Joana, a Beltaneja, entrou em Castela por Zamora e Toro. O tratado das Alcáçovas pôs fim à luta com Portugal. A morte de D. João II uniu os reinos de Aragão e Castela (1497).
No fim da Reconquista, com a tomada de Granada (1492), a rainha mostrou grande firmeza na governação. Ajudada pelos cardeais Mendoza e Jiménez de Cisneros tentou converter ao catolicismo os muçulmanos e apoiou Cristóvão Colombo na sua expedição ao Novo Mundo (América).

O Brasil foi oficialmente descoberto há 511 anos

Monumento a Pedro Álvares Cabral em Lisboa

Pedro Álvares Cabral (Belmonte, 1467 ou 1468Santarém, c. 1520) foi um fidalgo, comandante militar, navegador e explorador português na maioria das vezes creditado como o descobridor do Brasil. Cabral realizou a primeira exploração significativa da costa nordeste da América do Sul, reivindicando-a para Portugal.

quinta-feira, abril 21, 2011

Adieu, Nina

Feeling Good

Música de uma Senhora para geopedrados

Nina Simone morreu há 8 anos

(imagem daqui)

Eunice Kathleen Waymon mais conhecida pelo seu nome artístico, Nina Simone (Tryon, 21 de Fevereiro de 1933 - Carry-le-Rouet, 21 de Abril de 2003) foi uma grande pianista, cantora e compositora americana. O nome artístico foi adoptado aos 20 anos, para que pudesse cantar Blues, a "música do diabo", nos cabarés de Nova Iorque, Filadélfia e Atlantic City, escondida de seus pais, que eram pastores metodistas. "Nina" veio de pequena ("little one") e "Simone" foi uma homenagem à grande actriz do cinema francês Simone Signoret, sua preferida.
Nina Simone também se destacou e foi perseguida por ser negra e por abraçar publicamente todo tipo de combate ao racismo. Seu envolvimento era tal, que chegou a cantar no enterro do pacifista Martin Luther King. Casada com um policial nova-iorquino, Nina também sofreu com a violência do marido, que a espancava.
Em um breve contato com sua obra, aqueles que não conhecem percebem logo a diversidade de estilos pelos quais Nina Simone se aventurou, desde o gospel, passando pelo soul, blues, folk e jazz. Foi uma das primeiras artistas negras a ingressar na renomada Juilliard School of Music, em Nova Iorque. Sua canção “Mississippi Goddamn” tornou-se um hino ativista da causa negra, e fala sobre o assassinato de quatro crianças negras numa igreja de Birmingham em 1963.


Mark Twain - morreu há 101 anos


Samuel Langhorne Clemens (30 de Novembro de 1835 – 21 de Abril de 1910), mais conhecido pelo pseudónimo Mark Twain, foi um escritor e humorista americano. É mais conhecido pelos romances The Adventures of Tom Sawyer (1876) e sua sequência Adventures of Huckleberry Finn (1885), este último frequentemente chamado de "O Maior Romance Americano".

Oparin morreu há 31 anos


Aleksandr Ivanovich Oparin (Uglitch, 2 de Março (18 de Fevereiro juliano) de 1894Moscovo, 21 de Abril de 1980) foi um biólogo e bioquímico russo considerado uma das maiores autoridades sobre a teoria da origem da vida.

(...)
Oparin formou-se na Universidade de Moscovo em 1917. Em 1924 publicou a mais moderna e aceita teoria para explicar o surgimento da vida na Terra, a partir da evolução química gradual de moléculas baseadas em carbono em uma "sopa primordial". Em 1935, fundou o Instituto Bioquímico RAS. Em 1946, foi admitido na Academia Soviética das Ciências. Em 1970, foi eleito presidente da "Sociedade Internacional para o Estudo da Origem da Vida".

Long live the Queen! - 85 anos!


A rainha é também chefe da Comunidade Britânica, governante suprema da Igreja Anglicana, comandante-chefe das Forças Armadas do Reino Unido e Lady de Man; ela reina com esses títulos desde a morte de seu pai, rei Jorge VI, em 6 de Fevereiro de 1952. Actualmente é a chefe de Estado que está no poder há mais tempo na Europa, nas Américas, África e Oceânia, sendo a segunda no mundo, superada apenas pelo Rei Rama IX da Tailândia. Isabel II é a mais velha monarca britânica de todos os tempos. O recorde pertencia à rainha Vitória, que viveu 81 anos, sete meses e 29 dias, vindo a falecer em 1901; um marco que a sua trineta alcançou no dia 20 de Dezembro de 2007.
Cerca de 125 milhões de pessoas vivem em países onde o soberano do Reino Unido é o chefe de estado. Só no Reino Unido o seu reinado passou pelo governo de doze primeiros-ministros diferentes. Isabel II é casada com Filipe, Duque de Edimburgo, e é mãe do herdeiro ao trono, o Príncipe de Gales, Carlos. Foi a primeira monarca do Reino Unido a ter primeiros-ministros nascidos no seu reinado (Tony Blair e David Cameron). Para superar sua trisavó, Vitória, no recorde do mais longo reinado, terá de reinar até 9 de Setembro de 2015.

quarta-feira, abril 20, 2011

A explosão que provocou o desastre ambiental do Golfo do México foi há um ano


A explosão da plataforma Deepwater Horizon ocorreu no dia 20 de Abril de 2010, no Golfo do México, nos Estados Unidos. O desastre consistiu na explosão da plataforma de petróleo semi-submersível Deepwater Horizon que pertencia à Transocean e que era usada pela BP, afundando-se na quinta-feira seguinte à explosão, depois de ficar dois dias em chamas. 

(...)

Houve 17 trabalhadores que ficaram feridos e 11 faleceram.

(...)
A BP anunciou em 17 de Julho de 2010 ter conseguido estancar temporariamente o derrame de petróleo, depois de instaladas novas válvulas que conseguiram travar o derrame.



Imagem de satélite da NASA mostrando a mancha de óleo em 25 de Abril de 2010

O Rei Cristiano X da Dinamarca e Islândia morreu há 64 anos


Cristiano X (Castelo de Charlottenlund, 26 de Setembro de 1870 - Palácio de Amalienborg, 20 de Abril de 1947), de nome completo Cristiano Carlos Frederico Alberto Alexandre Guilherme (Christian Carl Frederik Albert Alexander Vilhelm, em dinamarquês) foi rei da Dinamarca entre 1912 e 1947, e da Islândia entre 1918 e 1944.
Notabilizou-se pela resistência pacífica durante a ocupação alemã, na Segunda Guerra Mundial.

O explorador e herói Serpa Pinto nasceu há 165 anos


Alexandre Alberto da Rocha de Serpa Pinto, visconde de Serpa Pinto, (20 de Abril de 1846 - 28 de Dezembro de 1900) foi um militar, explorador e administrador colonial português.

Joan Miró nasceu há 118 anos


Joan Miró i Ferrà (Barcelona, 20 de Abril de 1893Palma de Maiorca, 25 de Dezembro de 1983) foi um importante escultor e pintor surrealista catalão.

O massacre de Columbine foi há 11 anos

O massacre de Columbine aconteceu em 20 de Abril de 1999 no Condado de Jefferson, Colorado, Estados Unidos, no Instituto Columbine, onde os estudantes Eric Harris (aka ReB), de 18 anos, e Dylan Klebold (aka VoDkA), de 17 anos, atiraram em vários colegas e professores.

Massacre de Columbine
Columbine High USGS.png
Instituto Columbine (foto de satélite)
Local Columbine, Colorado, Estados Unidos
Coordenadas
Data 20 de Abril de 1999
11:19 am – 12:08 pm (UTC -6)
Tipo de ataque Massacre escolar, assassinato em massa, massacre, ataque suicida, ataque com bombas improvisadas.
Arma(s) TEC-DC9, Hi-Point, Savage 67H, Stevens 311D
Mortes 15 (incluindo os 2 assassinos)
Feridos 25
Responsáveis(s) Eric Harris e Dylan Klebold

terça-feira, abril 19, 2011

Música de aniversariante de hoje

Música dos anos oitenta para geopedrados...


Terence Trent D'arby - Sign your name

fortunately you've got someone who relies on you
we started out as friends
but the thought of you just caves me in
the symptoms are so deep
it's so much too late to turn away
we started out as friends
sign your name across my heart
i want you to be my baby
sign your name across my heart
i want you to be my lady
time i'm sure will bring
disappointments in so many things
it seems to be the way
when your gambling cards on love you olay
i'd rather be in hell with you baby
then in cool heaven, it seems to be the way
sign your name across my heart
i want you to be my baby
sign your name across my heart
i want you to be my lady
birds never look into the sun
before the day is gone
but ohthe light shines bright
in a peacefull day,stranger blue leave us alone
we don't want to deal with you
we'll shed our stains showering
in the room that makes the rain
all alone with you,makes the butterflies in me arise
slowly we make love,and the earth rotates on our dictates
slowly we make love...
sign your name across my heart...