segunda-feira, agosto 10, 2015

Ian Anderson, dos Jethro Tull, faz hoje 68 anos!

Ian Scott Anderson (Dunfermline, Escócia, 10 de agosto de 1947) é um cantor, compositor, guitarrista e flautista britânico, mais conhecido por ser o líder da banda de rock and roll Jethro Tull.
Biografia
Na adolescência, Anderson arranjou emprego como assistente de vendas numa loja de departamentos em Blackpool, e depois numa banca de jornal. Ele declararia mais tarde que foi lendo edições da Melody Maker e da New Musical Express durante os seus intervalos de almoço que lhe rendeu a inspiração de fazer parte de uma banda.
Em 1963, ele formou os The Blades com os seus amigos de escola Barriemore Barlow (bateria), John Evan (teclado), Jeffrey Hammond (baixo) e Michael Stephens (guitarra). Este era um grupo de soul e blues, com Anderson nos vocais e gaita.
Em 1965, a banda passou a chamar-se John Evan Smash, comportando mais integrantes e que se separou após dois anos, época em que Andersou se mudou para Luton. Ali, conheceu o baterista Clive Bunker e o guitarrista e vocalista Mick Abrahams, do grupo de blues McGregor's Engine. Juntamente com Glenn Cornick, baixista que conhecera por intermédio de John Evan, ele formou a primeira encarnação de uma banda que permaneceria durante mais de quatro décadas: o Jethro Tull.
Já então Anderson abandonara a sua pretensão de tocar guitarra elétrica, supostamente por sentir que nunca seria "tão bom quanto Eric Clapton". Como relatado pelo próprio na introdução do vídeo Live at the Isle of Wight, ele trocou a sua guitarra por uma flauta, e após algumas semanas de prática concluiu que poderia manejar o instrumento bem, principalmente em estilos como o rock e o blues. A sua experiência na guitarra não foi desperdiçada, no entanto, pois ele continuou a tocar viola, utilizando-o como instrumento tanto melódico quanto rítmico. Com o progredir de sua carreira, Anderson foi adicionando saxofone, bandolim, teclado e outros instrumentos ao seu arsenal.
Como flautista, Anderson é autodidata e a sua principal influência foi Roland Kirk.

domingo, agosto 09, 2015

you are welcome to elsinore

(imagem daqui)

you are welcome to elsinore

Entre nós e as palavras há metal fundente
entre nós e as palavras há hélices que andam
e podem dar-nos morte violar-nos tirar
do mais fundo de nós o mais útil segredo
entre nós e as palavras há perfis ardentes
espaços cheios de gente de costas
altas flores venenosas portas por abrir
e escadas e ponteiros e crianças sentadas
à espera do seu tempo e do seu precipício

Ao longo da muralha que habitamos
há palavras de vida há palavras de morte
há palavras imensas, que esperam por nós
e outras, frágeis, que deixaram de esperar
há palavras acesas como barcos
e há palavras homens, palavras que guardam
o seu segredo e a sua posição

Entre nós e as palavras, surdamente,
as mãos e as paredes de Elsenor
E há palavras nocturnas palavras gemidos
palavras que nos sobem ilegíveis à boca
palavras diamantes palavras nunca escritas
palavras impossíveis de escrever
por não termos connosco cordas de violinos
nem todo o sangue do mundo nem todo o amplexo do ar
e os braços dos amantes escrevem muito alto
muito além do azul onde oxidados morrem
palavras maternais só sombra só soluço
só espasmo só amor só solidão desfeita

Entre nós e as palavras, os emparedados
e entre nós e as palavras, o nosso dever falar


in Pena Capital (1982) - Mário Cesariny

Mário Cesariny nasceu há 92 anos

Mário Cesariny de Vasconcelos (Lisboa, 9 de agosto de 1923 - Lisboa, 26 de novembro de 2006) foi poeta e pintor, considerado o principal representante do surrealismo português. É de destacar também o seu trabalho de antologista, compilador e historiador (polémico) das actividades surrealistas em Portugal.


Figuras de Sopro, 1947, óleo sobre cartão

Dmitri Shostakovich morreu há 40 anos

Dmitri Dmitriyevich Shostakovich (São Petersburgo, 25 de setembro de 1906Moscovo, 9 de agosto de 1975) foi um compositor russo e um dos mais célebres compositores do século XX.


O massacre de Corumbiara, na Rondónia, foi há 20 anos

(imagem daqui)

O massacre de Corumbiara foi o resultado de um conflito violento, ocorrido a 9 de agosto de 1995, no município de Corumbiara, no estado de Rondónia. O conflito começou quando polícias entraram em confronto com camponeses sem-terra que estavam a ocupar uma área, resultando na morte de 12 pessoas, entre elas uma criança de seis anos e dois polícias.
Em agosto de 1995, cerca de 600 camponeses haviam se mobilizado para tomar a Fazenda Santa Elina, tendo construído um acampamento no latifúndio improdutivo. Na madrugada do dia 9, por volta das três horas, pistoleiros armados, recrutados nas fazendas da região, além de soldados da Polícia Militar com os rostos cobertos, iniciaram os ataques ao acampamento.
O número oficial de mortos no massacre é de 16 pessoas e há sete desaparecidos. Para os agricultores, entretanto, o número de mortos pode ter passado de 100 pois, segundo eles, muitos mais teriam sido mortos por polícias e jagunços, e enterrados sumariamente. Depois de horas de tiroteio, os camponeses não tinham mais munições para as suas espingardas. O Comando de Operações Especiais, comandado na época pelo capitão José Hélio Cysneiros Pachá, usou bombas de gás lacrimogénio e acendeu holofotes contra as famílias. A chacina ocorreu no governo do agora senador Valdir Raupp (PMDB).
Mulheres foram usadas como escudo humano pelos polícias e pelos jagunços do fazendeiro Antenor Duarte. A pequenina Vanessa, de apenas seis anos, teve o corpo trespassado por uma bala "perdida", quando corria junto com a sua família. Cinquenta e cinco posseiros ficaram gravemente feridos. Os laudos tanatoscópicos provaram execuções sumárias. O bispo de Guajará Mirim, D. Geraldo Verdier, recolheu amostras de ossos calcinados em fogueiras do acampamento e enviou a Faculté de Médicine Paris-Oeste, que confirmou a cremação de corpos humanos no acampamento da fazenda.
Desde 1985 os camponeses se organizavam, tendo criado as vilas de Alto Guarajús, Verde Seringal, Rondolândia, e mais tarde o povoado de Nova Esperança - posteriormente cidade de Corumbiara. Dez anos depois, foram vítimas da chacina. E até hoje os parentes das vítimas aguardam a indemnização. É uma das vergonhas de Rondónia e uma das vergonhas nacionais.
A assessoria jurídica da CPT RO e a CJP (Comissão Justiça e Paz de Porto Velho) acompanham o processo judicial a favor da indemnização das famílias vítimas da chacina.
A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) aprovou,em 24 de abril de 2013, proposta que concede amnistia aos trabalhadores rurais e polícias militares de Rondónia punidos no episódio conhecido como Massacre de Corumbiara. Dois camponeses foram condenados na ocasião, Claudemir Gilberto Ramos e Cícero Pereira Leite Neto, pela morte de dois polícias. O Projeto de Lei 2000/11, do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), propunha a amnistia apenas aos sem-terras.
O relator da proposta, deputado Vieira da Cunha (PDT-RS), incluiu os polícias militares, após manifestações de outros parlamentares. “A amnistia deve ser ampla e irrestrita”, afirmou.

sábado, agosto 08, 2015

The Edge - 54 anos

David Howell Evans (Londres, 8 de agosto de 1961) mais conhecido por seu nome artístico The Edge (ou apenas Edge), é o guitarrista, coros e teclista da banda de rock irlandesa U2. Em 2003, foi considerado o 38.º melhor guitarrista de todos os tempos pela revista norte-americana Rolling Stone.


sexta-feira, agosto 07, 2015

It's a long way...


Caetano Veloso - 73 anos

Caetano Emanuel Viana Teles Veloso (Santo Amaro, 7 de agosto de 1942) é um músico, produtor, arranjador e escritor brasileiro. Com uma carreira que já ultrapassa as quatro décadas, Caetano construiu uma obra musical marcada pela releitura e renovação e considerada amplamente como possuidora de grande valor intelectual e poético. Embora desde cedo já tivesse aprendido a tocar violão em Salvador, escreveu críticas de cinema para o Diário de Notícias entre os anos de 1960 e 1962 e tendo conhecido o trabalho dos cantores de rádios e dos músicos de bossa nova (notavelmente João Gilberto, o seu "mestre supremo" e com quem dividiria o palco anos mais tarde), Caetano iniciou o seu trabalho profissionalmente apenas em 1965, com o compacto "Cavaleiro/Samba em Paz", enquanto acompanhava a irmã mais nova Maria Bethânia nas suas apresentações nacionais do espetáculo Opinião, no Rio de Janeiro.
Nessa década, conheceu Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, participou dos festivais de música popular da Rede Record e compôs bandas de filmes. Em 1967, saiu o seu primeiro LP, Domingo, com Gal Costa, e, no ano seguinte, liderou o movimento chamado de Tropicalismo, que renovou o cenário musical brasileiro e os modos de se apresentar e criar música no Brasil, através do disco Tropicalia ou Panis et Circencis, ao lado de vários músicos. Em 1968, face ao endurecimento do regime militar no Brasil, compôs o hino "É Proibido Proibir", que foi desclassificado e amplamente vaiado durante o III Festival Internacional da Canção. Em 1969, foi preso pelo regime militar e partiu para exílio político em Londres, onde lançou o disco Caetano Veloso (1971), disco com temática melancólica e com canções compostas em inglês e endereçadas aos que ficaram no Brasil. O disco Transa (1972) representou o seu retorno ao país e sua experimentação com compassos de reggae. Em 1976, uniu-se a Gal Costa, Gilberto Gil e Maria Bethânia para formar os Doces Bárbaros, grupo influenciado pela temática hippie dos anos 70, lançando um disco, Doces Bárbaros, e saindo em turnê. Na década de 1980, mais sóbrio, apadrinhou e se inspirou nos grupos de rock nacionais, aventurou-se na produções dos discos Outras Palavras, Cores, Nomes, Uns e Velô, e, em 1986, participou de um programa de televisão com Chico Buarque. Na década de 1990, escreveu o livro Verdade Tropical (1997), e o disco Livro (1998) ganhou o Prémio Grammy em 2000, na categoria World Music. Com o disco A Foreign Sound, cantou clássicos norte-americanos. Em 2006, lançou o álbum , fruto de sua experimentação com o rock e o underground. Unindo estes géneros ao samba, Zii e Zie, de 2009, manteve a parceria com a Banda Cê, que encerrou-se no disco Abraçaço, de 2012.
Caetano Veloso é considerado um dos artistas brasileiros mais influentes desde a década de 60, tendo já sido chamado de "aedo pós-moderno". Em 2004, foi considerado um dos mais respeitados e produtivos músicos latino-americanos do mundo, tendo mais de cinquenta discos lançados e canções em bandas sonoras de filmes como Hable con Ella, de Pedro Almodovar e Frida, de Julie Taymor. Ao longo da sua carreira, também se converteu numa das personalidades mais polémicas e com maior força de opinião no Brasil. É uma das figuras mais importantes da música popular brasileira e considerado internacionalmente um dos melhores compositores do século XX, sendo comparado a nomes como Bob Dylan, Bob Marley, John Lennon e Paul McCartney.
Foi eleito pela revista Rolling Stone, o 4º maior artista da música brasileira de todos os tempos pelo conjunto da obra, e pela mesma revista, o 8º maior cantor brasileiro de todos os tempos.

Bruce Dickinson - 57 anos

Paul Bruce Dickinson (Nottinghamshire, 7 de agosto de 1958) é um cantor, compositor, historiador, filósofo, esgrimista, radialista, autor, roteirista, piloto de avião e, inicialmente, diretor de marketing, mais conhecido como o vocalista da banda de heavy metal Iron Maiden.


quinta-feira, agosto 06, 2015

Música adequada à data...


A primeira execução numa cadeira elétrica foi há 125 anos

William Kemmler (9 de maio de 1860, Buffalo, Nova Iorque6 de agosto de 1890) foi a primeira pessoa a ser executada numa cadeira elétrica.
Após ter assassinado a machadadas Tillie Ziegler, a sua companheira, a 29 de março de 1889, Kemmler foi condenado à morte e executado em 6 de agosto de 1890, às 07.00 horas, na Prisão de Auburn, no estado de Nova Iorque.
No entanto, após 17 segundos com uma tensão de mais de 1.000 volts aplicada sobre o seu corpo, William Kemmler voltou a respirar, sendo a cadeira ligada novamente, dessa vez por dois longos minutos, gerando fumo na sala de execução e causando vómitos nos presentes, e assim Kemmler foi finalmente executado.

A primeira cadeira elétrica, utilizada para executar William Kemmler em 1890

A cadeira elétrica é um instrumento de aplicação da pena de morte por eletrocução inventado e utilizado essencialmente nos Estados Unidos da América, onde o condenado é imobilizado numa cadeira, sofrendo depois tensões elétricas de 2.000 volts. O seu uso foi largamente abandonado ultimamente, sendo substituída pela injeção letal.
Em 2003, ela continuava a ser um dos métodos legais de execução nos estados de Alabama, Flórida, Nebraska, Carolina do Sul, Tennessee e Virgínia. No Nebraska, é o único método utilizado. Os outros estados citados têm métodos de substituição que também podem ser empregados. Além dos Estados Unidos, a cadeira elétrica foi também utilizada nas Filipinas.

Uso da cadeira elétrica nos USA: a amarelo: estados que empregam a cadeira elétrica; e a verde: estados que a usaram no passado

Procedimento
O condenado à morte é colocado sentado e amarrado a uma cadeira especial. Colocam-se eletrodos em certas partes do corpo, normalmente uma parte do crânio, previamente rapada, e uma parte inferior do corpo. Uma melhor condutividade é obtida colocando-se esponjas molhadas numa solução condutora (eletrólitos) nos elétrodos; antigamente, os executores contentavam-se em molhar bastante a zona de contacto para uma melhor eficiência da emissão da eletricidade na área desejada, para a obtenção do resultado almejado.
Acidentes ocorreram, principalmente pela má colocação da solução condutora ou a contatos defeituosos nos eletrodos. Nestes casos, a agonia do condenado prolonga-se, e a pele e carne em contato com o eletrodo podem queimar e deitar fumo.
No estado da Flórida, as execuções fracassadas de 1990, 1997 e 1999 chamaram a atenção dos meios de comunicação. Por essas razões, o uso da cadeira elétrica, inicialmente inventada para ser um meio de execução moderno, eficaz e "humano", foi contestado e abandonado na grande maioria dos estados que o empregavam.

O bombardeamento atómico de Hiroshima foi há setenta anos

A nuvem de cogumelo sobre Hiroshima (esquerda) após a queda da Little Boy e sobre Nagasaki, após o lançamento de Fat Man

Os bombardeamentos atómicos das cidades de Hiroshima e Nagasaki foram dois bombardeamentos realizados pelos Estados Unidos contra o Império do Japão durante os final da Segunda Guerra Mundial, em agosto de 1945. Foi o primeiro e único momento na história em que armas nucleares foram usadas em guerra e contra alvos civis.
Depois de uma campanha de bombardeamentos que destruiu várias cidades japonesas, os Aliados preparavam-se para uma invasão do Japão. A guerra na Europa terminou quando a Alemanha nazi assinou o acordo de rendição em 8 de maio de 1945, mas a Guerra do Pacífico continuou. Juntamente com Reino Unido e China, os Estados Unidos pediram a rendição incondicional das forças armadas japonesas na Declaração de Potsdam a 26 de julho de 1945, ameaçando uma "destruição rápida e total".
Em agosto de 1945, o Projeto Manhattan dos Aliados tinha testado com sucesso um artefacto atómico e produzido armas com base em dois projetos alternativos. O Grupo Composto 509º das Forças Aéreas do Exército dos Estados Unidos foi equipado com aeronaves Boeing B-29 Superfortress que poderiam ficar em Tinian, nas Ilhas Marianas. A bomba atómica de urânio (Little Boy) foi lançada sobre Hiroshima a 6 de agosto de 1945, seguido por uma explosão de uma bomba nuclear de plutónio (Fat Man) sobre a cidade de Nagasaki a  9 de agosto. Dentro dos primeiros 2-4 meses após os ataques atómicos, os efeitos agudos das explosões mataram entre 90 mil e 166 mil pessoas em Hiroshima e 60 mil e 80 mil seres humanos em Nagasaki; cerca de metade das mortes em cada cidade ocorreu no primeiro dia. Durante os meses seguintes, vários morreram por causa do efeito de queimaduras, envenenamento radioativo e outras lesões, que foram agravadas pelos efeitos da radiação. Em ambas as cidades, a maioria dos mortos eram civis, embora Hiroshima tivesse muitos militares.
A 15 de agosto, poucos dias depois do bombardeamento de Nagasaki e da declaração de guerra da União Soviética, o Japão anunciou a sua rendição aos Aliados. Em 2 de setembro, o governo japonês assinou o acordo de rendição, encerrando a Segunda Guerra Mundial. O papel dos bombardeamentos na rendição do Japão e a sua justificação ética ainda são pontos debatidos entre académicos e na sociedade.

A missão foi colocada em prática nos dias 6 e 9 de agosto (a meta inicial era 9 de agosto) - no mapa, as cidades de Hiroshima, Nagasaki e Kokura em destaque

quarta-feira, agosto 05, 2015

Neil Armstrong nasceu há 85 anos

Neil Alden Armstrong (Wapakoneta, 5 de agosto de 1930 - Cincinnati, 25 de agosto de 2012) foi um astronauta dos Estados Unidos, piloto de testes e aviador naval que escreveu o seu nome na história do século XX e da Humanidade ao ser o primeiro homem a pisar na Lua, como comandante da missão Apollo XI, em 20 de julho de 1969.
Antes de se tornar astronauta, Armstrong serviu na Marinha dos Estados Unidos combatendo na Guerra da Coreia como piloto de caça. Após a guerra, graduou-se como piloto de testes e serviu na Estação de Voo do Comité Consultivo Nacional para a Aeronáutica (NACA) de alta velocidade, onde acumulou mais de 900 voos em uma variedade de aeronaves.
Entrou para a NASA em 1962, integrando o segundo grupo de astronautas da agência espacial, indo ao espaço pela primeira vez em 1965, como comandante da missão Gemini VIII, três anos antes do voo que o colocaria na História. Condecorado com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil do país, e a Medalha de Honra Espacial do Congresso, manteve uma vida discreta e longe dos olhos da opinião pública até sua morte, aos 82 anos. Dele, o presidente dos Estados Unidos , Barack Obama, disse ser " um dos maiores heróis americanos, não apenas da sua época, mas de todos os tempos".

Carmen Miranda morreu há 60 anos

Maria do Carmo Miranda da Cunha (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 - Los Angeles, 5 de agosto de 1955), mais conhecida como Carmen Miranda, foi uma cantora e atriz luso-brasileira. A sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 30 e 50. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Foi considerada pela revista Rolling Stone como a 15ª maior voz da música brasileira, sendo considerada um ícone e símbolo internacional do país no exterior.
O primeiro grande sucesso veio com Ta-hí, de Joubert de Carvalho lançada em 1930 e que foi record de vendas, ultrapassando a marca de 36 mil cópias, a música alcançou uma popularidade tão grande que, em menos de seis meses, Carmen Miranda já era a cantora mais famosa do Brasil. No ano seguinte, ela fez sua primeira turnê internacional, já como uma artista renomada, quando foi para a Argentina com os cantores Francisco Alves, Mário Reis e com o bandolinista Luperce Miranda. Ela retornou à Argentina mais oito vezes, entre os anos de 1933 e 1938. Carmen se tornou a primeira artista de rádio a assinar contrato com uma emissora, quando na época todos recebiam somente cachês.
Em 1939, na comédia musical Banana da Terra, Carmen Miranda apareceu pela primeira vez caracterizada de baiana, personagem que a lançou internacionalmente. O filme apresentava clássicos como O que é que a baiana tem, que lançou Dorival Caymmi no cinema. Quando estava em temporada no Cassino da Urca, foi contratada pelo o magnata do show business Lee Shubert, para ser uma das atrações do seu espetáculo The Streets of Paris, que estrearia na Broadway. Este foi o episódio que transformou a vida de quem mais tarde viria a ser conhecida como "The Brazilian Bombshell".
Em 1940, Carmen fez sua estreia no cinema dos Estados Unidos no filme Serenata Tropical, com Don Ameche e Betty Grable, suas roupas exóticas e sotaque latino tornou-se sua marca registrada. No mesmo ano, foi eleita a terceira personalidade mais popular nos Estados Unidos, e foi convidada para se apresentar junto com seu grupo, o Bando da Lua, para o presidente Franklin Roosevelt na Casa Branca. Carmen Miranda é conhecida pelos penduricalhos ao pescoço e às frutas tropicais que lhe ornamentavam a cabeça.
Em junho de 1946, o Tesouro americano divulgou as suas coletas do ano fiscal de 1945, referentes aos ganhos dos contribuintes em 1944. Com os $201.458 dólares que lhe tinham sido pagos pela Fox “em salários, bónus e outras compensações”, Carmen Miranda era a mulher mais bem paga dos Estados Unidos - talvez no mundo - aquele ano. A sua fortuna foi estimada como algo equivalente a cerca de $2 milhões de dólares pelo Los Angeles Times.
Fez um total de catorze filmes em Hollywood entre 1940 e 1953, nove deles somente na 20th Century Fox. Embora aclamada como uma artista talentosa, sua popularidade diminuiu até o final da Segunda Guerra Mundial. O seu talento como cantora e performer, porém, muitas vezes foi ofuscado pelo caráter exótico das suas apresentações. Carmen tentou reconstruir sua identidade e fugir do enquadramento que seus produtores e a indústria tentavam lhe impor, mas sem conseguir grandes avanços. De facto, por todos os estereótipos que enfrentou ao longo de sua carreira, as  suas performances fizeram grandes avanços na popularização da música brasileira, ao mesmo tempo, abrindo o caminho para o aumento da consciência de toda a cultura Latina.
Carmen Miranda foi a primeira artista latino-americana a ser convidada a imprimir suas mãos e pés no pátio do Grauman's Chinese Theatre, em 1941. Ela também se tornou a primeira sul-americana a ser homenageada com uma estrela na Calçada da Fama. Carmen é considerada a precursora do Tropicalismo no Brasil, movimento cultural da década de 1960.
Em 20 anos de carreira deixou a sua voz registada em 279 gravações somente no Brasil e mais 34 nos EUA, num total de 313 gravações. Um museu foi construído mais tarde no Rio de Janeiro, em sua homenagem. Em 1995, ela foi tema do aclamado documentário Carmen Miranda: Bananas is my Business, dirigido por Helena Solberg, uma intersecção no cruzamento da Hollywood Boulevard e Orange Drive em frente ao Teatro Chinês em Hollywood foi oficialmente nomeada Carmen Miranda Square, em setembro de 1998. Até hoje, nenhum artista brasileiro teve tanta projeção internacional como ela.

Marilyn Monroe morreu há 53 anos

Marilyn Monroe, nascida Norma Jeane Mortenson (Los Angeles, 1 de junho de 1926 - Los Angeles, 5 de agosto de 1962) foi uma atriz, cantora e modelo norte-americana.
Depois de passar boa parte da sua infância morando em lares adotivos, Monroe começou uma carreira como modelo, o que a rendeu um contrato no cinema em 1946, com a 20th Century-Fox. As suas aparições nos seus primeiros filmes eram pequenas, mas as suas interpretações em The Asphalt Jungle e All About Eve, além do facto de ser a primeira mulher a posar nua para a Playboy, chamou a atenção do público. Em 1952 conquistou o seu primeiro papel principal em Don't Bother to Knock, repetindo em Niagara, um filme melodramático que geria o seu poder de sedução. A sua personalidade cómica como "loira burra" foi usada para filmes posteriores como Gentlemen Prefer Blondes (1953), How to Marry a Millionaire (1953) e The Seven Year Itch (1955). Monroe estudou na Actors Studio para ampliar o seu alcance na atuação no filme dramático Bus Stop (1956), que foi aclamado pela crítica e recebeu uma indicação para o Globo de Ouro. A sua produtora, "Marilyn Monroe Productions", lançou The Prince and the Showgirl (1957), pelo qual recebeu uma indicação ao BAFTA e ganhou o prêmio italiano David di Donatello. Ela recebeu um Globo de Ouro por sua interpretação em Some Like It Hot (1958). O último filme concluído de Monroe foi The Misfits (1961), onde ela estrelava ao lado de Clark Gable, cujo roteiro ficou por conta do seu então marido, Arthur Miller.
As circunstâncias da sua morte indicam para uma overdose de barbitúricos, e têm sido objeto de especulação. Embora oficialmente classificado como um "provável suicídio", a possibilidade de uma overdose acidental, bem como de homicídio, não foram descartadas. Em 1999 Monroe foi classificada como a sexta maior estrela feminina de todos os tempos pela American Film Institute. Frequentemente é citada como um ícone pop e cultural, bem como símbolo sexual por excelência americana. Em 2009, um canal americano nomeou-a na 1ª posição das mulheres mais sexy de todos os tempos.

A fauna (ou flora...) de Ediacara e a reprodução no Pré-Câmbrico

Como era a reprodução das estranhas formas de vida há 565 milhões de anos

Ilustração dos Fractofusus no fundo do mar
 

Fósseis de Fractofusus encontrados em Mistaken Point, no litoral da Terra Nova

Mistaken Point, no litoral da Terra Nova

Durante o período geológico do Ediacarano havia jardins no fundo do mar com organismos diferentes de tudo o que conhecemos hoje. Um estudo revelou as formas de reprodução dos Fractofusus, que não eram nem animais nem plantas.

De forma ovalada, com algumas dezenas de centímetros de comprimento, as duas espécies conhecidas de Fractofusus viviam coladas ao leito do mar na escuridão total, entre um a dois quilómetros de profundidade, há 565 milhões de anos. Naquela altura, a Terra era completamente diferente, os continentes tinham uma conformação distinta da que conhecemos hoje, e eram nus de vida. O movimento passava-se todo nos oceanos, mas noutros molde. A meio do período Ediacarano, entre há 635 a 540 milhões de anos, a evolução dos animais estava na sua mais tenra infância. No local onde se encontraram os fósseis de Fractofusus, na ilha da Terra Nova, no Nordeste do Canadá, não há qualquer marca de plantas ou animais. Mas a disposição de dezenas de fósseis daqueles organismos – que não são considerados nem animais nem plantas – mostrou aos cientistas que estas criaturas tinham dois tipos de reprodução: uma que permitia colonizar novos lugares e outra que permitia ocupar rapidamente o novo território.

Publicado esta segunda feira no site da revista Nature, o artigo com esta descoberta pode ajudar a compreender o lugar destas estranhas formas de vida na árvore da evolução.
Na transição para o período Câmbrico, primeiro período da era Paleozóica, há 540 milhões de anos, já não há nenhuma prova fóssil conhecida dos “jardins do Ediacarano”, o nome dado a estes ecossistemas. “Ediacarano” vem de Ediacara, uma cordilheira de montanhas no Sul da Austrália. Em 1946, foram encontrados fósseis nestas montanhas que revelaram a existência deste antigo ecossistema. O termo foi também aproveitado para dar nome ao último período da era Neoproterozóica, entre há 1000 a 540 milhões de anos.
A ideia de “jardins” está associada a uma placidez e a uma constância que parece ter-se vivido nestes universos marinhos que não tinham predadores, nem animais que escavavam a areia. Por isso, o leito do mar estava coberto por uma camada de bactérias. Era por cima desta camada que viviam as espécies ediacaranas. Havia organismos que tinham a forma de uma folha e prendiam-se ao leito com um pedúnculo. Já as espécies do género Fractofusus, que pertence ao grupo dos Rangeomorpha, estavam coladas ao chão.
“Os Fractofusus não se parecem com nada que esteja vivo hoje”, explica ao PÚBLICO Emily Mitchell, investigadora da Universidade de Cambridge, e uma das autoras do artigo que junta ainda a contribuição de outros cientistas do Reino Unido.
“Têm uma forma oval, com segmentos que se ramificam, e que por sua vez se vão ramificando em novos segmentos. A maioria dos organismos tem cerca de dez centímetros de comprimento, mas os maiores cresciam até aos 40 centímetros. Eram bastante achatados, os maiores tinham uma altura de três a quatro centímetros”, descreve a cientista. “Não há indícios de que eles se movessem, em vez disso viviam directamente no tapete de bactérias que cobria o chão do mar nas zonas de profundidade. Pensa-se que se alimentavam absorvendo nutrientes [da água] através das suas paredes membranares – não há nenhum indício de nenhum tipo de abertura bucal.”
Durante milhões de anos, estas formas de vida floresceram. Depois, a evolução deu um salto e o mundo mudou. Os primeiros animais surgiram ainda no Ediacarano, passaram a conseguir escavar o leito marinho, destruindo o tapete de bactérias e surgiram predadores. Estes jardins acabaram por desaparecer. “O mais provável é que os animais do Câmbrico rapidamente se tenham sobreposto na procura de nutrientes e de espaço em relação aos seus pares ediacaranos”, especula a cientista.
No Câmbrico, surgem no registo fóssil os principais filos dos animais, como os moluscos, os artrópodes ou os vertebrados. A esta aparente e rápida diversificação dos animais dá-se o nome de explosão do Câmbrico.
O mundo ainda mudou muito com a colonização dos continentes feita pelas plantas e pelos animais. Só há menos de 400 milhões de anos, no período Devónico, é que os primeiros tetrápodes começaram a caminhar em terra, originando os anfíbios e os répteis. Há 252 milhões de anos iniciou-se o Mesozóico, a era dos dinossauros, onde apareceram os mamíferos e as aves, e que durou até há 66 milhões de anos, quando se deu a grande extinção dos grandes répteis. O vazio permitiu a diversificação dos mamíferos que dominam agora os continentes.

Duas formas de reprodução 
Perante a complexidade actual, os jardins do Ediacarano de há 565 milhões de anos são ecossistemas básicos, constituídos por organismos simples. Se imaginarmos a Terra daquela altura, com os seus continentes vazios, parece um lugar desolador. Mas os Fractofusus são já o resultado de milhares de milhões de anos de evolução. A vida terá surgido na Terra há cerca de 3500 milhões de anos. Os primeiros organismos eram uma célula só. Com o passar do tempo, ficaram mais complexos, formaram seres com muitas células e diferentes tecidos.
“Os macro-organismos do Ediacarano existiram na transição entre a vida microbiana e a explosão do Câmbrico”, contextualiza Emily Mitchell. “É durante esta transição que os animais iniciaram a sua evolução. Se queremos compreender a evolução dos animais, precisamos de compreender a vida no Ediacarano.”
Para isso, a equipa da Universidade de Cambridge estudou a distribuição dos fósseis de três locais diferentes do litoral da Terra Nova: duas em Mistaken Point, na Península de Avalon, e a terceira em Catalina Dome, na Península de Bonavista. Descobertos em 1967, os fósseis de Mistaken Point foram produzidos graças a uma erupção vulcânica com uma grande queda de cinzas, semelhante à que se abateu sobre a cidade de Pompeia, e conservou as estruturas daqueles antigos organismos. Num dos locais, os fósseis dos Fractofusus, género descrito em 2007, convivem com os fósseis de outras sete espécies de ediacaranos, noutro convivem com quatro.
“Nestes ecossistemas preservados [no registo fóssil] há informação que nos permite tentar responder a perguntas biológicas e ecológicas complexas, como o modo de reprodução”, diz Emily Mitchell. A equipa fez um mapa da distribuição dos fósseis de Fractofusus nos três locais e descobriu que estes organismos estavam agrupados. Em cada agrupamento, havia ainda grupos mais densos destas criaturas.
“Estes [antigos] padrões foram comparados com padrões ambientais e reprodutivos de organismos modernos. Esta comparação mostrou que aquele padrão resultava do modo de reprodução”, explicou a investigadora. A cientista descobriu ainda que a distribuição dos Fractofusus era semelhante à de plantas como o morangueiro. Esta planta lança um estolho, um caule que cresce lateralmente e a dada altura origina um novo morangueiro, que é um clone do morangueiro progenitor.
O Fractofusus terá tido a mesma técnica reprodutiva. “O progenitor Fractofusus produziria um ou vários filamentos, e um bebé Fractofusus iria nascer ao longo do filamento ou no fim”, descreve Emily Mitchell. Nalguns casos, os cientistas contaram 23 agrupamentos de Fractofusus, cada um contendo 12 grupos, e cada um destes subgrupos com três indivíduos. A esta organização está associada uma escala de tamanho, com os organismos “progenitores” a serem maiores do que os “filhos”. Esta forma de reprodução assexuada, em que cada indivíduo é um clone do seu progenitor, serviria para colonizar rapidamente uma região.
Mas os cientistas acreditam que haveria um outro mecanismo de reprodução que permitiria estas espécies colonizarem locais distantes. Para isso, pensa-se que os indivíduos adultos produziriam estruturas que se desprendem deles (propágulos) e que seriam levadas pelas correntes marinhas.
“O propágulo levado pela água permitia ao Fractofusus colonizar novas áreas, e impedir a sua extinção no caso de haver uma grande perturbação. Assim que o Fractofusus encontrasse um lugar bom para crescer, a reprodução por filamento serviria para ele se espalhar nessa área de forma fácil e rápida”, resume a cientista, acrescentando que este é um passo importante para compreender a biologia destes organismos.
O trabalho não vai ficar por aqui, refere Emily Mitchell. A técnica será utilizada para estudar o resto do ecossistema daqueles antigos jardins: “Vamos alargar esta análise a outras espécies ediacaranas para analisar a sua reprodução. Também planeamos usar a análise espacial para compreender como as espécies interagiam entre si.”

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terça-feira, agosto 04, 2015

Música adequada à (triste) data...


Uma batalha, há 437 anos, quase fez desaparecer Portugal...

A Batalha de Alcácer-Quibir, conhecida em Marrocos como Batalha dos Três Reis, foi uma batalha travada no norte de Marrocos perto da cidade de Alcácer-Quibir, entre Tânger e Fez, em 4 de agosto de 1578. Os combatentes foram os portugueses liderados pelo rei D. Sebastião aliados ao exército do sultão Mulei Mohammed (Abu Abdallah Mohammed Saadi II, da dinastia Saadiana) contra um grande exército marroquino liderado pelo sultão Mulei Moluco (Abd Al-Malik, seu tio) e com apoio otomano.
No seu fervor religioso, o Rei D. Sebastião planeara uma cruzada após Mulay Mohammed ter solicitado a sua ajuda para recuperar o trono, que seu tio Abu Marwan Abd al-Malik I Saadi havia tomado. A batalha resultou na derrota portuguesa, com o desaparecimento em combate de El-Rei D. Sebastião e da nata da nobreza portuguesa. Além do Rei português, morreram na batalha os dois sultões rivais, originando o nome "Batalha dos Três Reis", com que ficou conhecida entre os marroquinos.
A derrota na batalha de Alcácer-Quibir levou à crise dinástica de 1580 e ao nascimento do mito do sebastianismo. O reino foi gravemente empobrecido pelos resgates que foi preciso pagar para reaver os cativos.
A batalha ditou fim da Dinastia de Avis e do período de expansão iniciado com a vitória na Batalha de Aljubarrota. A crise dinástica resultou na perda da independência de Portugal por 60 anos, com a união ibérica sob a dinastia Filipina.

Hans Christian Andersen morreu há 140 anos...

Hans Christian Andersen (Odense, 2 de abril de 1805 - Copenhaga, 4 de agosto de 1875) foi um escritor e poeta de histórias infantis, nascido na atual Dinamarca.
Andersen era filho de um sapateiro, o que levou Andersen a ter dificuldades para se educar. No entanto, seus ensaios poéticos e o conto "Criança Moribunda" garantiram-lhe um lugar no Instituto de Copenhaga. Escreveu peças de teatro, canções patrióticas, contos, histórias, e, principalmente, contos de fadas, pelos quais é mundialmente conhecido.
(...)
Contudo, apesar de ter escrito diversos romances adultos, livros de poesia e relatos de viagens, foram os contos de fadas que tornaram Hans Christian Andersen famoso. Especialmente pelo facto de que, até então, eram muito raros livros voltados especificamente para crianças.
Ele foi, segundo estudiosos, a "primeira voz autenticamente romântica a contar histórias para as crianças" e buscava sempre passar padrões de comportamento que deveriam ser adotados pela nova sociedade que se organizava, inclusive apontando os confrontos entre "poderosos" e "desprotegidos", "fortes" e "fracos", "exploradores" e "explorados". Ele também pretendia demonstrar a ideia de que todos os homens deveriam ter direitos iguais.
Entre 1835 e 1842, Andersen lançou seis volumes de Contos, livros com histórias infantis traduzidos para diversos idiomas. Ele continuou escrevendo seus contos infantis até 1872, chegando à marca de 156 histórias. No começo, escrevia contos baseados na tradição popular, especialmente no que ele ouvia durante a infância, mas depois desenvolveu histórias no mundo das fadas ou que traziam elementos da natureza.
No final de 1872, Andersen ficou gravemente ferido ao cair da sua própria cama, e permaneceu com a saúde abalada até 4 de agosto de 1875, quando faleceu, em Copenhaga, onde foi enterrado.

Estátua da Pequena Sereia, no Porto de de Copenhaga

A última Rainha Mãe do Reino Unido nasceu há 115 anos

Isabel Ângela Margarida Bowes-Lyon (Londres, 4 de agosto de 1900Chalé Real, Windsor, 30 de março de 2002), também conhecida como A Rainha Mãe, foi a esposa do Rei Jorge VI e Rainha consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte de 1936 até 1952. Ela é mãe da Rainha Isabel II do Reino Unido e da princesa Margarida, Condessa de Snowdon. Isabel também foi a última Imperatriz da Índia.
Nascida na nobreza britânica, era filha de Claude Bowes-Lyon, 14.º Conde de Strathmore e Kinghorne, e da sua esposa Cecília Cavendish-Bentinck. Ela ganhou proeminência em 1923 ao casar com Alberto, Duque de Iorque, o segundo filho do rei Jorge V e da rainha Maria. O casal e as suas duas filhas representavam os ideais de família e serviço público. Isabel participou de uma grande variedade de eventos públicos e ficou conhecida popularmente como a "duquesa sorridente".
Em 1936, o seu marido tornou-se inesperadamente Rei quando o seu irmão Eduardo VIII abdicou para se casar com Wallis Simpson. Como rainha consorte, Isabel acompanhou Jorge VI em viagens diplomáticas pela França e América do Norte antes do início da Segunda Guerra Mundial. Seu espírito indómito foi uma fonte de apoio moral ao povo britânico durante o conflito. Em reconhecimento ao seu papel de trunfo para os interesses britânicos, Adolf Hitler descreveu-a como "a mulher mais perigosa na Europa". Após a guerra, a saúde do Rei piorou e ele morreu em 1952.
Com a morte da Rainha Maria, em 1953, Eduardo VIII morando no exterior e a sua filha sendo Rainha, Isabel tornou-se o membro mais velho da família real britânica e assumiu uma posição matriarcal. Nos anos posteriores, ela sempre foi popular com o público, mesmo quando os outros membros da família passaram por períodos de impopularidade. Ela continuou a ter uma ativa vida pública até alguns meses antes de morrer, aos 101 anos, sete semanas depois da morte da sua filha Margarida.

Brasão de Isabel Bowes-Lyon como Rainha