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sábado, fevereiro 10, 2024

Notícia a ilustrar e comprovar que a origem do nome "Siderurgia" tem uma boa explicação...

Tesouro da Idade do Bronze descoberto em Espanha foi feito com metal extraterrestre

 

Tesouro de Villena, constituído por 59 objetos de ouro

 

Uma nova análise revela que alguns objetos do Tesouro de Villena foram feitos com ferro de um meteorito.

Numa descoberta notável que une o terrestre ao celestial, sabe-se agora que o Tesouro de Villena, descoberto em Espanha há mais de seis décadas, contém artefactos feitos de ferro meteorítico.

Esta análise inovadora, publicada na revista Trabajos de Prehistoria em dezembro, revela que parte deste tesouro da Idade do Bronze, encontrado em 1963 numa pedreira de cascalho em Alicante, tem origem fora do nosso mundo.

O tesouro inclui 59 itens, tais como garrafas, taças e peças de joalharia, feitos de ouro, prata, âmbar e agora confirmado, ferro meteórico.

Inicialmente, os componentes de ferro do tesouro intrigaram os investigadores com a sua composição e aparência únicas, sendo brilhantes em alguns lugares e cobertos com um óxido que parece ferroso e rachado, relata o Live Science.

Somente estudos recentes, utilizando espectrometria de massa, confirmaram a origem celestial do ferro utilizado numa pulseira em forma de C e numa esfera oca. Estes objetos, datados entre 1400 e 1200 a.C., terão sido feitos a partir de um meteorito que atingiu a Terra aproximadamente há 1 milhão de anos.

A pesquisa sublinha a importância do ferro no contexto da metalurgia da Idade do Bronze. O ferro, especialmente o ferro meteórico, possuía um valor simbólico e social comparável ao do ouro.

O estudo sugere que estes artefactos provavelmente faziam parte do tesouro escondido de uma comunidade, refletindo a ausência de reinos conhecidos na Península Ibérica durante este período.

Embora as origens exatas destes artefactos de ferro meteórico permaneçam incertas, os investigadores especulam que poderiam ter vindo do Mediterrâneo Oriental, traçando paralelos com objetos contemporâneos como os encontrados no túmulo do faraó Tutankhamon.

Esta hipótese, contudo, permanece especulativa sem evidências concretas que apoiem a produção local na região Ibérica, pois outros artefactos conhecidos de ferro meteórico da Europa, como os da Polónia e Suíça, são datados mais tarde.

 

in ZAP

sexta-feira, novembro 13, 2020

Notício sobre a história geológica de Marte

Meteorito sugere que Marte tinha água antes de haver vida na Terra

 

O meteorito NWA 7533

   

Um novo estudo sugere que a água estava presente no Planeta Vermelho há cerca de 4,4 mil milhões de anos, muito antes do que se pensava.

De acordo com o site Science Alert, os cientistas chegaram a esta conclusão com base numa análise do meteorito NWA 7533, encontrado no Deserto do Saara, em África, e que se acredita ter sido originado em Marte.

A oxidação de certos minerais no seu interior sugere a presença de água. Com certos fragmentos dentro deste meteorito – apelidado de “Beleza Negra” devido à sua cor – que datam de há 4,4 mil milhões de anos, este é o registo mais antigo do Planeta Vermelho.

“As rochas fragmentadas no meteorito são formadas a partir do magma e são comummente causadas por impactos e oxidação. Esta oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água sobre ou dentro da crosta marciana, há 4,4 mil milhões de anos, durante um impacto que derreteu parte da crosta”, explica Takashi Mikouchi, cientista planetário da Universidade de Tóquio, no Japão, e um dos autores do estudo publicado, a 30 de outubro, na revista científica Science Advances.

Estas descobertas podem atrasar a data estimada da formação de água em Marte em cerca de 700 milhões de anos, pois pensava-se que esta tinha ocorrido há 3,7 mil milhões de anos.

As descobertas desta equipa também sugerem que a composição química da atmosfera marciana nesta altura – incluindo altos níveis de hidrogénio – poderia ter tornado Marte quente o suficiente para que a água derretesse e existisse vida, mesmo sabendo que o Sol era mais jovem e mais fraco durante este período.

“A nossa análise sugere que tal impacto teria libertado muito hidrogénio, o que teria contribuído para o aquecimento planetário numa época em que Marte já tinha uma espessa atmosfera isolante de dióxido de carbono”, acrescenta Mikouchi.

   

in ZAP