domingo, novembro 13, 2011

O Abade de Baçal morreu há 64 anos

(imagem daqui)

Francisco Manuel Alves, mais conhecido como Abade de Baçal, (Baçal, 9 de Abril de 1865 — Baçal, 13 de Novembro de 1947) foi um arqueólogo, historiador e genealogista português.
Nascido numa aldeia do concelho de Bragança, onde nasceram também seus pais Francisco Alves Barnabé e sua mulher Francisca Vicente, foi ordenado sacerdote em 13 de junho de 1889, desde então, até a sua morte, tornou-se pároco da sua aldeia natal.
Dedicou a sua vida a recolher testemunhos arqueológicos, etnológicos e históricos respeitantes à região de Trás-os-Montes e, especialmente ao distrito de Bragança. Autodidacta erudito, rústico e pitoresco, os críticos apontam-lhe, contudo, a sua falta de sistematização e poder interpretativo.
A sua obra principal são as Memórias arqueológicas-históricas do distrito de Bragança (1909-1947), em onze volumes.
Em 1925 foi nomeado director-conservador do Museu Regional de Bragança, que desde 1935 é designado por Museu do Abade de Baçal em sua homenagem.
No quinto volume da sua obra-prima, dedicado aos Judeus, constam os seus títulos: Reitor de Baçal, Antigo Vereador da Câmara Municipal de Bragança, Antigo Vogal à Junta Geral do Distrito do mesmo nome, Sócio da Associação dos Arqueólogos Portugueses, da Sociedade Portuguesa de Estudos Históricos, do Instituto de Coimbra, da Academia das Ciências de Lisboa, do Instituto Etnológico da Beira, do Instituto Histórico do Minho, Presidente Honorário do Instituto Científico-Literário de Trás os Montes, Comendador da Antiga, Nobilíssima e Esclarecida Ordem de S. Tiago do Mérito Científico, Literário e Artístico, em atenção às suas qualidades de escritor reveladas na obra "Memórias Arqueológico-Históricas do Distrito de Bragança", distinguido pelo Clero Bragançano com a oferta dum cálix de valor artístico, com uma pena de ouro e um tinteiro no mesmo metal de alto valor artístico por oferta do Distrito de Bragança em reconhecimento dos seus trabalhos de investigação histórica em prol do mesmo, pedaço de asno se acredita que estas honrarias douram a sua muita ignorância, e ainda, ultimamente, Director-Conservador do Museu Regional de Bragança.

sábado, novembro 12, 2011

Leiria - S. Pedro de Moel


NOTA: à semelhança do anterior, este post foi publicado no âmbito de uma mini-ação de formação sobre Blogues e Sites

Prince Igor




NOTA: este post foi publicado no âmbito de uma mini-ação de formação sobre Blogues e Sites aqui previamente anunciada (que mudou de data e se repetirá em 23 de novembro, das 17.00 às 20.00 horas no Jardim Escola João de Deus de Leiria).

Hoje é dia de recordar Timor...


Timor - Trovante

Lavam-se os olhos nega-se o beijo
do labirinto escolhe-se o mar
no cais deserto fica o desejo
da terra quente por conquistar

Nobre soldado que vens senhor
por sobre as asas do teu dragão
beijas os corpos no chão queimado
nunca serás o nosso perdão

Ai Timor
calam-se as vozes
dos teus avós
Ai Timor
se outros calam
cantemos nós

Salgas de ventres que não tiveste
ceifando os filhos que não são teus
nobre soldado nunca sonhaste
ver uma espada na mão de Deus

Da cruz se faz uma lança em chamas
que sangra o céu no sol do meio dia
do meio dos corpos a mesma lama
leito final onde o amor nascia

Ai Timor
calam-se as vozes
dos teus avós
Ai Timor
se outros calam
cantemos nós

É preciso recordar o massacre de timorenses pela Indonésia de há 20 anos


Grace Kelly



Like A Hurricane



O assassino Charles Manson nasceu há 77 anos

Charles Milles Manson (Cincinnati, 12 de novembro de 1934) é conhecido como o fundador, mentor intelectual e líder de um grupo que cometeu vários assassinatos, entre eles o da atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski.
Filho de uma prostituta, ainda criança Manson passou a frequentar reformatórios juvenis pelos quatro cantos dos Estados Unidos. Em 1967, Manson saiu da prisão aos 33 anos de idade, tendo permanecido preso desde os 9 anos de idade. Em 1968, ele formou uma comunidade alternativa em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha ideias grandiosas e um grupo de amigos e admiradores, conhecidos como Família Manson. Esses eram jovens, homens e mulheres de famílias ricas, que não tinham bom relacionamento com seus familiares e que por isso passaram a morar nas ruas da Califórnia. Alguns dos admiradores de Manson o consideravam uma reencarnação de Jesus Cristo - uma analogia a ele abrir a vida dos jovens para "novos horizontes". O próprio Manson, porém, sempre negou tal comparação.
Em 9 de agosto de 1969, um pequeno grupo de conhecidos de Charles Manson invadiu uma casa alugada por Roman Polanski em Cielo Drive, 10050, Bel Air, assassinando sua esposa Sharon Tate - que estava grávida - e mais quatro amigos do casal. Segundo a polícia de Los Angeles, na cena do crime grandes quantidades de drogas haviam sido encontradas. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas foi escrito Pigs ("porcos", em inglês). Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca, matando o casal. As mensagens escritas na parede da casa com o sangue das vítimas foram "Helter Skelter", "Death to pigs" e "Rise". Os assassinatos de Sharon Tate, seus amigos e do casal LaBianca por membros da "Família Manson" ficaram conhecidos como Caso Tate-LaBianca.

(...)

Charles Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com 'Tex' Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten, de 19 anos. Manson alegou não ter participação em nenhum deles. Ele conseguiu provar isso, mas Bugliosi convenceu o júri popular que Manson poderia ter influenciado os jovens a matar. Após o julgamento, Manson declarou o seu ódio profundo pela Humanidade, chamando os membros de sua "Família" de rejeitados pela sociedade. A promotoria se referiu a ele como "o homem mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra", e o quinteto foi sentenciado à morte em 1971. Mas, com a mudança nas leis penais do estado em 1972, a pena deles foi alterada para prisão perpétua.


Neil Young - 66 anos


Neil Percival Young (Toronto, 12 de Novembro de 1945) é um músico e compositor de origem canadiana, que fez sua carreira nos Estados Unidos. Conhecido por sua voz nasalada e suas letras pungentes, Young é uma lenda do rock americano, mas seu estilo musical transita entre o folk e o country rock, alternando com álbuns mais "pesados" em que algumas músicas se aproximam do hard rock, com guitarras "sujas" e longos solos improvisados com muita distorção. Seus shows são verdadeiras celebrações de rock usualmente acompanhado da banda Crazy Horse, que o acompanha desde o início da carreira.

O Massacre de Santa Cruz foi há 20 anos


(imagens daqui)

The Santa Cruz massacre (also known as the Dili massacre) was the shooting of East Timorese pro-independence demonstrators in the Santa Cruz cemetery in the capital, Dili, on 12 November 1991, during the Indonesian occupation of East Timor.

In October 1991 a delegation to East Timor consisting of members from the Portuguese Parliament and twelve journalists was planned during a visit from UN Special Rapporteur for Human Rights on Torture, Pieter Kooijmans. The Indonesian Government objected to the inclusion in the delegation of Jill Jolliffe, an Australian journalist whom it regarded as supportive of the Fretilin independence movement, and Portugal subsequently canceled the delegation. The cancellation demoralised independence activists in East Timor, who had hoped to use the visit to raise the international profile of their cause. Tensions between Indonesian authorities and East Timorese youths rose in the days after Portugal's cancellation. On 28 October, Indonesian troops had located a group of resistance members in Dili's Motael Church. A confrontation ensued between pro-integration activists and those in the church; when it was over, one man on each side was dead. Sebastião Gomes, a supporter of independence for East Timor, was taken out of the church and shot by Indonesian troops, and integration activist Afonso Henriques was stabbed and killed during the fight.
A number of foreigners had come to East Timor to observe the Portuguese delegation, including independent US journalists Amy Goodman and Allan Nairn, and British cameraman Max Stahl. They attended a memorial service for Gomes on 12 November, during which several thousand men, women, and children walked from the Motael Church to the nearby Santa Cruz cemetery. Along the way, members of the group pulled out protest banners and East Timorese flags, chanted slogans, and taunted Indonesian soldiers and police officers. Organizers of the protest maintained order during the protest; although it was loud, the crowd was peaceful and orderly, by most accounts. It was the largest and most visible demonstration against the Indonesian occupation since 1975.

During a brief confrontation between Indonesian troops and protesters, Major Gerhan Lantara was stabbed. Stahl claims Lantara had attacked a girl carrying the flag of East Timor, and FRETILIN activist Constâncio Pinto reports eyewitness accounts of beatings from Indonesian soldiers and police. When the procession reached the cemetery, the leading section of the procession entered the cemetery while many continued their protests before the cemetery wall, waving flags and chanting pro-independence slogans. Indonesian troops had been standing by during this time, then a new group of 200 Indonesian soldiers appeared and began shooting. Fleeing people ran through the main entrance and deeper into the cemetery and were pursued by the soldiers.
The massacre was witnessed by two American journalists - Amy Goodman and Allan Nairn (who were also attacked) - and caught on videotape by Max Stahl, who was filming undercover for Yorkshire Television. As Stahl filmed the massacre, Goodman and Nairn tried to "serve as a shield for the Timorese" by standing between them and the Indonesian soldiers. The soldiers began beating Goodman, and when Nairn moved to protect her, they beat him with their weapons, fracturing his skull. The camera crew managed to smuggle the video footage to Australia. They gave it to Saskia Kouwenberg, a Dutch journalist to prevent it being seized and confiscated by Australian authorities, who subjected the camera crew to a strip-search when they arrived in Darwin, having been tipped off by Indonesia. The video footage was used in the First Tuesday documentary In Cold Blood: The Massacre of East Timor, shown on ITV in the UK in January 1992, as well as numerous other, more recent documentaries. Stahl's footage, combined with the testimony of Nairn and Goodman and others, caused outrage around the world.
At least 250 East Timorese were killed in the massacre. One of the dead was a New Zealander, Kamal Bamadhaj, a political science student and human rights activist based in Australia. Although Indonesian authorities described the incident as a spontaneous reaction to violence from the protesters or a "misunderstanding", two factors cast doubt on their characterization. One was the documented history of mass violence committed by Indonesian troops in places such as Quelicai, Lacluta, and Kraras. The other factor was a series of statements from politicians and officers in Indonesia, justifying the military's violence. Try Sutrisno, Commander-in-Chief of the Indonesian forces, said two days after the massacre: "The army cannot be underestimated. Finally we had to shoot them. Delinquents like these agitators must be shot, and they will be...


In response to the massacre, activists around the world organized in solidarity with the East Timorese. Although a small network of individuals and groups had been working for human rights and self-determination in East Timor since the occupation began, their activity took on a new urgency after the 1991 massacre. TAPOL, a British organization formed in 1973 to advocate for democracy in Indonesia, increased its work around East Timor. In the United States, the East Timor Action Network was founded and soon had chapters in ten cities around the country. Other solidarity groups appeared in Portugal, Australia, Japan, Germany, Malaysia, Ireland, and Brazil.
The television pictures of the massacre were shown worldwide, causing the Indonesian government considerable embarrassment. The coverage was a vivid example of how growth of new media in Indonesia was making it increasingly difficult for the "New Order" to control information flow in and out of Indonesia, and that in the post-Cold War 1990s, the government was coming under increasing international scrutiny. Copies of the Santa Cruz footage were distributed back into Indonesia allowing more Indonesians to see the actions of their government uncensored. A number of pro-democracy student groups and their magazines began to openly and critically discuss not just East Timor, but also the "New Order" and the broader history and future of Indonesia.
The US Congress voted to cut off funding for IMET training of Indonesian military personnel. However, arms sales continued from the US to the Indonesian National Armed Forces. President Clinton cut off all US military ties with the Indonesian military in 1999.
The massacre prompted the Portuguese government to increase its diplomatic campaign. Portugal unsuccessfully tried to apply international pressure by raising the issue with its fellow European Union members in their dealings with Indonesia. However, other EU countries like the UK had close economic relations with Indonesia, including arms sales, and were reluctant to jeopardise these.
In Australia, there was criticism of the federal government's recognition of Jakarta's sovereignty over East Timor. The government had been promoting increased ties with the Indonesian military at the time of the massacre, but in 1999 would cut off military ties in response to the violence after that year's independence referendum. Australian foreign minister Gareth Evans, described the killings as 'an aberration, not an act of state policy'.
Commemorated as a public holiday in now independent East Timor, 12 November is remembered by the East Timorese as one of the bloodiest days in their history, one which drew international attention to their fight for independence.

Rodin nasceu há 171 anos

Auguste Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 - Meudon, 17 de novembro de 1917) foi um escultor francês.

Nascido François-Auguste-René Rodin, as primeiras esculturas de Rodin foram feitas na cozinha de sua mãe, com massa que ela usava para fazer pão. Aos 14 anos, aquele que seria um dos escultores mais geniais da história da arte, já tinha aulas numa pequena academia. Em pouco tempo foi aceito na Escola de Artes Decorativas, sob a orientação de Boisbaudran e de Barye. Ingressou depois na Academia de Belas-Artes, onde conheceu os escultores Carpeaux e Dalou. Trabalhou inicialmente como ornamentista, modelador, prático e cinzelador.
A exemplo do que tantas vezes aconteceu com os grandes artistas, a primeira obra de Rodin, O Homem de Nariz Quebrado (1864), não foi aceita no Salon de Paris. A justificativa do júri foi que a obra era um esboço, uma coisa inacabada. Paradoxalmente, toda a criação do escultor se basearia no conceito de "non finito". No ano de 1875, Rodin conheceu Meunier e realizou uma viagem à Itália, de importância fundamental para sua futura estatuária. Lá se interessou principalmente pela obra de Michelangelo, mais precisamente pela escultura O Prisioneiro, que o mestre deixou inacabada, influência esta que o libertou do academicismo. Na sua volta, o escultor visitou e estudou as catedrais góticas. Em pouco tempo criou seu famoso São João Batista Pregando (1878).
Na contemplação de fragmentos de esculturas clássicas, Rodin compreendeu até que ponto uma parte da obra era capaz de representar o todo dela. Assim, começou fazendo obras cerceadas, por assim dizer, algo que ninguém jamais havia tentado. Exemplo disso são O Homem que Caminha e Torso. No entanto, esses fragmentos de obras não eram produto de um capricho artístico. Na obra A Mão de Deus, há uma ambivalência de significados: a mão divina é na realidade a de um escultor em plena atividade. E foi exatamente o que Rodin tentou plasmar ao longo de toda a sua obra: o momento da criação. É por esse motivo que ele pode ser considerado um verdadeiro impressionista.
Sobre os Burgueses de Calais nos jardins da torre de Victoria, Londres, não foram permitidas sob a lei francesa mais de doze cópias desta obra após a morte de Rodin . A cópia de Londres, comprada pelo governo britânico em 1911, é uma delas. Rodin duplicava frequentemente as suas estátuas. No caso dos Burgueses de Calais duas das cabeças do grupo escultórico são idênticas e um terceira ligeiramente alterada. Algumas das mãos são também usadas duas vezes.
Suas obras mais célebres, O Beijo, que faz parte de uma série de esculturas realizadas para a Porta do Inferno, do Museu de Artes Decorativas, O Pensador, da mesma série, e o retrato de Balzac confirmam isso. Tem hoje um museu em Paris dedicado as suas obras e vida (o Musée Rodin), situado no Hôtel Biron, ao lado do Hôtel des Invalides, túmulo de Napoleão.
Rodin teve como assistente a escultora Camille Claudel, com quem teve um romance e cujos trabalhos são muitas vezes confundidos com os de Rodin. Camille acreditava que Rodin queria se apropriar dos seus trabalhos. À época, foi considerada insana e terminou seus dias internada em um manicómio.
Rodin conquistou fama em vida, e suas obras chegaram a ser as mais apreciadas no mercado de arte europeu e americano. Hoje em dia encontram-se nos museus mais importantes do mundo.



O Beijo (detalhe), Paris

O compositor e químico Borodin nasceu há 178 anos

Aleksandr Porfirevich Borodin (São Petersburgo, 12 de novembro de 183327 de fevereiro de 1887), compositor e químico russo de origem georgiana. Foi membro do nacionalista Grupo dos Cinco, ao lado de Mily Balakirev, César Cui, Modest Mussorgsky e Nikolai Rimsky-Korsakov.

Filho ilegítimo do Príncipe georgiano Luka Gedevanishvili (ou Gedianov, em russo), teve sua paternidade atribuída a um servo do nobre, Porfiry Borodin. Apesar de ter recebido lições de piano quando criança, sua educação foi direcionada para as ciências. Formado em Medicina e interessado na Química, aperfeiçoou-se em Heidelberg, Alemanha (1859-1862).
Em toda sua vida, Borodin dedicou-se quase inteiramente à Química, escrevendo muitos tratados científicos e fazendo importantes descobertas, notadamente no campo do benzeno e aldeídos. Também foi professor de Química Orgânica na Academia Militar de São Petersburgo (1864-1887). Considerava-se apenas "um compositor aos domingos".
Vítima da cólera, morreu em 1887, de insuficiência cardíaca, durante um baile de máscaras na Academia de Medicina de São Petersburgo. Aleksandr Borodin está enterrado no Cemitério Tikhvin, Monastério Aleksandr Nevsky, em São Petersburgo.

Apesar de já ter noções de música, tendo inclusive escrito um dueto para piano aos nove anos de idade, foi só ao conhecer Mily Balakirev, em 1862, que passou a compor com seriedade. Balakirev convenceu-o a integrar-se ao Grupo dos Cinco, com cujas ideias nacionalistas se identificava. Também o ajudou a compor sua primeira sinfonia, a qual regeu na estreia, em 1869.
No mesmo ano, começou a compor a segunda sinfonia, que não foi bem recebida na estreia, em 1877, sob a batuta de Eduard Nápravník. Após uma pequena re-orquestração, foi elogiada pelo público em sua nova apresentação, desta vez conduzida por Rimsky-Korsakov, em 1879. Em 1880, na Alemanha, Franz Liszt regeu esta mesma sinfonia, dando a Borodin fama fora da Rússia.
Em 1869, começou a compor sua obra mais importante: a ópera O Príncipe Igor. Trabalhou nela por 18 anos até sua morte, deixando-a incompleta, e foi terminada por Nikolai Rimsky-Korsakov e Aleksandr Glazunov em 1890.
Borodin também escreveu numerosas peças para piano, melodias, música de câmara, entre outras.

Grace Kelly nasceu há 82 anos

Grace Patricia Kelly (Filadélfia, 12 de novembro de 1929 - Mónaco, 14 de setembro de 1982) foi uma atriz norte-americana, vencedora do Óscar de Melhor Atriz e um ícone da moda.
Após seu casamento com Rainier III, príncipe-soberano de Mónaco, ela ficou conhecida também como Princesa Grace de Mónaco. O filho de Grace e Rainier III, Alberto II, é o atual monarca do principado.


O mais antigo partido português que ainda existe fez o seu 1º Congresso há 88 anos

I Congresso do PCP - 1923

O I Congresso do PCP - fundado em 6 de março de 1921 em Assembleia realizada na Associação dos Empregados de Escritório em Lisboa - realiza-se em 12 de novembro de 1923, em Lisboa.
Nele participam já 90 delegados representando 27 organizações. As Teses, publicadas antes em "O Comunista", haviam sido previamente debatidas nas organizações. O então Secretário-Geral José Carlos Rates apresentou o Relatório do Comité Executivo, e o Congresso aprovou uma Resolução sobre a organização, os Estatutos, o Programa de Acção e uma Resolução sobre a Questão Agrária.
Entre as orientações saídas do I Congresso, destaque para a reclamação que " o camponês detenha a terra que possa fazer frutificar com o seu braço" e das 8 horas de trabalho para os trabalhadores rurais assalariados. O I Congresso apontou o perigo do fascismo e salientou a importância da unidade da classe operária para o derrotar e manifestou a sua solidariedade para com os comunistas e sindicalistas presos pelo governo.

in PCP

sexta-feira, novembro 11, 2011

Rui Pregal da Cunha lives...!


NOTA: Rui Pregal da Cunha, a voz dos Heróis do Mar, banda mítica dos gloriosos anos oitenta, no CD de Natal da Leopoldina, por apenas 3 euros (e um reverte para ajudar os Hospitais portugueses) - uma versão espantosa desse clássico da música popular infantil portuguesa!

Send Me An Angel

NOTA: não é uma das minhas bandas favoritas, mas o facto de estarem em Portugal, na sua tournée de despedida, faz-nos colocar aqui uma música deles...

In Flanders Fields




In Flanders Fields

In Flanders fields the poppies blow
Between the crosses, row on row,
That mark our place; and in the sky
The larks, still bravely singing, fly
Scarce heard amid the guns below.

We are the Dead. Short days ago
We lived, felt dawn, saw sunset glow,
Loved and were loved, and now we lie
In Flanders fields.

Take up our quarrel with the foe:
To you from failing hands we throw
The torch; be yours to hold it high.
If ye break faith with us who die
We shall not sleep, though poppies grow
In Flanders fields.


John McCrae, May 1915

A I Grande Guerra acabou há 93 anos

O Armistício de Compiègne foi um tratado assinado em 11 de novembro de 1918 entre os Aliados e a Alemanha, dentro de uma carruagem de um comboio na floresta de Compiègne, com o objetivo de encerrar as hostilidades na frente ocidental da Primeira Guerra Mundial. Os principais signatários foram o Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe aliado, e Matthias Erzberger, representante alemão.
Seguiu-se ao armistício o tratado de paz de Versalhes, celebrado em 1919.
Este armistício não deve ser confundido com o Segundo Armistício de Compiègne, assinado em 1940 por representantes da França e da Alemanha Nazi.


The remembrance poppy (a Papaver rhoeas) has been used since 1920 to commemorate soldiers who have died in war. They were first used in the United States to commemorate soldiers who died in World War I (1914–1918). Today, they are mainly used in current and former Commonwealth states to commemorate their servicemen and women who have been killed since 1914. In those states, small artificial poppies are often worn on clothing on Remembrance Day/Armistice Day (11 November) and in the weeks before it. Poppy wreaths are also often laid at war memorials.

The use of the poppy was inspired by the World War I poem "In Flanders Fields". Its opening lines refer to the many poppies that were the first flowers to grow in the churned-up earth of soldiers' graves in Flanders, a region of Europe that overlies parts of Belgium, France, and the Netherlands. Canadian physician and Lieutenant Colonel John McCrae is popularly believed to have written it on 3 May 1915 after witnessing the death of his friend (a fellow soldier) the day before. The poem was first published on 8 December 1915 in the London-based magazine Punch.
In 1918, American YWCA worker Moina Michael, inspired by the poem, published a poem of her own called "We Shall Keep the Faith". In tribute to McCrae's poem, she vowed to always wear a red poppy as a symbol of remembrance for those who served in the war. At a November 1918 YWCA Overseas War Secretaries' conference, she appeared with a silk poppy pinned to her coat and distributed 25 more to those attending. She then campaigned to have the poppy adopted as a national symbol of remembrance. At a conference in 1920, the National American Legion adopted it as their official symbol of remembrance. At this conference, Frenchwoman Anna E. Guérin was inspired to introduce the artificial poppies commonly used today. In 1921 she sent her poppy sellers to London, where they were adopted by Field Marshal Douglas Haig, a founder of the Royal British Legion. It was also adopted by veterans' groups in Canada, Australia and New Zealand.

A última Rainha do Havai morreu há 94 anos

Lili'uokalani, Rainha do Havaí (Honolulu, Havaí, 2 de setembro de 1838 - Honolulu, Havaí, 11 de novembro de 1917) — originalmente Lydia Kamaka'eha, também conhecida como Lydia Kamaka'eha Paki, escolhendo como nome real Lili'uokalani, e mais tarde teve o nome trocado para Lydia K. Dominis — foi a última monarca do Reino do Havaí.


A última rainha soberana do Havaí nasceu em 1838, em Honolulu. De acordo com as tradições havaianas da época, ela foi adotada no nascimento por Abner Paki e sua esposa, Konia (neta do Rei Kamehameha I). A infância de Liliuokalani foi passada com Bernice Pauahi, filha biológica dos Pakis.
Liliuokalani estudou na Escola Real e se tornou fluente em inglês.

Em 16 de setembro de 1862, casou-se com John Owen Dominis, que se tornou Governador de Oahu e Maui. O casal não teve filhos; o herdeiro do trono de Lili'uokalani era sua sobrinha Victoria Ka'iulani (18751899).
Lili'uokalani herdou o trono de seu irmão Kalākaua em 17 de janeiro de 1891. Logo após a sua ascensão ao poder, ela tentou promulgar uma nova constituição, já que a "Constituição da Baioneta" — assim apelidada porque havia sido assinada pelo monarca anterior sob pressão — limitava seu poder. Foi derrotada em 1893 por descendentes de norte-americanos que queriam que o reino passasse a formar os Estados Unidos da América, algo que finalmente conseguiram anos depois, quando a monarca abdicou ao trono para evitar enfrentamentos sangrentos.
Os empresários americanos que há anos investiam na produção açucareira estavam preocupados com os impostos cobrados pelo Reino do Havaí, por isso almejavam a anexação do território aos Estados Unidos, um grande mercado consumidor. Em 1893, o representante do governo norte-americano no Havaí, John L. Stevens, pediu que as tropas do U.S.S. Boston estabelecidas em terra protegessem os negócios e as propriedades dos norte-americanos. Sua Majestade foi deposta naquele ano, e foi estabelecido um governo provisório.

O governo do presidente dos EUA, Grover Cleveland (1893-97), acreditava que a população havaiana estava do lado de sua monarca e que a deposição da rainha era ilegal. Por conta disso, em 16 de novembro de 1893, o governo ofereceu à rainha a restauração de seu trono se ela concedesse amnistia a todos os envolvidos na deposição. Em um primeiro momento, a rainha se negou alegando que queria que os golpistas fossem punidos. Ante esta situação, o Presidente Cleveland levou a questão ao Congresso. Em 18 de dezembro de 1893 o ministro norte-americano Willis solicitou ao governo provisório que devolvesse o poder a Lili'uokalani, que se negou a fazê-lo. Em 4 de julho (alusão ao dia da independência dos EUA) de 1894, foi proclamada a República do Havaí e Sanford B. Dole, um dos primeiros defensores da república, nomeado presidente. O governo dos EUA logo reconheceu o novo país.

Lili'uokalani foi detida em 16 de janeiro de 1895 (vários dias após uma rebelião de Robert Wilcox) quando armas de fogo foram encontradas nos jardins de sua casa; fato do qual ela negou conhecimento. Por este motivo, foi sentenciada a cinco anos de trabalhos pesados na prisão e a uma multa de $5.000, mas as sentença foi comutada para prisão domiciliar no Palácio 'Iolani onde ficou presa até 1896. Após oito meses, ela abdicou ao trono em troca da soltura de seus aliados da prisão. Mudou-se para o palácio Washington Place, onde residiu de forma anónima até à sua morte em 1917 por complicações de um derrame cerebral. O Território do Havaí foi anexado aos Estados Unidos em 1898.

Feliz Dia de S. Martinho!

Google Doodle de 11.11.2011, alusivo ao Dia de S. Martinho (só no Google de Portugal)

Neste dia de S. Martinho nasceu um e morreu outro Rei de Portugal

(imagem daqui)

D. Sancho I de Portugal (Coimbra, 11 de novembro de 1154 - Coimbra, 26 de março de 1211), cognominado o Povoador (pelo estímulo com que apadrinhou o povoamento dos territórios do país - destacando-se a fundação da cidade da Guarda, em 1199, e a atribuição de cartas de foral na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, povoando assim áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha.
Quarto filho do monarca Afonso Henriques, foi baptizado com o nome de Martinho, por haver nascido no dia do santo com o mesmo nome, e não estaria preparado para reinar; no entanto, a morte do seu irmão mais velho, D. Henrique, quando contava apenas três anos de idade, levou à alteração da sua onomástica para um nome mais hispânico, ficando desde então Sancho Afonso.
Em 1170, Sancho foi armado cavaleiro pelo seu pai logo após o acidente de D. Afonso Henriques em Badajoz e tornou-se seu braço direito, quer do ponto de vista militar, quer do ponto de vista administrativo. Nestes primeiros tempos de Portugal enquanto país independente, muitos eram os inimigos da coroa, a começar pelo reino de Castela e Leão que havia controlado Portugal até então. Para além do mais, a Igreja Católica demorava em consagrar a independência de Portugal com a sua bênção. Para compensar estas falhas, Portugal procurou aliados dentro da Península Ibérica, em particular o reino de Aragão, um inimigo tradicional de Castela, que se tornou no primeiro país a reconhecer Portugal. O acordo foi firmado 1174 pelo casamento de Sancho, então príncipe herdeiro, com a infanta Dulce Berenguer, irmã mais nova do rei Afonso II de Aragão.
No ano de 1178, D. Sancho faz uma importante expedição contra mouros, confrontando-os cerca de Sevilha e do rio Guadalquivir, e ganha-lhes a batalha. Com essa acção, expulsa assim a possibilidade deles entrarem em território português.
Com a morte de Afonso Henriques em 1185, Sancho I torna-se no segundo rei de Portugal. Tendo sido coroado na de Coimbra, manteve essa cidade como o centro do seu reino. D. Sancho deu por finda as guerras fronteiriças pela posse da Galiza e dedicou-se a guerrear os Mouros localizados a Sul. Aproveitou a passagem pelo porto de Lisboa dos cruzados da terceira cruzada, na primavera de 1189, para conquistar Silves, um importante centro administrativo e económico do Sul, com população estimada em 20.000 pessoas. Sancho ordenou a fortificação da cidade e construção do castelo que ainda hoje pode ser admirado. A posse de Silves foi efémera já que em 1190 Abu Yusuf Ya'qub al-Mansur cercou a cidade de Silves com um exército e com outro atacou Torres Novas, que apenas conseguiu resistir durante dez dias, devido ao rei de Leão e Castela ameaçar de novo o Norte.
Sancho I dedicou muito do seu esforço governativo à organização política, administrativa e económica do seu reino. Acumulou um tesouro real e incentivou a criação de indústrias, bem como a classe média de comerciantes e mercadores. Sancho I concedeu várias cartas de foral principalmente na Beira e em Trás-os-Montes: Gouveia (1186), Covilhã (1186), Viseu (1187), Bragança (1187), etc, criando assim novas cidades, e povoando áreas remotas do reino, em particular com imigrantes da Flandres e Borgonha. O rei é também lembrado pelo seu gosto pelas artes e literatura, tendo deixado ele próprio vários volumes com poemas. Neste reinado sabe-se que alguns portugueses frequentaram universidades estrangeiras e que um grupo de juristas conhecia o Direito que se ministrava na escola de Bolonha. Em 1192 concedeu ao mosteiro de Santa Cruz 400 morabitinos para que se mantivessem em França os monges que lá quisessem estudar.
O seu túmulo encontra-se no Mosteiro de Santa Cruz, em Coimbra, ao lado do túmulo do pai.

Pedro V de Portugal (nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe Coburgo e Bragança; 16 de Setembro de 183711 de Novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Era o filho mais velho da Rainha D.Maria II e do seu consorte D.Fernando II.

Embora muito jovem aquando a sua ascensão ao trono português, com apenas 16 anos, foi considerado por muitos como um monarca exemplar, que reconciliou o povo com a casa real, após o reinado da sua mãe ter sido fruto de uma guerra civil vencida. D. Fernando II, seu pai, desempenhou um papel fundamental no início do seu reinado, tendo exercido o governo da nação na qualidade de regente do Reino, orientando o jovem rei no que diz respeito às grandes obras públicas efectuadas. D. Pedro é frequentemente descrito como um monarca com valores sociais bem presentes, em parte devida à sua educação, que incluiu trabalho junto das comunidades e um vasto conhecimento do continente europeu.
A 16 de Setembro de 1855, completando 18 anos, é aclamado rei, presidindo nesse mesmo ano à inauguração do primeiro telégrafo eléctrico no país e, no ano seguinte (28 de Outubro), inaugura o caminho de ferro entre Lisboa a Carregado. É também no seu reinado que se iniciam as primeiras viagens regulares de navio, entre Portugal e Angola.
Dedicou-se com afinco ao governo do País, estudando com minúcia as deliberações governamentais propostas. Criou ainda, o Curso Superior de Letras, em 1859, que subsidiou do seu bolso, com um donativo de 91 contos de réis. Nesse mesmo ano é introduzido o sistema métrico em Portugal.
D. Pedro V foi um defensor acérrimo da abolição da escravatura e data do seu reinado um episódio que atesta a convicção do monarca nessa matéria e que simultaneamente demonstra a fragilidade de Portugal perante as grandes potências europeias: junto à costa de Moçambique é apresado um navio negreiro francês, tendo o seu comandante sido preso. O governo de França, não só exigiu a libertação do navio, bem como uma avultada indemnização ao governo português.
Portugal é, por essa altura, flagelado por duas epidemias, uma de cólera, que grassa de 1853 a 1856, e outra de febre amarela, principalmente em 1856/57. Durante esses anos o monarca, em vez de se refugiar, percorria os hospitais e demorava-se à cabeceira dos doentes, o que lhe trouxe muita popularidade.
Em 1858, D. Pedro V casa-se por procuração com a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que veio a morrer no ano seguinte vítima de difteria.
Sendo a saúde pública uma das suas preocupações, foi juntamente com a sua mulher, a princesa D. Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen, que Pedro fundou hospitais públicos e instituições de caridade. Aliás, cumprindo os desejos por ela manifestados, o monarca, fundou o Hospital de Dona Estefânia, em Lisboa.
Morreu com apenas 24 anos, em 11 de Novembro de 1861, que segundo parecer dos médicos, devido a febre tifóide (enquanto o povo suspeitava de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.
Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador.
No dizer dos biógrafos, D. Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste [...]".