sábado, outubro 05, 2024

Portugal foi-nos roubado...

 

Portugal foi-nos roubado - João Ferreira-Rosa

Portugal foi-nos roubado
Há que dizê-lo a cantar
Para isso nos serve o Fado
Para isso e para não chorar

5 de outubro que treta
O que foi isso afinal
Dona Lisboa de Opereta
Muito chique por sinal

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano

Os heróis dos republicanos
Banqueiros, tropa, doutores
No estado em que ainda estamos
Só lhe devemos favores

Outubro, maio e abril
Cinco, dois oito, dois cinco
Reina a canalha mais vil
Neste pano verde e tinto

Sou português e por tal
Nunca fui republicano
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O que eu quero é Portugal
Para desfazer o engano.

 

Um bom texto para celebrar o cinco de outubro bom e perceber o outro...

Sem rei nem roque

Celebremos o 5 de outubro de 1143 que é de todos, e esqueçamos o de 1910 que foi de muito poucos.

 

“A I República nasceu da violência e dali em diante viveu da violência. Essa violência, como costuma suceder desde 1789, tomou a forma de um terrorismo de massa. Até 1917, e com mais brandura, até 1926, grupos republicanos (ligados diretamente ou indiretamente ao partido), à mistura com algumas centenas de adeptos da anarquia e da bomba: mataram, prenderam, torturaram, degredaram, espiaram e ameaçaram o cidadão comum. Milhares de inocentes por discordância ou inadvertência lhes caíram nas mãos.”

Vasco Pulido Valente, 9 de setembro de 2012

 

Depois de aqui há anos, no centenário da República, ter sido realizado o maior escrutínio historiográfico alguma vez feito a este período negro da nossa história, seria natural que os bem-intencionados titulares do regime se envergonhassem um pouco no momento de o festejar: a revolução de 5 de outubro de 1910, definitivamente, não merece quaisquer celebrações num país que pretenda ser civilizado.

 

Bandeira da Carbonária (organização terrorista secreta republicana)

 

Mas, porque a memória é curta, atrevo-me a fazer hoje uma pequena síntese daquele período de terror, emergente do feroz regicídio, o assassinato do Rei D. Carlos I e do Príncipe D. Luís Filipe, acicatado pelas mais indecorosas campanhas de propaganda populista pelos extremistas na imprensa livre das cidades de Lisboa e Porto, que fariam corar de vergonha os seus homólogos da atualidade.

Poucos anos antes de 1910, o PRP era um partido sem implantação nacional, só com alguma expressão nos grandes centros urbanos, como acontece atualmente com os partidos da esquerda radical: as suas estruturas paroquiais não funcionavam, e os seus líderes detestavam-se passando o tempo em intrigas e guerras intestinas. Por isso, apesar dum crescimento no reinado de D. Manuel II, entre os anos de 1908/10, o triunfo da República no 5 de Outubro foi recebido com surpresa e incredulidade por quase todo o país, em particular pelos próprios republicanos. São muitos os testemunhos nesse sentido. Os portugueses, ainda mal refeitos do escândalo do regicídio, nem imaginavam o que os esperava.

O facto é que, nos tempos que se seguiram à revolução, foi implantado um dos regimes mais intolerantes e violentos que Portugal alguma vez teve. Com a demissão ou exílio das antigas elites, militares e civis, a aceleração da decadência das instituições, o caos da vida pública, as prisões políticas em massa, os assassinatos, as bombas e tiroteios, a repressão da imprensa livre, materializada na destruição, assalto e violência exercida sobre os jornais e os jornalistas, o processo atingiria píncaros impensáveis a 19 de outubro de 1921.

   

A Camioneta Fantasma

 

Nesse dia, um levantamento militar obscuro conhecido por Noite Sangrenta, fez percorrer uma “camioneta-fantasma” por Lisboa em busca de diversas figuras do regime republicano, que foram executadas a sangue-frio por um grupo de marinheiros chefiado pelo Cabo Abel Olímpio, homem sinistro conhecido pela alcunha de “Dente d’Ouro”. O País, há muito arrastado pelo chão, afundava-se na lama. Nessa terrível noite, foram assassinados entre outros, o Presidente do Conselho de Ministros, António Granjo, e Machado Santos e Carlos da Maia, “heróis da Rotunda”. A instabilidade política e social que, entre 1910 e 1926, resultou em 45 governos e sete presidentes da República, um dos quais assassinado a tiro (Sidónio Pais), reflete bem um país sem rei nem roque.

Todo este processo de violência e acelerada decadência, a perseguição aos católicos, que eram a grande maioria dos portugueses, os assaltos e encerramentos de jornais, a restrição acentuada do direito de voto, as prisões políticas, a criação da Formiga Branca, e todo o terrorismo patrocinado pelo Estado, contribuiu definitivamente para o golpe militar de 1926 e a emergência do Estado Novo. O silêncio acrítico da maioria da historiografia do Estado Novo quanto ao regime tenebroso que o antecedeu foi por certo um alto preço pago por Salazar para manter o apoio dos republicanos, deste modo postos em sossego.

 

  

Piquete da Formiga Branca

 

Como seria de esperar, as promessas republicanas de delirantes amanhãs que cantavam depressa se revelaram em desavergonhadas mentiras. Desde logo quanto à discriminação da participação política das mulheres na vida pública. De facto, foi a I República que excluiu pela primeira vez as mulheres da vida cívica, ao negar-lhes por lei o direito de voto, depois de a médica Beatriz Ângelo ter alcançado esse intento ao votar nas primeiras eleições republicanas, em 28 de Maio de 1911, aproveitando as indefinições existentes no enunciado de uma Lei… da monarquia. Quando se falou do voto feminino pela primeira vez na Assembleia Constituinte de 1911, a sugestão foi recebida com uma frase curta, lacónica, recusando categoricamente a utilidade do voto feminino: “Tem dado lá fora (o alargamento do sufrágio) mau resultado porque as mulheres têm sido quase todas reacionárias” (Atas da Assembleia Nacional Constituinte. Sessão n.º 21, de 14 de Julho de 1911).  Na “História da República”, de Raúl Rego, pode ler-se que a legislação de 1913 retirou o voto aos analfabetos e às mulheres, significando isto que “a República, na igualdade dos sexos, voltava sobre si mesma e à discriminação da mulher, anjo do lar”. A “democracia” emergente do 5 de Outubro assentou na redução do eleitorado de 70% para 30% dos homens adultos em Portugal…

 

Convite para sessão inaugural da Assembleia constituinte – só para homens

 

Com o 5 de Outubro de 1910 iniciou-se um período de violenta perseguição religiosa em Portugal. A Igreja viveu por esses dias um período de semiclandestinidade durante o qual diversos membros do clero foram sujeitos à prisão, a maus-tratos e à morte.  No Natal de 1910, com as Igrejas tomadas pelos republicanos, a Missa do Galo foi celebrada à porta fechada, com acesso limitado, e poucos tinham acesso aos “bilhetes” de entrada distribuídos às escondidas.

Curiosamente, não será coincidência a acrisolada devoção dos republicanos ao Marquês de Pombal, na mesma medida em que tomaram os jesuítas como bodes expiatórios, tão insistentemente perseguidos pela propaganda revolucionária. É sintomático que a reverência ao tirânico primeiro-ministro de Dom José tenha perdurado ao longo das décadas, e a sua estátua, a maior de Lisboa, tenha sido inaugurada em 1934 em pleno Estado Novo. De facto, o Marquês de Pombal, além da perseguição aos jesuítas, era tido por um herói inspirador do Partido Republicano Português. O seu centenário foi celebrado ruidosamente pelo PRP, em 1882, e sobre o déspota foram proclamados os maiores encómios, como este:  “A barbaridade, essa era do tempo e nada tem que admirar no supplicio dos Tavoras. O que temos a notar, porem, é que o rigor do ferreo ministro cahia egualmente implacável sobre nobres e plebeus, sobre os poderosos e sobre os parias!”; ou este: “O despotismo, a tyrannia de que se argue Pombal, era imposta pelas necessidades, como o único meio de chegar à liberdade” (M. Emygdio Garcia). Robespierre e Saint-Juste não diriam melhor.

 

  

Caricatura de Afonso Costa

 

Os jesuítas foram impiedosamente acossados, nos dias seguintes à implantação da República, e são sinistros os relatos do jornalista Valentine Williams, correspondente do News-Chronicle que chegara a Lisboa para testemunhar os acontecimentos. O seu relato do bombardeamento e assalto popular ao colégio jesuíta do Quelhas é impressionante, tendo o próprio, ao ser confundido com um padre da Companhia, sido detido, preso por uma corda, arrastado e conduzido à sede do Governo Civil, onde conseguiu identificar-se e ser libertado, não sem antes lhe terem inspecionado a nuca à procura da tonsura. Na sequência do seu testemunho da destruição em curso no Colégio, dirigiu-se ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, Bernardino Machado, pedindo-lhe que pusesse cobro à destruição da valiosa biblioteca. A resposta do futuro presidente da República – que curiosamente ou talvez não, não acabou nenhum dos seus dois mandatos – foi lacónica: “A propriedade desses patifes está sequestrada pelo povo Português”, declarou com a solenidade de um mocho. “O povo está no seu direito. Não há nada que eu possa fazer. Bom dia”.

Dos milhares de presos políticos da Primeira República também pouco se fala. Em 1913, já as notícias sobre maus-tratos que lhes eram infligidos tinham transposto fronteiras e conquistado as atenções da opinião pública nos países com mais ascendente sobre a nação lusa. Os grandes órgãos da imprensa britânica, o Times, o Spectator, o MorningPost, reproduziam, com abundância de pormenores, os casos de humilhação, violência, tortura, abuso de poder e tratamento desumano nas prisões portuguesas – a República tinha, por exemplo, adotado o humilhante capuz penitenciário. A Duquesa de Bedford, presidente da Associação de Visitadoras de Prisões, deslocou-se a Portugal nos princípios de 1913 e visitou várias prisões, onde encontrou motivos para um indignado protesto que publicou em Londres. Sobre este assunto aconselha-se vivamente a leitura do livro biográfico Constança Telles da Gama – Fio-de-Prumo, da autoria de Maria João da Câmara, que inclui pungentes testemunhos da selvajaria infligida a todos aqueles, das mais diversas classes sociais (os mais indefesos naturalmente, eram os mais humildes), que foram denunciados e detidos como monárquicos.

São contundentes os números relativos ao ensino, apresentados por Rui Ramos na sua História de Portugal publicada pela Esfera dos Livros: “O número de escolas primárias em funcionamento, que subira de 4.665 em 1901 para 6.412 em 1911, continuava em 6.750 em 1918. A taxa de escolarização, depois de aumentar de 22,1% para 29,3% entre 1900 e 1910, quase estagnou até 1920 (30,3%). Entre 1911 e 1920, o analfabetismo na população maior de 7 anos recuou apenas de 70,2% para 66,2%, isto é, desceu menos que entre 1900 e 1911”. Empenhados em reprimir o país que rebeldemente lhes resistia, cada vez mais miserável, a velha promessa de prover educação ao povo, “e acabar com a acabar com a religião católica em Portugal em duas gerações” – como declarou Afonso Costa, quando era ministro da Justiça e Cultos – poucos resultados teve.

No que respeita à censura e ao controlo da imprensa, o método utilizado na maioria das vezes foi o do empastelamento, do assalto e da destruição dos jornais que se atreviam a confrontar o regime, pela Formiga Branca, uma autêntica polícia política irregular, antecessora da PIDE, que existiu na órbita do Partido Republicano.  Durante esse período, o regime estabeleceu formas imaginativas, diretas e eficazes de impedir o acesso do público aos textos críticos ou condenatórios do regime: o uso do assalto, da apreensão, da suspensão, e até da censura sem fundamento legal de jornais ou artigos foi tão frequente e continuado, que, no seu conjunto, constituiu um sistema repressivo sólido e consistente. A estratégia era a sustentação de um regime que não aceitava a contestação dos seus fundamentos, e de uma classe política que não arriscava colocar em jogo a sua permanência no poder. É irónico que os ardinas tenham sido das maiores vítimas da Formiga Branca: quando apanhados viam-se despojados dos jornais, cuja venda era o seu ganha-pão. As correrias dos ardinas, em fuga pelas ruas do Bairro Alto, eram acontecimento quotidiano.

 

O Ardina a fugir do Guarda Republicano,  in Papagaio Real, 1914

 

Sabemos que os herdeiros dos revolucionários de 1910 subsistem nos dias de hoje em Portugal. Habitam as margens radicais da esquerda portuguesa. Sendo uma minoria, têm exposição e palco desproporcionados à sua verdadeira dimensão. Ainda que muitos o não confessem, sabemos, até porque lemos o que escrevem e ouvimos o que dizem, que dificilmente hesitariam em usar métodos semelhantes se o sistema o permitisse. Mas, mesmo assim, julgo que isso não justifica que não se comece a pensar em reformar o feriado do 5 de outubro, associando-o a um acontecimento capaz de unir e mobilizar os portugueses, o da assinatura do Tratado de Zamora em 1143, consensualmente considerado o momento da fundação da nacionalidade.

O que passou está passado; as feridas, mesmo as mais profundas, estão, para a maioria dos portugueses, já curadas e mesmo esquecidas. Já não há justiça que se possa fazer. Mas ainda podemos ansiar por um futuro mais harmonioso que faça justiça à nossa História comum. Hoje, por esse país fora, em Lisboa, Coimbra e Guimarães, de forma invisível, celebra-se o 5 de outubro bom. Nesse sentido, celebremos 1143 que é de todos e esqueçamos 1910 que foi de muito poucos.

 

 in Observador

Steve Miller comemora hoje 81 anos

   
Steve Miller (Milwaukee, Wisconsin, 5 de outubro de 1943) é um músico e guitarrista de blues e rock. Ele estudou na Universidade de Wisconsin-Madison durante os anos 60, onde formou a sua primeira banda, The Ardells. Miller ensinou Boz Scaggs alguns acordes, e Scaggs juntou-se aos Ardells no ano seguinte. Outro ano se passaria até que Ben Sidran fosse adicionado como teclista do grupo.
Em 1968, Miller formou a Steve Miller Band com Scaggs nos vocais, lançando o álbum Children of the Future, o primeiro de um série de discos calcados solidamente no estilo de blues psicadélico que dominava o cenário musical de São Francisco na época. Scaggs deixaria a banda depois de mais dois álbuns e seria substituído em sua função pelo baterista Tom Davis; o próprio Miller só começaria a cantar em 1969, assumindo os vocais ocasionalmente no álbum Brave New World.
The Joker, de 1973, marcou o início de uma nova fase na carreira de Miller: mais simplista e direcionado ao pop, o álbum obteve grande êxito com a faixa título e outras de suas canções. Miller agora assumira o papel de cantor de vez; seu alcance vocal limitado na verdade fez com que as músicas se tornassem mais acessíveis e propensas a tocarem nas rádios.
Depois de The Joker veio Fly Like an Eagle (1976) e Book of Dreams (1977). Estes dois últimos representaram o auge do sucesso comercial de Miller, ambos alcançando as colocações máximas nas paradas musicais e obtendo diversos hits, como “Rock ‘N’ Me”, “Take the Money and Run”, “Jet Airliner” e “Jungle Love”. Enquanto a crítica deitava abaixo Miller por ele abandonar as suas composições mais ambiciosas e socialmente empenhadas em favor de simples sucessos de pop-rock influenciados por blues, os fãs aumentavam cada vez mais, e a Steve Miller Band co-encabeçou uma grande turnê por estádios com os The Eagles em 1977.
Do alto de seu enorme sucesso, Miller resolveu fazer uma pausa nas gravações e turnês, só emergindo em 1981 com Circle of Live, um álbum ambicioso possivelmente planeado para aplacar os críticos com o seu novo estilo. As vendas foram dececionantes, e em 1982 regressou à formula pop com outro álbum de sucesso, Abracadabra. Este seria seu último grande êxito comercial; uma série de coletâneas, álbuns ao vivo e tentativas de encontrar um novo estilo apareceriam esporadicamente, mas no começo dos anos 90 Miller desistiu de vez de produzir novos discos.
        

 


Bob Geldof nasceu há setenta e três anos


Participou, com papel principal, da versão em filme de "The Wall" foi feita em 1982 pela MGM sob o título de Pink Floyd The Wall. O filme foi realizado por Alan Parker e é baseado no álbum do grupo de rock progressivo Pink Floyd. Apesar do filme ter sido um de seus trabalhos mais importantes, Bob já afirmou que não gosta das músicas do Pink Floyd.
Os Boomtown Rats não ficaram no topo por muito tempo e em 1984 a sua carreira tinha caído a pique. Em Novembro desse ano Geldof viu na BBC uma reportagem sobre a fome na Etiópia e prometeu fazer alguma coisa sobre o assunto.
Consciente de que sozinho pouco ou nada poderia fazer, pediu ajuda a Midge Ure dos Ultravox e juntos depressa escreveram a música Do They Know It’s Christmas?, juntamente com Bono e The Edge (ambos dos U2), Boy George, Paul McCartney, Duran Duran ,entre outros.
Geldof conseguiu marcar uma entrevista com o DJ Richard Skinner da "BBC Radio 1", mas em vez de discutir o seu novo álbum (razão principal para ir ao programa), aproveitou para publicitar a ideia de editar um single de caridade, de tal forma que aquando do recrutamento dos músicos, já havia um enorme interesse da comunicação social no evento.
Usando os poderes de persuasão que o tornaram bastante conhecido, formou um grupo chamado Band Aid, que consistia em músicos pop rock britânicos, todos eles no top à altura.
O single foi editado imediatamente antes do Natal com o objetivo de realizar fundos para pôr termo à fome na Etiópia. Geldof tinha a esperança de juntar 70.000 libras, no entanto o lucro terá sido de muitos milhões tendo-se tornado o single mais vendido em toda a história do Reino Unido.
A ideia foi copiada uns meses mais tarde nos EUA com a música "We Are The World" da autoria de Michael Jackson, Stevie Wonder e Lionel Richie, tendo sido este último o primeiro ponto de contacto de Geldof. Este single chegou ao topo das tabelas nos dois lados do Atlântico.

Não satisfeito com o enorme sucesso do single dos Band Aid, Geldof propôs-se organizar (e tocar com os Rats) o concerto de caridade Live Aid, que angariou fundos sem precedentes para a causa e viajou por todo o mundo com o objectivo de fazer mais dinheiro. Geldof chegou a desafiar Margaret Thatcher, primeira ministra inglesa da altura a fazer uma grande reavaliação da política do governo britânico em relação à eliminação da fome no mundo. Em reconhecimento do seu trabalho recebeu muitos prémios, incluindo uma nomeação para o Prémio Nobel da paz e o título honorário de cavaleiro atribuído pela rainha Isabel II, não tendo o título de Sir (título exclusivo para britânicos), devido à sua condição de irlandês. No entanto por cortesia há quem lhe chame "Sir Bob Geldof" e até mesmo "Santo Bob".
Após o desmembramento dos Boomtown Rats, Geldof enceta uma carreira a solo, editando uma série de álbuns com algum sucesso, tendo tocado também com David Gilmour (dos Pink Floyd).
Bob Geldof que é um dos homens mais reconhecidos e admirados pelo mundo, nunca hesitou em dizer abertamente o que pensa, mesmo que isso possa ferir algumas personalidades importantes do poder.
Juntamente com Bono dos U2 tem devotado muito do seu tempo desde 2000 à luta pelo perdão da dívida externa dos países africanos.
Em 2 e 6 de julho de 2005, organizou o Live 8, uma série de shows que tiveram lugar nos países integrantes do G8, coincidindo com o 20º aniversário do Live Aid. Este evento destinou-se a pressionar os líderes mundiais para perdoar a dívida externa das nações mais pobres do mundo, aumentar e melhorar a ajuda e negociar regras de comércio mais justas que respeitem os interesses das nações africanas.
Mais de mil músicos tocaram no evento, que foi transmitido por 182 redes de televisão e 2000 estações de rádio. O evento ficou eternamente marcado como a última apresentação do grupo britânico Pink Floyd na sua formação original, antes da morte do teclista Richard Wright em 2008.
     

 


Thunderstruck...!

Russell Mael, dos Sparks, comemora hoje 76 anos


Russell Craig Mael (Los Angeles, California, October 5, 1948) is an American singer best known as the lead singer for the band Sparks which he formed in 1971 with his elder brother Ron Mael. Mael is known for his wide vocal range, in particular his far-reaching falsetto. He has a flamboyant and hyperactive stage presence which contrasts sharply with Ron Mael's deadpan scowling. The band released an album with British rock band Franz Ferdinand, as the supergroup FFS, titled FFS, released in 2015. The Mael brothers are the founders of Lil' Beethoven Records

 

in Wikipédia

 


Always Look On The Bright Side Of Life...!

Porque hoje é preciso cantar para esquecer um dia aziago para o nosso país...

Jacques Offenbach morreu há 144 anos...

   
Jacques Offenbach (Colónia, Alemanha, 20 de junho de 1819 - Paris, França, 5 de outubro de 1880), compositor e violoncelista francês de origem alemã da era romântica, foi um paladino da opereta e um precursor do teatro musical moderno.

Jacob Ebert, mais conhecido como Jacques Offenbach nasceu em Colónia, na Alemanha, em 1819 e aprendeu as primeiros noções de música com seu pai, Isaac, chazan (cantor) da sinagoga da cidade. Aos doze anos, Jacob era um exímio violoncelista, e a família decidiu enviá-lo a Paris, onde iria receber uma melhor educação musical. Após um ano de estudos o jovem músico passou a atuar na orquestra do Théâtre National de l'Opéra-Comique, quando desenvolveu uma parceria musical e uma grande amizade com o pianista e compositor Friedrich von Flotow. O compositor adotou uma nova identidade, e trocou seu sobrenome para Offenbach, numa homenagem à cidade natal de seu pai, Offenbach am Main.
Considerado pela crítica como o "Liszt do violoncelo", ele não só se dedicou a compor várias obras para esse instrumento, bem como participou de uma série de concertos nas principais capitais europeias. Na corte londrina, apresentou-se perante a Rainha Vitória I e o Príncipe Alberto.
Em 1858, Paris começou a viver o período de frivolidade e decadência do Segundo Império. A cidade, administrada pelo Barão Georges-Eugène Haussmann, passava por um moderno processo de urbanização, caracterizado pela abertura de novas e amplas avenidas, chamadas boulevards. Os espetáculos teatrais começaram a explorar com humor, o espírito, a inteligência e o divertimento, característicos da vida parisiense.
Foi nesta época que estreou a primeira opereta de Offenbach, Orfeu no Inferno, onde um de seus temas musicais, o Can-Can, adquiriu notoriedade internacional. A fama e a popularidade de Offenbach subiram às alturas. Num espaço de dez anos ele escreveu noventa operetas, a maioria de grande sucesso, como La Belle Hélène, La Vie Parisienne, La Grande-duchesse de Gérolstein e La Princesse de Trébizonde. Segundo Carpeaux, Offenbach regeu o 'can-can' que as plateias dançavam, sendo um participante embriagado e espetador cínico da orgia.
A derrota dos franceses na guerra franco-prussiana de 1870 e os incêndios da comuna de Paris colocaram um final na temporada de danças, risos e champanhe. Offenbach, apesar de suas raízes alemãs, considerava-se um genuíno parisiense, e entrou em profunda depressão , após a humilhante derrota sofrida pela França, ante as tropas de Otto von Bismarck.
Depois de um malogrado 'tour' pelos Estados Unidos e com a sua fortuna delapidada, Offenbach passou a demonstrar um amargo arrependimento por ter desperdiçado o seu talento, compondo músicas populares e de gosto duvidoso. Atraído pelas histórias fantásticas do escritor e compositor alemão Ernst Theodor Amadeus Wilhelm Hoffmann, ele lançou-se febrilmente na tarefa de compor uma ópera séria, que ficasse para a posteridade.
Com 60 anos e muito doente, ele trabalhou com afinco para concluir Os contos de Hoffmann. O criador de operetas, não conseguiu realizar o grande sonho de assistir a montagem de sua primeira grande ópera de sucesso. Ele morreu em Paris, no dia cinco de outubro de 1880 e a estreia da sua joia musical só iria ocorrer cinco meses depois. A ópera foi considerada o maior evento da temporada, atingindo um recorde de 101 apresentações.
  

 


Robert Goddard nasceu há 142 anos

   
Robert Hutchings Goddard (Worcester, 5 de outubro de 1882 - Baltimore, 10 de agosto de 1945) foi um físico experimental dos Estados Unidos da América, considerado pai dos modernos foguetes, tendo antevisto o posterior desenvolvimento da tecnologia espacial.

Robert Goddard e o primeiro voo de foguete com combustível líquido, lançado a 16 de março de 1926
      

A imposição da república foi há 114 anos

  
A Implantação da República Portuguesa foi o resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, iniciada no dia 2 e vitoriosa na madrugada do dia 5 de outubro de 1910, que destituiu a monarquia constitucional e implantou um regime republicano em Portugal.
  
Após a relutância do exército em combater os cerca de dois mil soldados e marinheiros revoltosos entre 3 e 4 de outubro de 1910, a República foi proclamada, às 09.00 horas da manhã do dia seguinte, da varanda dos Paços do Concelho de Lisboa. Após a revolução, um governo provisório chefiado por Teófilo Braga dirigiu os destinos do país até à aprovação da Constituição de 1911 que deu início à Primeira República. Entre outras mudanças, com a implantação da República, foram substituídos os símbolos nacionais como o hino nacional e a bandeira.
   

Os Monty Python celebram hoje cinquenta e cinco anos!

O pé de Cupido, utilizado em Monty Python's Flying Circus
      
Monty Python ou The Pythons é um grupo de comédia britânico, criadores e intérpretes da série cómica Monty Python's Flying Circus, um programa de televisão britânico que foi ao ar pela primeira vez em 5 de outubro de 1969. Como série televisiva, consistiu de 45 episódios divididos em 4 temporadas. Entretanto o fenómeno Python não se limitou a apenas isso, espalhando-se por shows, filmes, programas de rádio e diversos jogos de computador e livros, além de lançar os seus seis integrantes ao estrelato.
A sua influência na comédia chegou a ser comparada ao impacto causado na música pelos Beatles. Enquanto no humor britânico a sua presença sempre foi nítida, nos Estados Unidos ela é especialmente evidente em programas de conteúdo absurdo como South Park, Adult Swim, trechos de Late Night with Conan O'Brien, além do programa Saturday Night Live. O termo pythonesque, em tradução livre 'pythonesco', está em dicionários da língua inglesa para indiciar algo surreal ou absurdo.
No Brasil uma geração de humoristas e artistas cariocas, como Regina Casé, Luís Fernando Guimarães, Evandro Mesquita, integrantes do grupo Asdrúbal Trouxe o Trombone e programas como Casseta e Planeta Urgente! e TV Pirata são exemplos do estilo non-sense sob influência do Monty Python. O cartunista Allan Sieber e o ator Bruno Mazzeo, mais conhecido pelo seu trabalho na série Cilada, também já admitiram gostar do grupo inglês.
Em Portugal, grupos de humoristas, como os Gato Fedorento, afirmam ser fortemente influenciados pelos Monty Python, no modo como os seus sketches muitas vezes tendem para o absurdo.
O nome Monty Python foi escolhido por o considerarem engraçado. No documentário Live at Aspen, de 1998, o grupo revelou como o nome foi escolhido. Monty veio em tributo a Lord Montgomery, um lendário general britânico da II Guerra Mundial. Python surgiu pois eles decidiram ter uma palavra que também soasse evasiva, e essa pareceu perfeita.
Num inquérito de 2005 para escolher O Comediante dos Comediantes realizada pela emissora britânica Channel 4, três dos seis integrantes do Monty Python foram incluídos entre os 50 maiores humoristas. Michael Palin ficou em trigésimo, Eric Idle em vigésimo-primeiro e John Cleese em segundo lugar, sendo superado apenas por Peter Cook. Recentemente, todos os integrantes do grupo (menos Graham Chapman, pois faleceu em 1989) se juntaram, para fazer um especial com os episódios mais engraçados da série.
      
     
Originalmente composto por Eric Idle, Graham Chapman, John Cleese, Michael Palin, Terry Jones, jovens atores britânicos que implementaram um novo estilo de texto e representação, marcadamente anárquico e pautado pelo completo surrealismo das cenas. Também contavam com Terry Gilliam, cartunista que trabalhara na revista Mad.
O grupo também contava com Carol Cleveland, Neil Innes e alguns outros atores, todos tendo participações menores. Também esteve em alguns sketches Connie Booth, ex-mulher de John Cleese.
De igual modo, fizeram participações especiais celebridades como Steve Martin, Douglas Adams (autor da série À Boleia Pela Galáxia), Rowan Atkinson (ator que interpreta Mr. Bean) e os ex-beatles Ringo Starr e George Harrison.
       

 

O Chile disse NÃO ao ditador Pinochet há trinta e seis anos


El plebiscito nacional de Chile de 1988 fue un referéndum realizado en Chile el miércoles 5 de octubre de 1988, durante el Régimen Militar. Este plebiscito se llevó a cabo en aplicación de las disposiciones transitorias (27 a 29) de la Constitución Política de 1980, para decidir si Augusto Pinochet seguiría en el poder hasta el 11 de marzo de 1997.
El universo electoral habilitado para votar entonces ascendió a 7.435.913 personas. Del total de votos válidos, el resultado fue de 44,01% por el «Sí» y de 55,99% por el «No» - del total de votos escrutados, el «Sí» obtuvo el 43,01% y el «No», el 54,71%. Conforme a las disposiciones transitorias de la Constitución, el triunfo del «No» implicó la convocatoria de elecciones democráticas conjuntas de presidente y parlamentarios al año siguiente, que conducirían tanto al fin de la dictadura como al comienzo del periodo llamado transición a la democracia.
     

Saudades de El-Rei...

 

EL-REI

Longe da luz
A que sonhou na infância
Em vez de predomínio e de conquista
Sonhos de amor
Entre visões de artista
Morreu de desconsolo e de distância.

Caminho aberto
À morte por essa ânsia
Que mais se exalta
Quanto mais contrista
De quem recorda o lar que nunca avista
E se consome em lúcida constância.

Porque acima do trono e da realeza
Havia o céu azul, a claridade
Da sua amada Terra Portuguesa
Havia a Pátria, e dizem, que impiedade
Dizem que não se morre de tristeza
Dizem que não se morre de saudade.



Branca de Gonta Colaço

 

Brian Johnson, o vocalista dos AC/DC, celebra hoje 77 anos

  
Brian Johnson (Gateshead, 5 de outubro de 1947) é um cantor e compositor britânico. Desde 1980 ele é vocalista da banda de hard rock australiana AC/DC. Em 2016 afastou-se da banda por problemas auditivos, retornando em 2018. Em 1971, Brian Johnson foi um dos membros fundadores da banda de glam rock, Geordie. Depois de alguns singles que chegaram aos tops, chegando ao Top 10 no Reino Unido com a música, "All Because Of You" (1973), a banda terminou em 1978 e depois foi reestruturada por Brian em 1980. Mas assim que assinaram um novo contrato com uma gravadora, Brian Johnson foi convidado para o ensaio dos AC/DC, cujo vocalista, Bon Scott, havia falecido em 19 de fevereiro de 1980.

O primeiro álbum de Brian com os AC/DC foi Back in Black. Em 1997, Brian gravou com a banda Jackyl a música "Locked and Loaded", e em 2002 escreveu a música "Kill The Sunshine" do álbum Relentless.


 


Cristóvão de Aguiar morreu há três anos...


Luís Cristóvão Dias de Aguiar
, de seu nome literário Cristóvão de Aguiar (Pico da Pedra, Ilha de São Miguel, 8 de setembro de 1940 – Coimbra, 5 de outubro de 2021), foi um escritor português

 

Biografia

Depois de Vitorino Nemésio, é considerado o maior escritor da literatura de autores açorianos e um dos de maior importância no panorama da literatura portuguesa contemporânea.

Licenciou-se em Filologia Germânica pela Universidade de Coimbra, que frequentou de 1960 a 1971. Cumpriu o serviço militar na Guiné Portuguesa, de 1965 a 1967, período durante o qual teve de interromper os seus estudos. Tornou-se leitor de Língua Inglesa na Universidade de Coimbra em 1972. Foi redator e colaborador da revista Vértice.

Foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique em 3 de setembro de 2001 e homenageado pela Faculdade de Letras e Reitoria da Universidade de Coimbra em 2005, por ocasião dos quarenta anos da sua vida literária, tendo sido publicado um livro, "Homenagem a Cristóvão de Aguiar", coordenado pela Prof. Doutora Ana Paula Arnaut, o qual contém a generalidade das críticas e ensaios publicados sobre a obra do autor durante a sua vida literária.

A trilogia romanesca Raiz Comovida (1978-1981), acerca das comunidades açorianas, da emigração e da guerra colonial na Guiné, é a sua obra mais importante. Merece também realce a sua Relação de Bordo (1999-2004), em três volumes, um dos mais interessantes diários da literatura portuguesa.

Morreu a 5 de outubro de 2021, em Coimbra, aos 81 anos de idade.

 

in Wikipédia

Prece...

 

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

  
   
in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

Hoje é o dia da profissão sem a qual não havia outras profissões...

(imagem daqui)
   
O Dia Mundial do Professor celebra-se anualmente no dia 5 de outubro. O Dia Mundial do Professor homenageia todos os que contribuem para o ensino e educação da sociedade.

Este dia presta homenagem a todos aqueles que escolheram o ensino como forma de vida e que dedicam o seu dia-a-dia a ensinar, crianças, jovens e adultos.

A data foi criada pela UNESCO em 1994 com o objetivo de chamar atenção para o papel fundamental que os professores têm na sociedade e na instrução da população.

sexta-feira, outubro 04, 2024

Hoje foi dia de recordar um grande pintor que era músico - e vice-versa...

 

Hoje é dia de recordar Alfredo Keil, o compositor do nosso atual Hino, um monárquico e amigo do saudoso Rei D. Carlos I, um polímata extraordinário: músico (no tema aqui apresentado já se pode prever o nosso Hino...), pintor de renome e literato culto; foi uma perda enorme para o país a sua precoce morte...

Se a meteorologia permitir, vai haver coisas bonitas para ver no céu no fim de semana...

Vêm aí mais auroras este fim de semana. Explosão monstruosa gera enorme tempestade solar

 

 

Os cientistas antecipam uma enorme tempestade solar do tipo X que pode causar auroras desde quinta-feira a sábado.