segunda-feira, junho 26, 2023

Pearl S. Buck nasceu há 131 anos

     
Pearl Sydenstricker Buck, nascida Pearl Comfort Sydenstricker (Hillsboro, 26 de junho de 1892 - Danby, 6 de março de 1973), também conhecida por Sai Zhen Zhu foi uma sinologista e escritora norte-americana.
Venceu o Prémio Pulitzer de Ficção em 1932 e recebeu o Nobel de Literatura de 1938.
     

Salvador Allende nasceu há 115 anos...

     
Salvador Allende Gossens (Valparaíso, 26 de junho de 1908 - Santiago do Chile, 11 de setembro de 1973) foi um médico e político marxista chileno. Fundador do Partido Socialista, governou o seu país de 1970 a 1973, quando foi deposto, por um golpe de estado, liderado pelo seu chefe das Forças Armadas, Augusto Pinochet.
Allende foi o primeiro presidente de república e o primeiro chefe de estado socialista marxista eleito democraticamente na América Latina. Os seus pilares ideológicos foram o socialismo, o marxismo e a maçonaria. Allende foi um revolucionário atípico: acreditava na via eleitoral da democracia representativa, e considerava ser possível instaurar o socialismo dentro do sistema político então vigente no seu país.
 
      

Alberto I, príncipe do Mónaco e oceanógrafo, morreu há cento e um anos...

   
Alberto I (Albert Honoré Charles Grimaldi) (Paris, 13 de novembro de 1848Paris, 26 de junho de 1922), também conhecido por Albert do Mónaco, foi príncipe reinante do Mónaco de 10 de setembro de 1889 a 26 de junho de 1922). Alberto I, notabilizou-se pelas pesquisas oceanográficas que empreendeu no Mediterrâneo, no Atlântico e no Ártico, tendo fundado o Museu Oceanográfico do Mónaco, uma instituição de referência em oceanografia, e diversas instituições ligadas à exploração dos oceanos. Foi um pioneiro na investigação científica do oceano profundo, de cujo labor resultaram diversos trabalhos de grande valor científico sobre a biologia e sistemática da fauna das zonas abissais. Realizou diversas campanhas nos Açores, a ele se devendo a descoberta do grande Banco Princesa Alice, a sul da ilha do Pico e da Fossa do Hirondelle, ambos nos Açores.
   
(...)
   
No decurso das suas expedições oceanográficas, Alberto I tornou-se um visitante assíduo dos Açores, estabelecendo relações estreitas com as comunidades piscatórias das ilhas. Desta relação resultou que o príncipe Alberto tivesse sido padrinho de batismo de várias crianças nas ilhas.
Algumas das mais antigas fotografias conhecidas da ilha do Corvo e dos seus habitantes foram feitas pelo príncipe e por membros das suas expedições. O mesmo acontece em relação à baleação açoriana, estudada e descrita pela primeira vez pelo príncipe.
Quando, no decurso de uma das suas expedições, o príncipe descobriu um grande banco a sul da ilha do Pico, que ele denominou Banco Princesa Alice, o nome do navio de investigação (e da esposa), Alberto I mandou publicar o facto nos jornais açorianos, ajudando depois na organização de expedições de reconhecimento por parte dos pescadores açorianos.
Em sinal de reconhecimento, quase todas as cidades e vilas piscatórias açorianas dedicaram uma rua ao príncipe monegasco. Em Ponta Delgada a grande alameda que liga o aeroporto à cidade denomina-se Avenida Príncipe do Mónaco e existe um busto do príncipe na Avenida Infante D. Henrique (marginal); em Angra do Heroísmo, uma das ruas do litoral citadino é a Rua Príncipe do Mónaco; na Horta, o importante observatório meteorológico, construído a instâncias de Aberto I, denomina-se Observatório Príncipe do Mónaco.
Na obra auto-biográfica de Alberto I, La Carrière d'un Navigateur, são múltiplas as referências aos Açores.
Esta relação com os Açores também se traduziu numa íntima amizade com El-Rei D. Carlos I de Portugal, o monarca português de então, o qual também visitou os Açores em 1901. Ambos partilhavam a paixão pelo mar e pela oceanografia.
      
      

Alfredo Marceneiro morreu há quarenta e um anos...

(imagem daqui)
     
Alfredo Rodrigo Duarte (Lisboa, 25 de fevereiro de 1891 - Lisboa, 26 de junho de 1982) mais conhecido como Alfredo Marceneiro, devido à sua profissão inicial, foi um fadista português que marcou uma época, detentor de uma voz inconfundível tornando-se um marco deste género da canção em Portugal. Embora o bilhete de identidade refira a data acima, o seu nascimento pode ter acontecido, de facto, em 29 de fevereiro de 1888.
    
     

 


Luiza Possi - 39 anos

 
Luiza Possi Gadelha (Rio de Janeiro, 26 de junho de 1984) é uma cantora e compositora brasileira. É filha da também cantora Zizi Possi e do produtor musical e diretor artístico Líber Gadelha
  

 


Ariana Grande celebra hoje trinta anos...!


Ariana Grande-Butera
(Boca Raton, 26 de junho de 1993), conhecida profissionalmente como Ariana Grande, é uma cantora, atriz, compositora e apresentadora norte-americana que, em oito anos de carreira a solo, venceu dois Grammy Awards, num total de doze nomeações.
 
  

 


Messier nasceu há 293 anos

   
Charles Joseph Messier (Badonviller, 26 de junho de 1730Paris, 12 de abril de 1817) foi um astrónomo francês, conhecido pela compilação e publicação, com a co-autoria de Pierre Méchain, de seu catálogo de objetos de céu profundo, uma lista de 110 objetos astronómicos como nebulosas, aglomerados estelares e galáxias que vieram a ser conhecidos como os "objetos Messier". Pretendia, com a publicação do catálogo, auxiliar a si mesmo e outros astrónomos e observadores em sua atividade astronómica principal durante a  sua carreira, a investigação de cometas, listando todos os objetos que pôde identificar e que poderiam ser facilmente confundidos com cometas em trânsito, mas que, na realidade, tinham naturezas completamente diferentes e eram fixos no céu noturno. Contudo, Messier, sem intenção, catalogou alguns dos astros mais interessantes para a atual astronomia amadora.
Tornou-se um observador do céu ao trabalhar para Joseph-Nicolas Delisle em seu observatório em Paris, aos 21 anos. Foi o primeiro astrónomo a dedicar-se quase exclusivamente à procura de cometas e, enquanto aguardava o retorno do cometa Halley, deparou-se com um falso positivo ao confundir uma nebulosa com o cometa. Para evitar novos enganos, começou a compilar os objetos fixos no céu profundo que poderiam ser facilmente confundidos com um cometa, objeto difuso e de fraco brilho. De 1758 a 1782, com a ajuda de Pierre Méchain após 1774, compilou 107 objetos entre nebulosas, aglomerados estelares e galáxias. Três objetos adicionais foram mais tarde adicionados ao catálogo, após a morte de Messier, completando 110 objetos ao todo.
Contudo, foi bem-sucedido na sua principal atividade astronómica, a descoberta e acompanhamento de cometas, Descobriu vinte ao todo, treze descobertos originalmente por ele e outras 7 co-descobertas independentes. Também foi membro de várias academias científicas espalhadas pela Europa, sendo membro estrangeiro da Royal Society e membro efetivo da Académie des Sciences. Em 1806, recebeu de Napoleão Bonaparte a Ordem Nacional da Legião de Honra e dedicou ao imperador francês o Grande Cometa de 1769, considerado "o último cometa astrologicamente apresentado ao público por um astrónomo ortodoxo".
   

A nebulosa do Caranguejo (M1), o primeiro objeto do Catálogo Messier

 


A jornalista Veronica Guerin foi assassinada há 27 anos...

  
Veronica Guerin (Artane, 5 de julho de 1958 - Dublin, 26 de junho de 1996) foi uma jornalista irlandesa.
Começou tardiamente na profissão, depois dos 30 anos, e gostava do jornalismo de investigação. Exemplo de determinação e coragem, a sua vontade incessante por justiça fez com que pagasse com a vida a investigação a fundo sobre a máfia e o tráfico de drogas em Dublin, capital da Irlanda, durante a década de 90. Denunciou também a ligação que alguns dos mais importantes gângsteres tinham com o IRA. Sofreu um atentado e chegou a ser espancada por um dos maiores mafiosos da cidade.
Depois do seu assassinato, a população da Irlanda revoltou-se e foi para as ruas protestar, e os barões do tráfico tiveram os seus bens confiscados e foram presos. Um ano depois do acontecido, os crimes caíram em mais de 50% na Irlanda.
Veronica Guerin é considerada uma heroína na Irlanda.
Dois filmes, baseados na história de Veronica Guerin, foram realizados:
A banda de metal progressivo Savatage incluiu uma canção baseada na história da jornalista no álbum The Wake of Magellan, de 1998.
O músico irlandês Christy Moore também escreveu uma canção em sua homenagem, chamada Veronica.
       

O primeiro livro de Harry Potter foi lançado há 26 anos

 

Harry Potter é uma série de sete romances de fantasia escrita pela autora britânica J. K. Rowling. A série narra as aventuras de um jovem chamado Harry James Potter, que descobre aos 11 anos de idade que é um bruxo ao ser convidado para estudar na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. O arco de história principal diz respeito às amizades de Harry com outros bruxos de sua idade, como Ronald Weasley e Hermione Granger, e também com o diretor de Hogwarts Albus Dumbledore, considerado o maior dos magos, e seus conflitos com o bruxo das trevas Lord Voldemort, que pretende se tornar imortal, conquistar o mundo dos bruxos, subjugar as pessoas não-mágicas e destruir todos aqueles que estão em seu caminho, especialmente Harry Potter, a quem ele considera seu maior rival.

Desde o lançamento do primeiro romance, Harry Potter e a Pedra Filosofal, em 26 de junho de 1997, os livros ganharam uma imensa popularidade, aclamação da crítica e foram um sucesso comercial em todo o mundo. A série também recebeu algumas críticas, incluindo a preocupação com o tom cada vez mais sombrio conforme a história progredia. Até maio de 2015, já haviam sido vendidas 450 milhões de cópias em todo o mundo, tornando a série a best-seller da história, sendo traduzida para 73 idiomas. Os últimos quatro livros consecutivamente foram considerados os mais vendidos da história, sendo que o último livro vendeu cerca de 11 milhões de cópias nos Estados Unidos nas primeiras 24 horas após o seu lançamento.

A série abrange vários gêneros, como fantasia, vida escolar e passagem entre a infância e a juventude (com elementos de mistério, suspense, aventura e romance), sendo que a história tem muitos significados e referências culturais. De acordo com Rowling, o tema principal é a morte. Há também muitas outras temáticas na série, como preconceito e corrupção.

Os livros foram originalmente impressos em inglês por duas grandes editoras, a Bloomsbury do Reino Unido e a Scholastic Press nos Estados Unidos. A série já foi publicada por muitas editoras em todo o mundo. A adaptação para uma série composta por oito filmes feita pela Warner Bros. Pictures se tornou a série cinematográfica mais assistida da história. Tamanho sucesso fez com que a marca Harry Potter chegasse ao valor de 15 mil milhões de dólares. Além disso, o parque temático The Wizarding World of Harry Potter foi introduzido em diversas unidades da Universal Parks & Resorts.

  
   

Israel Kaʻanoʻi Kamakawiwoʻole morreu há 26 anos...

 

Israel Ka‘ano‘i Kamakawiwo'ole, mais conhecido como Israel Kamakawiwo'ole ou Bruddah IZ (Honolulu, 20 de maio de 1959 - Honolulu, 26 de junho de 1997) foi um cantor e compositor havaiano. Kamakawiwo'ole, que usava também o nome "Braddah IZ", foi muito famoso em sua terra natal e era descendente de uma linhagem pura de nativos havaianos. Nunca ocultou a sua posição a favor da independência do Havaí e de defesa dos direitos dos nativos. É um dos nomes mais conhecidos do estado americano do Havaí.

Um dos seus álbuns mais famosos foi Facing Future, de 1993, trabalho que o lançou para a fama mundial, onde consta o tema "Over the Rainbow/What a Wonderful World", uma versão que mistura dois clássicos da música dos E.U.A.: "Somewhere Over the Rainbow", do filme The Wizard of Oz (O Feiticeiro de Oz), e "What a Wonderful World", onde apenas se ouvem a sua voz suave, acompanhada pelo seu ukulele, que rapidamente se tornou um êxito mundial e que lhe rendeu vários prémios. Essa música aparece em diversos episódios de séries norte-americanas como Cold Case, E.R. e Young Americans, no qual a música "Somewhere over the Rainbow" tocou no primeiro episódio e no último, sendo a música a encerrar defitivamente a série; também fez parte da banda sonora dos filmes Meet Joe Black (1998), Finding Forrester (2000) e, mais recentemente, 50 First Dates (2004).
Ao longo da sua carreira musical, Israel Iz debateu-se com muitos problemas de saúde, relacionados com o seu peso excessivo, chegando a pesar 343 kg, num corpo com 1,88 m. Em 1997, com 38 anos, faleceu devido a problemas respiratórios, causados pela obesidade mórbida.
As suas principais músicas foram "Somewhere over the Rainbow" e "What a Wonderful World".
Mais de cem mil pessoas compareceram no seu funeral, em 10 de julho de 1997, o caixão de madeira estava no edifício do Capitólio, em Honolulu. Ele foi a terceira pessoa na história do Havaí a quem concederam esta honra (os outros dois foram o senador Faísca Matsunaga e o governador John A. Burns). As suas cinzas foram espalhadas pelo Oceano Pacífico em M'kua Beach, em 12 de julho de 1997.
Em 2001 foi lançado Alone in IZ World, um álbum póstumo contendo vários sucessos e temas inéditos, relançado em 2010, com o mesmo sucesso e que viria ser muito popular e usado em anúncios publicitários, em vários países como a Alemanha, iniciativas de caridade nos Países Baixos, muitas são as formas e instituições que têm utilizado a famosa música "Over the Rainbow"
   

 

Alberto Ribeiro morreu há 23 anos...

 

(imagem daqui)


Alberto Ribeiro
(Ermesinde, 29 de fevereiro de 1920 - Porto, 26 de junho de 2000) foi um cantor e ator português, muito popular, sobretudo na década de 40 e inícios dos anos 50 do século XX.

Alberto Dias Ribeiro nasceu em 29 de fevereiro de 1920 em Ermesinde, concelho de Valongo, distrito do Porto.

Oriundo de uma família de artistas, tinha um irmão e uma irmã que também cantavam, mas que não foram muito conhecidos. Ficou famoso pela sua voz extensa, a sua facilidade em utilizar os agudos e pelo seu timbre quente.

Obteve grande de popularidade, surgindo, como um dos intérpretes principais da película Capas Negras, onde contracenou com a fadista Amália Rodrigues, continuando no período que se lhe seguiu como vedeta de cinema em várias películas nacionais.

Em 1946 foi inaugurada no Parque Mayer a peça Sala Júlia Mendes, onde Alberto Ribeiro foi um dos principais intérpretes, juntamente com Amália.

Participou em várias operetas, quer pela sua figura, quer pelo seu cantar era o intérprete ideal, para um espetáculo muito popular na época.

Na década de 60, voltou ao palco no âmbito da comemoração dos 25 anos da opereta Nazaré onde interpretava, entre outras canções "Maria da Nazaré" de sua autoria em parceria com o poeta António Vilar da Costa e que tinha sido um estrondoso êxito na década de 40. Refira-se ainda que foi ele o criador do tema "Cartas de Amor" mais tarde muito popularizado por Tony de Matos. No citado filme que co-protagonizava com Amália, interpretou "Coimbra", canção que a fadista tornaria internacionalmente conhecida. O intérprete de "Marianita", "Senhora da Nazaré", "Soldados de Portugal", "O Porto É Assim" ou "Eu Já Não Sei", este último retomado por outros nomes como Florência.

Passado pouco tempo, retira-se novamente de cena, sem que ninguém o compreenda, remetendo-se a um silêncio que ninguém conseguiu quebrar. Apesar disso, os seus admiradores não o esqueceram, tendo surgido várias reedições dos seus discos. 

  

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Gilberto Gil faz hoje oitenta e um anos

      
Gilberto Passos Gil Moreira, mundialmente conhecido como Gilberto Gil, (Salvador, 26 de junho de 1942) é um político, cantor, compositor, multi-instrumentista, escritor, ambientalista, empresário, e intelectual brasileiro, também conhecido por sua inovação musical e por ser ganhador de prémios Grammys, Grammy Latino, galardeado pelo governo francês, com a Ordem Nacional do Mérito (1997), e pela UNESCO como "artista pela paz", em 1999. Gil foi embaixador da ONU para agricultura e alimentação e Ministro da Cultura do Brasil entre 2003 e 2008. Com mais de cinquenta álbuns lançados, ele incorpora a gama eclética de suas influências, incluindo rock, géneros tipicamente brasileiros, música africana e reggae, por exemplo.
    

 


JFK fez um importante discurso em Berlim há sessenta anos - Ich bin ein Berliner...!

  

"Ich bin ein Berliner" ("Eu sou um berlinense", em alemão) é uma citação de um discurso feito em 26 de junho de 1963 pelo presidente dos Estados Unidos à época, John F. Kennedy, em Berlim Ocidental. Na ocasião Kennedy estava enfatizando o apoio dos Estados Unidos à Alemanha Ocidental, 22 meses depois do Estado comunista da Alemanha Oriental, aliado da União Soviética, ter erguido o Muro de Berlim, como forma de impedir qualquer movimento entre as regiões orientais e ocidentais da cidade.
O discurso é considerado um dos melhores de Kennedy, e um dos momentos notáveis da Guerra Fria. Representou um grande impulso moral para os berlinenses ocidentais, que viviam num enclave situado dentro da Alemanha Oriental e temiam uma possível ocupação comunista. Falando a partir de uma plataforma erguida sobre os degraus da Rathaus Schöneberg, Kennedy disse,
Há dois mil anos, não havia frase que se dissesse com mais orgulho do que Civis Romanus sum ("Sou um cidadão romano"). Hoje, no mundo da liberdade, não há frase que se diga com mais orgulho que 'Ich bin ein Berliner'... Todos os homens livres, onde quer que vivam, são cidadãos de Berlim, e, portanto, como um homem livre, eu orgulho-me das palavras 'Ich bin ein Berliner'!

 

 
Alguns relatos alegam que Kennedy teria inventado a frase na última hora, bem como a ideia de dizê-la em alemão, e que teria pedido ao seu intérprete, Robert H. Lochner, que traduzisse "eu sou um berlinense" apenas ao subir as escadas da Rathaus (Prefeitura). Com a ajuda de Lochner, Kennedy praticou a frase no gabinete do então presidente da Câmara da cidade, Willy Brandt, e teria anotado uma pronúncia fonética num cartão. Um professor do Departamento de Estado americano, no entanto, escreveu em 1997 um relato sobre a visita que teria feito a Kennedy na Casa Branca algumas semanas antes da viagem a Berlim para ajudá-lo a escrever o discurso e ensinar-lhe a pronúncia correta.
O Conselheiro de Segurança Nacional, McGeorge Bundy, acreditava que o discurso tinha "passado um pouco dos limites", e os dois fizeram uma revisão do texto até que atingisse uma forma mais subtil, antes de repeti-lo na Universidade Livre, mais tarde naquele mesmo dia.
Esta mensagem de rebeldia tinha como alvo tanto os soviéticos quanto os berlinenses, e representava uma clara afirmação da política americana em meio à construção do Muro de Berlim. A cidade estava oficialmente sob ocupação conjunta das quatro potências aliadas, cada uma responsável por determinada zona. O discurso de Kennedy marcou o primeiro momento em que as autoridades americanas reconheceram que Berlim Oriental fazia parte do bloco soviético, juntamente com a metade oriental do país.
Existem diversos locais que homenageiam Kennedy em Berlim, como a Escola Alemã-Americana John F. Kennedy, e o Instituto John F. Kennedy de Estudos Norte-Americanos, na Universidade Livre de Berlim. A praça em frente à prefeitura da cidade, de onde o discurso foi feito, passou a se chamar "John-F.-Kennedy-Platz". Uma grande placa dedicada a Kennedy foi montada sobre uma coluna, na entrada do edifício, e a sala sobre a sua entrada, que dá diretamente para a praça, é dedicada a Kennedy e à sua visita.
O manuscrito original do discurso está armazenado na National Archives and Records Administration.
   


Placa homenageando o discurso de Kennedy, ao lado da entrada principal da Rathaus Schöneberg
     
   in Wikipédia

domingo, junho 25, 2023

Gaudí nasceu há cento e setenta e um anos...

     
Antoni Gaudí i Cornet (Reus ou Riudoms, 25 de junho de 1852 - Barcelona, 10 de junho de 1926) foi um famoso arquiteto catalão e figura de ponta do modernismo catalão. As obras de Gaudi revelam um estilo único e individual e estão na sua maioria na cidade de Barcelona.
Grande parte da obra de Gaudi é marcada pelas suas grandes paixões: arquitetura, natureza e religião. Gaudi dedicava atenção aos mais ínfimos detalhes de cada uma das suas obras, incorporando nelas uma série de ofícios que dominava: cerâmica, vitral, ferro forjado e marcenaria. Introduziu novas técnicas no tratamento de materiais, como o trencadís, realizado com base em fragmentos cerâmicos.
Depois de vários anos sob influência do neogótico e de técnicas orientais, Gaudi tornou-se parte do movimento modernista catalão, que atingiu o seu apogeu durante o final do século XIX e início do século XX. O conjunto da sua obra transcende o próprio movimento, culminando num estilo orgânico único inspirado na natureza. Gaudi raramente desenhava projetos detalhados, preferindo a criação de maquetes e modelava os detalhes à medida que os concebia.
A obra de Gaudi é amplamente reconhecida internacionalmente e objeto de inúmeros estudos, sendo apreciada não só por arquitetos como pelo público em geral. A sua obra-prima, a inacabada Sagrada Família, é um dos monumentos mais visitados de Espanha. Entre 1984 e 2005, sete das suas obras foram classificadas como Património Mundial pela UNESCO. A devoção católica de Gaudi intensificou-se ao longo da sua vida e a sua obra é rica no imaginário religioso, o que levou que fosse proposta a sua beatificação.
    
    

Saudades de Michael Jackson...

Ruy Barata nasceu há 103 anos...

(imagem daqui)
   
Ruy Guilherme Paranatinga Barata (Santarém, Pará, 25 de junho de 1920 - São Paulo, 23 de abril de 1990) foi um poeta, político, advogado, professor e compositor brasileiro.
Filho único de Maria José (Dona Noca) Paranatinga Barata e do advogado Alarico de Barros Barata, recebeu o nome Rui em virtude da admiração paterna por Rui Barbosa. O apelido indígena Paranatinga vem do lado materno, que significa rio (paraná) branco (tinga).
Foi alfabetizado pelo pai. Aos dez anos vem para Belém para continuar os estudos. Primeiro, no internato do Colégio Moderno; depois, no Colégio Nossa Senhora de Nazaré, dirigido pelos Irmãos Maristas. Faz o pré-jurídico no Colégio Estadual Paes de Carvalho, onde tem como professor o intelectual Francisco Paulo do Nascimento Mendes, de quem se torna amigo para a vida inteira, e se inicia na poesia escrevendo na revista Terra Imatura. Em 1938, entra para a Faculdade de Direito do Pará.
No meio dos estudos jurídicos sente aumentar a paixão pela poesia. Mergulha fundo nos poemas de Maiakovski, Garcia Lorca, T.S. Elliot, Mallarmé, Rilke, Pablo Neruda, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Murilo Mendes, Jorge de Lima, entre outros. Abre-se ao pensamento de esquerda através da leitura do Manifesto Comunista de Marx e Engels.
Em 1941, casa-se com Norma Soares Barata, de quem teve sete filhos: Maria Diva, Rui Antônio, Paulo André (parceiro constante em várias canções, entre elas, as mais famosas, Foi assim e Pauapixuna), Maria Helena, Maria de Nazaré, Maria Inez e Cristóvão Jaques.
Em 1943, forma-se em Direito e, como orador da turma, em plena ditadura do Estado Novo, faz um discurso em que pede a volta do país ao Estado de Direito e defende teses avançadas no campo da justiça social. Nessa fase, prefere trocar o exercício da advocacia pela presença na redação do jornal Folha do Norte, de Paulo Maranhão.
Passa a frequentar a roda de papo do Central Café, no centro de Belém, liderada pelo professor Francisco Paulo do Nascimento Mendes, onde convive e integra a mais brilhante geração de intelectuais paraenses republicanos, que gravitou em torno de Chico Mendes. Entre eles, Mário Faustino, Paulo Plínio Abreu, Benedito Nunes, Haroldo Maranhão, Waldemar Henrique, Machado Coelho, Nunes Pereira, Cauby Cruz, Napoleão Figueiredo e Raimundo Moura.
Ainda em 1943, publica o seu primeiro livro de poemas, Anjo dos Abismos, pela José Olympio Editora, com o decisivo apoio do romancista paraense Dalcídio Jurandir.
Nessa época, o pai de Ruy, Alarico Barata, exercia forte liderança política na região do baixo amazonas contra a violência do chamado baratismo, liderado pelo caudilho Joaquim Magalhães de Cardoso Barata.
Por causa dessa luta contra o autoritarismo de Magalhães Barata, Rui Guilherme Paranatinga Barata entra na política partidária e, aos 26 anos, em 1946, é eleito deputado para a Assembleia Constituinte do Pará, pelo Partido Social Progressista (PSP). Embalado pelo clima de explosão democrática que sucedeu a vitória dos aliados contra o nazi-fascismo na Europa, nenhum tema relevante aos direitos humanos escapou da perceção do jovem deputado naquela legislatura. A luta pela paz num mundo traumatizado pela morte de milhões de seres humanos nos campos de batalha, o horror da ameaça atómica que exterminara as populações de Hiroshima e Nagasaki, o respeito à autodeterminação dos povos, o Estado de Direito no Brasil, a defesa da soberania da Amazónia e a luta contra a pobreza foram temas caros a Ruy Barata.
Foi reeleito em 1950. Em 1951, publica os poemas de A Linha Imaginária (Edições Norte, Belém). A partir daí e depois, como deputado federal (1957 a 1959), se afirma como a voz progressista no Pará em defesa do monopólio estatal do petróleo, das grandes causas nacionais e da paz mundial, nos momentos cruciais da chamada guerra fria.
Em 1959, saúda a revolução cubana com o poema Me trae una Cuba Libre/Porque Cuba libre está. Nesse mesmo ano, entra para a militância clandestina do Partido Comunista Brasileiro, o Partidão. A filiação ao PCB tem reflexo na própria criação poética, que opta por evidenciar, nessa fase, um tom político. Sua poesia busca o caminho das palavras acessíveis à compreensão popular. Denuncia claramente a miséria e a injustiça social.
Nessa época, provavelmente, dá início à construção de O Nativo de Câncer, poema inacabado com força épica a contar a história de uma cultura em face da invasão de culturas estranhas, um impressionante inventário das coisas e do homem amazónico, incluindo aí o inventário do próprio poeta, um nativo de câncer. O primeiro canto do poema foi publicado em fevereiro de 1960 no jornal Folha do Norte.
Em 1964, com o golpe militar, foi preso, demitido de seu cartório (então 4º Ofício do Cível e Comércio da Comarca de Belém) e aposentado compulsivamente do cargo de professor da Faculdade de Filosofia da Universidade Federal do Pará, com menos de 10% de seus proventos. Para sobreviver passa a exercer a advocacia no escritório do seu pai, Alarico Barata, e escreve artigos e reportagens com pseudónimos, como Valério Ventura, para os jornais Folha do Norte e Flash.
A partir de 1967, Ruy Barata, que tinha, desde a juventude, uma estreita ligação com a música, passa a compor em parceria com seu filho, o então jovem músico e instrumentista Paulo André Barata.
Ruy mostra-se um exímio letrista para as melodias do filho. Compõem dezenas de músicas, de cunho rural e urbano, que se tornaram sucessos nacionais e internacionais.
Em 1978, lança mais um capítulo do estudo sobre a Cabanagem, a revolução paraense de 1835, cuja publicação iniciara no ano anterior pela revista do Instituto Professor Sousa Marques (Rio de Janeiro): O Cacau de Sua Majestade, O Arroz do Marquês, A Subversão do Cacau e do Algodão, A Economia Paraense às Vésperas da Tormenta.
Em 1979, com a promulgação da Lei da Amnistia, Ruy Barata é reintegrado ao quadro de professores da Universidade Federal do Pará, e volta a ensinar Literatura Brasileira. Em 1984, é publicada a primeira edição do livro Paranatinga, um estudo biográfico do poeta escrito por Alfredo Oliveira.
Ruy Barata morreu em 23 de abril de 1990, durante uma cirurgia, em São Paulo, para onde viajara a fim de coletar dados sobre a passagem de Mário de Andrade pela Amazónia.
Pouco depois de sua morte foi lançada a segunda edição, revista e ampliada, do livro Paranatinga. A sua estátua está nos jardins do Parque da Residência, antiga casa dos governadores do Pará, que hoje abriga a Secretaria de Cultura do Estado e empresta o seu nome a uma avenida, ainda em construção, que vai ladear as águas da baía do Guajará em Belém.
Em 2000, foi lançado o livro Antilogia, uma coletânea de poemas organizada e revisada pelo próprio Rui entre janeiro e fevereiro de 1990, pouco antes de sua morte, cuja edição reúne quatorze poemas e uma das correspondências que lhe foram enviadas pelo poeta Mário Faustino.
O trabalho de Ruy Barata continua a inspirar músicas, poesias, vídeos, cinema, trabalhos escolares, teses, documentários, dança, artes plásticas e dezenas de outras manifestações culturais em todo o Pará, para reverenciar a memória do poeta que disse em uma canção: Tudo que eu amei estava aqui".
A poesia não se faz com ideias, mas com palavras
- Ruy Barata
   
 
Ode


Os dedos contam as ondas,
os minutos talvez,
jamais o anelo.

Podes marcar a face disfarçada,
a barba,
os bens,
todos os sonhos,
mas escravos do real só te aceitamos
na tua farda de pêlos,
sangue
e ossos.

Quando recriarás a trança libertária,
o horizonte do mito,
o Deus negado,
a tela do perene e do intocável?

Quando libertarás a página e o relógio,
o ser distante que revel condenas
às arestas da ruga e aos frutos sazonados?

Quando
(deste olhar em diagonal ao espelho e à morte)
farás ruir ao peso de teu gládio
e ao sulco de teu grito
as taças do não ser,
o veneno da aurora,
as portas do visível,
e do invisível?

Ó jamais seremos sós perante a Fonte,
jamais seremos nós e a ti mostramos
o sorriso de "clown" que se reparte
em contorções de esperma,
tédio,
e ódio.

Jamais conservaremos o perfume e a liturgia,
e a hora que se esvai não justifica
este desabrochar em cálice e corola.

Não ser
..................(embora seja no retrato),
não ter
..................(para ao flagelo condenar-se),
não sentir o chamar do céu porque beleza
e memória de ausências povoada.

Estamos sós,
bem sei,
e como é noite
arrancas o teu mundo no arbitrário,
e a poesia morde o que não é.

Quem te susteve o braço suicida:
a ode ou o catecismo?
Quem te ligou à sorte deste povo:
o sonho ou a promissória?
Quem te fez espalmar a mão como inocente
e a cabeça baixar como culpado?

Ó tempo,
ó dimensão do exílio e da orfandade,
e se não digo eterno,
quase eterno,
deixai toda esperança
"voi che entratte".


in A linha imaginária (1951) - Ruy Barata

Siza Vieira nasceu há noventa anos!

  

Álvaro Joaquim [Carneiro] de Melo Siza Vieira, conhecido como Siza Vieira (Matosinhos, 25 de junho de 1933), é o mais premiado arquiteto português de sempre. 

 

Biografia

Nasceu em Matosinhos, numa cidade costeira no Norte de Portugal, junto à cidade do Porto, é filho de Júlio Siza Vieira (Lisboa, Belém, 13 de setembro de 1902 - Matosinhos, Matosinhos, 22 de abril de 1985), engenheiro, e de sua mulher Cacilda Ermelinda Camacho Carneiro de Melo (Matosinhos, Matosinhos, 26 de novembro de 1905 - Matosinhos, Matosinhos, 6 de outubro de 2006). Do seu casamento com Maria Antónia Marinho Leite (25 de maio de 1940 - 11 de janeiro de 1973), teve dois filhos, dos quais um também é arquiteto: Álvaro Leite Siza Vieira. É tio paterno de Pedro Siza Vieira.

Entre 1949 e 1955, estudou na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, onde lecionou, de 1966 a 1969, voltando em 1976 (sempre como professor assistente).

Fortemente marcado pelas obras dos arquitetos Adolf Loos, Frank Lloyd Wright e Alvar Aalto, cedo ele conseguiu desenvolver a sua própria linguagem, embebida não só nas referências modernistas internacionais como também na forte tradição construtiva portuguesa, dos quais resultaram obras de grande requinte e detalhe no modernismo português, dos quais se destaca a Casa de Chá da Boa Nova, em Leça da Palmeira. A isto, não é alheio, o relacionamento muito próximo com o arquiteto Fernando Távora, seu professor, e uma das principais referências da Escola do Porto, com quem colaborou de 1955 a 1958, desenvolvendo posteriormente forte amizade e cumplicidade criativa.

Criou verdadeiros marcos na história da arquitetura portuguesa e internacional, influenciando várias gerações de arquitetos. Vejam-se as Piscinas de Marés, o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, a igreja de Marco de Canaveses, ou mais recentemente, o museu para a Fundação Iberê Camargo, em Porto Alegre, no Brasil, onde retorna a umas das suas mais fortes influências de linguagem arquitetónica, Le Corbusier. E este será o principal talento de Siza - conseguir reinterpretar ou mesmo se redesenhar, procurando uma linguagem que, até então, tinha vindo a mostrar em alguns apontamentos de obras recentes complexidade formal aliada a uma aparente simplicidade do desenho.

As suas obras encontram-se por todo o mundo, da América à Ásia, passando por países como Portugal, Espanha, Países Baixos, Bélgica, Brasil, Coreia do Sul, Estados Unidos, entre outros. Nos Países Baixos, dirigiu, de 1985 a 1989, o Plano de Recuperação da Zona 5 de Schilderswijk, em Haia; em 1995, concluiu o projeto para os blocos 6-7-8 de Ceramique Terrein, em Maastricht. É autor do plano de reconstrução da zona do Chiado, em Lisboa, destruído por um incêndio em 1988. Elaborou, em Espanha, o projeto para o Centro Meteorológico da Villa Olimpica em Barcelona; o do Centro Galego de Arte Contemporânea, o da Faculdade de Ciências da Informação, em Santiago de Compostela, e também na Galiza o de um pavilhão polidesportivo na Ilha de Arousa e o do Café Moderno em Pontevedra; a reitoria da Universidade de Alicante; o Edifício Zaida, em Granada; e o Complexo Desportivo Ribero Serralo, em Cornellà de Llobregat.

O edifício da Fundação Nadir Afonso é uma síntese do trabalho arquitetónico de Álvaro Siza, com características muito próprias, como a construção se erguer sobre lâminas e a entrada ser feita por rampa.

Foi ainda professor visitante na Escola Politécnica Federal de Lausana, na Universidade da Pensilvânia, na Universidade de Los Andes, em Bogotá, e na Universidade Harvard.

Em 2018, o arquiteto colaborou com a marca portuguesa VAVA Eyewear. Desta colaboração, nasceu uma coleção-cápsula com 5 modelos de sol e 5 modelos óticos com design minimalista, futurista e conceptual, inspirados na arquitetura.
 

Prémios

 

in Wikipédia

 

Museu Nadir Afonso, Chaves, 2016