terça-feira, novembro 12, 2024

Rodin nasceu há 184 anos

     
François-Auguste-René Rodin (Paris, 12 de novembro de 1840 - Meudon, 17 de novembro de 1917), mais conhecido como Auguste Rodin, foi um escultor francês. Apesar de ser geralmente considerado o progenitor da escultura moderna, não se propôs rebelar-se contra o passado. Foi educado tradicionalmente, teve o artesanato como abordagem ao seu trabalho e desejava o reconhecimento académico, embora nunca tenha sido aceite na principal escola de arte de Paris.
Esculturalmente, Rodin possuía uma capacidade única de modelar argila. Muitas das suas esculturas mais notáveis ​​foram duramente criticadas durante a sua vida. Elas entraram em confronto com a tradição da escultura da figura predominante, onde as obras eram decorativas, estereotipadas, ou altamente temáticas. O seu trabalho mais original partiu de temas tradicionais da mitologia e da alegoria, modelando o corpo humano com realismo, e celebrando o caráter individual e fisicalidade. Rodin era sensível à controvérsias em torno de seu trabalho, mas recusou a mudar o seu estilo. Sucessivas obras trouxeram aumentos de encomendas do governo e da comunidade artística.
Do inesperado realismo da sua primeira grande figura – inspirada pela sua viagem à Itália, em 1875 – para os memoriais não convencionais cujas encomendas mais tarde ele procurou, a sua reputação cresceu, de tal forma que se tornou o escultor francês proeminente de seu tempo. Em 1900, ele era um artista de renome mundial. Clientes particulares ricos procuraram os seus trabalhos após a sua mostra na Exposição Universal, e ele fez companhia a uma variedade de intelectuais e artistas de alto nível. Ele casou com a sua companheira ao longo da vida, Rose Beuret, no último ano de vida de ambos. As suas esculturas sofreram um declínio de popularidade após a sua morte, em 1917, mas, após algumas décadas, o seu legado solidificou. Rodin continua a ser um dos poucos escultores conhecidos fora da comunidade das artes visuais.
  
Auguste Rodin, Porta do Inferno

 

Monumento a Balzac (1898), Paris, Jardim do Museu Rodin
     

Mouzinho de Albuquerque nasceu há 169 anos

     
Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque (Batalha, 12 de novembro de 1855 - Lisboa, 8 de janeiro de 1902) foi um oficial de cavalaria português que ganhou grande fama em Portugal por ter protagonizado a captura do imperador nguni Gungunhana em Chaimite (1895) e pela condução da subsequente campanha de pacificação, isto é de subjugação das populações locais à administração colonial portuguesa, no território que viria a constituir o atual estado de Moçambique, e entre outras coisas uma das mais brilhantes figuras militares portuguesas, herói de Chaimite e de Gaza, durante as gloriosas campanhas de África (1894-1895), e um dos mais notáveis administradores coloniais.
A espetacularidade da captura de Gungunhana e a campanha de imprensa que se gerou aquando de sua chegada a Lisboa e subsequente exílio nos Açores, fizeram de Mouzinho de Albuquerque, malgrado alguma contestação ao seu comportamento ético em Moçambique, uma figura muito respeitada na sociedade portuguesa dos finais do século XIX e inícios do século XX. Era então visto pelos africanistas como esperança e símbolo máximo da reação portuguesa à ameaça que o expansionismo das grandes potências europeias da altura constituía para os interesses lusos em África.
Foi governador do distrito de Gaza e governador-geral de Moçambique, cargo a que resignou em 1898, data em que voltou a Portugal. Foi nomeado responsável pela educação do príncipe real D. Luís Filipe de Bragança. Suicidou-se em 1902, embora algumas fontes atribuam a morte a homicídio.
   
(...)
  
Foi condecorado com os graus de Grande-Oficial da Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito, Comendador da Ordem Militar de Avis, Grã-Cruz da Ordem do Império Colonial (a título póstumo a 14 de julho de 1932), Comendador da Ordem da Águia Vermelha da Prússia, Comendador da Ordem dos Santos Maurício e Lázaro de Itália, Comendador da Ordem de São Miguel e São Jorge, da Grã-Bretanha e Irlanda (com o inerente título de Sir, que não podia usar por ser estrangeiro), Comendador da Ordem de Leopoldo I da Bélgica e Comendador da Ordem de Carlos III de Espanha, Oficial da Ordem Nacional da Legião de Honra de França, etc, etc.
Entre outros postos, foi nomeado, a 28 de setembro de 1898, para o Conselho de S.M.F., ajudante de campo efetivo do rei D. Carlos I de Portugal, oficial-mor da Casa Real e aio do príncipe D. Luís Felipe de Bragança. A sua posição crítica face à política e aos políticos da sua época e os rumores sobre a seu comportamento desumano durante as campanhas em África, levaram a que fosse progressivamente ostracizado e envolvido num crescente clima de intriga.
Incapaz de, pela sua própria formação militar rígida e pelo feitio orgulhoso, de resistir ao clima de intriga acerca do seu comportamento em África e à decadência em que a monarquia agonizava, Mouzinho de Albuquerque preparou minuciosamente a sua morte, suicidando-se no interior de um coupé, na Estrada das Laranjeiras, no dia 8 de janeiro de 1902.
  
Patrono da Cavalaria 
A memória de Mouzinho de Albuquerque foi repristinada durante o Estado Novo, sendo apontado como o exemplo do herói da expansão colonial portuguesa e da heroicidade da missão civilizadora que se apontava como justificação para a dominação colonial. Essa heroicidade foi acentuada durante a Guerra Colonial pelo que, pelos seus valorosos feitos em África, o major de cavalaria Joaquim Augusto Mouzinho de Albuquerque foi feito patrono da Arma de Cavalaria do Exército Português, sendo apontado como um exemplo para os militares que servem naquela Arma.
Numa tradição que ainda se mantém, sempre que uma força de cavalaria é destacada em missão no estrangeiro, em cerimónia solene é entregue ao comandante da força o Quadro Mouzinho. Sempre que não haja uma força de cavalaria destacada o Quadro Mouzinho regressa a casa-mãe da cavalaria, a Escola Prática de Cavalaria, local onde se encontram importantes peças do seu espólio. Um busto em cera, moldado da face do próprio Mouzinho aquando da sua morte, está no Museu do Regimento de Lanceiros n.º 2.
     

O 12.º Marquês de Fronteira, que também era Conde da Torre, de Assumar e de Coculim e Marquês de Alorna, morreu há dez anos...

 (imagem daqui)
     
D. Fernando José Fernandes Costa Mascarenhas (Lisboa, 17 de abril de 1945 - Lisboa, 12 de novembro de 2014), 13.º Conde da Torre, 13.º Conde de Assumar, 12.º Conde de Coculim, 9.º Marquês de Alorna e 12.º Marquês de Fronteira. Casado duas vezes, não deixou filhos, já que um problema endócrino, detetado quando tinha 14 anos, o impossibilitava de gerar descendência. Como sucessor designou o seu sobrinho António, vontade expressa no Sermão ao Meu Sucessor – Notas para Uma Ética da Sobrevivência.
  

Armas de Mascarenhas chefe, in Livro do Armeiro-Mor (1509), armas dos Condes da Torre (1638) e Marqueses de Fronteira (1670)
     

Música para recordar uma Princesa...

O Holland Tunnel foi inaugurado há 97 anos

Entrada do túnel, em  Manhattan, em 1985

O Holland Tunnel, conhecido originalmente por Hudson River Vehicular Tunnel (Túnel para Veículos do Rio Hudson) ou Canal Street Tunnel, é um dos dois túneis debaixo do Rio Hudson ligando a ilha de Manhattan, parte da cidade de Nova Iorque, com Jersey City, uma cidade no estado de Nova Jersey.
Com as obras iniciadas em 1920 e concluídas em 1927, foi assim chamado em homenagem a Clifford Milburn Holland (1883-1924), engenheiro-chefe do projeto, que morreu antes de ser concluído (foi inaugurado a 12 de novembro de 1927). O túnel é um dos exemplos mais antigos de um design ventilado, possuindo ventiladores com 24 metros de diâmetro, levando ar para uma série de condutas. A necessidade de ventilação era evidente com o advento dos automóveis e o perigo do monóxido de carbono.
Uma portagem de nove faixas está localizado do lado de Nova Jersey do túnel, e cobra US$ 6 para carros e US$ 5 para motocicletas para passagem de Nova Jersey para Nova Iorque (não há cobrança na direção oposta). Utilizadores do sistema E-ZPass têm descontos. De acordo com a Autoridade Portuária local, que controla o túnel, o tráfego em 2002 totalizou 15.764.000 veículos.

O túnel foi designado, em 4 de novembro de 1993, uma estrutura do Registo Nacional de Lugares Históricos bem como, na mesma data, um Marco Histórico Nacional. É compartilhado com o estado de Nova Jérsei, ainda que esteja registado oficialmente na lista de Nova Iorque.


Phil Taylor, ex-baterista dos Motorhead, morreu há nove anos...

  
Phil Taylor, mais conhecido como "Philthy Animal" Taylor, do inglês: "Animal Imundo", (Chesterfield, 21 de setembro de 1954 - 12 de novembro de 2015) foi o baterista da banda britânica de heavy metal Motörhead de 1975 a 1984 e de 1987 a 1992. Ele fez parte da chamada "formação clássica" dos Motörhead, com Lemmy Kilmister e Eddie Clarke.
Através do Facebook o ex-guitarrista do Motörhead "Fast" Eddie Clarke, publicou sobre a morte de Philthy "Animal" Taylor, o baterista da formação clássica do Motörhead. Phil Taylor morreu às 01.15 do dia 12 de novembro de 2015, com 61 anos de idade. Segundo a sua nota, Philthy "Animal" Taylor já andava doente há algum tempo. A insuficiência hepática foi citada como uma causa.
Ficou em 39° lugar na lista dos "50 melhores bateristas de hard rock e metal de todos os tempos" do site Loudwire. Em 2015 o seu nome novamente figurou noutra lista de "melhores", quando apareceu na 47ª posição da lista 60 Pesos Pesados da Bateria elaborada pela revista Roadie Crew.
  
 

A poetisa Cristina Peri Rossi nasceu há 83 anos

 

Cristina Peri Rossi (Montevidéu, 12 de novembro de 1941) é uma romancista, poetisa, tradutora e autora de contos uruguaia. Em 1972, quando o golpe de Estado iminente a forçou a deixar sua terra natal por causa de seu ativismo político, exilou-se na cidade de Barcelona, onde reside até hoje . Durante a sua carreira, ela trabalhou como professora, além de se destacar como romancista, poetisa, contista e ensaísta. Também colabora frequentemente em revistas e publicações periódicas internacionais.

A autora aborda questões que exploram as complexidades das relações humanas, género e sexualidade. Os seus poemas são bem marcantes, com uma estrutura que mistura narrativa, confissão e metafísica. Por meio das suas obras, Peri Rossi também critica o autoritarismo, a opressão e luta pela liberdade e justiça. 

Como exilada uruguaia, a sua experiência pessoal de deslocamento e busca por pertença ecoa na sua escrita, na qual temas de exílio são frequentemente explorados. A escritora é a única mulher incluída dentro do chamado boom latino americano, movimento que incorpora nomes influentes da literatura nas décadas de 1960 e 1970 como Gabriel García Márquez, Mario Vargas Llosa e Carlos Fuentes.

Peri Rossi ganhou o Prémio Miguel de Cervantes em 2021.

 

in Wikipédia

 

Assombro

 

Ensina-me – dizes, com os teus vinte anos
ávidos, julgando ainda que alguma coisa
se pode ensinar,
e eu, que passei dos sessenta,
olho-te com amor,
quer dizer, com distância
(todo amor é amor das diferenças
do espaço vazio entre dois corpos
do espaço vazio entre duas mentes
do pressentimento horrível de não morrer a dois)

e eu ensino-te, calmamente, alguma citação de Goethe
(‘detém-te, instante, és tão belo’)
ou de Kafka (
em tempos houve, houve em tempos
uma sereia que não cantou
)

enquanto a noite lentamente desliza para a aurora
coada por esta grande janela
que amas tanto
por suas luzes noturnas
ocultarem a cidade verdadeira

e na verdade podíamos estar em qualquer lado
estas luzes podiam ser as de Nova Iorque, avenida
Broadway, ou de Berlim, Konstanzerstrasse,
ou Buenos Aires, calle Corrientes

e escondo-te a única coisa que verdadeiramente sei,
que só é poeta quem sinta que a vida não é natural
que é assombro
descoberta revelação
que não é normal estar vivo
não é natural ter vinte anos
nem tão pouco mais de sessenta

não é normal caminhar às três da manhã
pela ponte antiga de Córdoba, Espanha,
com a luz amarela dos candeeiros,
não é natural o perfume das laranjeiras nas praças
- três da manhã -
seja em Oliva seja em Sevilha,
o natural é o assombro
o natural é a surpresa
o natural é viver como recém-chegada ao mundo
aos becos de Córdoba e suas arcadas
às praças de Paris
à humidade de Barcelona
ao museu de bonecas
no velho vagão estacionado
nas linhas mortas de Berlim

O natural é morrer

sem passear de mão dada
nas portas de uma cidade desconhecida
nem sentir o perfume dos brancos jasmins em flor
às três da manhã,
meridiano de Greenwich

o natural é que quem tiver passeado de mão dada
às portas de uma cidade desconhecida
não o escreva
que o afunde no caixão do olvido

A vida brota por todo o lado
consanguínea
ébria
bacante exagerada
em noites de turvas paixões
mas havia uma fonte que rumorejava
languidamente

e era difícil não sentir que a vida pode ser bela por vezes
como uma pausa
como uma trégua que a morte
concede ao prazer.

 

Cristina Peri Rossi

Paulinho da Viola celebra hoje oitenta e dois anos

       
Paulo César Batista de Faria, mais conhecido como Paulinho da Viola (Rio de Janeiro, 12 de novembro de 1942), é um guitarrista, cavaquinista, bandolinista, cantor e compositor de samba e choro brasileiro, conhecido por suas harmonias sofisticadas e sua voz suave e gentil. Paulinho é baluarte da Portela.
   
     in Wikipédia
 

Mort Shuman nasceu há 88 anos...

 
Mort Shuman (Brooklyn, New York, November 12, 1936 – London, November 2, 1991) was an American singer, pianist and songwriter, best known as co-writer of many 60s rock and roll hits, including "Viva Las Vegas". He also wrote and sang many songs in French, such as "Le Lac Majeur", "Allo Papa Tango Charlie", "Sha Mi Sha", "Un Eté de Porcelaine", and "Brooklyn by the Sea" which became hits in France and several other European countries. 
     
(...)
    
 

Shuman was elected to the Songwriters Hall of Fame in 1992. He also worked occasionally as an actor, notably appearing with Jodie Foster in The Little Girl Who Lives Down the Lane (for which he was also musical supervisor).

He died of cancer on 2 November 1991, leaving his wife, Maria-Pia and their four daughters, Maria-Cella, Barbara, Maria-Pia and Eva-Maria.

 

Neil Young - 79 anos


Neil Percival Young (Toronto, 12 de novembro de 1945) é um músico e compositor de origem canadiana, que fez a sua carreira nos Estados Unidos. Conhecido pela sua voz nasalada e suas letras pungentes, Young é uma lenda do rock americano, mas o seu estilo musical está entre o folk e o country rock, alternando com álbuns mais "pesados" em que algumas músicas se aproximam do hard rock, com guitarras "sujas" e longos solos improvisados com muita distorção. O seus shows são verdadeiras celebrações de rock, usualmente acompanhado da banda Crazy Horse, que o acompanha desde o início da carreira.

 

Hoje é dia de recordar um célebre massacre...

Bahá'u'lláh nasceu há 207 anos

   
Mírzá Husayn-'Alí, que se proclamou Bahá'u'lláh (Teerão, 12 de novembro de 1817 - Acre, 29 de maio de 1892), do árabe: "A Glória de Deus", foi o fundador da Fé Bahá'í, a mais jovem das grandes religiões monoteístas mundiais.
Bahá'u'lláh declarou ser ele o cumpridor da profecia Bábí: "aquele de que Deus fará manifesto", e portanto "Suprema Manifestação de Deus". A Fé Bahá'í o tem como inaugurador de um novo ciclo profético, posterior aos de Krishna, Abraão, Moisés, Zaratustra, Buda, Jesus, Maomé e Báb.
Bahá'u'lláh foi o autor de vários trabalhos religiosos. As suas obras mais notáveis são o Kitáb-i-Aqdas e o Livro da Certeza (Kitáb-i-Íqán).
  
   

O PCP fez o seu primeiro Congresso há cento e um anos


I Congresso do PCP - 1923
   
O I Congresso do PCP - fundado em 6 de março de 1921 em Assembleia realizada na Associação dos Empregados de Escritório em Lisboa - realiza-se em 12 de novembro de 1923, em Lisboa.
Nele participam já 90 delegados representando 27 organizações. As teses, publicadas antes em "O Comunista", haviam sido previamente debatidas nas organizações. O então secretário-geral, José Carlos Rates, apresentou o Relatório do Comité Executivo, e o Congresso aprovou uma Resolução sobre a organização, os Estatutos, o Programa de Ação e uma Resolução sobre a Questão Agrária.
Entre as orientações saídas do I Congresso, destaque para a reclamação que " o camponês detenha a terra que possa fazer frutificar com o seu braço" e das oito horas de trabalho para os trabalhadores rurais assalariados. O I Congresso apontou o perigo do fascismo e salientou a importância da unidade da classe operária para o derrotar e manifestou a sua solidariedade para com os comunistas e sindicalistas presos pelo governo.
   
in PCP

A gerontocracia soviética escolheu Andropov para mandar na URSS há 42 anos

  
Iúri Vladimirovitch Andropov (Stavropol, 15 de julho de 1914 - Moscovo, 9 de fevereiro de 1984) foi um político soviético e Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética desde o dia 12 de novembro de 1982 até à sua morte, além de chefe do serviço secreto soviético, o KGB, durante quinze anos.
O seu local de nascimento é incerto, porém acredita-se que foi próximo de Stavropol, na Rússia meridional. Estudou por um curto período no Instituto Técnico para o Transporte Aquático de Rybinsk, antes de se juntar ao Komsomol em 1930. Ele concluiu a graduação em 1939 foi o primeiro secretário do Komsomol na república da Carélia finlandesa, entre 1940 e 1944. Após a guerra, mudou-se para Moscovo em 1951 e entrou para o secretariado do partido.
Após a morte de Estaline, em março de 1953, Andropov foi rebaixado de posto e enviado para um "exílio" na embaixada soviética em Budapeste por Georgi Malenkov. Ele teve um papel importante na invasão soviética da Hungria em 1956.
Andropov voltou a Moscovo para chefiar o Departamento para Relações com países socialistas (1957-1967) e foi promovido para o secretariado do Comité Central do PC Soviético em 1962, sucedendo a Mikhail Suslov. Em 1967 foi indicado para chefe da KGB. Em 1973 tornou-se membro de pleno direito do Politburo, apesar de não ter renunciado à chefia da KGB até 1982.
Envolveu-se em rumores e acusações com a morte suspeita do então líder Leonid Brejnev, em 10 de novembro de 1982. Brejnev teria morrido de overdose, motivada por sua enfermeira, que estava ligada ao KGB, chefiado por Andropov. Quando a enfermeira foi inocentada e o caso abafado, passou-se a questionar a culpa de Andropov na morte do seu antecessor. Pouco depois, foi indicado, como previsto, para a liderança do Partido Comunista, vencendo Konstantin Chernenko, líder parlamentar de longa data. Foi o primeiro chefe da KGB a ser indicado. Herdou ainda, de Brejnev, a presidência e conselho de Defesa do país.
Durante o seu mandato fez tentativas de melhorar a economia e de reduzir a corrupção. Também é lembrado pela sua campanha contra o alcoolismo e esforços para melhorar a disciplina no trabalho. As duas campanhas foram conduzidas com uma visão administrativa tipicamente soviética, e lembraram vagamente reminiscências do estalinismo.
Fez pouca coisa em termos de política externa - a guerra iniciada após a invasão do Afeganistão continuou. O seu governo também foi marcado pela deterioração das relações com os EUA por causa das atitudes fortemente anti-soviéticas de Ronald Reagan, exacerbadas pelo derrube por caças soviéticos de um avião civil sul-coreano que invadiu o espaço aéreo russo a 1 de setembro de 1983 e pela ampliação do número de mísseis Pershing na Europa.
Morreu, de falência renal, em 9 de fevereiro de 1984 após vários meses com problemas de saúde, e foi sucedido por Konstantin Chernenko.
O legado de Andropov ainda é tema de muito debate, tanto na Rússia quanto em outros locais, e tanto entre académicos como nos meios de comunicação. Ele permanece no foco de vários documentários televisivos e em livros de não-ficção, particularmente em datas importantes.
Apesar de sua linha-dura na Hungria e de numerosos banimentos e intrigas pelas quais foi responsável durante a sua longa permanência na chefia da KGB, tornou-se muito lembrado por vários comentaristas como um reformador. Eles apontam como evidências o facto de haver promovido Mikhail Gorbachev na hierarquia do aparelho do PC soviético e ter sido considerado um chefe da KGB particularmente tolerante. Também lembrado como menos inclinado a reformas rápidas do que foi Gorbachev; o ponto central das especulações é se Andropov teria conseguido ou não reformar a URSS de tal maneira que tivesse evitado o seu colapso.
   

O Massacre de Santa Cruz foi há trinta e três anos...

Túmulo do Sebastião Gomes, no cemitério Santa Cruz
   
O Massacre de Santa Cruz em Timor-Leste foi um tiroteio sobre manifestantes pró-independência no cemitério de Santa Cruz em Díli, a 12 de novembro de 1991, durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia. A maioria das vítimas foram jovens, por isso, depois da independência, passou a ser um feriado, o Dia Nacional da Juventude em Timor Leste. Nesse dia tinha havido uma missa por alma de Sebastião Gomes, um jovem membro da resistência timorense (RENETIL), e havido uma romagem à sua campa no cemitério. Os jovens motivados pela revolta por esse assassinato, manifestaram-se contra os militares da Indonésia com o objetivo de mostrarem o seu apoio à independência do país.
  
História
Após a invasão de Timor-Leste pela Indonésia em 1975 (então, formalmente, ainda Timor Português), muitos timorenses sentiam-se oprimidos e foram mortos por questões políticas. Desde então, a resistência timorense combateu o exército indonésio. Em outubro de 1991 uma delegação com membros do Parlamento Português e 12 jornalistas planeavam visitar o território de Timor Leste durante a visita do Representante Especial das Nações Unidas para os Direitos Humanos e Tortura, Pieter Kooijmans. O governo Indonésio objetou à inclusão na delegação da jornalista australiana Jill Jolliffe, que apoiava e ajudava o movimento independentista Fretilin, e Portugal, consequentemente, cancelou a ida da delegação. O cancelamento desmoralizou os ativistas independentistas em Timor Leste, que esperavam usar a visita para melhorar a visibilidade internacional da sua causa. As tensões entre as autoridades indonésias e a juventude timorense aumentaram após o cancelamento da visita dos deputados de Portugal. Em 28 de outubro, as tropas indonésias localizaram um grupo de membros da resistência na Igreja de Motael, em Díli. O confronto deu-se entre os ativistas pró-integração e os ativistas independentistas que estavam na Igreja; quando este acabou, um homem de cada lado estava morto. Sebastião Gomes, um apoiante da independência de Timor Leste, foi retirado da Igreja e abatido pela tropa indonésia e o integracionista Afonso Henriques foi atingido e morto durante a luta.
A 12 de novembro, mais de duas mil pessoas marcharam desde a igreja onde se celebrou uma missa em memória de Sebastião Gomes até ao cemitério de Santa Cruz, onde está enterrado, para lhe prestar homenagem. O exército indonésio abriu fogo sobre a população, matando 271 pessoas no local e com 127 a morrer, dos ferimentos, nos dias seguintes. Ainda hoje a localização de muitos corpos continua ainda a ser desconhecida.
Alguns manifestantes foram presos e só foram libertados em 1999, por altura do referendo da independência.
  
(imagem daqui)
       
Consequências
O massacre foi filmado pelo repórter de imagem Max Stahl, que deu assim uma preciosa ajuda para dar a conhecer ao mundo o que tinha acontecido em Díli. Os acontecimentos foram condenados internacionalmente e chamaram atenção para a causa dos timorenses. Em 1992, Rui Veloso, músico português, compôs e interpretou a música Maubere a favor da causa timorense.

 


 

A sonda Philae pousou num cometa há dez anos

Conceção artística que representa o momento da aterragem na superfície do cometa
   
Philae é uma sonda robótica pousadora da Agência Espacial Europeia (ESA) que integra a sonda espacial Rosetta, construída para fazer o primeiro pouso controlado no núcleo de um cometa do Sistema Solar, o 67P/Churyumov-Gerasimenko.
O módulo foi projetado para produzir as primeiras imagens da superfície, fazer análises in situ da composição mineral do cometa e tornou-se o primeiro objeto construído pelo homem a pousar na superfície de um cometa, em 12 de novembro de 2014.
O seu nome vem do Obelisco de Filas (Philae em latim e, por consequência, em inglês), descoberto na Ilha de Filas no rio Nilo e que foi utilizado, juntamente com a Pedra de Rosetta, para ajudar a decifrar os antigos hieróglifos egípcios.
    

Charles Manson nasceu há noventa anos

     
Charles Milles Manson, nascido Charles Milles Maddox (Cincinnati, 12 de novembro de 1934 - Bakersfield, 19 de novembro de 2017), foi o fundador e líder de um grupo que cometeu vários assassinatos nos Estados Unidos no fim dos anos 60, entre eles o da atriz Sharon Tate (na época, grávida de oito meses), esposa do diretor de cinema Roman Polanski. Foi condenado à morte em 1971, com esta, posteriormente, comutada para prisão perpétua. Cumpriu a sua sentença até 19 de novembro de 2017 na Penitenciária Estadual de Corcoran, na Califórnia, sendo transferido para um hospital em Kern County, onde morreu.
  

A princesa Grace Kelly nasceu há 95 anos...

     
Grace Patricia Grimaldi, nome de casada de Grace Patricia Kelly, (Filadélfia, 12 de novembro de 1929 - Monte Carlo, Mónaco, 14 de setembro de 1982) foi uma premiada atriz norte-americana, vencedora do Óscar na categoria Melhor Atriz e que, após o seu casamento com Rainier III, príncipe-soberano do Mónaco, se tornou a princesa do Mónaco, sendo conhecida também como Princesa Grace do Mónaco.
Grace é considerada a décima terceira lenda do cinema mundial pelo Instituto americano do cinema. A sua morte deu-se por causa de um acidente automobilístico em 14 de setembro de 1982. Kelly é também considerada, além de um ícone da moda, a "princesa mais bonita da história". Como atriz, foi a principal atriz em onze filmes, entre eles "Amar é sofrer", pelo qual ganhou o Óscar de Melhor Atriz e o Globo de Ouro de melhor atriz em filme dramático. No total, a atriz recebeu dez nomeações para os principais prémios da indústria cinematográfica mundial, tais como o BAFTA e o Globo de Ouro, dos quais venceu seis vezes.

Além de atriz e aristocrata, Grace Kelly também foi uma filantropa dedicada especialmente a pessoas que desejavam seguir a carreira artística. Os seus trabalhos humanitários se intensificaram após seu casamento com o príncipe, pois ela ficara impossibilitada de exercer sua profissão de atriz. Kelly foi madrinha de várias instituições sociais entre elas a Association mondiale des amis de l'enfance, uma organização internacional criada por ela, que tem como objetivo ajudar crianças carentes.

Em 2011, foi anunciada a compra dos direitos de autor de Grace of Monaco pela produtora Stone Angels, para uma adaptação cinematográfica da obra. O longa, com o mesmo nome do livro, foi dirigido por Olivier Dahan, com produção de Pierre-Ange e roteiro de Asash Amel. O filme, protagonizado pela atriz Nicole Kidman, está centrado na história do período de dezembro de 1961 a novembro de 1962, quando Grace desempenhou papel decisivo numa negociação política entre o presidente da França, Charles de Gaulle, e seu marido.
    
       

No ano de 1955, Grace Kelly foi apresentada ao Príncipe Rainier Louis por Olivia de Havilland e o seu marido, Pierre Galante, que era editor da revista francesa Paris Match. Ela concordou em ser fotografada com o príncipe, durante o Festival de Cannes. À época de seu primeiro encontro com o príncipe, ela tinha 25 anos e ele 32 anos e, após uma série de atrasos e complicações, eles se encontraram uma segunda vez, durante um jantar promovido pelo príncipe no Palácio do Príncipe de Mónaco. Na ocasião, o príncipe Rainier pediu Kelly em noivado e esta aceitou.

Os preparativos para o casamento foram elaborados. O Palácio do Mónaco foi pintado e decorado por toda parte. Em 4 de abril de 1956, deixando o cais 84 do Porto de Nova Iorque, Grace Kelly, sua família, damas de honra e mais sessenta e cinco membros da sua família partiram em direção ao Mónaco. No Mónaco, mais de vinte mil pessoas foram às ruas para saudar a futura princesa consorte. O pequeno estado, de cerca de 23 mil habitantes, recebeu 1500 repórteres para a cobertura do evento. Número maior que o da cobertura de toda a Segunda Guerra Mundial.

O casamento de Grace com o príncipe Rainier deu-se em dois momentos: o primeiro, realizado em 18 de abril de 1956, foi o casamento civil e o segundo, que aconteceu em 19 de abril do mesmo ano, foi a cerimónia religiosa.

O vestido de noiva de Grace Kelly foi criado por Helen Rose, designer de figurinos da MGM Studios. A profissional inclusive já havia ganho o Oscar de melhor figurino, produzindo o guarda-roupa de várias personagens de Grace. O vestido foi um presente dos gigantes do cinema à estrela. A peça levou seis semanas para ser feita e mobilizou 36 costureiras no departamento de criação dos estúdios. A inspiração veio de um vestido de noiva que a própria Rose havia criado para Dorothy McGuire usar no filme Invitation de 1952.

Grace e Rainier tiveram três filhos:

segunda-feira, novembro 11, 2024

Cantiga de amigo adequada à data...

 

Ay eu coitada

Ay eu coitada, como vivo em gram cuidado
por meu amigo que hei alongado;
.......muito me tarda
.......o meu amigo na Guarda.

Ay eu coitada, como vivo em gram desejo
por meu amigo que tarda e nom vejo;
.......muito me tarda
.......o meu amigo na Guarda.

 


D. Sancho I

El-Rei D. Pedro V morreu há 163 anos...

     
D. Pedro V de Portugal, de nome completo: Pedro de Alcântara Maria Fernando Miguel Rafael Gonzaga Xavier João António Leopoldo Victor Francisco de Assis Júlio Amélio de Saxe-Coburgo-Gotha e Bragança (Lisboa, 16 de setembro de 1837 - Lisboa, 11 de novembro de 1861), cognominado O Esperançoso, O Bem-Amado ou O Muito Amado, foi Rei de Portugal de 1853 a 1861. Filho mais velho da rainha D. Maria II e do seu consorte, o rei D. Fernando II, era sobrinho do imperador do Brasil D. Pedro II, irmão mais novo da sua mãe.

Morreu com apenas 24 anos, em 11 de novembro de 1861, segundo parecer dos médicos, devido à febre tifóide (enquanto o povo suspeitasse de envenenamento e por isso viria a amotinar-se). A sua morte provocou uma enorme tristeza em todos os quadrantes da sociedade. Não tendo filhos, foi sucedido pelo irmão, o infante D. Luís, que habitava então no sul de França.
Teve uma notável preparação moral e intelectual. Estudou ciências naturais e filosofia, dominava bem o grego e o latim e chegou a estudar inglês. O seu espírito terá sido influenciado pela convivência que teve com Alexandre Herculano, que foi seu educador. Recebeu ainda inúmeros conselhos sobre governação e sentido de Estado por Mário Jorge de Castro Botelho, com quem trocava correspondência durante o período do seu reinado.
No dizer dos biógrafos, Pedro V: "com um temperamento observador, grave, desde criança [...] mandou pôr à porta do seu palácio uma caixa verde, cuja chave guardava, para que o seu povo pudesse falar-lhe com franqueza, queixar-se [...] O povo começava a amar a bondade e a justiça de um rei tão triste".
   
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Estandarte real de D. Pedro V