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sábado, outubro 05, 2024

Prece...

 

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

  
   
in
Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

quinta-feira, outubro 05, 2023

Prece...

 

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

  
   
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Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

quarta-feira, outubro 05, 2022

Prece...

 

 

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

  
   
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Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

terça-feira, outubro 05, 2021

Prece...

 

 

Prece

Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.

Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.

Dá o sopro, a aragem - ou desgraça ou ânsia -
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância -
Do mar ou outra, mas que seja nossa!

  
   
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Mensagem (1934) - Fernando Pessoa

segunda-feira, junho 20, 2011

Xanana - 65 anos!


Alexandre Kay Rala "Xanana" Gusmão (Manatuto, 20 de Junho de 1946) é um político timorense e um dos principais activistas pela independência de seu país, tendo sido durante largos anos chefe da resistência timorense, durante a ocupação indonésia. Foi o primeiro presidente da República de Timor-Leste, ocupando actualmente o cargo de primeiro-ministro.


quinta-feira, janeiro 29, 2009

Poema alusivo à época

XIII

Faze que a vida seja o que te nega
A luta é tua - fá-la
Agora, os sonhos em farrapos,
melhor é a luta que pensá-la

Ergue com o vigor do teu pulso;
solda-o em aço
E da tua obra afirma:
- Sou o que faço.


in Sol de Agosto - João José Cochofel

quarta-feira, janeiro 28, 2009

Que a poesia guie a nossa luta

Renascer

Apesar das ruínas e da morte,
Onde sempre acabou cada ilusão,
A força dos meus sonhos é tão forte,
Que de tudo renasce a exaltação
E nunca as minhas mãos ficam vazias.


Sophia de Mello Breyner Andresen

terça-feira, janeiro 27, 2009

Poema alusivo à época

13

Veio a noite e tudo ficou enorme.
Veio a noite: mão gigante e silenciosa que passou.
Veio a noite e o povo inteiro dorme.
E o sonho dorme: queimaram-se as asas para voar.
Só o hálito da Mata, as almas penadas do Vale
e os cães nas ruas
soltam um brado de existência.
Veio a noite e tudo ficou igual.


in Terra (Novo Cancioneiro) - Fernando Namora


NOTA: Faz no próximo sábado 20 anos que morreu Fernando Namora - mas um poeta ou pensador nunca morre enquanto as suas palavras derem ânimo ao seu leitor...

quinta-feira, novembro 20, 2008

Post do Blog Em Defesa da Escola Pública

Como estamos (os professores portugueses...) num momento difícil, estou neste momento a trabalhar mais no Blog Em Defesa da Escola Pública (do leiriense Movimento Cívico Em Defesa da Escola Pública e da Dignidade da Docência) e onde escrevi, na sequência do Decreto dos Ovos Dominicais da Ministra da Educação, o seguinte post:

Sobre o momento actual da nossa luta


O momento é difícil mas, com um pouco de perseverança, os resultados hão-de chegar.

Se os alunos, com duas sessões de vergonhosa gemada, tiveram direito a um papelucho (assinado ao domingo e de legalidade duvidosa) com uma clarificação de uma Lei da Assembleia (que até merece a ovação do Pai dos Pais da Nação) então nós, docentes, que mais razões temos, certamente veremos em breve a luz no fundo do túnel...!

Todos sabemos que o processo está a decorrer com normalidade e nenhuma Escola suspendeu ou suspenderá a avaliação, que o PS está unido em torno da sua Ministra da Educação (sim, só pode ser deste partido, porque pela primeira vez os professores têm uma Ministra da Educação a que não se atrevem a dizer que é a sua Ministra...), que a equipa ministerial só pensa no bem da Escola Pública e de todos os seus actores principais, que o futuro é risonho e é tudo para o nosso bem, mas quando falo nisto só me lembro destas imagens:

sábado, novembro 15, 2008

Tiques autoritários, diz Manuel Alegre...


Com a devida vénia e sem comentários, publicamos o Editorial da revista ops! (revista de opinião socialista) escrito pelo poeta e deputado Manuel Alegre:


O lançamento do número 2 da revista ops!, dedicado à educação, ocorre depois de factos que não podem deixar de ser salientados: a eleição de Obama, que foi uma reafirmação da vitalidade da democracia americana, e que constitui em si mesma uma grande esperança para os Estados Unidos e o mundo; a manifestação que reuniu em Lisboa mais de cem mil professores em protesto contra o sistema de avaliação imposto pelo ministério; o alerta de 15 antigos reitores em carta enviado ao Presidente da República e ao Primeiro Ministro na qual alertam para o risco de ruptura financeira nas Universidades. E a resposta do ministro do Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), de que nas universidades há maus gestores.

Se a eleição de Obama é um facto de mudança, devemos ter consciência de que, num país como o nosso, o que faz mudar é a formação das pessoas, a educação, a cultura, a comunicação, a produção e divulgação científica, a inovação tecnológica e social. Tal não é viável num clima de tensão permanente entre o Ministério da Educação e os Professores, nem num ambiente de incompreensão entre o MCTES e as universidades.

Confesso que me chocou profundamente a inflexibilidade da Ministra e o modo como se referiu à manifestação, por ela considerada como forma de intimidação ou chantagem, numa linguagem imprópria de um titular da pasta da educação e incompatível com uma cultura democrática.

Confesso ainda que, tendo nascido em 1936 e tendo passado a vida lutar pela liberdade de expressão e contra o medo, estou farto de pulsões e tiques autoritários, assim como de aqueles que não têm dúvidas, nunca se enganam, e pensam que podem tudo contra todos.

O Governo redefiniu a reforma da educação como uma prioridade estratégica. Mas como reformar a educação, sem ou contra os professores? Em meu entender, não é possível passar do laxismo anterior a um excesso de burocracia conjugada com facilitismo. Governar para as estatísticas não é reformar. A falta da exigência da Escola Pública põe em causa a igualdade de oportunidades. Por outro lado, tudo se discute menos o essencial: os programas e os conteúdos do ensino. A Escola Pública e as Universidades têm de formar cidadãos e não apenas quadros para as necessidades empresariais. No momento em que começa a assistir-se no mundo a uma mudança de paradigma, esta é a questão essencial. É preciso apostar na qualificação como um recurso estratégico na economia do conhecimento, através da aquisição de níveis de preparação e competências alargados e diversificados. Não é possível avançar na democratização e na qualificação do sistema escolar se não se valorizar a Escola Pública, o enraizamento local de cada escola, a participação de todos os interessados na sua administração, a autonomia e responsabilidade de cada escola na aplicação do currículo nacional, a educação dos adultos, a autonomia das universidades e politécnicos.

Não aceito a tentativa de secundarizar e diminuir o papel do Estado no desenvolvimento educacional do nosso país. Sou a favor da gestão democrática das escolas, com participação dos professores, dos estudantes, dos pais, das autarquias. Defendo um forte financiamento público e um razoável valor de propinas, no ensino superior, acompanhado de apoio social correctivo sempre que necessário. E sou a favor do aumento da escolaridade obrigatória para doze anos. Devem ser criadas condições universais de acesso à escolaridade obrigatória, nomeadamente através de transporte público gratuito e fornecimento de alimentação. O abandono escolar precoce deve ser combatido nas suas causas sociais, culturais e materiais.

Não se pode reformar a educação tapando os ouvidos aos protestos e às críticas. É preciso saber ouvir e dialogar. É preciso perceber que, mesmo que se tenha uma parte da razão, não é possível ter a razão toda contra tudo e contra todos. Tal não é possível em Democracia.

quarta-feira, novembro 12, 2008

Dont Let The Sun Go Down On Me - música para professores

Don't let the Sun go down on me - George Michael/Elton John


I can't light no more of your darkness
All my pictures seem to fade to black and white
I'm growing tired and time stands still before me
Frozen here on the ladder of my life

Too late to save myself from falling
I took a chance and changed your way of life
But you misread my meaning when I met you
Closed the door and left me blinded by the light

Don't let the sun go down on me
Although I search myself, it's always someone else I see
I'd just allow a fragment of your life to wander free
But losing everything is like the sun going down on me

I can't find, oh the right romantic line
But see me once and see the way I feel
Don't discard me just because you think I mean you harm
But these cuts I have they need love to help them heal

sábado, novembro 08, 2008

Música alusiva à data...

U2, Beautiful Day



The heart is a bloom
Shoots up through the stony ground
There's no room
No space to rent in this town

You're out of luck
And the reason that you had to care
The traffic is stuck
And you're not moving anywhere

You thought you'd found a friend
To take you out of this place
Someone you could lend a hand
In return for grace

It's a beautiful day
Sky falls, you feel like
It's a beautiful day
Don't let it get away

You're on the road
But you've got no destination
You're in the mud
In the maze of her imagination

You love this town
Even if that doesn't ring true
You've been all over
And it's been all over you

It's a beautiful day
Don't let it get away
It's a beautiful day

Touch me
Take me to that other place
Teach me
I know I'm not a hopeless case

See the world in green and blue
See China right in front of you
See the canyons broken by cloud
See the tuna fleets clearing the sea out
See the Bedouin fires at night
See the oil fields at first light
And see the bird with a leaf in her mouth
After the flood all the colors came out

It was a beautiful day
Don't let it get away
Beautiful day

Touch me
Take me to that other place
Reach me
I know I'm not a hopeless case

What you don't have you don't need it now
What you don't know you can feel it somehow
What you don't have you don't need it now
Don't need it now
Was a beautiful day

Sangue oculto

Sangue oculto - GNR


Há luz na artéria principal
Ardem chamas de dois sóis
À luta na arena artificial
Corre o sangue mato-me primeiro e a ti depois

Ao fugir duma investida
É como saltar a fogueira
Uma barragem de fogo uma fronteira

Ao fugir da própria vida sem
Sem correr e sem saltar
Oculto o sangue que tenho para dar

Al huir de una investida
Es como saltar una hogueira
La barreira de fuego una fronteira

Al dejar la propria vida
Sin volver la pista atras
Guardaré la sangre que tengo para dar

Flores como la sangre
Correran entre mis venas
Ardem como el deseo
Tu prision y mis cadenas

sábado, outubro 11, 2008

1.500 posts...!



Queremos comemorar assim o post n.º 1.500 deste Blog, num grito de socorro a que penso todos os Geopedrados (e Geólogos) se associarão... Este Blog é livre e democrático e enquanto o for defenderá causas e pensará nos mais fracos. Como professor só me posso congratular com o facto de em breve os professores voltarem a Lisboa para gritar a sua revolta: DEIXEM-NOS ENSINAR!

quinta-feira, outubro 02, 2008

Estes tristes tempos, a Escola Pública e os Professores

Dizem para aí que a 15 de Novembro os professores voltarão a marchar em Lisboa. Contem comigo, se os artistas que assinaram um certo documento em Abril passado, pouco mais de um mês depois de 100.000 de nós termos marchado em Lisboa, pedirem desculpa à classe. É que aquilo que estamos a passar era escusado. Mesmo assim, há quem não abdique de continuar a luta, como os colegas de uma Escola (e viva Ourique...!) que exigem a interrupção da aplicação do actual modelo de avaliação.

É preciso não esmorecer, levar até ao fim a luta e denunciar tudo o que de errado foi introduzido na Escola Pública por esta actual equipa ministerial. É preciso mostrar a todos que o Estatuto do Aluno é no mínimo criminoso, que as Novas Oportunidades são uma farsa, que o Modelo de Gestão das Escolas é anticonstitucional e antidemocrático, que o Estatuto da Carreira Docente é uma vergonha, que a quantidade de burocracia que impuseram às Escolas as impede de educar e ensinar, que computadores e hardware não conseguem ensinar sozinhos, que a gestão economicista das Escolas será muito cara pelos custos que irá impor no futuro ao país, que não nos compram por nos oferecerem um portátil, uma trela e um açaime, que os deficientes e alunos com necessidades educativas merecem apoio e respeito, que o ensino da Música não pode ser gerido como quem gere uma tasca, que os professores e funcionários das Escolas não são burros de carga que tudo aguentam...

Há que levantar a cabeça e dizer o que já não esperam que nós consigamos dizer - que isto tudo é uma aldrabice e que já chega!