sábado, agosto 13, 2022
O Evento do Curuçá, também conhecido como Tunguska brasileiro, foi há 92 anos
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Um ditador chamado Fidel Castro nasceu há 96 anos
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Ada de Castro faz hoje 85 anos
Ada Antunes Pereira conhecida por Ada de Castro (Lisboa, 13 de agosto de 1937) é uma atriz de teatro e fadista portuguesa.
A estreia da fadista no teatro de revista aconteceu na peça Tudo à Mostra (1966), no Teatro Maria Vitória, onde cantou "Na Hora da Despedida", um fado de apoio aos soldados portugueses na Guerra do Ultramar, que se tornaria num sucesso.
Ada fez parte dos sócios fundadores da Associação Portuguesa dos Amigos do Fado.
Em 2009 é ditado o primeiro volume de Os Fados da Alvorada, incluído numa série de compilações com chancela da Movieplay Portuguesa, que abre com o tema "A Rosa" interpretado por Ada de Castro, com música de Joaquim Campos da Silva e letra de Joaquim da Silva Borges. Segundo investigação de José Manuel Osório, são estes os verdadeiros créditos do tema "Rosa Caída" (1961), cuja letra foi atribuída a José Guimarães, que realmente escreveu um poema "Rosa Caída" mas que não corresponde à texto cantado no fado.
Ada de Castro anunciou a sua retirada do meio artístico no dia 4 de outubro de 2010, após ter recebido o "Prémio de Carreira" pelos seus 50 anos de carreira na V Gala Amália. O evento realizado pela Fundação Amália e pela Música no Coração decorreu no Coliseu de Lisboa. Ainda em 2010, a RTP apresentou o documentário "Ada de Castro - 50 Anos de Carreira", de Maria João Gama.
Em 27 de novembro de 2012, a fadista foi distinguida em Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, da Câmara Municipal de Lisboa, numa uma cerimónia onde foram homenageadas 50 personalidades do universo do Fado e da Guitarra Portuguesa, assinalando o 1.º aniversário da consagração do Fado como Património Imaterial da Humanidade, pela UNESCO.
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H. G. Wells morreu há 76 anos
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O Muro de Berlim foi iniciado há sessenta e um anos
O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era fazia parte dos países capitalistas, encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), fazia parte dos países países socialistas, simpatizantes do regime soviético. Construído a partir da madrugada de 13 de agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas eletrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro era patrulhado por militares da Alemanha Oriental com ordens de atirar para matar (a célebre Schießbefehl ou "Ordem 101") os que tentassem escapar, o que provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas.
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Vieira Lusitano morreu há 239 anos
Francisco de Matos Vieira (Lisboa, 4 de outubro de 1699 - Lisboa, 13 de agosto de 1783), mais conhecido por Vieira Lusitano, foi um pintor, ilustrador e académico de mérito da Academia de São Lucas, de Roma. Foi cavaleiro professo na Ordem de Santiago da Espada, pintor histórico da Casa Real Portuguesa e ilustrador de múltiplas obras coevas. Depois de ter estudado em Roma e de uma complicada história amorosa, acabou por falecer no Convento do Beato António, em Lisboa.
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Eugène Delacroix morreu há 159 anos
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John Everett Millais morreu há 126 anos
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Cassiano Branco, o criador do Portugal dos Pequenitos, nasceu há 125 anos...!
Obra
- Câmara Municipal da Sertã - Sertã 1927
- Mercado Municipal - Santarém 1928
- Edifício do Éden Teatro - Lisboa 1932
- Hotel Vitória / Av. da Liberdade 168 Lisboa 1934 - atualmente Centro de Trabalho "Vitória", propriedade do PCP, tendo sido a sua primeira sede.
- Grande Hotel do Luso - Luso 1938
- Coliseu do Porto - Porto 1939
- Edifício do Cinema Império / Cine-Teatro Império - Lisboa 1948
- Moradia na Avenida Jorge V - Carcavelos 1951
- Portugal dos Pequenitos - Coimbra 1961
- Hotel Britania / Hotel do Império
- Estação de Comboios de Benguela - Angola
- Em colaboração com Trigo de Morais, foi ainda autor dos projetos de várias barragens
Cassiano Branco lembrado com Doodle no maior motor de busca do mundo
Cassiano Branco, arquiteto português, é o mais recente homenageado da Google num dos famosos Doodles, no dia do 115.º aniversário do seu nascimento. O maior motor de busca mostra hoje o Portugal dos Pequenitos, uma das obras da autoria de Cassiano Branco.
Cassiano Branco, arquiteto que nasceu em Lisboa, é alvo de uma homenagem da Google, com um Doodle. O Portugal dos Pequenitos – uma das mais emblemáticas obras de Cassiano Branco – está recriado no maior motor de busca do mundo.
O arquiteto Cassiano Viriato Branco nasceu na freguesia de São José, Lisboa, a 13 de agosto de 1897. Era filho de Maria de Assunção Viriato e de Cassiano José Branco, um homem que se dedicou à indústria.
Cassiano Branco concluiu os exames do antigo Curso Geral de Desenho, no ano de 1919, com o objetivo de poder frequentar o Curso de Arquitetura. Atinge essa meta e conclui a sua formação em 1926.
Entre as obras que Cassiano Branco rubricou está o Teatro Éden, localizado em Lisboa, o Coliseu do Porto, o edifício da Câmara Municipal da Sertã, o Mercado Municipal de Santarém, o Edifício do Cinema Império, em Lisboa, e o Portugal dos Pequenitos.
O Portugal dos Pequenitos situa-se em Coimbra e nasceu a 8 de junho de 1940, data da sua inauguração. Projetado pelo arquiteto Cassiano Branco, é um espaço com uma componente lúdica e outra pedagógica, vocacionado para as crianças, sobretudo.
Desde 1959, integra o património da Fundação Bissaya Barreto. O Portugal dos Pequenitos representa a “a portugalidade e da presença portuguesa no mundo”, segundo a caracterização feita no seu site oficial, expressão que resume a sua essência desde espaço criado pelo arquiteto Cassiano Branco.
É um espaço que pretende aproximar culturas, ao mesmo tempo que exibe a arte arquitetónica, nos seus diversos estilos – e com uma marca distintiva: a dimensão reduzida dos edifícios, o que permite tornar ‘gigantescos’ os mais minuciosos pormenores do arquiteto.
Casiano Branco – detido pela PIDE, em 1958, por ter apoiado a candidatura do general Humberto Delgado à Presidência da República – morreu a 24 de abril de 1970 em Lisboa, com 72 anos de idade. Hoje, no dia em que se assinala o 115.º aniversário do seu nascimento, é recordado com um Doodle. Trata-se de um dos arquitetos modernistas portugueses mais conhecidos.
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Alfred Hitchcock nasceu há 123 anos
Sir Alfred Joseph Hitchcock (Londres, 13 de agosto de 1899 - Los Angeles, 29 de abril de 1980) foi um cineasta inglês, considerado o "mestre dos filmes de suspense", um dos mais conhecidos e populares realizadores de todos os tempos.
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O astrónomo Hermann Carl Vogel morreu há 115 anos
Vogel foi pioneiro no uso da espectroscopia na astronomia, tendo aplicado este instrumento para analisar quimicamente atmosferas planetárias e para determinar o período de rotação do sol pelo efeito Doppler.
Em 1882, Vogel tornou-se diretor do Instituto de Astrofísica de Potsdam, tendo sido primariamente conhecido por uma descoberta ali feita em 1890. Vogel descobriu que o espectro de certas estrelas mudava com o tempo, mudando para o vermelho e depois para o azul. Vogel interpretou que a estrela estava a afastar-se da Terra e movendo-se em direção à Terra, respetivamente, com o resultante efeito Doppler possibilitando a Vogel esta sua conclusão. As estrelas aparentavam orbitar em torno de um centro de massa comum, e portanto, eram estrelas binárias. Porém, a observação visual de cada estrela componente não era possível via telescópios, portanto, tais estrelas foram chamadas de binárias espetroscópicas.
Vogel descobriu que Algol era uma estrela binária, pelo efeito Doppler detetado.
Jules Massenet morreu há cento e dez anos
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Spínola morreu há vinte e seis anos...
António Sebastião Ribeiro de Spínola (Estremoz, 11 de abril de 1910 - Lisboa, 13 de agosto de 1996) foi um militar e político português, décimo quarto presidente da República Portuguesa e o primeiro após o 25 de Abril de 1974.
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Hughie Thomasson nasceu há setenta anos...
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sexta-feira, agosto 12, 2022
O botânico Jorge Paiva comenta a destruição no mais lindo Parque Natural português...
Serra da Estrela: Quo vadis biodiversidade?
Jorge Paiva - 12 de agosto de 2022
Suponham que se descobria na lagartixa-da-montanha da serra da Estrela, um produto com alguma aplicação medicamentosa, como se descobriu noutro réptil, no lagarto conhecido como monstro-de-gila, que os pastores americanos matavam a tiro.
Há dias tive o prazer da visita de um antigo aluno (António Neves, biólogo), que me disse que em 1980, quando nas aulas eu afirmava que durante o primeiro quarto do século XXI haveria já seca e escassez de água por todo o país, os alunos consideravam que era exagero meu. Também quando eu lhes dizia, e continuo a afirmar, que a serra da Estrela esteve coberta de floresta até ao topo e que estávamos a transformar o nosso país num deserto rochoso, julgavam que era exagero meu.
Com os anuais piroverões que temos tido e continuaremos a ter, pois os governantes que temos tido e temos ainda não se interessam pelo país que estamos a deixar às gerações futuras, as montanhas do Norte e Centro do país são já um deserto rochoso, sem o mínimo de solo para reter alguma das águas pluviais e de biodiversidade quase nula.
Durante a minha vida (curtíssima em comparação com o início da ocorrência da biodiversidade no globo terrestre) conheci animais e plantas que já desapareceram, pelo menos de Portugal. Dou como exemplo o esturjão (Accipenser sturio), cujos últimos exemplares foram pescados no Guadiana pela última vez em 1980 e a orquídea (Epipactis palustris) que eu próprio colhi em 1965 na região de S. Jacinto, uma região protegida.
Com este devastador incêndio, resultante da incúria e incompetência de quem devia proteger o Parque Natural e Geoparque Internacional da Serra da Estrela, há animais e plantas que ficarão em elevado risco de extinção e até poderão ter sido extintas. Dou como exemplo a lagartixa-da-montanha (Iberorolacerta monticola), um endemismo ibérico, e o sapo-parteiro (Alytes obstetricans), já muito raro no planalto superior. Das plantas começo por referir o teixo (Taxus baccata), que não sei se não foram extintos os parcos exemplares do Vale do Zêzere.
Esta árvore, que demora dezenas de anos a atingir o porte arbóreo, pois é de crescimento muito lento, é um excelente exemplo que costumo apresentar aos que pensam que os que se preocupam com a biodiversidade são uns líricos. Os teixos (há oito espécies) produzem taxanas, altamente tóxicas (uma semente, pouco maior do que um grão de arroz, tem taxanas suficientes para matar uma dezena de pessoas), que se utilizam para medicamentos na quimioterapia de cancros.
Outro exemplo é uma pequena planta, um endemismo das altas montanhas do Noroeste da Península Ibérica (Carex lucennoiberica), que, na da serra da Estrela, só ocorre numa pequena área do planalto superior, onde a neve perdura mais tempo, mas que está quase extinta na serra da Estrela. Mas, como agora todos os anos vão lá colocar gado bovino que pisoteia e polui o ecossistema, está em elevado risco de extinção em Portugal. O Instituto da Conservação da Natureza (ICN) está avisado desse risco. Recuso-me a utilizar a sigla ICNF (de Florestas), pois resultou de um dos maiores crimes florestais que os governantes cometeram: a extinção dos Serviços Florestais. No que resultou a ocorrência de devastadores piroverões.
Infelizmente a equipa do ICN é, actualmente, tão reduzida que não tem qualquer capacidade de proteger a Natureza. Há espécies de plantas que só existem no planalto superior da serra da Estrela e em mais nenhuma parte do globo. São a Festuca henriquesii, uma erva que ocorre em prados onde pasta gado, e a Silene foetida foetida, uma plantinha de lindas flores das zonas graníticas do alto da serra da Estrela e que se encontra em elevado risco de extinção.
O Narcissus asturiensis, endémico da Península Ibérica, esteve dado como extinto na serra da Estrela, mas foi reencontrado
Finalmente, apenas para, mais uma vez, realçar a importância de preservar a biodiversidade que ainda existe (já provocámos a extinção de muitas espécies, algumas das quais nunca chegámos a conhecer), apresentamos o exemplo de alguns produtos químicos descobertos recentemente, em animais e plantas e que anda estão na fase experimental: a esqualina (um aminoácido) do fígado do tubarão-galhudo (Squalus acanthias) com alguma eficácia para a Parkinson; a hormona GLP-1 do intestino do ornitorrinco (Ornythorhyncus anatinus) para a diabetes de tipo 2; e a tagitinica C, uma cetona de um malmequer (Tithonia divesifolia) para tratamento da malária.
Suponham que se descobria na lagartixa-da-montanha da serra da Estrela, um produto com alguma aplicação medicamentosa, como se descobriu noutro réptil, no lagarto conhecido como monstro-de-gila (Heloderma suspectum), que os pastores americanos matavam a tiro sempre que o viam. O lagarto, quando mordia as cabras ou as ovelhas, exsudava na saliva um produto (exendina) que fazia com que o pâncreas do gado produzisse muita insulina, acabando por morrerem de hipoglicémia. Actualmente, estão proibidos de andar aos tirinhos ao lagarto e até já está comercializado o medicamento (Byetta) para a diabetes de tipo 2.
E não mencionamos os belos e variados narcisos que ocorrem na serra da Estrela, alguns endémicos, e o maior deles todos, o Narcissus asturiensis, esteve dado como extinto na serra da Estrela, mas, felizmente, foi descoberto num vale de acesso difícil. Isto porque apanhavam os bolbos para exportarem para o estrangeiro. Foi assim que os relvados de Inglaterra se enriqueceram de narcisos, que florescem profusamente na Primavera.
Andamos, realmente, a brincar com o fogo.
in Público
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Hoje é dia de recordar William Blake...
Never seek to tell thy love,
Love that never told can be;
For the gentle wind does move
Silently, invisibly.
I told my love, I told my love,
I told her all my heart;
Trembling, cold, in ghastly fears,
Ah! she did depart!
Soon as she was gone from me,
A traveler came by,
Silently, invisibly
He took her with a sigh.
William Blake
Postado por Pedro Luna às 19:50 0 bocas
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O paleontólogo William Conybeare morreu há 165 anos
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Marcadores: Paleontologia, plesiossauros, William Conybeare
Poesia alusiva à data...
Pátria
Serra!
E qualquer coisa dentro de mim se acalma…
Qualquer coisa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.
Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés e fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras…
Miguel Torga