Nadir Afonso Rodrigues (Chaves, 4 de dezembro de 1920 - Cascais, 11 de dezembro de 2013) foi um arquiteto, pintor e pensador português.
quarta-feira, dezembro 11, 2024
Nadir Afonso morreu há onze anos...
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quarta-feira, dezembro 04, 2024
Nadir Afonso nasceu há 103 anos
Nadir Afonso Rodrigues (Chaves, 4 de dezembro de 1920 - Cascais, 11 de dezembro de 2013) foi um arquiteto, pintor e pensador português.
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quinta-feira, novembro 21, 2024
O arquiteto Raul Lino nasceu há 145 anos
Foi uma personalidade única no que se refere ao panorama das artes em Portugal, muito devido ao facto de ter conseguido articular a tradição portuguesa com as inovadores correntes europeias do início do séc. XX. Com 70 anos de atividade profissional, Lino foi o autor de mais de setecentas obras. Também é importante referir que apesar do seu leque de projetos, ele também foi um homem com uma vasta obra teórica ou escrita, o que se tornou muito determinante, para os seus seguidores, aos longo de décadas em Portugal.
Casa dos Patudos, construída em 1905
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sexta-feira, agosto 30, 2024
Nasoni morreu há 251 anos...
Nicolau Nasoni (em italiano: Niccolò Nasoni; San Giovanni Valdarno, Toscana, 2 de junho de 1691 – Santo Ildefonso, Porto, 30 de agosto de 1773) foi um artista, decorador e arquiteto italiano que desenvolveu grande parte da sua obra em Portugal, considerado um dos mais significativos arquitetos da cidade do Porto.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
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domingo, agosto 25, 2024
O arquiteto Fernando Távora nasceu há cento e um anos...
Fernando Luís Cardoso Meneses de Tavares e Távora (Porto, 25 de agosto de 1923 – Matosinhos, 3 de setembro de 2005) foi um arquiteto português estabelecido no Porto, diplomado pela Escola de Belas-Artes do Porto, em Arquitetura, no ano de 1952.
Carreira
No âmbito pedagógico, a sua ação foi muito relevante na afirmação do curso de Arquitetura da Escola Superior de Belas Artes do Porto (mais tarde Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto) e no curso de Arquitetura do Departamento de Arquitetura da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (DARQ-FCTUC) - que apoiou a construir no final da década de 80, em colaboração com Alexandre Alves Costa, Domingos Tavares e Raul Hestnes Ferreira.
Membro da Organização dos Arquitetos Modernos, introduziu, em associação com outros arquitetos, a partir do fim dos anos 40, uma reflexão que não tinha precedente em Portugal sobre o corolário social da arquitetura, em oposição às realizações e aos discursos oficiais da época.
Como criador de uma nova lógica de construção, deu transversal ênfase às paisagens originais, utilizando-as como dados culturais que deverão ser integrados no diálogo com a arquitetura.
Álvaro Siza Vieira estagiou no seu atelier.
Existe um documentário da RTP, com guião de António Silva e realização de Cristina Antunes, que lhe é dedicado.
Hoje existe um prémio de arquitetura com o seu nome - Prémio Fernando Távora.
A 9 de junho de 1993, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Mercado Municipal de Santa Maria da Feira
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terça-feira, agosto 13, 2024
Cassiano Branco, o criador do Portugal dos Pequenitos, nasceu há 127 anos
Obra
- Câmara Municipal da Sertã - Sertã 1927
- Mercado Municipal - Santarém 1928
- Edifício do Éden Teatro - Lisboa 1932
- Hotel Vitória / Avenida da Liberdade 168 Lisboa 1934 - atualmente Centro de Trabalho "Vitória", propriedade do PCP, tendo sido a sua primeira sede.
- Grande Hotel do Luso - Luso 1938
- Coliseu do Porto - Porto 1939
- Edifício do Cinema Império / Cine-Teatro Império - Lisboa 1948
- Moradia na Avenida Jorge V - Carcavelos 1951
- Portugal dos Pequenitos - Coimbra 1961
- Hotel Britania / Hotel do Império
- Estação de Comboios de Benguela - Angola
- Em colaboração com Trigo de Morais, foi ainda autor dos projetos de várias barragens
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sábado, julho 13, 2024
O arquiteto Raul Lino morreu há cinquenta anos...
Foi uma personalidade única no que se refere ao panorama das artes em Portugal, muito devido ao facto de ter conseguido articular a tradição portuguesa com as inovadores correntes europeias do início do século XX. Com 70 anos de atividade profissional, Lino foi o autor de mais de 700 obras. Também é importante referir que apesar do seu leque de projetos, ele também foi um homem com uma vasta obra teórica ou escrita, o que se tornou muito determinante, para os seus seguidores, aos longo de décadas em Portugal.
Raul Lino fez os seus estudos na Grã-Bretanha e Irlanda, para onde se deslocou com 10 anos de idade, e depois de 1893 na Alemanha, onde trabalhou no atelier de Albrecht Haupt, com quem manteve uma amizade duradoura.
O encontro e a amizade que manteve com o arquiteto alemão foi um dos pontos marcantes da sua formação estética, arquitetónica e da conceção do cultural. Haupt era apaixonado pela arquitetura do renascimento e levou a cabo várias viagens de estudo na Itália, Espanha e Portugal, procurando o contacto direto com as obras, por mais recônditas que estivessem, desenhando-as e documentando-se abundantemente. Uma conceção da cultura como elemento vivo, que se pode experimentar no terreno e participar dela.
Raul Lino regressou a Portugal em 1897, onde continuou os seus estudos. Desempenhou cargos no Ministério das Obras Públicas e foi Superintendente dos Palácios Nacionais. Foi membro fundador da Academia Nacional de Belas Artes, sendo seu presidente no momento da sua morte. No setor da imprensa, foi colaborador artístico em diversas publicações periódicas, nomeadamente nas revistas: Atlantida (1915-1920), Homens Livres (1923), Ilustração (1926-) e na Revista Municipal de Lisboa (1939-1973).
Ao longo dos seus 70 anos de artista e arquiteto, defendeu a tradição na conceção das formas, afirmando que a arte e a arquitetura são elas também um produto do homem e para os homens, com história, genealogia, características e funcionalidades próprias do espaço e do tempo em que se inserem e da comunidade para que são produzidas. É, assim, um defensor da tradição versus modernismo ou um modernista da tradição.
Vida pessoal
Nasceu e foi batizado na Paróquia da Lapa, em Lisboa, filho de José Lino da Silva, negociante, e de D. Maria Margarida de La Salette Lino, ambos naturais de Lisboa.
Casou em Lisboa, na igreja de São Sebastião da Pedreira, a 29 de abril de 1907, com Alda Decken dos Santos, então ainda menor, de 19 anos, natural de Lisboa, filha de Joaquim Antunes dos Santos, natural de São Domingos de Rana (Cascais), e de D. Cristina Luísa Bernardina Gertrudes Hermínia Decken - de nome original, Christine Decken, por casamento dos Santos -, natural de Wesel, Alemanha. Viveu numa casa na Avenida António Augusto de Aguiar, 18, em Lisboa, propriedade da sogra. Do casamento, resultaram duas filhas: Isolda Lino e Maria Cristina Lino.
Carreira
No fundo podemos considerar Lino como um arquiteto de um paradigma consistente e inovador. Criando espaços voltados e organizados para pátios interiores, onde existe a criação de sombras e espaços de transição, em que valoriza os alpendres, uma pouco numa perspetiva anti-urbana. Designada romanticamente por Raul Lino como espírito do lugar, muito ao jeito de Frank Lloyd Wright (1876-1959), a sua arquitetura valorizava a articulação com a paisagem, segundo uma composição orgânica, sábia e intuitiva, com gosto pelo uso de materiais tradicionais, que apesar de terem um carácter decorativo são essencialmente funcionais, de acordo com os modos tradicionais do Arts and Crafts. Vai elaborar projetos a partir da planta, com uma interpretação das necessidades dos seus utilizadores com uma cuidado de quem entende a casa como um espaço de vivencia tanto individual como coletivo. Com uma aspiração de projetar uma obra de arte total, na qual vai envolver o seu mobiliário e o desenho do jardim.
Ao longo da sua vida, projetou mais de 700 obras, tais como a Casa dos Patudos, em Alpiarça, para José Relvas (1904), a Casa do Cipreste, em Sintra (1912), o Cinema Tivoli, em Lisboa, (1925), o Pavilhão do Brasil na Exposição do Mundo Português de 1940.
Foi ainda autor de numerosos textos teóricos sobre o problemática da arquitectura doméstica popular, como A casa portuguesa (1929), Casas portuguesas (1933) e L'évolution de l'architecture domestique au Portugal (1937).
Posteriormente, alguns textos foram reunidos num livro publicado pelo jornal O Independente, em 2004, de nome "Não é artista quem quer".
Destacam-se entre os seus projetos arquitetónicos, os seguintes:
- Moradia na Rua Castilho, n.º 64 a 66 - Lisboa Prémio Valmor, 1930.
- Casa dos Patudos, Alpiarça
- Teatro Tivoli, Lisboa
- Cine-Teatro Curvo Semedo, Montemor-o-Novo (maior sala de espetáculos a sul do Tejo)
- Museu e Jardim-Escola João de Deus, Lisboa
- Loja Gardénia, Lisboa
- Torre de S. Patrício, Monte Estoril
- Casa Monsalvat, Monte Estoril
- Casa Silva Gomes, Monte Estoril
- Cinema Avis, Lisboa
- Pavilhão do Brasil na Exposição do Mundo Português, Lisboa
- O edifício dos Paços do Concelho, Setúbal
- Casa da Quinta da Comenda, Setúbal
- Casa de Santa Maria, Cascais (1918)
- Casa do Cipreste, Sintra (1907 - 1913)
- Casa dos Penedos, Sintra
- Casa Branca, Azenhas do Mar
- Casa Branca, Oeiras
- Sanatório de Sousa Martins, Guarda
- Casa do Soar de Cima ou Casa de Almeida-Moreira, Viseu (1925)
- Casa de São Bento, do Regueiro ou de Júlio de Lemos, Lousã
- Quinta das Romeiras, Jardim da Serra, Câmara de Lobos (1933)
- Pérgola Raul Lino, Penacova (1918)
- Casa Roque Gameiro, Amadora (Projeto de Ampliação - 1900)
- Casa da Cerca dos Marqueses, Gouveia - Projeto de Ampliação (1909)
- Capela da Cerca dos Marqueses, Gouveia (1909)
- Solar dos Caldeira Cabral, Paços da Serra (Gouveia) - Projeto de Ampliação
Teatro Tivoli
Casa da Quinta da Comenda, construída em 1903
Casa dos Patudos, construída em 1905
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quarta-feira, junho 19, 2024
Francisco de Holanda morreu há 439 anos
Auto-retrato (circa 1573), o artista apresentando o seu Livro das Imagens
Francisco de Holanda, originalmente Francisco d'Olanda, (Lisboa, 6 de setembro de 1517 - Lisboa, 19 de junho de 1585) foi um humanista, arquiteto, escultor, desenhador, iluminador e pintor português. Considerado um dos mais importantes vultos do renascimento em Portugal, também foi ensaísta, crítico de arte e historiador.
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domingo, junho 02, 2024
Nicolau Nasoni nasceu há 333 anos
Nicolau Nasoni (em italiano: Niccolò Nasoni; San Giovanni Valdarno, Toscana, 2 de junho de 1691 – Santo Ildefonso, Porto, 30 de agosto de 1773) foi um artista, decorador e arquiteto italiano que desenvolveu grande parte da sua obra em Portugal, considerado um dos mais significativos arquitetos da cidade do Porto.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
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quarta-feira, janeiro 31, 2024
Ernesto Korrodi nasceu há 154 anos...
Ernesto Korrodi, nascido Ernst Korrodi (Zurique, 31 de janeiro de 1870 - Leiria, 3 de fevereiro de 1944), foi um arquiteto de origem suíça que desenvolveu a sua atividade em Portugal.
Foi o mais bem sucedido dos arquitetos da sua época sediados fora de Lisboa.
Os seus projetos seguiram uma linha persistentemente eclética, de base revivalista romântico-historicista, a que foi incorporando elementos das novas correntes da arquitetura - Arte Nova e Artes Decorativas - até ao advento do Modernismo Internacional, na fase mais tardia da sua carreira e já em parceria com o filho, Camilo Korrodi.
(...)
Korrodi veio para Portugal, com dezanove anos, através de um concurso lançado na Embaixada de Portugal em Berna, em que se procuravam professores de desenho para as escolas portuguesas. Em 1889 começou a exercer funções na Escola Industrial e Comercial de Braga, onde ficaria até 1894. Nesse ano foi transferido para a Escola Industrial e Comercial de Leiria, lecionando Desenho Ornamental e Modelagem.
Após completar os cursos de escultor decorador e de professor de desenho, no "Winterthur - Technikum" (Escola de Arte Industrial do cantão de Zurique), Korrodi viria a concorrer a um cargo para professor de Desenho, anunciado no consulado de Portugal, em Berna, e, em 1889, foi colocado na Escola Industrial de Braga, onde permaneceu cinco anos. Em Braga, para além do ensino dedicou-se ao estudo de monumentos, igrejas, e palácios, sendo transferido, em 1894, para a Escola Industrial de Leiria, onde, de imediato, se dedicou, nas suas horas vagas, ao minucioso levantamento do que restava das ruínas do Castelo de Leiria.
Em 1897 Korrodi publica um pequeno estudo sobre São Fructuoso de Montélius, intitulado “Um monumento Bizantino-Latino em Portugal”, no Boletim de Arquitetura da Associação dos Arquitectos Civis e Arqueólogos Portugueses.
Em 1898, publica os “Estudos de Reconstrução sobre o Castelo de Leiria”, edição de 200 exemplares, subsidiada pelo Governo Português e impressa no Instituto Poligráfico de Zurique. Ainda nesse ano é homenageado com a Comenda do Mérito Industrial.
Em 1901, casa em Leiria com Quitéria Maia, professora do Ensino Primário. Tiveram uma filha (Maria Teresa 1903-2002) e um filho (Camilo Korrodi 1905-1985, também arquiteto).
Em 1902, é agraciado com a Ordem de S. Thiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, pelo projeto de reconstituição dos Paços do Duque de Bragança, em Barcelos.
Em 1905, foi nomeado diretor da Escola Industrial de Leiria.
O seu empenho em defesa do Castelo de Leiria conduziu à sua classificação como Monumento Nacional em 1910, e em 1915 cria a Liga dos Amigos do Castelo que, com a ajuda do Estado, deu início às primeiras obras de consolidação.
Após a derrocada parcial de um dos muros no Castelo de Leiria, foi nomeado diretor das obras, em 1921, à frente de uma comissão sujeita à Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais (DGEMN), em caráter de urgência. O seu trabalho desenvolveu-se até 1934, quando se desligou. As obras, porém, prosseguiram na década de 30, mas não corresponderam por completo aos seus estudos.
Para além do ensino e do estudo de monumentos históricos, desde cedo se dedicou à arquitetura, como autodidata, e em 1899 já era sócio da Real Associação dos Arquitectos e Arqueólogos, bem como da Associação dos Engenheiros Civis Portugueses.
Os seus projetos de arquitetura estendem-se por todo o país, desde Chaves até Vila Real de Santo António, e em Lisboa foi agraciado com dois Prémios Valmor, em 1910 e em 1917.
Criou em Leiria uma pequena escola de cantaria artística, a expensas suas, e esta viria a transformar-se numa grande oficina de verdadeiros artistas cujo trabalho, na sua maior parte, era passado à pedra sob modelação sua. Esses trabalhos de cantaria enriqueceram não só as obras por si projetadas, como as de outros arquitetos por todo o país.
Em 1919 projetou o Santuário de Nossa Senhora da Assunção, em Monte de Córdova, Santo Tirso, mas muitos outros projetos marcantes se poderiam referir.
Em 1926, foi-lhe concedido, pelo Governo Português, o título de Arquiteto (na mesma data que a Raul Lino).
Desde cedo se envolveu em diversos movimentos de modernização, chegando a realizar trabalhos e conferências por todo o país sobre o Ensino em Portugal, pelo que foi agraciado, em 1909, com a Comenda da Instrução Pública.
Em 1911, viria a liderar um movimento de âmbito nacional a favor do descanso dominical, promovendo-o energicamente através de conferências e artigos na imprensa.
Fez parte da Maçonaria, tendo sido iniciado em 1908 na Loja Trindade Leitão, em Alcobaça, pertença do Grande Oriente Lusitano Unido, com o nome de "Helvétius".
Em 1997, foi publicada em livro a tese de Mestrado de 1984 "Ernesto Korrodi – Arquitectura, Ensino, e Restauro do Património" de Lucília Verdelho da Costa, contribuindo de uma forma decisiva para dar a conhecer a dimensão da sua obra.
Ao longo dos anos, várias teses de Mestrado têm sido apresentadas sobre a sua obra.
O Arquivo Distrital de Aveiro publicou o livro "Ernesto Korrodi - uma marca na cidade".
Em 2023 foi publicado em edição bilingue português/inglês "Ernesto Korrodi - Vi(n)da e Obra / Ernst Korrodi – Life and Work” " de José Manuel Teixeira.
Faleceu em Leiria em 1944.
in Wikipédia
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segunda-feira, dezembro 11, 2023
Nadir Afonso morreu há dez anos...
Nadir Afonso Rodrigues (Chaves, 4 de dezembro de 1920 - Cascais, 11 de dezembro de 2013) foi um arquiteto, pintor e pensador português.
Nadir Afonso Rodrigues nasceu a 4 de dezembro de 1920, em Chaves, distrito de Vila Real.
Em 1938, Nadir Afonso ingressou no curso de Arquitetura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto. Durante estes anos a pintura de Nadir evoluiu para uma progressiva abstração.
Terminados os estudos de arquitetura partiu para Paris, em 1946, onde se inscreveu na École des Beaux-Arts para estudar Pintura, e obteve, por intermédio de Portinari, uma bolsa de estudo do governo francês. Colaborou, de 1946 até 1948 e novamente em 1951, com Le Corbusier.
Foi um projecto desenvolvido sob orientação de Le Corbusier que esteve na base da tese A Arquitectura não é uma Arte, que defendeu no Porto em 1948, com o projeto da Fabrica Duval em Saint-Dié (Afonso, 1990). Paralelamente, trabalhou na pintura, servindo-se do ateliê de Fernand Léger. No ateliê de Le Corbusier trabalhou também no projeto da Unité d'Habitation. Uma perspetiva deste projeto, realizada por Nadir, foi reproduzida na revista L’Homme et l’Architecture e, depois em livros da especialidade de todo o mundo. (Afonso, 2010).
No final de 1951, parte para o Brasil, onde trabalhou, nos anos seguintes, com Oscar Niemeyer. sobretudo no projeto do IV Centenário da Cidade de São Paulo, Parque de Ibirapuera. Em finais de 1954, estava de regresso a Paris. Participou no movimento da arte cinética, expondo na galeria Denise René em 1956 e 1957 e em colectivas com Victor Vasarely, August Herbin e Richard Mortensen. Neste âmbito efetuou a série Espacillimité e na vanguarda da arte mundial que apresentou no Salon des Réalités Nouvelles de 1958 um Espacillimité animado de movimento.
Publicou a obra de reflexão estética La Sensibilité Plastique (Paris: Presses du Temps Présent, 1958) e apresentou no ano seguinte a sua primeira grande exposição antológica, na Maison des Beaux-Arts de Paris.
Em 1955, concorreu ao projeto do Monumento ao Infante D. Henrique a erigir em Sagres. Em Chaves projetou a Panificadora, uma das obras de referência da arquitetura portuguesa do século XX. (Afonso, 1990).
Representou Portugal na Bienal de São Paulo, no Brasil, em 1961 e em 1969.
A Fundação Calouste Gulbenkian dedicou-lhe uma exposição retrospetiva que foi apresentada em 1970 e outra em 1979 no Centre Culturel Portugais, em Paris, em Lisboa em 1970. Publicou Les Mécanismes de la Création Artistique (Neuchâtel: Editions du Griffon, 1970).
Nos anos seguintes desenvolve uma intensa atividade artística e aos poucos a sua pintura irradia pelo mundo ao mesmo tempo que continua a publicar regularmente. Aos livros referidos seguem-se: Aesthetic Synthesis, Universo e o Pensamento, O Sentido da Arte, Da intuição Artística ao Raciocínio Estético, Sobre a Vida e Sobre a Obra de Van Gogh, As Artes: Erradas Crenças e Falsas Criticas, Nadir Face a Face com Einstein, Manifesto – O Tempo não Existe.
Em 2003, foi realizado o filme Nadir, da autoria de Jorge Campos, para a Radiotelevisão Portuguesa. Artista homenageado na XII Bienal Internacional de Vila Nova de Cerveira (2003), onde apresentou uma exposição antológica, e na 2ª Feira Internacional do Estoril, onde foi atribuído o Prémio Nadir Afonso (2004).
Em Janeiro de 2009, foi apresentado em Chaves o projeto da autoria de Siza Vieira da sede da Fundação Nadir Afonso que está em construção.
Em Boticas o Centro de Artes Nadir Afonso foi inaugurado em julho de 2013. O projecto deste equipamento foi distinguido com os prémios internacionais The International Architecture Awards (2009) e The Green Good Design Awards (2010).
Entretanto, Nadir desenvolve uma extensa obra plástica e teórica centrada na busca do Absoluto na Arte e publica diversos livros. Em 2010, foi realizada uma grande exposição da sua obra, no Museu Nacional de Soares dos Reis, Porto, e, seguidamente, no Museu Nacional de Arte Contemporânea - Museu do Chiado, Lisboa. O Museu da Presidência da República dedicou-lhe uma exposição retrospetiva. Uma grande exposição foi apresentada no Museu Carlo Bilotti- Vila Borghese em Roma (2012) e outra exposição em Veneza no Palazzo Loredan (2012).
Em 2012, foi apresentado no Teatro Nacional São João no Porto o filme Nadir Afonso: O Tempo não Existe de Jorge Campos.
Nadir Afonso morreu a 11 de dezembro de 2013, no hospital de Cascais, onde se encontrava internado.Postado por Fernando Martins às 00:10 0 bocas
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segunda-feira, dezembro 04, 2023
Nadir Afonso nasceu há 102 anos
Nadir Afonso Rodrigues (Chaves, 4 de dezembro de 1920 - Cascais, 11 de dezembro de 2013) foi um arquiteto, pintor e pensador português.
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terça-feira, novembro 21, 2023
O arquiteto Raul Lino nasceu há uma grosa de anos
Foi uma personalidade única no que se refere ao panorama das artes em Portugal, muito devido ao facto de ter conseguido articular a tradição portuguesa com as inovadores correntes europeias do início do séc. XX. Com 70 anos de atividade profissional, Lino foi o autor de mais de setecentas obras. Também é importante referir que apesar do seu leque de projetos, ele também foi um homem com uma vasta obra teórica ou escrita, o que se tornou muito determinante, para os seus seguidores, aos longo de décadas em Portugal.
Casa dos Patudos, construída em 1905
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quarta-feira, agosto 30, 2023
Nicolau Nasoni morreu há 250 anos...
Nicolau Nasoni (em italiano: Niccolò Nasoni; San Giovanni Valdarno, Toscana, 2 de junho de 1691 – Santo Ildefonso, Porto, 30 de agosto de 1773) foi um artista, decorador e arquiteto italiano que desenvolveu grande parte da sua obra em Portugal, considerado um dos mais significativos arquitetos da cidade do Porto.
A sua obra inclui uma parte importante da arte barroca e rococó (rocaille) nesta cidade, chegando a envolver alguns dos melhores e mais significativos edifícios do século XVIII do Porto e arredores. Sobre Nicolau Nasoni subsiste ainda discussão relativamente a que obras efetivamente projetou, havendo várias aqui mencionadas cuja autoria suscita dúvidas a vários historiadores de arte.
Biografia
Devido ao trabalho do seu avô, que era empregado na casa Davanzati, talvez como administrador de bens, presume-se que Nasoni tivesse relações com fidalgos do Porto, vários dos quais eram padrinhos de seus numerosos irmãos - sendo Nicolau o mais velho de nove.
Em 1715 foi nomeado um novo arcebispo para Siena, uma figura importante, sobrinho do Papa Alexandre VII. Os preparativos para a sua receção foram grandes e a Accademia dei Rozzi escolheu Nasoni para a execução dos trabalhos artísticos. Alguns anos mais tarde, por ocasião da eleição do novo grão-mestre da Ordem de Malta, Nasoni trabalhou no "Carro de Marte" que desfilou no cortejo das comemorações. E sempre que participou nestas celebrações, as suas obras causaram sucesso, quer pela riqueza das decorações, quer pela técnica da construção. Apesar de ser uma arte breve, não passou despercebida a muitos - entre eles, encontrava-se o Conde Francisco Picolomini que certamente o teria relatado a António Manuel de Vilhena, o homem que, passados dois anos, seria grão-mestre da Ordem de Malta.
Nasoni mudou-se de Siena para Roma e, mais tarde, para Malta, onde deu os primeiros passos em arquitetura. Foi nesta ilha que assinou e pintou um teto no palácio de Valeta, em 1724, obra dirigida ao português D. António Manuel de Vilhena, grão-mestre da Ordem de Malta. O trabalho terá sido muito apreciado, e o tempo que o artista permaneceu em Malta serviu também para contactar com diversos fidalgos e importantes personagens ligadas à Igreja Católica, entre eles Roque Távora e Noronha, irmão do então deão da Sé do Porto D. Jerónimo Távora e Noronha. Foi certamente pela recomendação do seu irmão que o deão da Sé terá convidado Nicolau Nasoni a deixar a ilha de Malta e partir rumo a uma cidade que, então, se encontrava em plena revolução artística.
Não é conhecida a data exata em que Nicolau Nasoni chegou à cidade do Porto. Sabe-se apenas que em Novembro de 1725 iniciou um trabalho de pinturas na Sé do Porto. Na época, a Sé — um edifício de matriz românica — encontrava-se em profundas remodelações e foi um dos primeiros edifícios da cidade a sofrer diversas adaptações do estilo barroco. Segundo um documento redigido entre 1717 e 1741 do Cabido da Sé, em que alude às grandes obras que mandou executar, encontra-se a seguinte nota:
«Para se fazerem logo com perfeição e acerto todas as obras, e se evitar o perigo de se desmancharem e fazerem 2ª vez por falta de preverem os erros, vieram não só de Lisboa, mas de outros reynos, arquitectos e mestres peritos nas artes a que erão respectivas as obras. Veyo Niculau Nazoni arquitecto, e pintor florentino exercitado em Roma, donde foi chamado a Malta para pintar o pallacio do Grão M(estre)…»
Os seus trabalhos na Sé duraram vários anos e não sendo o único artista contratado para as obras de remodelação, tem o privilégio de trabalhar com artistas portugueses famosos na época, entre os quais se encontram os arquitetos António Pereira e Miguel Francisco da Silva. Além dos trabalhos decorativos, Nasoni terá ficado encarregue de projetar uma nova fachada norte para a Sé, a galilé, em estilo barroco no ano de 1736 - a primeira obra de arquitetura conhecida do artista - e uma pequena fonte adossada à Casa do Despacho da Sé, o Chafariz de São Miguel.
A 31 de Julho de 1729 casou-se nesta cidade com uma fidalga napolitana, D. Isabel Castriotto Riccardi, que viria a falecer um ano mais tarde (1730), muito provavelmente na sequência de complicações no parto do seu único filho, de nome José, nascido alguns dias antes, a 8 de Junho. O padrinho de José, um fidalgo portuense, empregou Nasoni na obra da casa e jardim da Quinta da Prelada. Sob influência deste mesmo fidalgo, em 1731 foi-lhe pedido um projeto para a Igreja dos Clérigos, que o ocupou durante mais de 30 anos, embora o tenha feito gratuitamente, e o imortalizou.
Também em 1731 Nicolau Nasoni voltou a casar-se, desta vez com uma portuguesa, Antónia Mascarenhas Malafaia, da qual teve cinco filhos, e de quem também enviuvou mais tarde.
Seguindo o espírito e tradição da Renascença italiana, Nasoni dedicou-se a inúmeros trabalhos artísticos, desde a pintura à ourivesaria, com singulares tradições no Porto. Contando com o apoio de ricos mecenas, tornou-se uma espécie de Miguel Ângelo da cidade que, em pouco tempo, lhe soube reconhecer o devido valor. A partir daí, realizou inúmeros trabalhos no Porto e um pouco por todo o Norte de Portugal, dos quais se destacam a fachada principal da Igreja do Senhor Bom Jesus (em Matosinhos), o corpo central do Palácio de Mateus (em Vila Real), a fachada da Igreja da Misericórdia, o Palácio do Freixo e a Igreja e Torre dos Clérigos (todos situados na cidade do Porto).
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