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terça-feira, julho 23, 2024

A China está a preparar uma sonda para desviar, da sua órbita, um asteroide...

Missão da China vai ao Espaço para desviar um asteroide próximo da Terra

 

 

A China está a tentar entrar no negócio da defesa planetária. Segundo um documento da CNSA, a Administração Espacial Nacional da China, em 2030 o país planeia realizar uma missão de teste para desviar um pequeno asteroide da sua rota atual.

Se é para haver uma corrida espacial, o objetivo de desenvolver uma forma de proteger a Terra de asteroides desordeiros é um dos mais benignos.

Assumindo, claro, que ninguém tem a ideia de usar esse tipo de tecnologia para desviar os asteroides para a Terra - algo que, salienta o New Atlas, entra no território dos vilões dos filmes de James Bond.

A Terra é atingida por objetos do espaço até 50 vezes por dia. Não que isso importe muito, porque a maior parte deles são do tamanho de grãos de areia.

No entanto, em raras ocasiões, objetos muito maiores atingem-nos e, em ocasiões extremamente raras, estes objetos são suficientemente grandes para causar eventos catastróficos como a extinção dos dinossauros - os chamados Extinction Level Events.

Mesmo um asteroide de tamanho médio pode causar danos tremendos. Nem sequer precisa de atingir o solo.

Em 2013, um meteoro explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, com a força de uma bomba nuclear de 500 quilotoneladas, partindo janelas e danificando edifícios no solo. Em 1908, um asteroide explodiu sobre Tunguska, na Sibéria, com uma força de até 50 megatoneladas.

Em ambos os casos (e noutros), a humanidade teve muita, muita sorte. Mas a sorte não é a melhor base para planear o futuro, pelo que, atualmente, existe um grande interesse em encontrar formas de identificar, traçar e desviar asteroides potencialmente perigosos antes de se tornarem uma ameaça ativa.

Num artigo recentemente publicado no Journal of Deep Space Exploration, a CNSA descreve uma missão planeada para demonstrar a capacidade da China para desviar um asteroide da sua rota.

O alvo é um asteroide próximo da Terra com cerca de 30 m de diâmetro, denominado 2015 XF261, que passou a menos de 50 milhões de km de nós a 9 de junho de 2024.

O objetivo da missão, que ainda não tem nome, não é apenas desviar o asteroide, mas também determinar a forma, tamanho, composição e estrutura do asteroide alvo, utilizando detetores espectrais e laser 3D, câmaras a cores de campo médio, radares de deteção e analisadores de partículas de poeira.

Estas observações terão lugar durante três a seis meses depois de a nave espacial entrar em órbita à volta do asteroide em 2030.

Depois de concluída a observação, será disparado um projétil cinético contra o asteroide e a nave espacial permanecerá na estação durante seis a 12 meses para medir os efeitos do impacto. Isto inclui a avaliação das alterações na órbita do asteroide, o estudo da cratera de impacto e a análise dos materiais ejetados.

A ideia de ir ao espaço desviar a rota de um asteroide que ameaça destruir a Terra está até agora no campo da ficção científica, e foi retratada em filmes como “Armageddon“, com Bruce Willis, e “Deep Impact“, com Morgan Freeman e Robert Duvall. A China vai dar um passo para a tornar realidade.

 

in ZAP

sexta-feira, agosto 12, 2022

Hoje é o pico da Chuva de Estrelas das Perseidas

Imagem adaptada daqui

Em ano mau para a sua observação, pois apesar do bom tempo, a Lua está quase cheia, esta é uma noite para observar o céu e olhar em direção à constelação de Perseu, sentado ou deitado para abarcar o máximo possível da abóbada celeste.
 
 
As Perseidas ou Perséiades são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseus. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejetadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem atualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862.
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de Julho, registando-se a maior atividade entre os dias 8 e 14 de agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajetória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afetado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a atividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23h, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.

quinta-feira, agosto 12, 2021

Hoje é o pico da Chuva de Estrelas Perseidas

Imagem adaptada daqui

Em ano bom para a sua observação, dado o bom tempo e a Lua estar abaixo de quarto crescente, muito prejudicadas pela Lua (quase) Cheia, esta é uma noite para observar o céu e olhar em direcção à constelação de Perseu, sentado ou deitado para abarcar o máximo possível da abóbada celeste.
 
 
As Perseidas ou Perséiades são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseus. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejectadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem actualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862.
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de Julho, registando-se a maior actividade entre os dias 8 e 14 de Agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajectória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afectado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a actividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23h, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.

domingo, novembro 10, 2013

E, afinal, como pensava Astérix, o Céu bem nos pode cair em cima...

Cientistas contam a história do bólide vindo do céu que abalou Cheliabinsk em fevereiro

Este meteorito com cerca de quatro centímetros de diâmetro foi um dos fragmentos a atingir o chão

Uma análise pormenorizada do que aconteceu em Cheliabinsk leva os especialistas a especular que eventos como este - que põem em perigo as populações e as construções - poderão ser bastante mais frequentes do que se pensava.

Imagine um prédio de seis andares a cair do céu e a explodir por cima da sua cabeça. Foi essa a experiência que terão vivido, há nove meses, os habitantes de Cheliabinsk - cidade da região dos Montes Urais, na Rússia -, quando um bocado de asteróide com 19 metros de diâmetro se abateu sobre eles sem pré-aviso. Com base numa diversidade de informações recolhidas na altura, três estudos - dois publicados na revista Nature de quinta-feira e um outro na revista Science de sexta-feira - contam com grande pormenor a história do bólide de Cheliabinsk. E os resultados sugerem que o que lá aconteceu poderá voltar a acontecer noutro sítio mais cedo do que previsto.
Recorde-se que, por volta das 09.00 (05.00 horas em Lisboa) de 15 de fevereiro, um rasto de fogo cruzou o céu e explodiu numa bola incandescente. Segundos depois, ouviu-se um forte estrondo e uma onda de choque percorreu o ar, partindo vidros, abanando automóveis. No fim do dia, contavam-se 1.200 feridos. O estado de emergência foi declarado.
Muitas pessoas filmaram na altura o fenómeno com telemóveis ou câmaras instaladas nos tabliers dos carros. E foi em parte graças a estes vídeos que foi possível reconstituir a sequência de eventos assustadores que tiveram lugar naquela gélida manhã de Inverno.
O que se sabe hoje: uma rocha de 12 mil toneladas entrou na atmosfera terrestre a cerca de 70 mil quilómetros por hora; desfez-se a uns 30 quilómetros de altitude, dando origem a uma bola de fogo cerca de 30 vezes mais brilhante do que o Sol, numa explosão de potência equivalente à de 500 mil toneladas de TNT que deixou rastos de poeira incandescente no céu. Um fragmento gigante, com cerca de 650 quilos, atingiu o solo, abrindo um buraco de sete metros de diâmetro no gelo do vizinho lago Chebarkul (de onde foi pescado em Outubro). Foi, ao que tudo indica, o maior meteoro a atingir a Terra desde 1908, quando um corpo celeste se desintegrou sobre Tunguska, uma zona não povoada da Sibéria.
Olga Popova, da Academia russa das Ciências, e Peter Jenniskens, da NASA, que assinam o artigo na Science juntamente com 57 colegas de nove países, contam que, nas semanas que se seguiram, visitaram mais de 50 aldeias e descobriram que os estragos se estendiam até a 90 quilómetros do “epicentro”. Já em Cheliabinsk, foram registados casos de escaldões e problemas oculares (devidos à intensa radiação ultravioleta emitida pela explosão); e de concussão, confusão mental e sinais de stress causados pela onda de choque. A força da explosão foi aliás suficiente para deitar pessoas ao chão.
Esta equipa também analisou a composição dos meteoritos recuperados no solo e conclui que o bólide de Cheliabinsk era uma rocha celeste da classe mais frequente: a dos “condritos comuns”. Os seus cálculos sugerem ainda que esta rocha provém da cintura de asteróides do sistema solar, mas Jenniskens especula, em entrevista à Science, que fazia inicialmente parte de um asteróide maior, que se terá fragmentado há cerca de 1,2 milhões de anos, provavelmente num anterior “encontro do terceiro grau” com a Terra.
Peter Brown, da Universidade do Ontário Ocidental, no Canadá — que assina ambos os estudos na Nature —, e colegas canadianos e checos confirmam esta ideia com base em vídeos da trajectória do meteoro de Cheliabinsk, que indicam que a sua órbita é semelhante à de um asteróide próximo da Terra, podendo isso significar que, a dada altura, os dois faziam parte do mesmo asteróide.
Mas os resultados mais inquietantes vêm do outro estudo assinado por Brown, que com uma outra equipa internacional tira duas conclusões do evento de Cheliabinsk: por um lado, que os modelos actuais de previsão dos estragos causados por este tipo de explosão aérea não correspondem às observações; e por outro, que o número de objectos com diâmetros da ordem das dezenas de metros que colidem com a Terra poderá ser até dez vezes maior do que se pensava.
“Os modelos actuais prevêem que um evento como o de Cheliabinsk poderia acontecer com intervalos de 120 a 150 anos, mas os nossos dados mostram que essa frequência poderá estar mais próxima dos 30 ou 40 anos”, diz Brown em comunicado. “Isso é uma grande surpresa”, acrescenta.
“Os nossos cálculos da frequência dos impactos baseiam-se numa década de registos, vindos de sensores de infrassons e outros, dos impactos energéticos na atmosfera terrestre, incluindo Cheliabinsk”, disse ao PÚBLICO Margaret Campbell-Brown, co-autora deste estudo. “Ora, esses registos revelam mais objectos com umas dezenas de metros de diâmetro do que as observações dos telescópios.”
Segundo ela, isso poderá dever-se ou ao facto do número desses objectos próximos da Terra ser maior do que se pensa; ou ao facto de a probabilidade de colisão com esse tipo de objecto, e não o seu número, ser maior; ou ainda a um enorme azar, que fez com que, nas últimas décadas a Terra fosse mais atingida do que é costume. “Não sabemos qual é a resposta”, conclui a cientista, “mas na minha opinião é uma combinação dos dois primeiros cenários; o terceiro é pouco provável”.


NOTA: há aqui um evidente lapso na notícia: quando dizem:
Foi, ao que tudo indica, o maior meteoro a atingir a Terra desde 1908, quando um corpo celeste se desintegrou sobre Tunguska, uma zona não povoada da Sibéria.
há uma incongruência: meteoro é o pedaço de rocha a atravessar a atmosfera terrestre e o fenómeno luminoso, térmico e/ou sonoro a ele associado (foi o caso de Tunguska, em que não há vestígios de meteorito caído na Terra) e meteorito é o fragmento rochoso que atinge a Terra. Neste caso, depois do meteoro, recolheram-se meteoritos... como se pode ler nesta notícia.
E este não é o maior de sempre, esse record pertence ao Meteorito Hoba West, encontrado próximo de Grootfontein, na Namíbia, que tem 2,7 m de comprimento por 2,4 m de largura e um peso estimado de 59 toneladas.
Já o maior meteorito recolhido pelo homem, no dia 8 de março de 1976, foi o Meteorito Jilin, que caiu perto da cidade de Jilin, na Manchúria, do qual foram recuperadas quase 4 toneladas de escombros do meteorito e o maior dos pedaços tinha um peso de 1,77 toneladas.

sexta-feira, agosto 12, 2011

Hoje é o pico da Chuva de Estrelas das Perseidas


Imagem adaptada daqui

Embora este ano sejam muito prejudicadas pela Lua (quase) Cheia, é um dia para observar o céu e olhar em direcção à constelação de Perseu, sentado ou deitado para abarcar o máximo possível da abóbada celeste.


Uma perseida sobre o fundo da Via Láctea
As Perseidas ou Perséiades são uma prolífica chuva de meteoros associada ao cometa Swift-Tuttle. São assim denominadas devido ao ponto do céu de onde parecem vir, o radiante, localizado na constelação de Perseus. As chuvas de meteoros ocorrem quando a Terra atravessa um rasto de meteoros. Neste caso o rasto é denominado de nuvem Perseida e estende-se ao longo órbita do cometa Swift-Tuttle. A nuvem consiste em partículas ejectadas pelo cometa durante a sua passagem perto do Sol. A maior parte do material presente na nuvem actualmente, tem aproximadamente 1.000 anos. No entanto, existe um filamento relativamente recente de poeiras neste rasto proveniente da passagem do cometa em 1862.
O fenómeno é visível anualmente a partir de meados de Julho, registando-se a maior actividade entre os dias 8 e 14 de Agosto, ocorrendo o seu pico por volta do dia 12. Durante o pico, a taxa de estrelas cadentes pode ultrapassar as 60 por hora. Podem ser observadas ao longo de todo o plano celeste, mas devido à trajectória da órbita do cometa Swift-Tuttle, são observáveis essencialmente no Hemisfério Norte.
A famosa chuva de estrelas das Perseidas tem sido observada ao longo dos últimos 2.000 anos, com a primeira descrição conhecida deste fenómeno registada no Extremo Oriente no ano 36. Na Europa recém cristianizada, as Perseidas tornaram-se conhecidas como Lágrimas de São Lourenço.
De forma a viver esta experiência ao máximo, a chuva deverá ser observada numa noite limpa e sem lua, a partir de um ponto afastado das grandes concentrações urbanas, onde o céu não se encontre afectado pela poluição luminosa. As Perseidas possuem um pico relativamente grande, pelo que o fenómeno pode ser observado ao longo de várias noites. Em qualquer uma destas, a actividade começa lentamente ao anoitecer, aumentando subitamente por volta das 23h, quando o radiante atinge uma posição celeste relativamente elevada. A taxa de meteoros aumenta de forma contínua ao longo da noite, atingindo o pico pouco antes do amanhecer, aproximadamente 1½ a 2 horas antes do nascer do sol.


NOTA: post em estereofonia com o Blog AstroLeiria.

quarta-feira, agosto 12, 2009

As Perseidas no Google


Hoje o Google está recordar, com o seu Google Doodle de hoje, que as Perseidas, a mais importante Chuva de Estrelas, está aí.

O nosso povo chama-lhes, simplesmente, Lágrimas de S. Lourenço. Basta ir para um local escuro, sem obstáculos para Norte e olhar nessa direcção para, pouco a pouco, ver estas famosas estrelas cadentes. E, se não as viram hoje, amanhã ainda é noite para tal - alguns dias antes e depois do pico máximo (12 de Agosto) tem ainda bastantes meteoros visíveis...


NOTA: post conjunto com o Blog AstroLeiria...