
As
Perseidas são uma prolífica
chuva de meteoros associada ao
cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o
radiante, localizado na
constelação de
Perseu. As chuvas de meteoros ocorrem quando a
Terra atravessa um rasto de meteoróides. Neste caso o rasto é denominado de
nuvem Perseida e estende-se ao longo
órbita do cometa
Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do
Sol.
A maior parte do material presente na nuvem atualmente tem
aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento
relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do
cometa em 1862. Em 1992 (o cometa
Swift-Tuttle dá uma volta completa em torno do Sol a cada 130 anos) a nuvem que dá origem às
Perseidas
foi reabastecida, tendo nos últimos anos havido algumas chuvas de
meteoros bastante boas. Como a Terra, nessa noite, viaja pelo espaço em
direção à
constelação de
Perseu,
as estrelas cadentes parecem provir desse ponto (chamado de radiante)
para aonde a Terra se dirige; marcando (e prolongando essa linha) num
mapa celeste, as estrelas cadentes perseidas ir-se-ião cruzar no
radiante.
Observação
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de julho,
registando-se a
maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto,
ocorrendo o seu
pico por volta do
dia 12. Durante o pico, a taxa de
estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas
ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do
cometa
Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no
Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo
dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste
fenómeno registada no
Extremo Oriente no ano
36. Na
Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como
Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser
observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das
grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela
poluição luminosa.
As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno
pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a
atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por
volta das 23 horas, quando o radiante atinge uma posição celeste
relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao
longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer,
aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.
NOTA: este ano provavelmente irei observar o fenómeno sozinho (de vez em quando faço-o na Senhora do Monte, perto de Cortes, em Leiria, sempre que posso).
É fácil de ver - basta olhar, sem telescópio, para uma vasta zona
de NE do céu, à volta da constelação de Perseu (que fica por baixo da
Cassiopeia, uma constelação bem visível, com forma de M ou W, entre as
00.30 e 03.00 horas). Aqui fica um mapa do céu com o radiante desta
chuva de estrelas:
(imagem daqui - clicar para aumentar)