quarta-feira, julho 24, 2024

Machu Picchu foi (re)descoberto há 113 anos


Machu Picchu
, em quíchua Machu Pikchu, "velha montanha", também chamada "cidade perdida dos Incas", é uma cidade pré-colombiana bem conservada, localizada no topo de uma montanha, a 2400 metros de altitude, no vale do rio Urubamba, atual Peru. Foi construída no século XV, sob as ordens de Pachacuti. O local é, provavelmente, o símbolo mais típico do Império Inca, quer devido à sua original localização e características geológicas, quer devido à sua descoberta tardia em 1911. Apenas cerca de 30% da cidade é de construção original, o restante foi reconstruido. As áreas reconstruidas são facilmente reconhecidas, pelo encaixe entre as pedras. A construção original é formada por pedras maiores, e com encaixes com pouco espaço entre as rochas.
Consta de duas grandes áreas: a agrícola formada principalmente por terraços e recintos de armazenagem de alimentos; e a outra urbana, na qual se destaca a zona sagrada com templos, praças e mausoléus reais.
A disposição dos prédios, a excelência do trabalho e o grande número de terraços para agricultura são impressionantes, destacando a grande capacidade daquela sociedade. No meio das montanhas, os templos, casas e cemitérios estão distribuídos de maneira organizada, abrindo ruas e aproveitando o espaço com escadarias. Segundo a histórica inca, tudo planeado para a passagem do deus sol.
O lugar foi elevado à categoria de Património mundial da UNESCO, tendo sido alvo de preocupações devido à interação com o turismo por ser um dos pontos históricos mais visitados do Peru.
Há diversas teorias sobre a função de Machu Picchu, e a mais aceita afirma que foi um assentamento construído com o objetivo de supervisionar a economia das regiões conquistadas e com o propósito secreto de refugiar o soberano Inca e o seu séquito mais próximo, no caso de ataque.
Pela obra humana e pela localização geográfica, Machu Picchu é considerada Património Mundial pela UNESCO.

Foi o professor norte-americano Hiram Bingham quem, à frente de uma expedição da Universidade de Yale, redescobriu e apresentou ao mundo Machu Picchu em 24 de julho de 1911. Este antropólogo, historiador ou simplesmente, explorador aficionado da arqueologia, realizou uma investigação da zona depois de haver iniciado os estudos arqueológicos. Bingham criou o nome de "a Cidade Perdida dos Incas" através de seu primeiro livro, Lost City of the Incas. Porém, naquela época, a meta de Bingham era outra: encontrar a legendária capital dos descendentes dos Incas, Vilcabamba, tida como baluarte da resistência contra os invasores espanhóis, entre 1536 e 1572. Ao penetrar no canhão do Urubamba, Bingham, no desolado sítio de Mandorbamba, recebeu do camponês Melchor Arteaga o relato que no alto de cerro Machu Picchu existiam abundantes ruínas. Alcançá-las significava subir por uma inclinada ladeira coberta de vegetação.
Quando Bingham chegou à cidade pela primeira vez, obviamente encontrou a cidade tomada por vegetação nativa e árvores (e também era infestada de víboras).
Embora cético, conhecedor dos muitos mitos que existem sobre as cidades perdidas, Bingham insistiu em ser guiado ao lugar. Chegando ao cume, um dos meninos das duas famílias de pastores que residiam no local o conduziu aonde, efetivamente, apareciam imponentes construções arqueológicas cobertas pelo manto verde da vegetação tropical, em evidente estado de abandono há muitos séculos.
   

  

Poema para recordar o regresso da Apollo XI ao nosso planeta...

  

 

Satélite

 

Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionária de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.

 

Manuel Bandeira

Alexandre Dumas (Pai) nasceu há 222 anos

       
Alexandre Dumas conhecido como Alexandre Dumas, Pai (Villers-Cotterêts, 24 de julho de 1802 - Puys, 5 de dezembro de 1870) foi um romancista francês. Nasceu na região de Aisne, próximo a Paris. Era neto do marquês Alexandre Antoine Davy de la Pailleterie e de uma escrava (ou liberta, não se sabe ao certo...) negra, Marie-Césette Dumas. O seu pai foi Thomas Alexandre Davy de la Pailleterie, mais conhecido como General Dumas, grande figura militar de sua época.

Enquanto trabalhava em París, Dumas começou a escrever artigos para revistas e também peças para teatro. Em 1829 foi produzida sua primeira peça, Henrique III e a sua Corte, alcançando sucesso junto do público. No ano seguinte, sua segunda peça, Christine, também obteve popularidade e, portanto, tornou-se financeiramente capaz de trabalhar como escritor a tempo integral. Entretanto, em 1830, participou da revolução que depôs o rei Carlos X de França e substituiu-o no trono pelo ex-patrão de Dumas, o Duque de Orléans, que governaria com o nome de Luís Filipe de França, alcunhado de Rei Cidadão.
Até meados da década de 1830, a vida na França permaneceu agitada, com tumultos esporádicos em busca de mudanças promovidos por republicanos frustrados e trabalhadores urbanos empobrecidos. À medida que a vida retornava lentamente à normalidade, o país começou a industrializar-se e, com uma economia em crescimento, combinada com o fim da censura à imprensa, a vida recompensou as habilidades de escritor de Alexandre Dumas.
Após escrever mais algumas peças de sucesso, passou a dedicar-se aos romances. Apesar de ter um estilo de vida extravagante e sempre gastar mais do que ganhava, Dumas provou ser um divulgador astuto. Com a alta demanda dos jornais por romances em série, em 1838 simplesmente reescreveu uma de suas peças para criar a sua primeira série em romance. Intitulada "O Capitão Paulo" (em francês Le Capitaine Paul) levou-o a criar um estúdio de produção que lançou centenas de histórias, todas sujeitas à sua apreciação pessoal.
Em 1840, casou-se com uma atriz, Ida Ferrier, mas continuou a manter relações com outras mulheres, sendo pai de, pelo menos, três filhos fora do casamento. Um desses filhos, que recebeu o seu nome, seguiria seus passos na carreira de novelista e escritor de peças teatrais. Por causa do mesmo nome e da mesma profissão, para distinguir um do outro, um é chamado Alexandre Dumas pai (Alexandre Dumas, pére) e o outro Alexandre Dumas, filho (em francês, Alexandre Dumas, fils).
Alexandre Dumas, pai, escreveu romances e crónicas históricas com muita aventura que estimulavam a imaginação do público francês e de outros países nos idiomas para os quais foram traduzidos.
O seu trabalho como escritor rendeu-lhe muito dinheiro, porém Dumas vivia endividado por causa das mulheres e do seu estilo de vida. O grande e dispendioso château que construiu estava constantemente cheio de pessoas estranhas que se aproveitavam da sua generosidade. Com a deposição do rei Luís Filipe após uma revolta, não foi visto com bons olhos pelo presidente recém-eleito, Napoleão III, e, em 1851, Dumas teve que ir para Bruxelas para fugir aos seus credores. Dali viajou à Rússia, onde o francês era a segunda língua falada e as suas novelas também eram muito populares.
Dumas passou dois anos na Rússia antes de se mudar em busca de aventuras e inspiração para mais histórias. Em março de 1861, o reino da Itália foi proclamado, com Vítor Emanuel II como rei. Nos três anos seguintes, Alexandre Dumas envolver-se-ia na luta pela unificação de Itália, retornando a Paris em 1864.
Apesar do sucesso e das ligações aristocráticas de Alexandre Dumas, a sua vida sempre foi marcada por ser mulato. Em 1843, escreveu uma curta novela intitulada Georges, que chamava atenção para alguns aspetos raciais e para os efeitos do colonialismo.

Reconhecimento póstumo
Sepultado no local onde nasceu, o corpo de Alexandre Dumas ficou no cemitério de Villers-Cotterêts até 30 de novembro de 2002. Sob as ordens do presidente francês Jacques Chirac, o seu corpo foi exumado e, numa cerimónia televisiva, o seu novo caixão, carregado por quatro homens vestidos como os mosqueteiros Athos, Porthos, Aramis e D'Artagnan, foi transportado em procissão solene até ao Panteão de Paris, o grande mausoléu onde grandes filósofos e escritores da França estão sepultados.
No seu discurso, o presidente Chirac disse: "Contigo, nós fomos D'Artagnan, Monte Cristo ou Balsamo, cavalgando pelas estradas da França, percorrendo campos de batalha, visitando palácios e castelos - contigo, nós sonhámos." Numa entrevista após a cerimónia, Chirac reconheceu o racismo que existiu, dizendo que um erro agora foi reparado, com o sepultamento de Alexandre Dumas ao lado dos companheiros autores Victor Hugo e Voltaire.
A honraria reconheceu que, apesar de a França ter produzido vários grandes escritores, nenhum deles foi tão lido quanto Alexandre Dumas. As suas histórias foram traduzidas em quase 100 idiomas, e inspiraram mais de 200 filmes.
  
D'Artagnan e os Mosqueteiros
      

Alphonsus Guimaraens nasceu há 154 anos

  
Alphonsus Guimaraens, pseudónimo de Afonso Henrique da Costa Guimarães (Ouro Preto, 24 de julho de 1870 - Mariana, 15 de julho de 1921) foi um escritor brasileiro.
A poesia de Alphonsus de Guimaraens é marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. Os seus sonetos apresentam uma estrutura clássica, e são profundamente religiosos e sensíveis na medida em que explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão e da inaptação ao mundo.
Contudo, o tom místico imprime em sua obra um sentimento de aceitação e resignação diante da própria vida, dos sofrimentos e dores. Outra característica marcante de sua obra é a utilização da espiritualidade em relação à figura feminina, que é considerada um anjo, ou um ser celestial. Alphonsus de Guimaraens é simultaneamente neo-romântico e simbolista.
Sua obra, predominantemente poética, consagrou-o como um dos principais autores simbolistas do Brasil. Traduziu também poetas como Stephane Mallarmé Em referência à cidade em que passou parte de sua vida, é também chamado de "o solitário de Mariana", a sua "torre de marfim do Simbolismo".
A sua poesia é quase toda voltada para o tema da morte da mulher amada. Embora preferisse o verso decassílabo, chegou a explorar outras métricas, particularmente a redondilha maior (terminado em sete sílabas métricas).
   
Biografia
Filho de Albino da Costa Guimarães, comerciante português, e de Francisca de Paula Guimarães Alvim, era sobrinho do poeta Bernardo de Guimarães.
Matriculou-se em 1887 no curso de Engenharia. Perdeu, prematuramente, a prima e noiva Constança, o que o abalou moral e fisicamente.
Foi, em 1894, para São Paulo, onde se matriculou no curso de Direito da Faculdade do Largo São Francisco, voltou a Minas Gerais e formou-se em Direito em 1894, na recém inaugurada Faculdade Livre de Direito de Minas Gerais, que na época funcionava em Ouro Preto. Em São Paulo, colaborou na imprensa e frequentou a Vila Kyrial, de José de Freitas Vale, onde se reuniam os jovens simbolistas. Em 1895, no Rio de Janeiro, conheceu Cruz e Souza, poeta do qual já admirava e tornou-se amigo pessoal. Também foi juiz substituto e promotor em Conceição do Serro (MG). No ano de 1897, casa-se com Zenaide de Oliveira. Posteriormente, em 1899, estreou na literatura com dois volumes de versos: Septenário das Dores de Nossa Senhora e Câmara Ardente, e Dona Mística; ambos de nítida inspiração simbolista.
Em 1900 passou a exercer a função de jornalista colaborando em "A Gazeta", de São Paulo. Em 1902 publicou Kyriale, sob o pseudónimo de Alphonsus de Guimaraens; esta obra o projetou no universo literário, obtendo assim um reconhecimento, ainda que restrito de alguns raros críticos e amigos mais próximos. Em 1903, os cargos de juízes-substitutos foram suprimidos pelo governo do estado; consequentemente Alphonsus perdeu também seu cargo de juiz, o que o levou a graves dificuldades financeiras.
Após recusar um posto de destaque no jornal A Gazeta, Alphonsus foi nomeado para a direção do jornal político Conceição do Serro, onde também colaboraria o seu irmão o poeta Archangelus de Guimaraens, Cruz e Souza e José Severino de Resende. Em 1906, tornou-se Juiz Municipal de Mariana, MG, para onde se transferiu com a sua esposa Zenaide de Oliveira, de quem teve 15 filhos, dois dos quais também escritores: João Alphonsus (1901 - 44) e Alphonsus de Guimaraens Filho (1918 - 2008).
Devido ao período que viveu em Mariana, ficou conhecido como "O Solitário de Mariana", apesar de ter vivido lá com a mulher e com os seus quinze filhos. O nome foi-lhe dado devido ao estado de isolamento completo em que viveu. A sua vida, nessa época, passou a ser dedicada basicamente às atividades de juiz e à elaboração da sua obra poética.
    

 

SETE DAMAS

Sete Damas por mim passaram.
E todas sete me beijaram.

E quer eu queira quer não queira.
Elas vêm cada sexta-feira.

Sei que plantaram sete ciprestes.
Nas remotas solidões agrestes.

Deixaram-me como um mendigo…
Se elas vão acabar comigo!

Todas, rezando os Sete Salmos.
No chão cavaram sete palmos.
 
 
Alphonsus Guimaraens

Amelia Earhart nasceu há 127 anos

  
Amelia Mary Earhart (Atchison, Kansas, 24 de julho de 1897 - desaparecida a 2 de julho de 1937) foi pioneira na aviação dos Estados Unidos, autora e defensora dos direitos das mulheres. Earhart foi a primeira mulher a receber a "The Distinguished Flying Cross", condecoração dada por ter sido a primeira mulher a voar sozinha sobre o oceano Atlântico. Estabeleceu diversos outros recordes, escreveu livros sobre suas experiências de voo, e foi essencial na formação de organizações para mulheres que desejavam pilotar.
Amelia desapareceu no oceano Pacífico, perto da Ilha Howland, enquanto tentava realizar um voo em redor do globo em 1937. Foi declarada morta no dia 5 de janeiro de 1939. O seu modo de vida, a sua carreira e o modo como desapareceu fascinam até hoje as pessoas.
      
      

Rosalind Franklin nasceu há 103 anos

        
Rosalind Elsie Franklin (Londres, 25 de julho de 1920 - Londres, 16 de abril de 1958) foi uma química britânica que contribuiu para o entendimento das estruturas moleculares do DNA, RNA, vírus, carvão mineral e grafite. Embora os seus trabalhos sobre o carvão e o vírus tenham sido apreciados em sua vida, as suas contribuições para a descoberta da estrutura do DNA tiveram amplo reconhecimento póstumo.
Nascida numa notável família judaica britânica, Franklin foi educada numa escola particular em Norland Place, no oeste de Londres, na Lindores School for Young Ladies em Sussex, e na St Paul's Girls' School, em Londres. Depois, ela estudou Ciências Naturais no Newnham College, Cambridge, na qual se formou em 1941. Com uma bolsa de estudos de pesquisa, começou a trabalhar no laboratório de fisico-química da Universidade de Cambridge sob a orientação de Ronald George Wreyford Norrish, que a desapontou pelo sua falta de entusiasmo. Felizmente, a British Coal Utilisation Research Association (BCURA) ofereceu-lhe o cargo de pesquisadora em 1942 e então ela começou seu trabalho com o carvão, o que a levou à conquista de um Doutoramento em 1945. Ela foi para Paris em 1947 como chercheur (pesquisadora pós-doutoral) sob orientação de Jacques Mering, no Laboratoire Central des Services Chimiques de l'Etat, onde se realizou como cristalógrafa de raios-X. Ela tornou-se pesquisadora associada no King's College London em 1951 e trabalhou em estudos de difração de raios X, que mais tarde contribuiria amplamente para a síntese da teoria da dupla hélice do DNA. Em 1953, depois de dois anos, devido ao desacordo com o diretor John Randall e com o colega Maurice Wilkins, foi obrigada a mudar para o Birkbeck College. Em Birkbeck, John Desmond Bernal, presidente do departamento de física, ofereceu-lhe uma equipe de pesquisa separada.
Franklin é mais conhecida pelo seu trabalho com imagens da difração de raios-X do DNA, particularmente pela foto 51, enquanto trabalhava no King's College, em Londres, que levou à descoberta da dupla hélice do DNA, da qual James Watson, Francis Crick e Maurice Wilkins compartilharam o Prémio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 1962. Watson sugeriu que seria ideal que Franklin fosse premiada com um Prémio Nobel de Química, juntamente com Wilkins, mas o Comité Nobel não faz indicações póstumas. Franklin nunca soube que as suas fotos foram as principais provas para a teoria da dupla hélice. Morreu em 1958, aos 37 anos, devido a um cancro de ovário.
Depois de terminar o seu trabalho com DNA, Franklin liderou o trabalho pioneiro em Birkbeck sobre as estruturas moleculares dos vírus. Aaron Klug, membro da sua equipa, continuou a sua pesquisa, ganhando o Prémio Nobel de Química em 1982. 
      

Jennifer Lopez nasceu há 55 anos...!

     
Jennifer Lynn Lopez (Nova Iorque, 24 de julho de 1969), também conhecida como J.Lo, é uma atriz, cantora, compositora, produtora musical, dançarina, estilista e produtora de televisão norte-americana de ascendência porto-riquenha. É a pessoa descendente de latino-americanos mais rica em Hollywood, de acordo com a revista Forbes e a artista hispânica mais influente nos Estados Unidos, de acordo com a lista dos cem hispânicos mais influentes, da revista People en Español.

 


A Apollo XI regressou à Terra há cinquenta e cinco anos...

 
Apollo XI foi a quinta missão tripulada do Programa Apollo e a primeira a realizar uma alunagem, no dia 20 de julho de 1969. Tripulada pelos astronautas Neil Armstrong, Edwin 'Buzz' Aldrin e Michael Collins, a missão cumpriu a meta proposta pelo Presidente John F. Kennedy em 25 de maio de 1961, quando, perante o Congresso dos Estados Unidos, afirmou que:

"Eu acredito que esta nação deve comprometer-se em alcançar a meta, antes do final desta década, de pousar um homem na Lua e trazê-lo de volta à Terra em segurança"

Presidente JFK, 25 de maio de 61

Composta pelo módulo de comando Columbia, o módulo lunar Eagle e o módulo de serviço, a Apollo XI, com seus três tripulantes a bordo, foi lançada do Cabo Canaveral, na Flórida, às 13.32 UTC de 16 de julho, na ponta de um foguetão Saturno V, sob o olhar de centenas de milhares de espetadores que enchiam estradas, praias e campos em redor do Centro Espacial Kennedy e de milhões de espetadores pela televisão em todo o mundo, para a histórica missão de oito dias de duração, que culminou com as duas horas e quarenta e cinco minutos de caminhada de Armstrong e Aldrin na Lua.
   

 

 

Columbia floats on the ocean as Navy divers assist in retrieving the astronauts
        
On July 24, the astronauts returned home aboard the Command Module Columbia just before dawn local time (16:51 UTC) at 13°19′N 169°9′W, in the Pacific Ocean 2,660 km (1,440 nmi) east of Wake Island, 380 km (210 nmi) south of Johnston Atoll, and 24 km (13 nmi) from the recovery ship, USS Hornet.
At 16:44 UTC the drogue parachutes had been deployed and seven minutes later the Command Module struck the water forcefully. During splashdown, the Command Module landed upside down but was righted within 10 minutes by flotation bags triggered by the astronauts. "Everything's okay. Our checklist is complete. Awaiting swimmers," was Armstrong's last official transmission from the Columbia. A diver from the Navy helicopter hovering above attached a sea anchor to the Command Module to prevent it from drifting. Additional divers attached flotation collars to stabilize the module and position rafts for astronaut extraction. Though the chance of bringing back pathogens from the lunar surface was considered remote, it was considered a possibility and NASA took great precautions at the recovery site. Divers provided the astronauts with Biological Isolation Garments (BIGs) which were worn until they reached isolation facilities on board the Hornet. Additionally astronauts were rubbed down with a sodium hypochlorite solution and the Command Module wiped with Betadine to remove any lunar dust that might be present. The raft containing decontamination materials was then intentionally sunk.
  
The crew of Apollo XI in quarantine after returning to Earth, visited by Richard Nixon
        

Adolfo Casais Monteiro morreu há 52 anos...

 

(imagem daqui)

 

Adolfo Victor Casais Monteiro (Porto, Massarelos, 4 de julho de 1908São Paulo, Perdizes, 24 de julho de 1972) foi um poeta, tradutor, crítico e novelista português.  

Nasceu no Porto, a 4 de julho de 1908, tendo sido batizado na igreja de Massarelos. Era filho de Adolfo de Paiva Monteiro, solicitador, e de D. Victória de Sousa Casais Monteiro, doméstica, ambos naturais do Porto.

Licenciou-se em Ciências Histórico-Filosóficas na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde foi colega de Agostinho da Silva e Delfim Santos, tendo-se formado em 1933. Foi também nessa cidade que iniciou como professor no Liceu Rodrigues de Freitas, até ao momento em que foi afastado da carreira docente, por motivos políticos, em 1937. Viria a exilar-se no Brasil em 1954, pelas mesmas razões.

Após o afastamento de Miguel Torga, Branquinho da Fonseca e Edmundo de Bettencourt, em 1930, Adolfo Casais Monteiro foi diretor da revista literária coimbrã Presença, juntamente com José Régio e João Gaspar Simões. A revista viria a extinguir-se em 1940, tendo provavelmente contribuído para o seu encerramento as opções políticas de Casais Monteiro. Foi preso diversas vezes, devido às suas opiniões políticas, adversas ao Estado Novo e dirigiu, sob anonimato, o semanário Mundo Literário em 1936 e 1937. Expulso do ensino, Casais Monteiro fixa-se em Lisboa, vivendo da literatura como autor, tradutor e editor. Tal como Agostinho da Silva ou Jorge de Sena, acabaria por partir para o Brasil, dado o seu estatuto de opositor ao Estado Novo, o qual não se adequavam à sua maneira de ser. Também dirigiu a revista Princípio (1930) e colaborou na revista de cinema Movimento (1933-1934) e nas revistas Sudoeste (1935), Prisma (1936-1941), Variante (1942-43) e Litoral (1944-1945).

Tendo participado nas comemorações do 4.º Centenário de Cidade de São Paulo, em 1954, Adolfo Casais Monteiro fixou-se no Brasil, lecionando desde então Literatura Portuguesa em diversas universidades brasileiras, designadamente na Universidade da Bahia (Salvador), até se fixar em 1962 na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Araraquara-SP. Escreveu por essa altura vários ensaios, ao mesmo tempo que escrevia, como crítico, para vários jornais brasileiros, tendo deixado contributos para o estudo de Fernando Pessoa e do grupo da "Presença".

Entre os seus trabalhos de tradução conta-se A Germânia, de Tácito, publicado em 1941. O seu único romance, Adolescentes, foi publicado em 1945.

A sua obra poética, iniciada em 1929 com "Confusão", foi influenciada pelo primeiro modernismo português, aproximando-se estilisticamente do esteticismo de André Gide. As suas críticas ao concretismo baseavam-se na ideia de que esta corrente estética promovia a impessoalidade, partindo da "mais pura das abstrações" na construção de uma "uma linguagem nova ao serviço de nada, uma pura linguagem, uma invenção de objetos - em resumo: um lindo brinquedo". Enquanto alguns autores o descrevem como independente do Surrealismo outros acentuam a influência que esta corrente estética teve no autor, como se pode verificar nos seus ensaios sobre autores como Jules Supervielle, Henri Michaux e Antonin Artaud (designando o último como "presença insustentável). Muita da sua obra poética dedica-se ao período histórico específico por ele vivido, como acontece no poema "Europa", de 1945, que foi lido pelo seu amigo e companheiro no Mundo Literário António Pedro aos microfones da BBC de Londres.

Casou no Porto, na 3.ª Conservatória do Registo Civil, a 8 de setembro de 1934, com Alice Pereira Gomes, também escritora, e irmã de Soeiro Pereira Gomes, da qual teve um filho, João Paulo Pereira Gomes Casais Monteiro.

Morreu a 24 de julho de 1972, na sua residência, no distrito de Perdizes, município de São Paulo, Brasil, vítima de problemas cardíacos.

A 10 de junho de 1992 foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, a título póstumo. 

 

in Wikipédia

Ato de Contrição

 

Pelo que não fiz, perdão!
Pelo tempo que vi, parado,
correr chamando por mim,
pelos enganos que talvez
poupando me empobreceram,
pelas esperanças que não tive
e os sonhos que somente
sonhando julguei viver,
pelos olhares amortalhados
na cinza de sóis que apaguei
com riscos de quem já sabe,
por todos os desvarios
que nem cheguei a conceber,
pelos risos, pelas lágrimas,
pelos beijos e mais coisas,
que sem dó de mim malogrei

— por tudo, vida, perdão!

 

Adolfo Casais Monteiro

Peter Sellers morreu há 44 anos...


Richard Henry "Peter" Sellers
  (Southsea, Hampshire, Inglaterra, 8 de setembro de 1925Londres, 24 de julho de 1980) foi um ator inglês.
Tornou-se famoso com a série de rádio da BBC The Goon Show, antes de se lançar numa carreira cinematográfica de sucesso. Sellers foi o mais famoso intérprete do inspetor Jacques Clouseau, da série A Pantera Cor-de-Rosa.
Sellers criou personagens antológicos, como o sinistro Dr. Strangelove (Doutor Fantástico), o inspetor Clouseau e o jardineiro Chance do filme Being There ("Muito Além do Jardim"). Na vida real, tinha uma relação estranha com a mãe dominadora e submeteu as suas mulheres e filhos a torturas psicológicas. Numa entrevista ele disse: "odeio tudo o que eu faço, não sei como vocês gostam".
    
(...)  
    

Em 1964, aos 38 anos, quando filmava a comédia de Billy Wilder Kiss Me, Stupid, Sellers sofreu uma série de ataques cardíacos (13 em alguns dias), que danificaram permanentemente o seu coração. A condição de Sellers deteriorou-se quando adiou tratamento médico adequado e optou por "curandeiros psíquicos". Ele também teve um pacemaker implantado no final de 1970, o que lhe trouxe problemas consideráveis.

Um jantar-reunião foi agendado em Londres, com os seus parceiros do The Goon Show, Spike Milligan e Harry Secombe, para finais de julho de 1980. Mas, em 22 de Julho, Sellers entrou em colapso a partir de um ataque cardíaco no seu quarto do hotel Dorchester e entrou em coma. Morreu num hospital de Londres, pouco depois da meia-noite, a 24 de julho de 1980, aos 54 anos. Foi socorrido pela sua quarta esposa, Lynne Frederick, e três filhos: Michael, Sarah e Vitória. No momento da sua morte, havia-lhe sido programada, naquele mês, uma cirurgia cardíaca em Los Angeles.


Otelo Saraiva de Carvalho morreu há três anos

    
Otelo Nuno Romão Saraiva de Carvalho (Maputo, ex-Lourenço Marques, 31 de agosto de 1936Lisboa, Lumiar, 25 de julho de 2021) foi um coronel de artilharia português, tendo sido um dos principais estrategas do 25 de Abril de 1974, tendo posteriormente fundado e dirigido a organização terrorista «Forças Populares 25 de Abril – FP-25».
  
Biografia
Foi capitão em Angola de 1961 a 1963 e também na Guiné entre 1970 e 1973, sendo um dos principais dinamizadores do movimento de contestação ao Decreto Lei nº 353/73, que deu origem ao Movimento dos Capitães e ao MFA. Entre 1964 a cerca de 1968, foi professor na "Escola Central de Sargentos" em Águeda.
Era o responsável pelo sector operacional da Comissão Coordenadora do MFA e foi ele quem dirigiu as operações do 25 de Abril, a partir do posto de comando clandestino instalado no Quartel da Pontinha.
Graduado em brigadeiro, foi nomeado Comandante-adjunto do COPCON e Comandante da região militar de Lisboa a 13 de julho de 1974, tendo passado a ser Comandante do COPCON a 23 de junho de 1975 (cargo que na prática já exercia desde setembro de 1974). Foi afastado destes cargos após os acontecimentos de 25 de novembro de 1975, por realizar de ânimo leve uma série de ordens de prisão e de maus tratos de elementos moderados.
Fez parte do Conselho da Revolução desde que este foi criado, a 14 de março de 1975, até dezembro de 1975. A partir de 30 de Julho do mesmo ano integra, com Costa Gomes e Vasco Gonçalves, o Diretório, estrutura política de cúpula durante o V Governos Provisório na qual os restantes membros do Conselho da Revolução delegaram temporariamente os seus poderes (mas sem abandonarem o exercício das suas funções).
Conotado com a ala mais radical do MFA, viria a ser preso em consequência dos acontecimentos do 25 de novembro. Solto três meses mais tarde, foi candidato às eleições presidenciais de 1976.
Em 1980 cria o partido Força de Unidade Popular (FUP) e volta a concorrer às eleições presidenciais de 1980.
Na década de 80 foi acusado de liderar a organização terrorista FP-25, responsável pelo assassinato de 17 pessoas. Foi detido em 1984.
Em 1985 foi julgado e condenado em tribunal pelo seu papel na liderança das FP-25 de Abril. Após ter apresentado recurso da sentença condenatória, ficou em prisão preventiva cinco anos, passando a aguardar julgamento em liberdade provisória. Mais tarde acusou o PCP de ter estado por trás da sua detenção e de ter feito com que ficasse em prisão preventiva tanto tempo. Acusou ainda alguns nomes então na Polícia Judiciária, como a actual directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, Cândida Almeida, então na PJ, de, devido à militância no PCP, ter estado por trás da sua detenção.
Em 1996 a Assembleia da República aprovou o indulto, seguido de uma amnistia para os presos do caso FP-25.


  
Otelo assume bigamia

Na biografia Otelo, o Revolucionário, o cérebro do 25 de abril assume a sua bigamia. De segunda a quinta-feira, vive com Filomena. De sexta a domingo, mora com Dina. As múltiplas facetas de um ícone.

Figura proeminente do Movimento dos Capitães, cérebro do plano operacional do 25 de Abril, importante chefe militar no período do PREC, todo poderoso comandante do Comando Operacional do Continente (COPCON) nesse período, duas vezes candidato à Presidência da República, duas vezes preso, uma das quais por envolvimento na rede terrorista Forças Populares 25 de Abril (FP-25), idolatrado por uns, odiado por outros, Otelo Saraiva de Carvalho, 75 anos, é o grande ícone vivo da revolução portuguesa.

Para figurar nas t-shirts das gerações do pós-revolução, falta-lhe, talvez, apenas, uma foto tão feliz como a que Alberto Korda captou de Che Guevara. E, depois, algum espírito empreendedor de uma qualquer marca comercial de vestuário... Mas a maior surpresa da sua biografia, agora dada à estampa, em livro, pela pena do jornalista Paulo Moura (Otelo, o Revolucionário, da D. Quixote, a lançar no próximo dia 25) é, afinal, uma história de amor.

Excessivo, inconvencional, indisciplinado, romântico, Otelo levou para a vida pessoal a transgressão que, nos anos da Revolução, o tornaram célebre. Na página 13 do livro de Paulo Moura, logo a abrir, o autor revela-nos a outra faceta do revolucionário: "Sente-se bem em família. Tanto, que tem duas. Casou cedo, com uma colega de liceu. Mais tarde, na prisão, teve outro amor. Não foi capaz de abandonar a primeira mulher, nem a segunda. (...) Otelo assume as suas duas mulheres. Aparece em público com elas, não mente a nenhuma, trata-as por igual. Também nisso é organizado. De segunda a quinta vive numa casa; sexta, sábado e domingo passa-os na outra."
  
in Visão
 

Forças Populares 25 de Abril (FP-25) foram uma organização armada clandestina de extrema-esquerda que operou em Portugal entre 1980 e 1987.
Parte significativa dos seus militantes procediam das antigas Brigadas Revolucionárias e, ainda que em menor número, da LUAR e da ARA.
Entre 1980 e 1987, as FP 25 foram diretamente responsáveis por 13 mortes - às quais acrescem ainda as mortes de 4 dos seus operacionais - dezenas de atentados a tiro e com explosivos e de assaltos a bancos,viaturas de transporte de valores, tesourarias da fazenda pública e empresas.
No plano legal o julgamento dos atos imputados à organização foi incompleto, quer por prescrição de alguns dos processos, quer pela dificuldade em identificar os autores materiais dos factos.
A figura mais conhecida vinculada às FP-25 foi Otelo Saraiva de Carvalho.

Cronologia das FP-25
Março de 1980 - formação da coligação Força de Unidade Popular;
20 de abril de 1980 - apresentação pública da organização Forças Populares 25 de Abril com o rebentamento por todo o país de dezenas de engenhos explosivos de fraca potência contendo o documento “Manifesto ao Povo Trabalhador”;
Maio de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos no Cacém, que resulta na morte do soldado da GNR, Henrique Hipólito, durante a confrontação com elementos da organização;
Maio de 1980 - morte de militar da GNR, Agostinho Francisco Ferreira, durante a detenção de elementos de um comando da organização em Martim Longo, Algarve;
Maio de 1980 - atentado frustrado com explosivos em Bragança;
Julho de 1980 - destruição por incêndio de viaturas da PSP;
Julho de 1980 - assalto à Conservatória do Registo Civil de Vila Nova de Gaia, para roubo de impressos para bilhetes de identidade;
Setembro de 1980 - rebentamento de explosivos no consulado e na embaixada do Chile, respetivamente no Porto e em Lisboa;
Outubro de 1980 - rebentamento de explosivos nas sedes dos ex-Comandos em Faro e Guimarães; esta associação era considerada pelas FP-25 como a tropa de choque das desocupações de terras no Alentejo;
Outubro de 1980 - assalto simultâneo a dois bancos na Malveira na sequência do qual são mortos dois elementos da organização (Vítor David e Carlos Caldas) e um cliente de um dos bancos (José Lobo dos Santos), ficando ainda feridos dois elementos da população local;
Inicio de 1981 - atentado com explosivos na filial do Banco do Brasil em Lisboa que causa um ferido;
Março de 1981 - ferimentos ligeiros num comerciante da Malveira (Fernando Rolo) acusado de ser o autor dos disparos que causam a morte de um dos elementos da organização aquando de um assalto frustrado naquela povoação, em outubro do ano anterior;
Março de 1981 - disparos nas pernas de um dos administradores da empresa SAPEC, no Dafundo, na sequência de conflitos laborais na empresa;
Março de 1981 - assalto a um banco na Trofa;
Abril de 1981 - ação de solidariedade para com o Exército Republicano Irlandês, cuja bandeira é hasteada numa sucursal da British Airways no Porto;
Maio de 1981 - disparo de um rocket no interior do Royal British Club em Lisboa, em solidariedade com o Exército Republicano Irlandês;
Julho de 1981 - disparos sobre o diretor-delegado da empresa Standard Elétrica em Cascais causando-lhe ferimentos ligeiros; na mesma ação é ferido o seu motorista; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos despedimentos e conflitos laborais que afetavam a empresa;
Julho de 1981 - roubo de explosivos de uma empresa de construção, nos arredores de Coimbra;
Julho de 1981 - assalto a um banco de Vila da Feira;
Meados de 1981 - assalto a um banco de Leça do Balio;
Outubro de 1981 - disparos nas pernas de um administrador da empresa Carides, em Vila Nova de Famalicão; a acção é justificada como uma resposta aos salários em atraso e aos despedimentos efetuados na empresa;
Outubro de 1981 - morte de dois militares (Adolfo Dias e Evaristo Ouvidor da Silva) da GNR vitimas da explosão de um carro armadilhado em Alcaínça, arredores da Malveira; a ação inseria-se ainda no processo de retaliação relativo às mortes de dois elementos (Vítor David e Carlos Caldas) da organização num assalto a um banco desta localidade;
Outubro de 1981 - morte de um elemento da organização (António Guerreiro) na sequência de um assalto a um banco na Póvoa de Santo Adrião; no mesmo assalto é morto um transeunte (Fernando de Abreu) que, armado de pistola, faz frente aos elementos da organização;
Dezembro de 1981 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Alcácer do Sal;
Finais de 1981 - atentados com explosivos nos postos da GNR do Fundão e da Covilhã;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos ao posto da GNR do Cacém;
Janeiro de 1982 - atentado com explosivos à residência de um industrial no Cacém;
Janeiro de 1982 - assalto a uma carrinha de transporte de valores;
Abril de 1982- atentados com explosivos sobre o automóvel e a residência de dois administradores da empresa SAPEC;
Junho de 1982 - disparos sobre a viatura onde se deslocavam dirigentes da cooperativa “Boa Hora”;
Agosto de 1982 - atentado com explosivos colocados numa viatura, em Montemor-o-Novo;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Pataias;
Outubro de 1982 - assalto a um banco em Cruz da Légua;
Outubro de 1982 - assalto a uma empresa de Vila Nova de Gaia;
Dezembro de 1982 - um militante da organização evade-se da cadeia de Pinheiro da Cruz, em Grândola;
Dezembro de 1982 - atentado mortal sobre o administrador da Fábrica de Louças de Sacavém, Diamantino Monteiro Pereira, em Almada; a organização justifica a ação como uma resposta aos graves conflitos laborais e despedimentos verificados na empresa;
Janeiro de 1983 - elementos da organização libertam da prisão um militante das FP-25, em Coimbra;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco em Espinho;
Fevereiro de 1983 - assalto a um banco no Carregado;
Abril de 1983 - assalto a um banco no Tramagal;
Junho de 1983 - assalto a uma empresa;
Agosto de 1983 - assalto a um banco de Matosinhos;
Setembro de 1983 - assalto a uma empresa, em Pereiró;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos ao posto da GNR de Leiria;
Novembro de 1983 - atentado com explosivos visando um administrador da empresa Cometna;
Novembro de 1983 - atentados com explosivos em residências de empresários na Cruz de Pau e Seixal;
Dezembro de 1983 - atentado com explosivos a instalações bancárias em Leiria e Caldas da Rainha;
Dezembro de 1983 - rebentamento de engenhos explosivos com difusão de panfletos em Setúbal;
Janeiro de 1984 - assalto a um banco em Caneças;
Janeiro de 1984 - atentado com explosivos visando administradores das empresas Entreposto, Tecnosado e Tecnitool;
Janeiro de 1984 - atentado a tiro contra a residência do administrador da empresa Ivima, na Marinha Grande;
Janeiro de 1984 - assalto a uma viatura de transporte de valores na Marinha Grande, que resulta em ferimentos graves (paraplegia num dos casos) em dois dos seus ocupantes;
Fevereiro de 1984 - atentados com explosivos, visando empresários na Covilhã e Castelo Branco;
Fevereiro de 1984 - assalto a uma carrinha de transporte de valores que resulta no roubo de 108.000 contos, em Lisboa;
Abril de 1984 - atentado com explosivos em Évora;
Abril de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agricultor em S. Manços, Alentejo; os efeitos da explosão provocam a morte de uma criança de 4 meses de idade (Nuno Dionísio);
Maio de 1984 - sabotagem da Estrada Nacional nº1 através do lançamento de pregos na via;
Maio de 1984 - atentado mortal contra o administrador da empresa Gelmar, Rogério Canha e Sá, em Santo António dos Cavaleiros; a ação é justificada pela organização como uma resposta aos sucessivos despedimentos e falências registados não só na Gelmar como em outras unidades fabris onde o referido administrador havia exercido funções;
Junho de 1984 - atentado a tiro, causando ferimentos graves, contra o administrador Arnaldo Freitas de Oliveira, da empresa Manuel Pereira Roldão, em Benfica; a organização justifica a ação, que deveria resultar na morte do referido administrador, como uma punição pelas alegadas irregularidades e despedimentos verificados na referida empresa;
Junho de 1984 - operação policial ‘Orion’ destinada a desmantelar a organização e da qual resultaria a detenção de cerca de quarenta pessoas, a maior parte das quais militantes e dirigentes da Frente de Unidade Popular;
Agosto de 1984 - atentado frustrado, com explosivos, numa serração de Proença-a-Nova, resultando em ferimentos graves no elemento da organização que se preparava para os colocar;
Setembro de 1984 - disparos sobre o posto da GNR de Barcelos, na sequência de uma carga desta força policial sobre populares que se manifestavam contra a poluição emitida por uma fábrica de barros contígua;
Setembro de 1984 - disparos nas pernas do proprietário da empresa Cerâmica Modelar, António Liquito, em Barcelos; a organização justifica a ação como uma punição pela recusa do empresário em regularizar uma situação de emissão de resíduos que afetava a população local;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na residência de um agrário, no Alentejo;
Setembro de 1984 - atentados com explosivos em residências de agrários em Montemor-o-Novo;
Setembro de 1984 - atentado com explosivos na Penitenciária de Coimbra;
Janeiro de 1985 - ataque falhado com granadas de morteiro contra navios da NATO ancorados no rio Tejo, em Lisboa;
Março de 1985 - atentado mortal sobre o empresário da Marinha Grande, Alexandre Souto, levado a cabo no recinto da Feira Internacional de Lisboa; a organização justifica a ação como uma resposta à morte de um sindicalista da Marinha Grande alegadamente morto pelo empresário na sequência de uma disputa pessoal;
Abril de 1985 - na sequência de uma operação da Polícia Judiciária perto da Maia, são detidos três operacionais da organização e um quarto (Luís Amado) é morto a tiro;
Julho de 1985 - atentado mortal sobre um dos ‘arrependidos’ da organização (José Barradas), no Monte da Caparica, Almada;
Setembro de 1985 - fuga do Estabelecimento Prisional de Lisboa de um grupo de presos da organização;
Fevereiro de 1986 - atentado mortal sobre o Diretor-Geral dos Serviços Prisionais, Gaspar Castelo Branco, em Lisboa; a ação é justificada pela organização como uma resposta às duras condições de detenção dos seus militantes e à alegada intransigência dos Serviços Prisionais na pessoa do seu Diretor-Geral;
Abril de 1986 - disparos sobre a esquadra da PSP dos Olivais em retaliação pelos alegados maus tratos aí sofridos por um elemento da organização aquando da sua detenção; desta ação resulta um ferido ligeiro;
Setembro de 1986 - atentado com explosivos a um empreendimento turístico no Algarve; esta ação é reivindicada pela ORA (Organização Revolucionária Armada), um grupo formado por dissidentes das Forças Populares 25 de Abril;
Agosto de 1987 - morte do agente da PJ Álvaro Militão, durante a detenção de elementos da organização, em Lisboa;
Meados de 1992 - detenção dos últimos militantes ainda clandestinos;
1996 - É aprovada pela Assembleia da República e promulgada por Mário Soares, então Presidente da República, uma amnistia relativa ao caso FUP-FP-25, amnistia que exclui os chamados "crimes de sangue".

terça-feira, julho 23, 2024

Porque uma Guitarra não morre enquanto for recordada...

Em vez de aranhas, a NASA quer abelhas em Marte...!

A NASA quer enviar um enxame de abelhas robô para Marte

  


O projeto Marsbee inspira-se nas características de voo das borboletas e pretende criar um enxame de abelhas robô preparadas para explorar o planeta vermelho.

O Instituto de Conceitos Avançados da NASA (NIAC) é pioneiro numa nova abordagem à exploração de Marte: um enxame de abelhas-robô. Estes minúsculos exploradores robóticos, inspirados na natureza, poderão ultrapassar os desafios únicos de voar no Planeta Vermelho.

A NASA já teve sucesso com robots aéreos em Marte. O helicóptero Ingenuity, por exemplo, excedeu largamente as expetativas, completando 72 voos ao longo de mais de 1000 dias marcianos, apesar de ter sido concebido para apenas cinco voos. Este sucesso, no entanto, realçou as dificuldades de voo em Marte, onde a gravidade é apenas um terço da da Terra e a atmosfera é incrivelmente fina, com apenas 1% da pressão à superfície da Terra.

Neste ambiente desafiante, um enxame de robôs modelados a partir de animais voadores pode prosperar. A ideia inspira-se em criaturas como a borboleta monarca e o albatroz errante, conhecidos pelos seus voos de longo alcance, apesar do seu tamanho. Estas proezas devem-se, em parte, ao facto de as suas asas serem leves e flexíveis, o que contribui para um voo eficiente em termos energéticos e para a adaptação a atmosferas instáveis, escreve o IFLScience.

O projeto Marsbee pretende reproduzir estas eficiências naturais. As abelhas de Marte, mais ou menos do tamanho de abelhas mas com asas semelhantes às das cigarras, seriam equipadas com sensores e dispositivos de comunicação.

Recolheriam dados e transmiti-los-iam a um rover que lhes serviria de base. Concebidos para serem eficientes em termos energéticos, espera-se que estes robôs consigam uma duração de voo de cerca de 16 minutos.

Os resultados preliminares indicam que um robô do tamanho de um abelhão com asas de cigarra pode gerar uma elevação suficiente na fina atmosfera de Marte. A utilização de estruturas de asas compatíveis e de mecanismos inovadores de recolha de energia reduz significativamente a potência necessária para o voo. Esta conceção não só garante um voo eficiente, como também torna as Marsbees leves e robustas.

A leveza das Marsbees oferece vantagens significativas para as missões espaciais. O seu tamanho reduzido permite uma maior flexibilidade nas configurações de carga útil para as naves espaciais interplanetárias. Além disso, uma abordagem de enxame assegura que, se um robô falhar, os outros podem continuar a missão, aumentando a robustez geral do sistema.


in ZAP

A China está a preparar uma sonda para desviar, da sua órbita, um asteroide...

Missão da China vai ao Espaço para desviar um asteroide próximo da Terra

 

 

A China está a tentar entrar no negócio da defesa planetária. Segundo um documento da CNSA, a Administração Espacial Nacional da China, em 2030 o país planeia realizar uma missão de teste para desviar um pequeno asteroide da sua rota atual.

Se é para haver uma corrida espacial, o objetivo de desenvolver uma forma de proteger a Terra de asteroides desordeiros é um dos mais benignos.

Assumindo, claro, que ninguém tem a ideia de usar esse tipo de tecnologia para desviar os asteroides para a Terra - algo que, salienta o New Atlas, entra no território dos vilões dos filmes de James Bond.

A Terra é atingida por objetos do espaço até 50 vezes por dia. Não que isso importe muito, porque a maior parte deles são do tamanho de grãos de areia.

No entanto, em raras ocasiões, objetos muito maiores atingem-nos e, em ocasiões extremamente raras, estes objetos são suficientemente grandes para causar eventos catastróficos como a extinção dos dinossauros - os chamados Extinction Level Events.

Mesmo um asteroide de tamanho médio pode causar danos tremendos. Nem sequer precisa de atingir o solo.

Em 2013, um meteoro explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, com a força de uma bomba nuclear de 500 quilotoneladas, partindo janelas e danificando edifícios no solo. Em 1908, um asteroide explodiu sobre Tunguska, na Sibéria, com uma força de até 50 megatoneladas.

Em ambos os casos (e noutros), a humanidade teve muita, muita sorte. Mas a sorte não é a melhor base para planear o futuro, pelo que, atualmente, existe um grande interesse em encontrar formas de identificar, traçar e desviar asteroides potencialmente perigosos antes de se tornarem uma ameaça ativa.

Num artigo recentemente publicado no Journal of Deep Space Exploration, a CNSA descreve uma missão planeada para demonstrar a capacidade da China para desviar um asteroide da sua rota.

O alvo é um asteroide próximo da Terra com cerca de 30 m de diâmetro, denominado 2015 XF261, que passou a menos de 50 milhões de km de nós a 9 de junho de 2024.

O objetivo da missão, que ainda não tem nome, não é apenas desviar o asteroide, mas também determinar a forma, tamanho, composição e estrutura do asteroide alvo, utilizando detetores espectrais e laser 3D, câmaras a cores de campo médio, radares de deteção e analisadores de partículas de poeira.

Estas observações terão lugar durante três a seis meses depois de a nave espacial entrar em órbita à volta do asteroide em 2030.

Depois de concluída a observação, será disparado um projétil cinético contra o asteroide e a nave espacial permanecerá na estação durante seis a 12 meses para medir os efeitos do impacto. Isto inclui a avaliação das alterações na órbita do asteroide, o estudo da cratera de impacto e a análise dos materiais ejetados.

A ideia de ir ao espaço desviar a rota de um asteroide que ameaça destruir a Terra está até agora no campo da ficção científica, e foi retratada em filmes como “Armageddon“, com Bruce Willis, e “Deep Impact“, com Morgan Freeman e Robert Duvall. A China vai dar um passo para a tornar realidade.

 

in ZAP

Música - e discurso... - adequados à data...


 

Discurso de Haile Selassie

Enquanto a filosofia que declara uma raça superior e outra inferior não for finalmente e permanentemente desacreditada e abandonada; enquanto não deixarem de existir cidadãos de primeira e segunda categoria de qualquer nação; enquanto a cor da pele de uma pessoa for mais importante que a cor dos seus olhos; enquanto não forem garantidos a todos por igual os direitos humanos básicos, sem olhar a raças, até esse dia, os sonhos de paz duradoura, cidadania mundial e governo de uma moral internacional irão continuar a ser uma ilusão fugaz, a ser perseguida, mas nunca alcançada. E igualmente, enquanto os regimes infelizes e ignóbeis que suprimem os nossos irmãos, em condições subumanas, em Angola, Moçambique e na África do Sul não forem superados e destruídos, enquanto o fanatismo, os preconceitos, a malícia e os interesses desumanos não forem substituídos pela compreensão, tolerância e boa-vontade, enquanto todos os africanos não se levantarem e falarem como seres livres, iguais aos olhos de todos os homens como são no Céu, até esse dia, o continente africano não conhecerá a Paz.
Nós, africanos, iremos lutar, se necessário, e sabemos que iremos vencer, pois somos confiantes na vitória do bem sobre o mal.

Parte do discurso de Haile Selassie na Assembleia Geral das Nações Unidas, 04/10/63

Saudades da sanfona de Dominguinhos...