domingo, setembro 22, 2019

Andrea Bocelli faz hoje 61 anos

Andrea Bocelli (Lajatico, 22 de setembro de 1958) é um tenor, compositor e produtor musical italiano. Tendo ganho cinco BRIT Awards e três Grammys, Bocelli é um tenor que gravou nove óperas completas (entre as quais: La bohème, Il trovatore, Werther e Tosca), além de vários álbuns clássicos e populares, tendo vendido mais de 70 milhões de cópias em todo o mundo.
     
 

Andrea Bocelli - Canto della terra

Si lo so
Amore che io e te
Forse stiamo insieme
Solo qualche instante
Zitti stiamo
Ad ascoltare
Il cielo
Alla Finestra
Questo mondo che
Si Sveglia e la notte e
Gia cosi lontana
Gia lontana

Guarda questa terra che
Che gira insieme a noi
Anche quando e buio
Guarda questa terra che
Che gira anche per noi
A darci un po' di
Sole, sole, sole

My love che sei l'amore mio
Sento la tua voce
E ascolto il mare
Sembra davvero il tuo respiro
L'amore che mi dai
Questo amore che
Sta li nascosto
In mezzo alle sue onde
A tutte le sue onde
Come una barca che

Guarda questa terra che
Che gira insieme a noi
Anche quando e buio
Guarda questa terra che
Che gira anche per noi
A darci un po' di
Sole, sole, sole
Sole, sole, sole

Guarda questa terra che
Che gira insieme a noi
A darci un po' di sole
Mighty sun
Mighty sun
Mighty sun

David Coverdale - 68 anos

David Coverdale (Saltburn-by-the-Sea, Inglaterra, 22 de setembro de 1951) é um cantor e compositor inglês.
Participou nas bandas "Denver Mule" e "Skyliners" entre 1967 e 1968. David Coverdale ficou conhecido por substituir o vocalista Ian Gillan na banda Deep Purple, em meados dos anos 70. Após o terminus da banda, em 1976, lançou seu projeto a solo David Coverdale White Snake. Em 1977 saiu o segundo álbum solo Northwinds e, no mesmo ano, fundou os Whitesnake, grupo de hard rock que fez sucesso com os hits "Is This Love", que teve sucesso em todo o mundo, "Here I Go Again", "Love Ain't No Stranger" e "Still Of The Night", entre outras.
Em 1991 resolveu fazer uma pausa nos trabalhos com os Whitesnake. Em 1993 lançou um projeto solo intitulado Coverdale/Page, com a participação de Jimmy Page dos Led Zeppelin. Em 1997 lançou mais um álbum Restless Heart, voltando a reunir os Whitesnake, fez dois álbuns: Good to Be Bad (2008) e Forevermore (2011).
Participou do Rock In Rio em 1985 no dia do metal, substituindo os Def Leppard, devido ao acidente com Rick Allen.
  

A Guerra Irão-Iraque começou há 39 anos

A Guerra Guerra Irão-Iraque foi um conflito militar travado entre o Irão e o Iraque, resultado de disputas políticas e territoriais entre ambos os países. A guerra começou quando os iraquianos invadiram o território iraniano, em 22 de setembro de 1980. Saddam Hussein, ditador do Iraque, esperava que o caótico Irão pós-revolução não tivesse condições de resistir ao avanço das suas tropas e invadiu, sem declarar guerra formalmente, mas o progresso foi lento e o ataque acabou sendo repelido. Em 1982, os iranianos lançaram a sua contra-ofensiva e tomaram a iniciativa. A guerra passou então a abranger aspectos religiosos, nacionalistas e sectários, com os curdos e xiitas demonstrando apoio ao Irão no esforço de guerra. O resultado foi um banho de sangue, com grandes perdas de vidas (especialmente entre a população civil).
O Conselho de Segurança das Nações Unidas buscou várias resoluções para tentar acabar com as hostilidades, mas a guerra só foi formalmente encerrada em 20 de agosto de 1988 após a Resolução 598 da ONU firmar um cessar-fogo aceito por ambos os lados. Na conclusão do conflito, as fronteiras retornaram ao status pré-guerra dos Acordos de Argel de 1975. Os últimos prisioneiros de guerra, contudo, só foram soltos em 2003, após a destituição de Saddam do poder no Iraque.
A guerra foi extremamente custosa em termos de vidas e dinheiro para ambos os lados: números oficiais apontam que mais de meio milhão de combatentes morreram, com um número similar de civis também perdendo a vida; milhares de pessoas foram feridas e outras milhares foram deslocadas de suas casas, causando uma crise humanitária. Centenas de milhares de milhões de dólares também foram gastos, mas no final nenhum ganho territorial foi visto por qualquer um dos beligerantes. Este conflito foi comparado a Primeira Guerra Mundial em termos de táticas usadas, com uso grande de trincheiras com arame farpado e armadilhas, ninhos de metralhadoras e ataques de baioneta em ondas humanas pela terra de ninguém. Outro ponto marcante da guerra foi o uso indiscriminado de armas químicas, como o gás mostarda, por parte dos iraquianos contra tropas e civis iranianos e curdos. Muitos países muçulmanos e ocidentais apoiaram o Iraque com dinheiro, equipamentos e informações de inteligência (como imagens de satélite). Algumas nações apoiaram o Irão, muitas de forma clandestina (como no caso Irão-Contras).
O conflito deixou ambos os lados extremamente fatigados, mas trouxe também alguns desdobramentos. O Iraque, embora financeiramente quebrado, tinha agora um poderoso exército a sua disposição. Já o Irão, apesar das perdas sofridas, viu a sua revolução islamita sedimentada. A ONU, embora declaradamente não tenha tomado partido, não buscou imediatamente condenar as atrocidades cometidas a olhos vistos pelo Iraque, como os seus ataques químicos contra civis, e recusaram a identificar os iraquianos como os agressores (apesar deles terem sido os primeiros a atacar) até 11 de dezembro de 1991, quando Saddam Hussein passou a ser o principal antagonista da região após a Guerra do Golfo.
   

sábado, setembro 21, 2019

Boz Burrell, ex-membro dos King Crimson e Bad Company, morreu há treze anos

Boz Burrell nascido Raymond Burrell (Lincoln, Inglaterra, 1 de agosto de 1946 - Marbella, Espanha, 21 de setembro de 2006), foi um baixista e guitarrista conhecido por integrar bandas como King Crimson e Bad Company.
Ele entrou para os King Crimson como vocalista mas, como a banda precisava de um baixista, o guitarrista Robert Fripp rapidamente o ensinou a tocar baixo. Mais tarde entrou para os Bad Company, em 1973, para tocar baixo, obtendo grande sucesso comercial durante as décadas de 70 a 90. Posteriormente, Burrell começou a trabalhar na área dos blues, tocando com Tam White.
Morreu a 21 de setembro de 2006, por causa de um ataque cardíaco.

  

Música adequada à data...


Leonard Cohen - Who By Fire

And who by fire, who by water,
Who in the sunshine, who in the night time,
Who by high ordeal, who by common trial,
Who in your merry merry month of may,
Who by very slow decay,
And who shall I say is calling?

And who in her lonely slip, who by barbiturate,
Who in these realms of love, who by something blunt,
And who by avalanche, who by powder,
Who for his greed, who for his hunger,
And who shall I say is calling?

And who by brave assent, who by accident,
Who in solitude, who in this mirror,
Who by his lady's command, who by his own hand,
Who in mortal chains, who in power,
And who shall I say is calling?

Leonard Cohen nasceu há 85 anos

Embora seja mais conhecido pelas suas canções, como "Hallelujah", que alcançaram notoriedade tanto na sua voz quanto na de outros intérpretes, Cohen passou a se dedicar à música apenas depois dos 30 anos, já consagrado como autor de romances e livros de poesia.
Biografia
Leonard Cohen nasceu em Montreal, província de Quebec, Canadá, de uma família judia de origem polaca. A sua infância foi marcada pela morte de seu pai quando Cohen tinha apenas 9 anos, facto que seria determinante para o desenvolvimento de uma depressão que o acompanharia durante boa parte da vida.
Aos 17 anos, ingressa na Universidade McGill e forma um trio de música country. Paralelamente, passa a escrever seus primeiros poemas, inspirado por autores como García Lorca.
Em 1956, lança seu primeiro livro de poesia, Let Us Compare Mythologies, seguido em 1961 por The Spice Box of Earth, que lhe conferiria fama internacional.
Após o sucesso do livro, Cohen decide viajar pela Europa, e acaba por fixar residência na ilha de Hidra, na Grécia, onde passa a viver junto com Marianne Jensen e seu filho, Axel.
Em 1963 lança The Favorite Game, sua primeira novela, seguida pelo livro de poemas Flowers for Hitler, em 1964, e pela sua segunda novela, Beautiful Losers, em 1966.
Em 2011 foi o vencedor do Prémio Príncipe das Astúrias das Letras.
Já estabelecido como escritor, Cohen decide se tornar compositor. Para isso, muda-se para os Estados Unidos, onde conhece a cantora Judy Collins, que grava duas das suas composições ("Suzanne" e "Dress Rehearsal Rag") em seu disco In My Life, de 1966.
No ano seguinte, Cohen participa do Newport Folk Festival, onde chama a atenção do produtor John Hammond, o mesmo que antes havia descoberto, dentre outros, Billie Holiday e Bob Dylan. Songs of Leonard Cohen, o seu primeiro disco, é lançado no final do ano, sendo bem recebido por público e crítica.
O seu próximo disco, Songs from a Room, seria produzido por Bob Johnston, produtor dos principais trabalhos de Dylan nos anos 60. Embora não tão bem recebido quanto o anterior, contém a canção "Bird on the Wire", que o próprio Cohen disse ser a sua favorita dentre as suas composições. Em 1971, lança Songs of Love and Hate, um disco mais sombrio que os anteriores. No mesmo ano, o diretor Robert Altman, em seu filme McCabe & Mrs. Miller, utiliza três canções de Cohen: "Sisters of Mercy", "Winter Lady" e "The Stranger Song", todas do primeiro disco do cantor.
Um novo livro de poemas, The Energy of Slaves, é lançado em 1972 e, no ano seguinte, o disco ao vivo Live Songs.
Também em 1973, por ocasião da Guerra do Yom Kipur, Cohen faz uma série de shows gratuitos para soldados israelitas. Baseada no poema "Unetaneh Tokef " da tradição judaica, surgiria a canção "Who by Fire", incluída no álbum New Skin for the Old Ceremony, a ser lançado no ano seguinte.

Após o disco de 1974, Cohen decide se afastar do mundo da música, resultado não só de uma confessa falta de inspiração, mas também de sua insatisfação com as exigências do mercado.
O seu retorno dar-se-ia em 1977, com Death of a Ladies' Man, produzido por Phil Spector, que foi também o co-autor de quase todo o repertório do disco. O álbum foi marcado por atritos após as gravações, quando Spector se trancou em seu estúdio para o processo de mixagem, não permitindo que nem mesmo Cohen interferisse no resultado final. Por conta disso é até hoje notória a insatisfação do cantor com o disco, o qual classifica como sendo o mais fraco de todos. Em 1978, numa alusão ao álbum do ano anterior, seria a vez do lançamento do livro Death of a Lady's Man.
Em 1979 reaproxima-se do estilo dos seus primeiros trabalhos com Recent Songs, cuja turnê foi registada no disco Field Commander Cohen: Tour of 1979, lançado apenas em 2001. Entre os integrantes de sua banda de apoio encontravam-se Sharon Robinson, co-autora de várias canções de Cohen a partir da década de 80, e Jennifer Warnes.
Após a turnê, seguiu-se mais um período de reclusão, no qual dedicou-se à escrita e ao estudo do budismo. Só voltaria a lançar novos trabalhos em 1984, com o disco Various Positions e o livro de poemas Book of Mercy. Embora a essa altura sua popularidade nos Estados Unidos estivesse em baixa, a sua música ainda fazia grande sucesso em alguns países da Europa como França e Noruega.
  
Ressurgimento e aclamação
Em 1988, retorna com o álbum I'm Your Man, aclamado por crítica e público. Parte dessa boa recepção deve ser creditada a Famous Blue Raincoat – The Songs of Leonard Cohen, disco tributo lançado por Jennifer Warnes um ano antes, que apresentou as canções do canadiano a toda uma nova geração de fãs.
Paralelamente, muitos dos jovens músicos ligados ao folk e ao indie-rock da época diziam-se influenciados pelo trabalho do cantor. Parte desses músicos seria responsável pelo disco-tributo I'm Your Fan, lançado em 1991. Dentre estes, destacavam-se R.E.M., Ian McCulloch (vocalista do Echo & the Bunnymen) e Nick Cave and the Bad Seeds.
No ano seguinte lançaria The Future e, em 1994, Cohen Live, contendo registos de apresentações ao vivo entre os anos de 1988 e 1993.
Em 1994, consolidando a sua aproximação com o budismo, Cohen passa a viver no mosteiro de Mount Baldy Zen Center, próximo de Los Angeles. Em 1996, seria ordenado monge zen, e ganharia o nome Dharma de Jikan ("silencioso").
Nesse meio-tempo é lançado, em 1995, um outro disco-tributo, Tower of Songs, dessa vez com nomes mais conhecidos, como Elton John, Bono e Willie Nelson.
No mesmo ano é lançado o livro Dance Me to the End of Love, onde poesias suas são mescladas com pinturas do francês Henri Matisse.
A sua experiência no mosteiro iria até o ano de 1999, quando voltaria a morar em Los Angeles. Apesar disso, Cohen ainda se considera judeu, ressaltando que não procura "uma nova religião".
Em 2001, lança Ten New Songs, o seu primeiro disco inédito em sete anos, feito em parceria com Sharon Robinson. Em 2004 seria a vez de Dear Heather.
Em maio de 2006 é lançado o disco Blue Alert da cantora Anjani Thomas, sua namorada e ex-vocalista de sua banda de apoio. Cohen foi o produtor e coautor de todas as faixas do disco. Menos de um mês depois é lançado o aclamado documentário Leonard Cohen: I'm Your Man, onde relatos do cantor são intercalados com versões de suas músicas interpretadas por artistas como Rufus Wainwright e Nick Cave. No fim da película o próprio Cohen interpreta, juntamente com os U2, a música "Tower of Song".
Em 18 de setembro de 2009, durante um concerto na Espanha, Leonard Cohen desmaiou e teve de cancelar a apresentação.
Falecimento 
Cohen morreu em 7 de novembro de 2016, aos 82 anos, na sua casa em Los Angeles. A sua morte não foi anunciada até 10 de novembro.
Cohen deixou dois filhos e dois netos. Numa entrevista concedida cerca de um mês antes, Cohen confessou que já estava preparado para a sua morte.
 
  

Gustav Holst nasceu há 145 anos!

Holst - desenho de William Rothenstein, 1920

Gustav Theodore Holst (nascido Gustavus Theodore von Holst: Cheltenham, 21 de setembro de 1874 – Londres, 25 de maio de 1934) foi um compositor inglês, arranjador e professor. Conhecido pelo seu trabalho orquestral, a suíte The Planets, compôs várias obras de diversos géneros, embora nenhuma tivesse o mesmo sucesso. O seu estilo distinto de composição era o resultado de muitas influências, incluindo o revivalismo folk inglês do início do século XX.

  
Nas três gerações anteriores da família Holst também tinha havido músicos profissionais e era claro que, desde cedo, ele iria seguir o mesmo caminho. Holst queria ser pianista, mas teve um problema inflamatório no seu braço direito. Apesar de alguma oposição do seu pai. Holst seguiu a carreira de compositor, estudando no Royal College of Music com Charles Villiers Stanford. Incapaz de viver apenas das suas composições, tocava trombone profissionalmente, e, mais tarde, tornar-se-ia professor - muito bom, de acordo com o seu colega Ralph Vaughan Williams. Para além de professor, criou uma tradição de tocar no Morley College, onde foi o director musical entre 1907 e 1924. Foi o fundador de uma série de festivais de música Whitsun, que duraram desde 1916 até ao fim da sua vida. Os trabalhos de Holst eram tocados com frequência nos primeiros anos do século XX, mas foi só com o sucesso internacional The Planets, nos anos que se seguiram à Primeira Guerra Mundial, que ficou conhecido. Homem tímido, não se sentia bem com a fama, e preferia ficar sossegado para compor e ensinar.
Nos seus últimos anos de vida, o seu estilo descomprometido e pessoal de composição, era visto como austero, e a sua curta popularidade caiu. Ainda assim, Holst influenciou vários jovens compositores ingleses como Edmund Rubbra, Michael Tippett e Benjamin Britten. Para além de The Planets e de outros trabalhos, a sua música foi negligenciada até à década de 80, data a partir da qual ficaram disponíveis muitas das suas gravações.
    
  

A cantora Faith Hill faz hoje 52 anos

Audrey Faith Perry, mais conhecida como Faith Hill (Jackson, 21 de setembro de 1967) é uma cantora americana, nascida em Jackson, no estado do Mississippi, que foi adotada com uma semana de vida e cresceu na cidade de Star. É casada com o também cantor country Tim McGraw, de quem tem três filhas.
   
Começou cantando na igreja da cidade e foi para Nashville com 19 anos, tentar começar uma carreira de cantora country. Trabalhou no escritório do cantor e compositor Gary Morris, em Nashville. Ele ouviu-a a cantar junto do rádio e pediu que lhe gravasse uma fita demonstrativa, sendo depois descoberta por um executivo da Warner Bros, a cantar num café de Nashville. Gary tornou-se mais tarde o seu co-produtor.
Faith Hill lançou os álbuns "Take me as I am" (1993), "It Matters to Me" (1995), "Faith" (1998), "Breathe" (1999), "Cry" (2002) e "Fireflies" (2005) e vendeu cerca de 40 milhões de discos mundialmente. Teve oito singles e três álbuns no número um na Billboard Hot Country Songs.
Hill já foi agraciada com prémios como os Grammy Awards, Academy of Country Music, Country Music Association, American Music Awards e People's Choice Awards. A turnê Soul2Soul II Tour, com Tim McGraw, foi a com mais assistência da história da música country, e a primeira das cinco melhores entre todos os géneros musicais.
Em 2001, Hill gravou uma canção para a banda sonora do filme Pearl Harbor, "There You'll Be".
No mesmo ano foi considerada a primeira das "30 Mulheres Mais Poderosas da América" pelo Ladies Home Journal.
Em 2004, participou no filme Mulheres Perfeitas, fazendo a personagem Sarah e, em 2007, Hill passou a ser a cantora da abertura do Sunday Night Football, do canal NBC.
   

Liam Gallagher - 47 anos

William John Paul Gallagher, conhecido como Liam Gallagher, (Manchester, 21 de setembro de 1972) é um músico britânico. Foi o vocalista da banda Oasis, que liderou conjuntamente com o seu irmão Noel Gallagher. Atualmente, é o vocalista dos Beady Eye.
Conhecido pelo seu comportamento agressivo, o seu singular modo de cantar e a sua atitude, Liam Gallagher foi uma das figuras mais importantes do movimento Britpop e é um dos ícones da música britânica.
   
    

Jaco Pastorius morreu há 32 anos

Jaco Pastorius, de nome próprio John Francis Anthony Pastorius III (Norristown, Pensilvânia, 1 de dezembro de 1951 - Fort Lauderdale, Flórida, 21 de setembro de 1987), foi um baixista de jazz norte-americano. É considerado por muitos como um dos mais influentes baixistas de todos os tempos.
 
(...)
 
O trágico fim de John Francis Anthony Pastorius III inicia-se a 11 de setembro de 1987. Após um show de Carlos Santana, dirigiu-se ao Midnight Bottle Club, em Wilton Manors, Florida. Após ter um comportamento exibicionista e arrogante, entra numa luta com um segurança do clube, chamado Luc Havan. Como resultado desta, sofre um traumatismo craniano e entra em coma, ficando assum durante dez dias. Quando os aparelhos que o mantinham vivo foram desligados, o seu coração ainda bateu durante três horas. A morte do mais ilustre baixista de todos os tempos foi a 21 de setembro de 1987, faltando-lhe apenas dez semanas para completar 36 anos. Foi enterrado no cemitério Queen of Heaven, em North Lauderdale.
Uma das maiores homenagens prestadas a ele, foi feita pelo trompetista Miles Davis, que gravou a música Mr. Pastorius, composição do baixista Marcus Miller, lançada no álbum Amandla.


sexta-feira, setembro 20, 2019

Porque hoje é dia de recordar Fernão de Magalhães - II

(imagem daqui)

Fernão de Magalhães
 
No vale clareia uma fogueira.
Uma dança sacode a terra inteira.
E sombras disformes e descompostas
Em clarões negros do vale vão
Subitamente pelas encostas,
Indo perder-se na escuridão.
 
De quem é a dança que a noite aterra?
São os Titãs, os filhos da Terra,
Que dançam da morte do marinheiro
Que quis cingir o materno vulto —
Cingi-lo, dos homens, o primeiro —,
Na praia ao longe por fim sepulto.
 
Dançam, nem sabem que a alma ousada
Do morto ainda comanda a armada,
Pulso sem corpo ao leme a guiar
As naus no resto do fim do espaço:
Que até ausente soube cercar
A terra inteira com seu abraço.
 
Violou a Terra. Mas eles não
O sabem, e dançam na solidão;
E sombras disformes e descompostas,
Indo perder-se nos horizontes,
Galgam do vale pelas encostas
Dos mudos montes.
 
in Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Porque hoje é dia de recordar Fernão de Magalhães...


Fernão de Magalhães
 
Fernão de Magalhães da Ibéria toda,
Alma de tojo arnal sobre uma fraga
A namorar a terra em corpo inteiro,
Consciência do fim no fim da boda,
Fernão de Magalhães que andaste à roda
De quanto Portugal sonhou primeiro :
 
Ter um destino, é não caber no berço
Onde o corpo nasceu.
É transpor as fronteiras uma a uma
E morrer sem nenhuma,
Às lançadas à bruma,
A cuidar que a ilusão é que venceu.
 
in Poemas Ibéricos (1965) - Miguel Torga

Música adequada à data...


Fausto Bordalo Dias - Quando às vezes ponho diante dos olhos
Álbum: Por Este Rio Acima (1982)

Quando às vezes ponho diante dos olhos
A lusitana viagem medonha que eu dobrei
Os tormentos passados e os fados que chorei
Arde o corpo em oração entre pecado e perdão
Agonia o coração e arde o corpo
Do cotovelo da terra á pestana do mundo
Fui treze vezes cativo dezassete vendido
Mataram os mares milhares num gemido
Ai de mim sou missionário
Foge cafre já sou corsário
Marinheiro voluntário
Ai de mim

Quando às vezes ponho diante dos olhos
A fúria da onda tremenda rasgada no vento
O assombro da fronha de um monstro
Que horrenda estampada no breu
Ai meu Deus o aperto em que estou
Olha o cobre e o ouro
Olha o bobo que eu sou
Que se escapa o tesouro
Que me dá a fraqueza

Enriquece bandido
A saudade do Tejo
O inventário da presa
Meu amor dá-me um beijo
Afasta-o do sentido
E lá vou eu desvalido

II
Quando às vezes ponho diante dos olhos
Os trabalhos tremendos, os perigos que passei
O Inferno maldito Infinito que afrontei
Vem à boca uma prece
A alma inteira estremece
Arde
Grita
Enlouquece
E vem à boca
Um amargo de morte arrefece-me o corpo
Um grande medo
Meu Deus
Que estala no peito
Só o meu coração respira amores perfeitos
Que eu nem conto em segredo
Que eu risquei do enredo
Num latino arremedo
Que eu nem conto
Quando às vezes ponho diante dos olhos
Cobras
Lagartos
Mostrengos
Horríveis
Sarnentos
O delírio dos rios
Das selvas ardentes
Da febre a queimar
A matar
Terra à vista
Atenção

Espia como mercador
Eu cá sou benfeitor

Assalta como ladrão
Olha o rombo na quilha

Olha a tua quadrilha
Quem me dera estar longe

Empunha o machado
Ser um anjo ser monge

Aguenta safado
Sendo o mais enjeitado

III
De Lisboa p' rá Índia
Da Tartária ao Sião
Da China à Etiópia
De Ormuz ao Japão
P' lo Cabo do Mundo
Passei por um triz
Da Ilha Maluca
À Arábia Feliz
São de todas as cores
As paixões os ardores
Na voragem do cio
O amor aplacado
Entre esteiras deitado
No porão do navio
Vai o sonho entornado

Quando às vezes ponho diante dos olhos
As guerras
Assaltos e gritas
O sangue a jorrar
A alagar
Os turcos
Senhora bendita
Lançados ao mar
A afundar
Tangendo panelas

P'ró diabo que os leve
Infiéis tagarelas

Filhos de Mafamede
Ai da vossa cegueira

Dispara o roqueiro
No rescaldo da afronta

Amordaça o escravo
Rezo pela desconta

És cruzado és um bravo
Dos pecados sem conta

IV
De Lisboa p' rá Índia
Da Tartária ao Sião
Da China à Etiópia
De Ormuz ao Japão
P' lo Cabo do Mundo
Passei por um triz
Da Ilha Maluca
À Arábia Feliz
São de todas as cores
As paixões os ardores
Na voragem do cio
O amor aplacado
Entre esteiras deitado
No porão do navio
Vai o sonho entornado
Foi de fio a pavio
P'ró diabo que os leve
Infiéis tagarelas
Filhos de Mafamede
Ai da vossa cegueira
Dispara o roqueiro
Amordaça o escravo
És cruzado és um bravo
Espia como mercador
Assalta como ladrão
Olha o rombo na quilha
Empunha o machado
Olha a tua quadrilha
Aguenta safado
Dos pecados sem conta
És o mais enjeitado
O aperto em que estás
Olha o cobre e o ouro
Que se escapa o tesouro
Que te dá a fraqueza
Enriquece bandido
No rescaldo da afronta
Ai quem te dera estar longe
Ser um anjo ser monge
Reza pela desconta
Entre apupos e gritas
De mãos alevantadas
Treme o bom jesuíta
Ai Jesus que embrulhada
Em pouco mais de dois credos
Dois mil mortos no chão
Pelejando um milhão
Soçobrados em sangue
Estalam mil bofetadas
No traseiro de um cafre
Sobrevoa o milhafre
Seis cabeças rachadas
Muitas feridas e chagas
Numa grande chacina
Entre insultos e pragas
Chovem panelas de urina
Vinte e três afogados
Trinta e quatro perdidos
Nus e ajoelhados
Sem contar os aflitos
Pelas pernas abaixo
Vai o pobre de mim
De Quedá a Samatra
De Malaca a Pequim
Fugindo a sete pés
Quando estoira o convés
Perde-se ouro o provento
A prata fina a saúde
Mas glória santa me ajude
A dar graças a Deus
Misericórdia infinita
Pois eu não me lamento
Se ao fim de tantos tormentos
Escapei deles com vida
O Senhor seja louvado
Santos apostolados
Viva eu entre os mortais
Pois não mereci mais
Por meus grandes pecados

O português Papa João XXI foi eleito há 743 anos

Papa João XXI, nascido Pedro Julião Rebolo mais conhecido como Pedro Hispano, (Lisboa, 1215  - Viterbo, 20 de maio de 1277)  foi papa entre 20 de setembro de 1276, até à data da sua morte, tendo sido também um famoso médico, filósofo, professor e matemático português do século XIII.
Alguns autores indicam como data de nascimento o ano de 1205, outros que foi antes de 1210, possivelmente em 1205 ou 1207 e outros ainda entre 1210 e 1220.
Brasão de armas do Papa João XXI
  
Papado
João XXI irá marcar o seu breve pontificado (de pouco mais de 8 meses) pela fidelidade ao XIV Concílio Ecuménico de Lião. Apressa-se a mandar castigar, em tribunal criado para o efeito, os que haviam molestado os cardeais presentes no conclave que o elegera.
Embora sem grande sucesso, leva por diante a missão encetada por Gregório X de reunir a Igreja Grega à Igreja do Ocidente. Esforça-se por libertar a Terra Santa em poder dos turcos.
Tenta reconciliar grandes nações europeias, como França, Germânia e Castela, dentro do espírito da unidade cristã. Neste sentido, envia legados a Rodolfo de Habsburgo e a Carlos de Anjou, sem sucesso.
Pontífice dotado de rara simplicidade, recebe em audiência tanto os ricos como os pobres. Dante Alighieri, poeta italiano (1265-1321), na sua famosa Divina Comédia, coloca a alma de João XXI no Paraíso, entre as almas que rodeiam a alma de São Boaventura, apelidando-o de "aquele que brilha em doze livros", menção clara a doze tratados escritos pelo erudito pontífice português. O rei Afonso X de Leão e Castela, o Sábio, avô do Rei D. Dinis de Portugal, elogia-o em forma de canção no "Paraíso", canto XII. Mecenas de artistas e estudantes, é tido na sua época por 'egrégio varão de letras', 'grande filósofo', 'clérigo universal' e 'completo cientista físico e naturalista'.
Mais dado ao estudo que às tarefas pontifícias, João XXI delega no Cardeal Orsini, o futuro Papa Nicolau III, os assuntos correntes da Sé Apostólica. Ao sentir-se doente, retira-se para a cidade de Viterbo, onde morre a 20 de maio de 1277, vítima do desmoronamento das paredes dos seus aposentos, estando o palácio apostólico em obras. É sepultado junto do altar-mor da Catedral de São Lourenço, naquela cidade. No século XVI, durante os trabalhos de reconstrução do templo, os seus restos mortais são trasladados para modesto e ignorado túmulo, mas nem aqui encontraram repouso definitivo. Através do contributo da Câmara Municipal de Lisboa, por João Soares então o seu presidente, o mausoléu é colocado, a título definitivo, ao lado do Evangelho da Catedral de Viterbo, a 28 de março de 2000.
Deu nome ao Hospital Pedro Hispano e à Estação Pedro Hispano, ambos em Matosinhos, à Avenida João XXI, em Lisboa, e ao Instituto Pedro Hispano, em Granja do Ulmeiro, no concelho de Soure, no distrito de Coimbra.
  

Sibelius morreu há 62 anos

Johan Julius Christian Sibelius, conhecido como Jean Sibelius (Hämeenlinna, 8 de dezembro de 1865 - Järvenpää, 20 de setembro de 1957) foi um compositor finlandês de música erudita, e um dos mais populares compositores do final do século XIX e início do século XX. A sua música também teve importante papel na formação da identidade nacional finlandesa.
Sibelius nasceu numa família que falava sueco e residia na cidade de Hämeenlinna, no Grão-Ducado da Finlândia, então pertencente ao Império Russo. O seu nome de batismo é Johan Julius Christian Sibelius e ele era conhecido como Janne por sua família, mas ainda seus anos de estudo teve a ideia de usar a forma francesa de seu nome, Jean. A idéia veio após ter visto uma pilha de cartões postais de seu tio Johan, o irmão mais velho de seu pai, o Dr. Christian Gustaf Sibelius, que era médico na guarnição militar de Hämenlinna. O nome Johan lhe fora dado em homenagem a esse tio, que era capitão de navio e tinha morrido em Havana, em 1863. O nome Jean era usado por Johan quando estava no exterior.
Significativamente, indo ao encontro do largo contexto do então proeminente movimento Fennoman e as suas expressões do nacionalismo romântico, a sua família decidiu mandá-lo para um importante colégio de língua finlandesa, e ele frequentou o Hämeenlinnan normaalilyseo, de 1876 a 1885. O nacionalismo romântico ainda iria se tornar uma parte crucial na produção artística de Sibelius e na sua visão política.
Parte importante da música de Sibelius é sua coleção de sete sinfonias. Assim como Beethoven, Sibelius usou cada uma delas para trabalhar uma ideia musical e/ou desenvolver o seu próprio estilo. As suas sinfonias continuam populares, em gravações e salas de concerto.
De entre as composições mais famosas de Sibelius, destacam-se: Concerto para Violino e Orquestra em ré menor (obra de grande expressão, melodiosidade profunda e virtuosismo, que goza de grande popularidade entre os violinistas e o público, tornando-se em um dos concertos para violino mais executados nas salas de concerto), Finlandia, Valsa Triste (o primeiro movimento da suíte Kuolema), Karelia Suite e O Cisne de Tuonela (um dos quatro movimentos da Lemminkäinen Suite). Outros trabalhos incluem peças inspiradas no poema épico Kalevala, cerca de 100 canções para piano e voz, música incidental para 13 peças, uma ópera (Jungfrun i tornet, A Senhora na Torre), música de câmara, peças para piano, 21 publicações separadas para coral e músicas para rituais maçónicos. Até meados de 1926 foi prolífico; entretanto, apesar de ter vivido mais de 90 anos, ele quase não completou composições nos últimos 30 anos de sua vida, após a sua Sétima Sinfonia, em 1924, e o poema musicado Tapiola, em 1926.
 

Nuno Bettencourt nasceu há 53 anos

Nuno Bettencourt, com o nome completo de nascimento Nuno Duarte Gil Mendes Bettencourt (20 de setembro de 1966, Praia da Vitória, Terceira, Açores) é um virtuoso guitarrista de origem açoriana, luso-americano, membro da banda Extreme, e que ficou famoso pelos seus solos extremamente técnicos, sendo a sua maneira de tocar muito influenciada por Eddie Van Halen.
   
   

Fernão de Magalhães partiu para a primeira viagem de circum-navegação há meio milénio

   
Fernão de Magalhães (Sabrosa, primavera de 1480 - Cebu, Filipinas, 27 de abril de 1521) foi um navegador português, que se notabilizou por ter organizado a primeira viagem de circum-navegação ao globo de 1519 até 1522.
Nascido em família nobre, Magalhães era inquieto por natureza: queria ver o mundo e explorá-lo. Em 1506 viajou para as Índias Ocidentais, participando de várias expedições militares nas Molucas, também conhecidas como as Ilhas das Especiarias.
A serviço do rei de Espanha, planeou e comandou a expedição marítima que efectuou a primeira viagem de circum-navegação ao globo. Foi o primeiro a alcançar a Terra do Fogo no extremo sul do continente americano, a atravessar o estreito que hoje leva seu nome e a cruzar o Oceano Pacífico, que nomeou. Fernão de Magalhães foi morto em batalha em Cebu, nas Filipinas no curso da expedição, posteriormente chefiada por Juan Sebastián Elcano até ao regresso em 1522.
  
(...)
   
Em 1517 foi a Sevilha com Rui Faleiro, tendo encontrado no feitor da "Casa de la Contratación" da cidade um adepto do projecto que entretanto concebera: dar a Espanha a possibilidade de atingir as Molucas pelo Ocidente, por mares não reservados aos portugueses no Tratado de Tordesilhas e, além disso, segundo Faleiro, provar que as ilhas das especiarias se situavam no hemisfério castelhano.
Com a influência do bispo de Burgos conseguiram a aprovação do projecto por parte de Carlos V, e começaram os morosos preparativos para a viagem, cheios de incidentes; o cartógrafo de origem portuguesa Diogo Ribeiro que começara a trabalhar para Espanha em 1518, na Casa de Contratación em Sevilha participou no desenvolvimento dos mapas utilizados na viagem. Depois da rutura com Rui Faleiro, Magalhães continuou a aparelhagem dos cinco navios que, com 256 homens de tripulação, partiram de Sanlúcar de Barrameda em 20 de setembro de 1519. A esquadra tinha cinco navios e uma tripulação total de 234 homens, com cerca de 40 portugueses entre os quais Álvaro de Mesquita, primo co-irmão de Magalhães, Duarte Barbosa, primo da mulher de Magalhães, João Serrão, primo ou irmão de Francisco Serrão e Estevão Gomes. Seguia também Henrique de Malaca.
Antonio Pigafetta, escritor italiano que havia pago do seu próprio bolso para viajar com a expedição, escreveu um diário completo de toda a viagem, possibilitado pelo facto de Pigafetta ter sido um dos 18 homens a retornar vivo para a Europa. Dessa forma, legou à posteridade um raro e importante registo de onde se pode extrair muito do que se sabe sobre este episódio da história.
A armada fez escala nas ilhas Canárias e alcançou a costa da América do Sul, chegando em 13 de dezembro ao Rio de Janeiro. Prosseguindo para o sul, atingiram Puerto San Julian à entrada do estreito, na extremidade da atual costa da Argentina, onde o capitão decidiu parar. Irrompeu então uma revolta que ele conseguiu dominar com habilidosa astúcia. Após cinco meses de espera, período no qual a nau "Santiago" foi perdida numa viagem de reconhecimento, tendo os seus tripulantes conseguido ser resgatados, Magalhães encontrou o estreito que hoje leva seu nome, aprofundando-se nele. Noutra viagem de reconhecimento, outra nau foi perdida, mas desta vez por um motim na nau "San Antonio" onde a tripulação aprisionou o seu capitão Álvaro de Mesquita, primo de Magalhães, e iniciou uma viagem de volta com o piloto Estêvão Gomes (realmente estes completaram a viagem, espalhando ofensas contra Fernão de Magalhães na Espanha).
Apenas em novembro a esquadra atravessaria o Estreito, penetrando nas águas do Mar do Sul (assim baptizado por Balboa), e baptizando o oceano em que entravam como «Pacífico» por contraste às dificuldades encontradas no Estreito. Depois de cerca de quatro meses, a fome, a sede e as doenças (principalmente o escorbuto) começaram a dizimar a tripulação. Foi também no Pacífico que encontrou as nebulosas que hoje ostentam o seu nome - as nebulosas de Magalhães.
Em março de 1521, alcançaram a ilha de Ladrões, no atual arquipélago de Guam, chegando à ilha de Cebu nas atuais ilhas Filipinas em 7 de abril. Imediatamente começaram com os nativos as trocas comerciais; boa parte das grandes dificuldades da viagem tinham sido vencidas. Dias depois, porém, Fernão de Magalhães morreu, em combate com os nativos na ilha de Mactan, atraído a uma emboscada, sendo morto pelo nativo Lapu-Lapu.
A expedição prosseguiu sob o comando de João Lopes Carvalho, deixando Cebu no início de março de 1522. Dois meses depois, seria comandada por Juan Sebastián Elcano.
Mapa da expedição: a vermelho a rota percorrida por Magalhães, a laranja a rota percorrida por Elcano

Regresso
Decidiram incendiar a nau Concepción, visto o pequeno número de homens para operá-la, e finalmente conseguiram chegar às Molucas, onde obtiveram seu suprimento de especiarias. Trinidad acabou ali permanecendo para reparos e a "Victoria" voltou sozinha para casa, contornando o Índico pelo sul, a fim de não encontrar navios portugueses. A Trinidad, após os reparos tentou seguir uma rota pelo Pacífico até a América Central, onde poderia contatar os espanhóis e levar sua carga, no entanto acabou tendo de retornar às Molucas onde seus tripulantes foram aprisionados pelos portugueses que haviam chegado. A nau "Victoria" dobrou o Cabo da Boa Esperança em 1522, fez escala em Cabo Verde, onde alguns homens foram detidos pelos portugueses, alcançando finalmente o porto de San Lúcar de Barrameda, com apenas 18 homens na tripulação.
Uma única nau tinha completado a circum-navegação do globo ao alcançar Sevilha em 6 de setembro de 1522. Juan Sebastián Elcano, a restante tripulação da expedição de Magalhães e o último navio da frota regressaram decorridos três anos após a partida. A expedição de facto trouxe poucos benefícios financeiros, não tendo a tripulação chegado a receber o pagamento.
 

Curiosidade: Na época não existia a Linha Internacional de Data, sendo que, ao chegarem a Sevilha a tripulação não subtraiu um dos 1081 dias que permaneceram a bordo da expedição. A precariedade das medições não foi suficiente para conter a discussão que se seguiu sobre a duração da viagem; sugerindo que fosse enviado ao Vaticano uma comissão internacional sobre expedições ao redor da Terra.

O Abade Faria morreu há 200 anos

 Estátua do Abade Faria em Goa

José Custódio de Faria (Goa, Candolim, 30 ou 31 de maio de 1746 - Paris, 20 de setembro de 1819), mais conhecido por Abade Faria, foi um religioso e cientista luso-goês que se destacou como um dos primeiros estudiosos da hipnose.

Filho de Caetano Vitorino de Faria e de sua mulher Rosa Maria de Sousa, ambos goeses católicos, os quais, mais tarde, se separaram e tomaram Ordens.
Chegou a Lisboa em 1771 e a Roma em 1772. Nesta última cidade esteve até 1780, formando-se em Teologia e recebendo as ordens de sacerdote.
Pertenceu ao grupo dos conspiradores que tentaram derrubar o regime português em Goa, em 1787. A chamada Conjuração dos Pintos foi denunciada e exemplarmente reprimida pelas autoridades portuguesas. Faria apressou-se a ir para a França, em 1788. Defensor da Revolução Francesa (1789), comandou em uma das secções que, em 1795, atacaram a Convenção Nacional. Foi professor de Filosofia nos Liceus de Marselha e Nîmes.
Iniciado na prática do magnetismo animal por Amand Marie Jacques de Chastenet de Puységur o marquês de Puységur, no ano de 1813 abriu em Paris um gabinete de magnetizador. A prática de hipnose por sugestão trouxe-lhe uma enorme clientela e uma pronta reação de descrédito, sendo rotulado de maníaco e bruxo.
Os últimos anos da sua vida passou-os como capelão de um convento.
Como cientista demonstrou o carácter puramente natural da hipnose, tendo sido ele o primeiro a descrever com precisão os seus métodos e efeitos. Soube antever as possibilidades da sugestão hipnótica no tratamento das doenças nervosas.
Uma versão ficcionada de si, homónima, é uma personagem do romance O Conde de Monte Cristo, de Alexandre Dumas.
Tem uma rua com o seu nome no Areeiro, em Lisboa.